Eu vou contar tudo Lu
Agora tudo mundo vai entender o pq da Brunna ser tão tímida e corar com todos os elogios da Lud...
Quero saber a opinião de vocês sobre isso nos comentarios, ok?
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Pov. Brunna
Ficamos assistindo televisão um pouco e Marcos chegou com mais alguns caras. Ele explicou o que os seguranças deveriam fazer e eles já se posicionaram na parte de fora, dois ficariam próximo a entrada e os outros dois ficariam no carro próximo a casa.
- Bru, eu descobri bastante coisa sobre eles. Mas antes disso, quero que você me conte o motivo de você ter feito acompanhamento psicológico por anos. Isso pode nos ajudar muito na investigação. - Marcos disse e eu assenti.
- Mas... Eu posso falar com a Lud primeiro? - perguntei um pouco nervosa.
- Claro Bru, eu vou esperar aqui e dar mais alguns toques para os seguranças. - ele disse e eu assenti.
- Vem comigo Lu. - chamei e ela me seguiu até o quarto em silêncio.
- Pode falar pequena - Lud disse calma.
- Lembra que uma vez você me perguntou dessa cicatriz que eu tenho nas costas? – perguntei.
- Você está querendo dizer que... - ela tentou dizer, mas interrompi com um selinho.
- Eu vou contar tudo Lu. – disse.
- Mas você está preparada pra contar? Eu não quero pressionar você em nada - Lud disse toda preocupada.
- Tenho Lu, eu preciso contar pra você antes de falar pra qualquer pessoa, eu confio em você - disse e ela sorriu.
- Obrigada por confiar - ela disse e me beijou.
- Agora vamos acabar logo com isso - disse e ela assentiu.
- Tudo bem, vamos sentar um pouco - ela disse e sentamos na cama de frente uma pra outra.
- Bom, tudo começou quando eu deveria ter uns sete anos mais ou menos, eu lembro que... que começaram as agressões, meu pai me batia muito mesmo, eu ficava com marcas roxas pelo corpo... Diversas vezes tive que ficar sem ir à escola por semanas pra ninguém perceber ou ir de casaco ... Eu tentava falar com alguém... Eu juro... Mas ninguém queria me escutar, diziam que era mentira, porque nas festas eles sempre me ameaçavam se eu não fingisse que estava tudo bem...Teve uma vez que estávamos apenas eu e Jorge em casa, eu lembro que deixei cair um copo no chão,..... Ele... ele me bateu como nunca naquele dia... Eu tentei fugir, mas ele era muito mais forte que eu.... Ele me puxou pelo cabelo e me jogou contra a parede... E..eu ... Eu bati na quina de um criado mudo que ficava no canto da sala com um vaso daqueles de porcelana, que quebrou.... Ele... Me bateu mais e pegou um pedaço do vaso quebrado... Ele... Ele.... Ele disse que era pra eu aprender... Ele fez três cortes nas minhas costas... - disse já chorando e percebi os olhos dela cheio de lágrimas.
- E sua mãe? Ela nunca falou nada? - ela perguntou e eu neguei.
-Minha mãe era conivente com tudo... Desde esse dia, eu fiquei com medo de falar...Vivia trancada no quarto com medo... Todos os dias eles me ameaçavam se eu contasse pra alguém... Mas os professores na escola perceberam que eu não falava mais e nem brincava, então começou o tratamento com o psicólogo... Eu voltei a falar e tudo mais, só que... Eu desenvolvi um pequeno trauma que me faz... É... Falar mais devagar, as vezes gaguejar, e travar quando sinto medo... - disse e ela me puxou para um abraço apertado.
- Então é por isso que você tem tanto medo deles? - ela perguntou e eu assenti.
- Sim Lu, eu não ligo se me machucarem de novo... Mas só de imaginar a Jasmine com eles, tão frágil... Tão pequena... Eu não - tentei dizer, mas as lágrimas começaram a cair.
- Eu tô aqui Bu, eu vou te proteger custe o que custar. Você nunca mais na sua vida vai sentir medo deles. - Lud disse me abraçando.
- Obrigada Lu. - disse e ela me puxou para o colo dela.
- Ninguém nesse mundo vai te machucar mais, nem você nem a nossa filha - ela disse acariciando meu rosto.
- Eu te amo muito Lu. - disse e ela limpou algumas lágrimas no meu rosto.
- Eu também te amo pequena, e obrigada por confiar em mim. - ela disse e me deu um selinho.
- Desculpa não ter falado aquele dia que você me perguntou - disse e ela sorriu.
- Não peça desculpas por nada, você não se sentia confortável pra contar naquela época - ela disse e me aconchegou nos braços dela.
- Eu te amo meu anjo - disse e nos beijamos, apenas um beijo que transmitia paz e tranquilidade.
- Você ainda quer falar com ele sobre isso hoje? Eu posso pedir pra deixar esse assunto pra amanhã - ela disse e eu assenti.
- Eu quero falar logo Lu, quanto mais rápido resolver isso, melhor. - disse e ela levantou comigo no colo.
- Te amo minha gata. - ela disse me colocando no chão e segurando minha cintura.
- Te amo Lu. - disse e nos beijamos.
- Agora vamos descer porque temos que saber o que ele encontrou. - ela disse e eu assenti.
Lavei meu rosto e descemos encontrando Jasmine brincando com Marcos, ela soltava muitos gritinhos agudos pela sala. Sorri com a cena, Lud entrelaçou nossas mãos me transmitindo confiança e Lud sentou no sofá me colocando no colo dela.
- Você está bem Bru? - Marcos perguntou e eu assenti.
- Estou sim Marcos, bem mais tranquila - disse e ele sorriu.
- Bom Pequena, agora você fica aí no carrinho brincando um pouquinho - Marcos disse colocando Jas no carrinho com um mordedor na mãozinha dela.
- E aí Marcos, o que você descobriu? - Lud perguntou.
- Descobri algumas coisas sobre Caio Cabral, ele está morando na Flórida agora, coloquei um detetive na cola dele pra saber se ele tem alguma ligação com os Gonçalves, pelo que descobri, eles não tem nada em comum. Caio se envolveu com a mulher de um traficante, por isso sumiu do nada, esse traficante pegou tudo que tinha na empresa, então pode ser um ponto ao nosso favor, ele vai querer dinheiro. Como vocês disseram que ele sabia da gravidez e foi embora sem assumir a criança, isso também nos ajuda muito. Elaborei um contrato, onde ele não poderá assumir a paternidade de Jasmine até a maioridade dela e nem procurá-la antes dessa idade, se ela porventura procurar ele, ele não tem legalidade nenhuma sobre ela, e só poderá assumir a paternidade se ela quiser, porém mesmo que ele assuma, ela não poderá tirar seu sobrenome Lud, logo continuará sendo sua filha. - Marcos disse.
- Entendi, e quando vamos falar com ele? - Lud perguntou.
- Quando vocês quiserem, eu tento falar com ele antes pra já saber mais ou menos o que ele quer. - Marcos disse.
- Nós teremos que ir? Eu, Jasmine e Lud? – perguntei.
- Sim, mas na audiência não e como vai ser um contrato pré estabelecido, não vai demorar muito pra ter a guarda definitiva dela. - Marcos disse.
- Isso é muito bom, então pode marcar com ele, eu vou primeiro falar com ele, ele aceitando seria tudo mais fácil - Lud disse e Marcos assentiu.
- Sim, agora Brunna, você precisa me contar tudo sobre sua vida, isso pode ser um ponto crucial para a investigação contra seus pais. - Marcos disse e eu assenti.
Comecei a contar tudo sobre minha vida, cada coisa, sobre como meus pais eram, tudo que eu achava estranho e suspeito neles, Marcos disse que a minha psicóloga será fundamental para o caso e que vai verificar todos os erros e extravios da empresa que ele encontrou e um suposto envolvimento com traficantes de Cuba. Depois de aproximadamente duas horas conversando sobre isso, Marcos foi embora e agora estou entre as pernas de Lud com Jasmine no colo mamando.
- Pode marcar a data que vamos falar com o Caio. – disse.
- Tá bom Amor, amanhã mesmo vou pedir pro Marcos marcar com ele e vou primeiro - ela disse.
- Tá bom – disse.
- Vou avisar meus pais e as meninas, temos que deixar todos atentos e pode ter certeza que eles vão se arrepender de terem ameaçado você - ela disse.
- Eu me sinto segura com você, parece que quando estamos juntas nada pode me fazer mal - disse e ela me abraçou por trás.
- É assim que eu quero que você se sinta - ela disse e beijou meu pescoço.
Pov. Ludmilla
Depois de uma tarde um pouco pesada, agora Brunna dorme tranquilamente em meus braços e Jas está dormindo no quarto dela também. Agora entendo esse medo, esse jeitinho meio calmo demais, lento até dela, como as pessoas podem ser tão cruéis? Uma criança inocente apenas, nada justificaria uma agressão a uma criança que não pode se defender. Observando três cicatrizes em suas costas apesar de agora não estarem muito marcantes, percebo o tamanho da maldade de quem mais deveria proteger ela, no começo do nosso relacionamento perguntei o que era aquilo, mas via medo em seu olhar, hoje entendo. Aconcheguei ela em meus braços e senti seu cheirinho de bebê, deixei um beijo em seu pescoço e dormi.
(...)
Acordei e ela ainda dormia em meus braços, deixei um selinho nela e fui para o banheiro escovar os dentes, voltei e ela estava sentada coçando os olhos como um bebê.
- Bom dia Amor - disse e dei um selinho nela.
- Bom dia Lu, a Jas já acordou? - ela perguntou ainda com voz de sono.
- Não sei Bu, ainda não fui lá, vou lá ver e trago ela - disse e ela assentiu.
Fui até o quarto de Jas que estava olhando para os brinquedinhos pendurados no berço e sorria, levei-a para o quarto e Bu estava no banheiro. Fiquei brincando com Jas que tocava meu rosto e sorria, tem coisa melhor que acordar e receber um sorriso desses?
- Oi princesinha - Bu disse e beijou a barriga de Jas que deu um gritinho.
- Está mais tranquila pequena? - perguntei acariciando seu rosto.
- Sim Lu, acho que depois de contar pra você, tirei um peso de dentro de mim - ela disse e sorriu.
- Você não tinha contado pra ninguém? – perguntei.
- Não, só quando eu era pequena tentei contar, mas como ninguém acreditou parei de falar sobre isso. Então você acreditou em mim Lu - ela disse e sentou na cama.
- Sempre vou acreditar - disse e nos beijamos. - Já disse que sou viciada no seu beijo?
- Uhum, e eu sou viciada no seu - ela disse toda vermelha.
- Te amo princesa - disse e ela sorriu.
- Também te amo Lu. - ela disse e ouvimos um resmungo. - Também amamos você princesa, agora vamos mamar.
Desci para preparar o café da manhã enquanto Bu amamentava Jasmine, fiz um café da manhã leve e coloquei numa bandeja e subi, Bu observava nossa filha com seu cabelo todo bagunçado e um olhar focado na mãe. Coloquei a bandeja no criado mudo ao lado da cama e sentei na cama. Bu terminou de amamentá-la e decidimos tomar café, conversamos um pouco e Bu foi dar banho na Jasmine que fazia uma bagunça na água e dava vários gritinhos. Tomei um banho e coloquei uma cueca box branca, top preto, um short jeans e uma camiseta preta sem mangas, prendi meus cabelos num rabo de cavalo e desci. Bu desceu com a Jas com um macaquinho do batmam e um lacinho preto na cabeça, a coisa mais linda, ela subiu para tomar banho e fiquei brincando com Jas. Alguns minutos depois Brunna desceu com um short azul de cós alto e uma blusa branca sem mangas.
- Amor, eu tava pensando em contratar uma empregada doméstica pra gente – disse.
- Por mim, tudo bem Lu. - ela disse e eu assenti.
- Dá muita preguiça limpar essa casa - disse rindo. - Precisa de cozinheira?
- Não Lu, eu amo cozinhar - ela disse e eu assenti.
- E eu amo comer - disse e ela riu.
- Depois fala que não é gulosa - ela disse e fiz cara de indignada.
- Viu filha? Sua mãe vive me chamando de gulosa - disse e Jas resmungou.
- Isso, defende mesmo sua papa, vai virar uma bolinha se aprender a comer igual ela - Bu disse e Jas riu.
- Que isso Jas? Tá concordando com ela? - perguntei e Jasmine deu um gritinho.
Passamos a manhã inteira juntas e pedi para enviarem todos os papéis que vou usar para poder trabalhar em casa, ainda bem que sempre mantenho o escritório daqui organizado. Agora estou resolvendo alguns contratos que Patty me enviou, Bu estava me ajudando com algumas coisas na empresa, mas nossa pequena acordou com fome de novo, então ela está na sala com Jas. Saí do escritório e escutei um barulho de conversa na sala, Emilly tinha chegado para me ajudar e também visitar Jasmine e Bu.
- Oi Emi's - disse e ela me abraçou.
- Oi branquela, como você está? - Emilly perguntou.
- Estou bem, e você? – perguntei.
- Muito bem, aqui os documentos que você precisa assinar - Emilly disse me entregando um monte de papéis.
- Isso tudo? - perguntei e ela assentiu.
- Quem mandou não trabalhar? - ela disse e Bu riu.
- Ei, você deveria me defender - disse e Jas deu um gritinho. - Você também Jas.
- Desculpa Lu. - Bu disse rindo.
- Mas agora vamos ao trabalho porque quero aproveitar minha sobrinha. - Emilly disse.
- Então vamos para o escritório - disse e ela assentiu. - Você vem Bu?
- Não, vocês precisam se concentrar e Jas ama brincar - Bu disse e eu assenti.
Seguimos para o escritório e começamos a trabalhar. Emilly deu algumas idéias e aceitou a proposta de assumir como vice presidente da empresa quando Brunna assumir a empresa dela. Fizemos as pesquisas dos antigos funcionários para recontratá-los e algumas propostas para investirem na empresa.
- Por hoje acho que está ótimo, fizemos bastante coisas - disse e Emilly assentiu.
- Nem fala, mas já está tudo bem encaminhado, agora é só esperar Brunna assumir a empresa e pronto. - Emilly disse.
- Obrigada por me ajudar desde o primeiro dia que pisei naquela empresa - disse e ela sorriu.
- Amigo é pra isso, além do mais ver aquelas funcionárias gostosas é um privilégio - ela disse e eu ri.
- Vai brincando, Ju aparece aí do nada e acaba com você - disse e ela riu.
- Nem brinca, mas ela sabe que sou completamente apaixonada por ela - ela disse.
- Eu sei, a gente é trouxa demais pelas nossas mulheres, não vê a Patty e a Dai? - disse e ela riu.
- Elas eu não imaginava nem namorando sério, quem dirá casadas e com filhos - Emilly disse.
- Acho que tinha alguma coisa naquela faculdade, vocês saíram de lá tudo com aliança no dedo. - disse e ela riu.
- Provavelmente tinha - ela disse rindo.
Escutei um barulho na porta, e Bu apareceu.
- Vim chamar vocês pra lanchar, vamos? - Bu perguntou.
- Vamos, limpa aí Lud. - ela disse e olhei confusa.
- O que? – perguntei.
- A baba escorrendo pela Bru. - ela disse rindo e Bu corou.
- Isso não adianta limpar - disse e Bu corou mais ainda.
- Vocês... Vamos tomar café logo - Bu disse e rimos.
Passamos o final de tarde conversando e brincando com Jas que acordou com bastante energia vocal, ela dava uns gritinhos agudos que fiquei impressionada. Emilly foi embora e eu decidi jogar vídeo-game, Bu agora está deitada no sofá com Jas em cima dela e eu sentada no chão jogando vídeo-game. Senti um puxão de leve no meu cabelo e vi o sorriso banguela de Jasmine enquanto puxava meu cabelo.
- Você tá muito bagunceira garota - disse e ela deu um gritinho.
- Ela é muito apaixonada por você - Bu disse e eu sorri.
- E eu por ela, olha que coisinha gostosa - disse pegando ela no colo e levantando ela no ar.
- Cuidado, ela acabou de... - Bu ia dizer, mas Jas gofou. - Eu tentei avisar.
- Poxa filha, eu falo que sou apaixonada por você e você faz isso comigo? - disse e ela deu um gritinho abrindo um sorriso banguela.
- Toma, limpa a boca dela - Bu disse me dando uma fralda de boca e rindo.
- Ri mesmo Brunna. - disse e ela riu mais.
- Relaxa Lu, isso é normal. Essa foi só a primeira vez que isso aconteceu com você - ela disse rindo.
- Só pode fazer isso com sua mãe filha - disse olhando Jasmine que ria.
- Ela também quis premiar a papa dela - Bu disse rindo e Jas deu um gritinho.
- Qual foi filha? Tem que ficar do meu lado - disse e ela sorriu.
- A mamãe é muito mais legal né filha? - Bu disse e Jas deu um gritinho. - Viu?
- Como você me trai assim Jasmine? - perguntei indignada e ela deu um gritinho seguido de um sorriso. - Não adianta sorrir não, tô chateada.
- Poxa filha, sua papa ficou triste agora - Bu disse e Jas ficou séria. - Fala pra ela que ela é a melhor papa do mundo. - Jas deu um gritinho.
- Assim não tem como ficar brava com você - disse e Jas sorriu.
Ficamos assim até a hora do jantar, fizemos o jantar juntas enquanto cantávamos uma música para Jas que dava vários gritinhos, jantamos e subimos para o quarto de Jas que pegou no sono. Agora estou aqui na cama com uma Brunna nua dormindo em cima de mim, após uma maratona de sexo. Coloco ela ao meu lado e puxo ela para meus braços.
Galera vou ficar uns cinco dias sem postar pq eu perdi os proximos três capitulos aqui mais quando eu voltar vai ter uma maratona...
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