Lu, a bolsa
4 meses depois
Pov. Ludmilla
Hoje nossa pequena completa seu primeiro mês, ela é um amor, quase não chora, dá altas risadas e gritinhos e come muito. Ela é muito igual a Bu, o que eu agradeço mentalmente por não parecer com aquele canalha. Eu sou muito agarrada a ela, consigo tirar muitas gargalhadas dela apenas conversando com ela. Agora ela está na sala com Brunna, eu tenho que ir na empresa e elas vão comigo, porque depois vamos pra casa dos meus pais. Hoje pego ela no colo tranquilamente, diferente do dia que ela nasceu, que eu fiquei morrendo de deixar ela cair.
Flashback on
Viemos na empresa buscar uns documentos para levar para casa, desde que Brunna completou sete meses ela parou de trabalhar, eu decidi trabalhar em casa pra fazer companhia a ela, mas hoje tivemos que vir e como o bebê pode nascer a qualquer momento, trouxe ela e já deixei todas as bolsas no carro. Agora estamos indo para casa, Brunna está com uma barriga enorme, parecendo que vai explodir, mas é a coisa mais linda do mundo. Ah, nos casamos no civil, pra eu ser oficialmente a mãe da Jasmine ou papa né kkkk quando descobri chorei muito. Já pedi pra Brunna encomendar um Theo pra gente ter um casal, ela disse que está cedo demais kkk
- Lu, a bolsa - Brunna disse apertando meu braço enquanto eu dirigia.
-Tá no banco de trás Bu - disse prestando atenção na estrada
-Não Ludmilla, você não entendeu, a bolsa estourou - ela disse e parei o carro bruscamente - Cuidado
-Desculpa, é.... O bebê? Tá na hora? É isso? Ai meu Deus - disse já desesperada.
-Calma Lu. Vamos pro hospital - ela disse fazendo careta de dor e eu já estava ficando maluca.
-Calma Ludmilla, você leva ela pro hospital e pronto - disse pra mim mesma.
-Ludmilla? - ela me chamou.
-Oi Bu – disse.
-Me leva pro hospital agora - ela disse séria e só então percebi que estávamos paradas.
-Tô indo Bu, espera um pouquinho Luane - disse e arranquei com o carro.
Chegamos no hospital em alguns minutos e levaram ela pra sala de parto para fazer o exame de toque pra ver se já estava na hora e iam chamar a Ju. Fiz uma ficha que me mandaram preencher, aproveitei pra ligar pra família e as meninas, troquei de roupa e entrei na sala.
-Lud, você pode ficar ali do lado dela, acho que ela vai querer segurar sua mão - Ju disse calma.
-Tá... Tá bom... É... Eu vou segurar... É... - disse toda nervosa e Ju riu.
-Vai lá Lud - disse e eu segurei a mão da Brunna, passamos quase meia hora e nada.
-Aaaaaaaaaa - Brunna gritou de dor e apertou minha mão.
-Brunna presta atenção, faz força pra trazer essa pequena ao mundo - Ju disse.
-Tá bom... Aaaaaaa - Brunna fez força e apertou ainda mais minha mão.
-Mais força Brunna, já vi a cabeça, toda força vai - Ju disse.
-Aaaaaaaaaa - Brunna fez uma força sobrenatural, ficou toda vermelha.
-Nasceu - Ju disse e escutei um tapa e um grito de bebê.
-Você conseguiu amor - disse e dei um selinho nela.
-Aqui a pequena - Ju disse mostrando a pequena ainda toda suja.
-Ela é linda - Bu disse cansada e beijou a Neném.
-Nossa princesinha - disse sorrindo.
-Vou levar ela pra limpar - Ju disse levando a pequena Jas - Leva ela pra dar banho, vou limpar a paciente.
Depois de alguns minutos, Brunna foi levada para o quarto e fui ver minha filha no berçário, já tinham colocado a roupinha da mulher maravilha que eu tanto pedi pra Jasa usar quando nascesse.
-Daqui Cinco minutos vamos levar ela pra mamar - Ju disse. - Vai lá ficar com a Bru.
-Obrigada Ju - disse abraçando Ju.
-Não fiz nada demais Lud - ela disse sorrindo. - Agora vai lá.
Segui para o quarto e as enfermeiras estava ajudando Brunna com o banho, senti uma pontinha de ciúmes, mas era o trabalho dela. Peguei uma roupa para Brunna e entreguei no banheiro, ela voltou para a Cama e ficou deitada descansando.
-Obrigada pela Jas - disse acariciando o rosto de Brunna
-Eu te amo Lu - ela disse e sentei na beirada da cama para beijá-la.
-Também te amo Pequena - disse sorrindo.
-Licença, olha quem veio mamar pela primeira vez - Ju disse entrando na sala com Jas no colo.
-Ela é tão linda, parece tanto com você Bu. - disse e Bu sorriu.
-Ai... - Bu resmungou e uma lágrima caiu.
-Calma, é assim mesmo. No começo pode acontecer de doer até você pegar o jeito - Ju disse calma.
-Você é tão linda meu amor - Brunna disse passando o dedo indicador nos cabelos de Jas que olhava para Bu fixamente.
-Ela é tão pequena, tão frágil - disse sorrindo.
-Eu vou pegar alguma coisa pra vocês comerem - Ju disse saindo da sala.
-Eu já comi lá fora, só pra Bu mesmo - disse e ela assentiu.
-Já volto - Ju disse e saiu.
-Agora que temos nossa pequena, já podíamos encomendar outro né? - disse brincando.
-Nem pensar, ainda tô toda dolorida. Nem tão cedo quero sentir essa dor de novo - ela disse rindo.
-Poxa - fiz um biquinho e ela apertou minha bochecha.
-Nem adianta fazer biquinho, deixa ela crescer e a gente tenta outro. - ela disse sorrindo.
-Tudo bem, agora vamos aproveitar muito essa pequena - disse e Jas me olhou - É meu amor, a gente vai aproveitar muito você.
-Aqui Lud, comam um pouco que tem muita gente esperando pra conhecer a pequena Jasmine - Ju disse entrando com uma bandeja.
-Tava morrendo de fome - Bu disse e estendeu Jasmine pra mim.
-Não Bu, ela... ela vai cair - disse nervosa.
-Senta aqui Lu, você não vai deixar ela cair, eu sei que não - Bu disse calma e eu sentei na cama.
-Relaxa Lud, você consegue fazer isso tranquilamente - Ju disse e Bu colocou Jas no meu colo.
-Viu? Conseguiu - ela disse e sorriu.
-Eu tô segurando minha filha - disse toda boba.
-É amor - Bu disse e pegou a bandeja pra comer.
Durante o dia os meus pais e as meninas foram visitar a gente, todas elas pegaram nossa pequena, levaram presentes e deram muito carinho pra nós três. Já registrei nossa pequena que agora é oficialmente Jasmine Gonçalves Oliveira.
Flashback off1
Peguei a bolsa de Jas e a da Brunna e as chaves do carro, desci as escadas e escutei um gritinho da minha filha enquanto Bu brincava com ela.
- Vamos? - perguntei e Brunna assentiu.
- Que saudade que eu tava de ir naquela empresa - Bu disse.
- E eu querendo fugir de lá pra ficar com vocês - brinquei e ela riu.
- Eu amo ficar com vocês, mas passar o dia em casa dá agonia. Gosto de ver as pessoas - ela disse rindo.
- Então vamos - disse e dei um selinho nela.
Seguimos para a empresa, todos os funcionários vieram nos dar parabéns, conversaram um pouco com Brunna e subimos para a presidência.
- Cadê a lindona da tia - Emilly disse pegando Jasmine no colo. - Bru, Pretinha.
- Eu queria entender a dificuldade de vocês falarem meu nome - disse e elas riram.
- Porque você é moreninha amor - Bu disse e me deu um selinho.
- Ainda bem que você não é pretinha né bebê? - Emilly disse brincando com Jas que deu um gritinho. - Você é muito linda Jas.
- Genética da mãe né? - disse e Bu corou.
- Não acredito nisso, mas sou obrigada a concordar Bru. - Emilly disse e Bu corou mais ainda.
- Vocês... Ah, deixa pra lá - Bu disse toda envergonhada.
- Calma gostosa - brinquei e saí correndo pra pegar alguns documentos.
Voltei e elas estavam conversando.
- Barra de chocolate, semana que vem vamos todas ao parque, você vai? - Emilly perguntou rindo.
- Eu deveria te demitir pelo abuso, mas vamos sim - disse e ela riu mais ainda.
- Viu princesa, sua papa deixou você ir - Emilly brincou com Jas que deu mais um gritinho. - Já posso roubar pra mim.
- Não mesmo Emi's - Bu brincou.
- Faz uma com a Ju, ela iria adorar - disse rindo.
- Ela quer que eu engravide, mas tenho medo, deve doer pra caramba - Emilly disse.
- Não vou te enganar, dói pra caramba o parto, mas a sensação de ter um ser dentro de você e depois nos seus braços é a melhor coisa. - Bu disse e abracei-a por trás.
Ficamos conversando por mais um tempo e seguimos para a casa dos meus pais. Agora estamos descendo do carro, mas notei os pais da Bu vindo em nossa direção. Desde aquele encontro fiquei sabendo que a empresa deles entrou em falência, ninguém mais queria investir numa empresa onde os donos expulsam a filha de casa. Pelo que Bu contou, essa empresa foi herança dos avós para os pais, traduzindo, eles não sabem o que é trabalhar para conquistar as coisas.
- Bu, os Gonçalves estão vindo pra cá - disse baixo.
- Eu não quero falar com eles Lu, quero eles longe da Jas - ela disse me olhando com carinha de bebê.
- Então entra que eu resolvo isso - disse e ela assentiu.
- Obrigada - ela disse e dei um selinho nela.
- Daqui a pouco eu entro mãe - disse pra minha mãe que esperava na porta.
Fiquei esperando eles pararem na minha frente, percebi que estavam aparentemente mais humildes, sem aquele ar de prepotência.
- Olá Ludmilla - Mirian disse.
- O que vocês querem? - perguntei sem rodeio.
- Calma, nós só queríamos falar com nossa filha. - Jorge disse.
- Ela não quer falar com vocês, então me diz logo o que vocês querem - disse séria.
- Nós queremos falar com ela, pedir desculpas e conhecer nosso neto ou neta - Mirian disse.
- O que vocês querem falar comigo? - Brunna apareceu na porta.
- Filha - Jorge disse indo abraçá-la, mas o impedi.
- Fala de longe, não quero você perto dela - disse e ele se afastou.
- A gente pode conversar em algum lugar mais tranquilo? - Mirian perguntou e olhei para Brunna.
- Vamos até a praça, está vazia essa hora - Brunna disse e segurou minha mão.
- Mas queríamos falar só com você filha - Jorge disse.
- Brunna, meu nome é Brunna - Bu disse séria - E a Lud vai comigo.
- Tudo bem filha - Mirian disse.
- Brunna - Bu disse séria. - Lu, me espera aqui, só vou avisar sua mãe.
- Tudo bem Amor - disse e ela me deu um selinho.
- Vocês ainda estão juntas? - Jorge perguntou.
- Lógico, vocês acharam mesmo que eu deixaria uma pessoa tão incrível? E que me deu um presente tão lindo? - perguntei séria e eles ficaram em silêncio.
- Vamos – Bu disse séria.
Seguimos para a praça que era praticamente em frente a casa dos meus pais e sentamos em alguns bancos.
- Então filha, nós queríamos pedir desculpas por tudo, uma chance pra recomeçar com você, você voltar pra casa com a gente. - Jorge disse.
- É filha, desde que você saiu nossa vida só tem dado errado, nem a empresa está dando certo, perdemos tudo, volta pra casa com a gente. - Mirian disse e eu ri.
- Não acredito nisso, você não vai acreditar nele né? - disse olhando pra Brunna que tinha um olhar indecifrável.
- Eu desculpo vocês - ela disse e eu olhei incrédula.
- Bu. - disse e ela me deu um selinho.
- Eu desculpo vocês, mas quero deixar bem claro que não é porque vocês dizem meia dúzia de palavras que vai mudar alguma coisa. Eu não vou voltar pra casa, até porque estou casada e mesmo se não estivesse, jamais deixaria a Ludmilla, não quero vocês na minha vida, nem na vida da nossa filha e eu não sou tão inocente ao ponto de saber que vocês me procuraram por causa de dinheiro, agora se nos dão licença. - ela disse e me puxou para sairmos dali.
- Mas Brunna, como a gente vai viver sem você? - Mirian tentou falar.
- Da mesma forma que viveram sem mim todo esse tempo - Bu disse.
- A gente não vai sobreviver, estamos zerados - Jorge disse e Brunna riu.
- Eu também estava quando me mandaram embora de casa - Bu disse. - Agora deixa eu ir porque minha filha precisa de mim.
Saímos dali deixando os dois chocados com a mudança de Camila.
- Já disse que te amo? - disse e ela corou.
- Mas... Bem que você podia dizer de novo - ela disse manhosa.
- Eu te amo Brunna Gonçalves Oliveira - disse girando ela no ar.
- Também te amo Ludmilla Oliveira Gonçalves. - ela disse me beijando.
- Agora vamos ver nossa pequena - disse e ela assentiu sorrindo.
- Só atravessamos a rua, mas já sinto muita falta dela - ela disse.
- Nem fala, sou apaixonada por essa bebê - disse sorrindo.
- Eu sei, passa quase o dia todo babando nela - ela disse rindo.
- Não só nela, a mãe dela também é uma delícia - disse e ela corou.
- Lu. - disse envergonhada.
- Tô com saudades de você - disse segurando ela pela cintura.
- Mas ainda não dá Lu, só quando estiver tudo bem aqui - ela disse corada.
- Tudo bem, mas tá muito difícil ficar sem você - disse pressionando meu membro nela e ela corou ainda mais.
- Lu... Dá um jeito nisso aí, tá aparecendo na calça - ela disse.
- Isso é culpa sua - disse e fomos entrando na casa.
- Eu não fiz nada - ela disse rindo.
- Olha princesa, sua mamãe voltou - minha mãe disse.
- Voltei meu amor - Bu disse com voz de bebê e Jas deu um gritinho.
- Está tudo bem? - minha mãe perguntou.
- Agora sim Sil - Bu disse.
- Então vou fazer o almoço pra gente, vem comigo Ludmilla. - minha mãe disse e segui ela até a cozinha.
- O que eu faço mãe? – perguntei.
- Primeiro dá um jeito nesse pau aí - minha mãe disse e eu coloquei a mão em cima.
- Mãe - disse envergonhada.
- É difícil ficar sem ela né? - minha mãe perguntou.
- Muito, dois meses e pouco sem nada. Eu tô subindo pelas paredes já - disse e minha mãe riu.
- Relaxa Lud, daqui a pouco isso passa, mas não pressiona ela, isso é horrível. - ela disse.
- Meu pai fez isso? - perguntei e ela assentiu.
- Quase dei na cara dele - ela disse e eu ri.
- Bu não faria isso, no máximo choraria e isso me faria me sentir a pior pessoa do mundo. - disse e ela riu.
- Tá mais calma aí? - ela perguntou.
- Uhum, deu uma acalmada já - disse e ela assentiu.
- Agora volta pra sala pra ficar com sua esposa e sua filha. - ela disse e eu assenti.
Passamos o dia conversando, infelizmente meu pai não estava, teve que fazer uma viagem de última hora. Agora estamos tentando ir embora, mas minha mãe está agarrada a Jas.
- A gente tem que ir mãe, ela ainda é muito pequena pra sair a noite - disse e minha mãe me fuzilou com o olhar.
- Eu tive filho Oliveira, inclusive é uma desnaturada que quer levar minha neta de mim - ela disse e Bu riu.
- Eu não tô fazendo isso mãe - disse fazendo biquinho.
- Eu sei meu amor, vai com sua mãe princesa - ela disse e Bu pegou ela no colo.
- Vamos pequena? - disse e Bu assentiu - Tchau minha rainha.
- Tchau filha, venham mais vezes - minha mãe disse e me abraçou.
- Tchau Sil – Bu disse e abraçou minha mãe.
Entramos no carro, Bu colocou Jas na cadeirinha e seguimos para casa. Chegamos e tomamos um banho relaxante e ficamos assistindo televisão enquanto Jasmine dormia tranquilamente no quarto.
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