Chama a ambulância
Pov. Ludmilla
Respirei fundo e abri a porta dando de cara com Isabelle apontando uma arma e Jasmine ao lado dela.
- Mama - Jas disse e ia correr, mas foi segurada.
- Filha - Brunna disse chorando.
- Isabelle, vamos conversar. - pedi tentando me aproximar.
- Não temos nada pra falar, cadê o dinheiro? - ela perguntou.
- Está aqui. - disse colocando a maleta aberta num sofá. - Abaixa essa arma Isabelle.
- Não antes de vocês sofrerem. - ela disse e deu um tiro para o alto fazendo Jas chorar. - Cala a boca porra.
- Papa - Jas disse chorando.
- Isabelle, por favor, não machuca minha filha. - Brunna disse chorando e Isabelle riu.
- Essa garota aqui não era pra existir na vida da Ludmilla. - Isabelle disse sacudindo o braço de Jasmine. - Cala a boca porra.
- Mama - Jas disse chorando.
- Faz essa garota calar a boca. - Isabelle disse e deu um tapa na cabeça de Jasmine.
- Filha, olha pra papa. - disse e Jas me olhou.
- Papa - ela disse soluçando.
- Para de chorar e presta atenção na papa. - disse e ela assentiu.
- Ludmilla - Bu disse e soltei a mão dela.
- Lembra do que eu falei Brunna, olha pra papa Jasmine. - disse me preparando para bater em Isabelle. - Lembra daquela brincadeira que a mama não gosta?
- Lembo a de - Jas disse ainda chorando e interrompi.
- Essa mesmo, a gente vai brincar agora. - disse e ela assentiu.
- Faz essa garota calar a boca. - Isabelle disse apontando a arma para o alto.
- Bonequinha presta atenção que não pode errar, um - disse me preparando.
- Dois - Jas disse limpando as lágrimas.
- Três - disse e percebi Isabelle confusa.
-Já - Jas disse e dei um chute na direção do rosto de Jas que abaixou na hora.
O chute atingiu a costela de Isabelle que acabou deixando a arma cair no chão, dei um soco no rosto dela que a fez cambalear.
- Vai Brunna, vai. - gritei e Brunna pegou Jas e saiu correndo.
Dei quatro socos seguidos em Isabelle que conseguiu levantar e tentou pegar a arma no chão, pulei em cima dela segurando a arma junto com ela. Senti a arma ficando entre nossos corpos e ouvi um disparo, mas no calor do momento nem percebi em quem pegou, empurrei Isabelle no chão e dei mais socos na cara com toda a raiva que eu sentia, seu nariz e boca sangravam, dei mais alguns socos no cara dela que já estava irreconhecível e ela conseguiu me empurrar, percebi que sua barriga estava suja de sangue com uma perfuração, ela pegou a arma e fez alguns disparos para o alto, pulei em cima dela e tentei pegar a arma, mas senti meu ombro ser atingido por um disparo, dei um soco tão forte no rosto dela que ela caiu desacordada, minha roupa estava toda suja de sangue e senti algo queimar em mim. Peguei a arma e saí da casa segurando meu ombro que sangrava e caí no chão.
- Ludmilla - Brunna gritou e veio em minha direção.
- Chama a ambulância. - escutei Marcos falando.
- A Jasmine está bem? - perguntei baixo.
- Está no carro, fica comigo amor. - ela disse chorando.
- Está tudo bem princesa. - disse tentando tranquilizar ela. - Ela não vai mais machucar vocês.
- Eu te amo Lu - ela disse chorando e me beijou.
Pov. Brunna
- Quem vai na ambulância. - um paramédico perguntou.
- Eu - disse e ele assentiu. - Cuida da Jasmine pra mim.
- Claro Bru - Dai disse e entrei na ambulância.
Os paramédicos tentavam estancar o sangue que saía pelo seu ombro e Ludmilla foi ficando pálida.
- Não dorme, olha pra mim. - o paramédico disse. - Olha pra mim.
- Ela vai ficar bem? – perguntei.
- Esperamos que sim, não dorme, não dorme. - ele disse e segurei a mão de Ludmilla.
- Fica com a gente amor, você tem que brincar com nossos filhos e me esquentar no frio. - disse chorando e ela acariciou minha mão.
- Conversa com ela, ela não pode dormir. - o paramédico disse.
- Amor, nossa filha está esperando você pra brincar de boneca. Temos que assistir filmes juntas, você é forte, fica com a gente. - disse e ela sorriu fraco.
A ambulância estacionou e descemos, os paramédicos levaram Ludmilla numa maca e fui atrás, levaram ela para a sala de cirurgias e eu fiquei esperando na recepção. As meninas chegaram e os pais de Ludmilla também.
- Como ela está? - Silvana perguntou.
- Eu não sei, está em cirurgia. - disse e ela assentiu.
- Onde foi o tiro? - Renato perguntou.
- Foi no ombro, cadê Jasmine? – perguntei.
- Está com a Lari, vim levar você pra casa. - Patty disse e eu neguei.
- Eu não posso deixar a Lud aqui. – disse.
- A sua filha está com medo, precisa de você. Você coloca ela pra dormir e vou trazer você de volta. - Patty disse abaixando na minha frente.
- Tudo bem. - disse e ela me abraçou.
- Vai ficar tudo bem, aquela morena é muito forte. - Patty disse e eu assenti.
- Vocês vão ficar aqui com ela né? – perguntei.
- Claro filha, vai cuidar de Sofia e depois você volta. - Silvana disse e eu assenti.
Segui com Patty para casa, fomos em silêncio até chegar. Entrei em casa e vi minha filha chorando no colo de Lari, as outras meninas estavam com as crianças sentadas no sofá.
- Filha - Chamei e Jas me olhou.
- Mama - Jas disse descendo do colo de Lari e correu em minha direção.
- Eu te amo meu amor - disse pegando ela no colo e enchendo de beijos.
- Cadê minha papa? - Jasmine perguntou me abraçando forte.
- Ela está no hospital meu amor. - disse e ela fez biquinho.
- Tá dodói? - ela perguntou.
- Um pouco filha, mas sua papa é forte. - disse e ela assentiu.
- Quelo a papa. - ela disse e abracei-a forte.
- Senta um pouco Bru, lembra do bebê, foi emoção demais. - Lari disse e sentei no sofá.
- Toma essa água Bru. - Fê me entregou um copo de água.
- Obrigada meninas. - disse e elas sorriram.
- Você está sentindo alguma coisa Bru? - Ju perguntou.
- Não, só estou preocupada. - disse e ela assentiu.
- Depois quero fazer alguns exames com você. - Ju disse e eu assenti.
- Meninas? – Emilly disse entrando na sala. - Oi Bru
- Oi Emi's - disse e ela me deu um beijo.
- Acabaram de ligar do hospital e a cirurgia ocorreu muito bem. - Emilly disse sorrindo. - Ludmilla está dormindo ainda por causa da anestesia, mas está tudo bem.
- Eu quero ir para o hospital. – disse.
- Primeiro toma um banho e fica com Jasmine até ela dormir, ela já está com sono. - Lari disse e eu assenti.
Ajeitei Jasmine em meus braços que estava quase pegando no sono e dei uma mecha do meu cabelo na mãozinha dela. Deixei um beijo em seus cabelos e fiquei acariciando seu rosto, em questão de minutos ela pegou no sono. Subi com ela para o quarto e tomei um banho rápido e desci, as meninas me forçaram a comer dizendo que eu estava grávida e precisava me alimentar direito. A porta abriu e Patty e Daiane chegaram, Dai levou Fê e Maitê para casa, Ju foi com Emilly e Miguel, mas disse que qualquer coisa era para eu ligar. E agora estou na sala com Patty, Lari e Ra, que vão ficar com Jas essa noite.
- Pegou todos os documentos Bru? - Patty perguntou.
- Peguei, aqui a mochila da Jasmine, tem algumas roupas. - disse e ela assentiu.
- Pode ir tranquila Bru, nossa bonequinha vai ficar bem. - Lari disse e me abraçou.
- Obrigada Lari - disse e ela sorriu.
- Vou pegar a Jasmine. - Patty disse e subiu.
- Ela deve acordar um pouco inquieta. - disse e Lari assentiu.
- Vou colocar ela pra dormir comigo, hoje minha segunda esposa vai dormir comigo. - Lari disse e eu ri.
- Use camisinha. - disse e ela riu.
- Vamos? - Patty perguntou com Jasmine no colo.
- Vamos Amor, mas vamos deixar a Bru no hospital. - Lari disse. - Vem Ra.
Seguimos para o carro e fomos para o hospital, elas me deixaram e seguiram para casa. Entrei no hospital e os pais dela estavam sentados na recepção, sentei ao lado deles, Renato segurou minha mão.
- Como ela está? – perguntei.
- Está no quarto, mas ainda não acordou. - Renato disse.
- Parentes de Ludmilla Oliveira Gonçalves - um médico falou.
- Aqui - disse e levantamos.
- Sou Lucca Gray, médico responsável por ela. A paciente acordou e está chamando por "princesa". - ele disse e eu corei.
- Sou eu - disse e ele sorriu.
- Me acompanhem até o quarto da paciente. - ele disse e seguimos para o quarto. - Podem entrar, mas só um pode passar a noite aqui.
- Eu vou ficar. - disse e ele assentiu.
- Tudo bem, fiquem a vontade. - ele disse e entramos.
- Princesa - a voz rouca que eu tanto amo disse.
- Amor - disse me aproximando e dei um selinho nela.
- Não mereço nem um beijo? - ela perguntou baixinho e eu ri.
- Todos os beijos do mundo. - disse e ela sorriu fraco. - Eu te amo bebê.
- Também te amo princesa, cadê a bonequinha? - ela perguntou baixinho.
- Está com a Lari e a Patty, amanhã ela vem ver você. - disse e ela assentiu. - Está doendo muito?
- Não, só é desconfortável. - ela disse. - Oi mãe, pai.
- Eu deveria te bater por levar um tiro, mas estou tão orgulhosa de você. - Silvana disse.
- Você é uma papa incrível filha. - Renato disse.
- Só protegi minha filha. - ela disse baixinho e beijei-a.
- Eu te amo bebê - disse e segurei sua mão.
- Quando eu vou embora? - ela perguntou.
- Daqui alguns dias, felizmente a bala pegou num lugar fácil de retirar. - Renato disse e ela assentiu.
- Quero ir pra casa. - ela disse baixo.
- Tô amando você falando tão baixinho assim. - disse e ela riu.
- Licença, está na hora do remédio da paciente. - o médico disse entrando no quarto. - Está tudo bem senhora Oliveira?
- Sim, isso vai me fazer dormir? - Ludmilla perguntou.
- Um pouco. - ele disse.
- Você vai ficar aqui? - Lud perguntou.
- Vou bebê, vou ficar a noite inteira com você aqui. - disse e ela sorriu.
- Eu te amo princesa. - ela disse.
- Também te amo meu amor. - disse e dei um selinho nela.
- Filha, nós já vamos. - Renato disse.
- Tudo bem pai, desculpa a preocupação. - Lud disse baixinho.
- Um almoço lá em casa e tá pago. - Renato disse e beijou Ludmilla.
- Tchau minha filha, amanhã cedo estamos aqui. - Silvana disse e beijou Ludmilla.
- Tchau mãe, tchau pai, amo vocês. - Lud disse baixinho.
- Daqui alguns minutos ela vai pegar no sono. - o médico disse e saiu.
- Tchau Brunna. - Silvana disse.
- Tchau Sil. - disse e ela me deu um beijo.
- Tchau querida. - Renato disse.
- Tchau Renato. - disse abraçando-o.
Eles saíram e fiquei ao lado da Ludmilla, ela segurava minha mão e sorria fraco.
- Obrigada por proteger nossa filha. - disse e beijei-a.
- Sempre vou cuidar de vocês. - ela disse baixo. - Tô com sono.
- Dorme meu amor, eu vou ficar aqui esperando você. - disse acariciando seus cabelos.
- Assim vou dormir rápido. - ela disse baixinho.
- Pode dormir bebê. - disse e fiquei dando beijos em seu pescoço.
- Assim é maldade. - ela disse baixinho e eu ri.
- Dorme meu amor. - disse no ouvido dela acariciando seus cabelos.
Ela pegou no sono e eu deixei um beijo em seu rosto antes de sair do quarto. Fui até a recepção e pedi pra falar com o médico que está atendendo ela.
- Olá, me chamou? - o médico disse sorrindo.
- Sim, eu queria saber se está tudo bem com minha esposa. - disse e ele assentiu.
- Bom, a cirurgia foi um sucesso, ela acordou rápido e até o momento tudo está bem. Essa noite ela vai ser observada e se tudo estiver bem, daqui cinco dias ela está de alta, claro que sem fazer esforços e dentro de um mês ela está nova. - ele disse.
- Obrigada por ajudar minha esposa, sabe se aqui pode entrar criança? - perguntei e ele assentiu.
- Claro, só tem que trazer os documentos. - ele disse e eu assenti.
- Obrigada - disse e ele sorriu.
- Daqui duas horas vão levar o jantar dela e o seu. - ele disse e eu assenti.
Ele me respondeu sobre algumas questões, ele disse que vai ficar uma pequena cicatriz, mas que está tudo bem. Voltei para o quarto e sentei num banco que ficava ao lado dela, acariciei seu rosto, ela dormia tranquilamente.
- Fiquei com tanto medo de perder você. - disse e deixei uma lágrima cair.
Deixei um beijo em seus lábios e fiquei segurando sua mão gelada. Liguei para as meninas e avisei que estava tudo bem e elas disseram que amanhã virão ver a Lu. Fiquei mexendo no celular por um tempo, até que ela acordou com aquela voz rouca dela e a carinha de bebê com sono.
- Bu? - ela me chamou baixinho e acariciei seu rosto.
- Oi meu amor - disse e ela sorriu.
- Dormi muito? - ela perguntou.
- Não, foi só um cochilo. - disse e dei um selinho nela.
- Quero água. - ela disse baixinho.
- Vou pegar pra você. - disse isso até um balcão que tinha uma garrafa de água. - Aqui bebê.
- Obrigada. - ela disse inclinou a cama para beber água.
- Licença, trouxe o jantar das senhoras. - uma enfermeira entrou no quarto.
- Obrigada. - disse e ela sorriu.
- Como a senhora ainda está se recuperando, hoje é uma sopa bem leve. - a enfermeira disse e Lud fez uma careta.
- Pode deixar que ela vai comer tudo. - disse e ela sorriu.
- Com licença, daqui algumas horas venho dar o remédio. - a enfermeira disse e saiu.
- Bu, eu não quero comer isso. - Lud disse fazendo biquinho.
- Você vai comer, porque eu quero a senhorita bem forte. - disse e ela negou.
- Eu como outra coisa, isso não. - ela disse cruzando os braços.
- Você vai fazer tudo direitinho, porque eu estou grávida, meus hormônios estão completamente alterados, eu tô com muita vontade de ficar com você e se você não ficar boa logo, eu vou ter que fazer sozinha. - disse usando o que ela mais gosta contra ela mesma e ela assentiu.
- Me dá logo essa sopa. - ela disse e eu ri.
- Ótima escolha. - disse e ela riu. - Agora abre essa boquinha.
- Eu não sou um bebê - ela disse rindo.
- É sim - disse e dei um selinho nela. - Mas é minha bebê.
Ela jantou a muito contra gosto, mas comeu. Ficamos nos beijando até a enfermeira chegar para dar o remédio a Ludmilla que logo dormiu. Deitei numa poltrona reclinável e acabei pegando no sono ali mesmo.
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