Não toque nela
Pov. Ludmilla
- O que você faz aqui Brunna? - Mirian disse.
- A mesma coisa que vocês. - Bu disse baixo.
- Não acredito que você teve coragem de vir aqui mesmo sendo expulsa de casa. Você não tem vergonha? - Mirian disse rindo sarcástica.
- Vergonha deveriam ter os senhores por terem expulsado ela de casa, e pra informação de vocês, ela não veio como a filha dos Gonçalves, veio como a futura senhora Oliveira. - disse séria.
- Não tem boca não Brunna? Não serve nem pra se defender, faça me o favor. – Mirian disse sarcástica.
- Querida vamos, algumas pessoas estão olhando. – Jorge disse, como sempre um idiota sem atitude.
- Não Jorge, essa garota idiota vai me ouvir. Você acha mesmo que essa aí vai casar com você? Para de ser idiota, nem o Caio quis ficar com você. Agora você está aí com um bastardo na barriga e uma qualquer e sabe-se lá como vive. - Mirian disse alto.
- Lava sua boca pra falar do meu filho e da Lud... vo-vocês são seres humanos desprezíveis, tenho nojo de dizer que sou filha de vocês... Eu não preciso do dinheiro de vocês e muito menos daquele idiota pra nada. Eu sou mulher o suficiente...p-pra criar meu filho sem ajuda de vocês, eu finalmente encontrei uma família, uma família que não vive de status, uma família que se importa comigo e não com o que sai nas revistas. Pra mim, vocês não servem pra nada, então peguem os status e o dinheiro de vocês e enfiem no cu porque diferente de vocês, eu escolhi ser feliz de verdade. - Brunna disse com raiva e até eu me surpreendi.
- Quem você pensa que é pra falar assim? - Jorge disse levantando a mão.
- Não toque nela, está me ouvindo? - disse segurando ele pelo terno.
- Me solta garota. - Ele disse me empurrando e me deu um soco me fazendo cair.
Levantei do chão com ódio nos olhos e dei um soco nele fazendo ele cair no chão, dei mais três socos e percebi seu nariz e boca sangrarem. Ele tentou me empurrar, mas comecei a enforcá-lo.
- Nunca mais levante a mão pra minha mulher. - disse enforcando ele, mas senti dois braços me puxando.
- Filha para. - meu pai disse me segurando e me afastando de Jorge.
- Viu o que você causou Brunna? - Mirian disse ajudando Jorge a levantar.
- Brunna? - Chamei e Bu estava paralisada me olhando com carinha de choro.
- Lu. - ela disse chorando e eu abracei-a fazendo um leve carinho em suas costas.
- Tá tudo bem princesa. - disse enquanto ela me abraçava forte.
- Você me paga garota. - Jorge disse se aproximando.
- Toca na minha filha pra você ver se eu não mato você. - meu pai disse e Jorge deu um passo para trás.
- Você sabe quem eu sou? - Jorge perguntou prepotente.
- Não faço questão de saber e tenho certeza que você também não me conhece pra querer tocar na minha filha. - meu pai disse sério.
- Eu sou Jorge Gonçalves, o pai dessa garota aí. - ele disse e meu pai negou prontamente.
- Você deixou de ser pai dela quando a rejeitou, ela agora é minha filha. - meu pai disse e eu senti um orgulho imenso de ser filha dele.
- Daqui a pouco essa palhaçada acaba e ela vem correndo arrependida. – Mirian disse.
- Pode ter certeza que não, ninguém aqui é fútil igual a vocês e acho melhor vocês irem embora. - minha mãe disse.
- Se não o que? - Jorge tentou se crescer pra minha mãe.
- Se não eu mesmo faço você sair. - meu pai disse se aproximando dele que deu mais um passo pra trás.
- Calma princesa, está tudo bem. - disse e ela se aconchegou em meus braços ainda chorando.
Olhei em volta e tinha uma roda enorme de pessoas e alguns fotógrafos. Meu pai e Jorge estavam frente a frente, e sem querer me gabar, mas meu pai consegue dar medo quando quer. Jorge e Mirian saíram e as pessoas voltaram a se espalhar pelo salão.
- Vocês estão bem? - meu pai perguntou preocupado.
- Vamos ficar pai. - disse ainda abraçada com Brunna que soluçava de tanto chorar.
- Toma minha filha, bebe um pouquinho de água. - minha mãe disse dando o copo para Brunna.
- O-o-obrigada. - Brunna disse soluçando.
-Calma princesa, pelo nosso filho tenta ficar calma. - disse e ela assentiu bebendo a água.
- Acho melhor irmos para casa, ela precisa descansar um pouco. - minha mãe disse.
- Claro, vou pedir para pegarem as chaves dos carros. - meu pai disse e saiu.
- Desculpa por isso. - Bu disse deixando algumas lágrimas caírem.
- Você não tem culpa de nada filha, a gente vai resolver isso. - minha mãe disse e abraçou Bu.
- Obrigada por me tratar como filha. - Bu disse chorando.
- Você é minha filha do coração Bru. - minha mãe disse abraçando ela.
- Então vamos? - meu pai disse me entregando as chaves.
Seguimos para o lado de fora em silêncio.
- Brunna? - meu pai disse.
- Desculpa Renatão, não queria te fazer passar por isso. - Bu disse com carinha de choro.
- Não peça desculpas por nada filha, só queria dizer que estamos todos juntos. Você e esse bebê são nossa família, e não importa o que façam pra mudar isso. - meu pai disse e abraçou Bu.
- Muito obrigada. - Bu disse.
- Bom agora nós já vamos, e você cuida bem dela hein?! - meu pai disse.
- Sempre pai. - disse e ele me abraçou.
- Fica bem Brunna - minha mãe disse abraçando Bu. - E cuida bem dela Lud.
- Pode deixar mãe - disse e ela me abraçou.
Eles entraram no carro e seguiram. Abri a porta do carro e Bu entrou, entrei no carro e seguimos em silêncio. Preferi esperar chegarmos em casa para conversarmos, chegamos em casa e Bu subiu em silêncio até o quarto, subi atrás dela e segurei sua mão.
- Eu te amo princesa - disse e ela corou, mas ainda com carinha de choro.
- Eu te amo Lu - ela disse e as lágrimas começaram a cair.
Peguei ela no colo e coloquei ela na cama, tirei seu vestido e levei-a para o banheiro. Tirei minha roupa e as peças íntimas dela e ela corou, mas parecia ter um olhar tão distante. Entrei com ela no box e tomamos banho juntas, sem maldade nenhuma, saímos do banheiro e ela sentou na cama só de roupão, peguei uma calcinha e um sutiã para ela e uma roupa pra mim. Entreguei as roupas íntimas para ela que vestiu e eu coloquei a minha.
- Você... Pode me emprestar uma blusa sua? - ela perguntou toda vermelha.
- Claro pequena, toma. - disse dando uma blusa social minha.
- Me abraça? - ela perguntou com carinha de choro.
- Nem precisa pedir Princesa - disse e sentei na cama puxando-a para um abraço.
- Obrigada por me defender Lu - ela disse sorrindo.
-Sempre vou proteger você Pequena, olha pra mim - disse levantando o rosto dela - Nada do que eles falaram tem que te abater, você é incrível e eu tenho muita sorte por ter você e nosso filho, nosso, e não importa o que os outros vão pensar. Eu te amo muito minha princesinha.
- Eu também te amo muito Lu - ela disse e me beijou.
-Agora vamos dormir um pouco porque você precisa relaxar. - disse e ela assentiu.
- Você é incrível Lu - ela disse e deitou na cama.
- Vem cá Princesa - chamei e ela corou se aconchegando em meus braços.
Fiquei fazendo cafuné nela até ela dormir, fiquei pensando no que teria acontecido se eu não tivesse feito alguma coisa, Jorge teria batido ou empurrado ela, não sei. Será que ele não pensa nas consequências? Ela poderia ter se machucado, ou machucado o meu filho. Não consigo aceitar que dois seres tão frágeis podem sofrer com monstros desse tipo. Quem poderia fazer mal pra uma mulher tão doce, gentil, frágil, meiga, bondosa, entre tantas outras qualidades. Eu jamais vou deixar eles fazerem nada contra ela e o nosso filho, não importa quem seja, se ousar tocar num fio de cabelo deles, eu juro que tenho coragem de matar.
Pov. Brunna
- Princesa acorda - escutei aquela voz rouca e senti um beijo em meu pescoço.
- Bom dia Lu. - disse e ela sorriu.
- Bom dia minha princesa, dormiu bem? - ela perguntou.
- Dormi sim, você me acalma - disse e ela sorriu.
-Que bom, e você filho? Tá bem? - ela perguntou e deu um beijo na minha barriga.
- Ele está muito bem - disse e ela sorriu.
- Que tal comer um pouquinho? - ela perguntou pegando uma bandeja na cômoda.
- O que eu fiz pra merecer? - perguntei e ela pareceu pensar.
- Você existe na minha vida - ela disse e eu corei - Amo esse seu jeitinho tímido.
- Lu - disse envergonhada.
- É sério amor, mas agora vamos comer porque temos o dia todo pra fazer o você quiser. - ela disse e me deu um morango na boca.
- Se eu pedir pra gente assistir um filme e ficar em casa, você se incomoda? – perguntei.
- Claro que não, vou amar passar o dia com você. - ela disse sorrindo.
- Ia te beijar agora, mas é melhor eu escovar os dentes. - disse e levantei da cama indo ao banheiro.
Saí do banheiro fazendo um coque no cabelo e Lud estava sentada comendo uma fruta.
- Você é a mulher mais sexy que eu conheço - Lud disse e eu corei.
- Lu - disse envergonhada.
- Vem cá me dar um beijo vem - ela disse e me puxou pra ela.
- Amo você - disse e sentei no colo dela e demos um beijo apaixonado.
- Sem querer deixar você vermelha, mas você é gostosa demais - ela disse e eu corei violentamente.
- Lu - disse envergonhada.
- Parei - ela disse rindo.
- Só você pra me fazer sorrir - disse e ela me beijou.
Tomamos café e tomamos banho juntas, descemos para a sala e ficamos assistindo televisão. Ludmilla estava deitada no meu colo enquanto eu fazia cafuné nela.
- Lu? - Chamei e ela olhou para mim.
- Oi Linda - ela disse.
- A gente pode sair? - perguntei, até porque tinha dito que não queria sair.
- Claro pequena, mas você quer ir mesmo? - ela perguntou.
- Quero, tô precisando tomar um pouco de ar fresco - disse e ela assentiu.
- Quer ir agora? - ela perguntou e eu assenti - Mas pra onde?
- Eu não tinha pensado nisso, só queria sair pra um lugar calmo. – disse.
- Que tal irmos ao zoológico? - ela perguntou.
- Eu nunca fui ao zoológico - disse meio triste.
- Sério? Pensei que já tivesse ido, se não já tinha levado você. - ela disse e sentou.
- É, meus pais nunca tinham tempo pra fazer esse tipo de coisa. - disse triste e ela me deu um selinho.
- E mais o que você nunca fez e tem vontade? - ela perguntou.
- Comer cachorro-quente na praça, andar de patins, mergulhar num lago, fazer piquenique, parece bobo né? - disse rindo triste.
- Claro que não Bu, a gente só não vai poder andar de patins nem mergulhar no lago por causa do bebê, pra não correr risco de se machucar. - ela disse e eu assenti.
- Você é a melhor noiva do mundo - disse sorrindo e enchi ela de beijos.
- Tudo pelo seu sorriso, agora vamos trocar de roupa porque temos um zoológico para conhecer e um cachorro-quente pra devorar - ela disse e eu sorri.
- Te amo - disse e dei um selinho nela e subi.
(...)
Chegamos na entrada do zoológico e Lud comprou as entradas, entramos de mãos dadas sob o olhar de muitas pessoas, uns de nojo, outros de aprovação, mas aquilo não me importava nem um pouco. Lud veio de short jeans e uma camiseta preta escrito "Expectations" e um tenis branco, eu vim com um short azul apropriado para gestantes e uma blusa branca e uma sandália, já que ultimamente meus pés tem inchado muito.
- Por onde a gente começa? – perguntei.
- Podemos começar por ali - ela disse apontando para um lado onde observei macacos - Mas vamos alugar aquela bicicleta ali, porque aqui é grande e você pode se cansar.
- Elas são diferentes - disse observando a bicicleta.
- São, elas têm volante, parece um carro pequeno né? - ela disse - Você não precisa pedalar tá?
- Tá bom Lu - disse e ela me deu a mão.
Seguimos para alugar a bicicleta, Ludmilla pediu para o dia todo. Sentei no banco do carona e ela sentou no banco do motorista, realmente essas bicicletas parecem um carro, ainda bem que tem proteção contra o sol, Ludmilla é tão moreninha deve ficar igual um camarão assado.
- Olha amor, os macacos - ela disse e eu observei os macacos.
- Olha aquele pequeno - disse mostrando um pequeno macaco agarrado em sua mãe.
- Ali na frente tem zebra - ela disse.
- Sério? - perguntei animada e ela assentiu. - Então vamos Lu.
- Tá bom Amor - ela disse e começou a pedalar enquanto eu apenas observava o zoológico.
(...)
- Então pequena, gostou do passeio? - ela perguntou me abraçando pela cintura.
- Muito Lu - disse e dei um beijo nela.
- Agora vamos lá comer o famoso cachorro-quente de Miami - ela disse e eu sorri.
- Te amo Lu - disse e ela me deu um selinho.
Seguimos para uma barraca de cachorro-quente e Lud pediu dois e sucos. Comemos e era delicioso, eu nunca tinha comido nada parecido, sempre fui a restaurantes caros, lugares luxuosos, mas nunca me senti tão feliz como agora.
- No que minha princesa tanto pensa? - Lud perguntou me tirando dos pensamentos.
- No quanto eu sou feliz com você - disse e ela sorriu.
- Outro dia a gente faz um piquenique tá? - ela disse e eu assenti.
- Você é incrível - disse e nos beijamos.
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