Até seu sorriso
Dois dias depois
Pov Brunna
- Você acha que ele vai gostar desse carro? - perguntei nervosa enquanto saíamos do carro.
- Claro que vai Princesa, é uma Ferrari com controle remoto. - Lud disse pegando minha bolsa.
- Será que ele está bem? - perguntei e ela entrelaçou nossas mãos.
- Calma Bu, está tudo bem. - ela disse me puxando para um abraço.
- Eu tô nervosa. - disse e ela me aconchegou em seus braços.
- Vai dar tudo certo, mas você tem que ficar calma okay? - ela disse e beijou meus cabelos.
Ficamos alguns minutos assim até eu conseguir me acalmar, entramos para conversar um pouco com a diretora do orfanato e logo fomos liberadas para ir ficar com as crianças, mas já tinha avisado sobre querer falar com o Lorenzo. Percebi Lorenzo um pouco afastado das crianças e mexendo numa plantinha, o que deixava ele de costas para nós duas, a coisa mais fofa do mundo ele.
- É aquele ali Lud. - disse e Lud assentiu.
- Ele é pequeno pra seis anos, puxou você. - ela disse e fiz biquinho.
- Boba. - disse e ela beijou meu pescoço.
- Bom, o cabelo parece, mas eu quero ver o rosto. - ela disse e eu sorri.
- Ele está tão distraído com a plantinha. - disse e ela riu antes de assobiar.
- Tia Bru. - Lorenzo disse sorrindo largo e veio correndo.
- Oi meu amor. - disse pegando ele no colo.
- Você voltou. - ele disse se agarrando em mim.
- Voltei meu amor. - disse e beijei seu ombro.
- Você voltou mesmo, não mentiu. - ele disse me apertando mais.
- Então né, já está roubando minha esposa carinha? - Lud perguntou com aquela voz rouca dela.
- Quem é ela tia? - ele perguntou com o rosto escondido em meu pescoço.
- A minha esposa, eu não falei que ia trazer ela pra brincar com a gente? - disse e ele assentiu ainda com o rosto escondido.
- Ela vai brigar comigo? - ele perguntou tímido.
- Não, ela só quer conhecer você, fala oi pra ela. - disse e ele olhou pra ela.
- Puta que... - ela disse assustada e belisquei seu braço.
- Olha a boca. - disse séria e ela assentiu assustada.
- Oi - ele disse tímido.
- Oi carinha, qual seu nome? - Lud perguntou sorrindo.
- Lorenzo, eu pode brincar com a tia Bru? - ele perguntou e Lud sorriu.
- Claro que pode, mas só se eu brincar também. - Lud disse e ele sorriu com a língua entre os dentes - Brunna?
- Oi Lu - disse e ela me olhou.
- É ele, tem que ser ele, até seu sorriso com a língua entre os dentes ele tem. - ela disse e eu ri.
- Tia, eu vou pegar o carro tá bom? - Lorenzo disse e eu neguei vendo um biquinho se formar.
- Eu trouxe um carro pra você. - disse e ele abriu um sorriso.
- Pra mim? - ele perguntou e eu assenti sorrindo.
- Mas tem uma coisa, assim que a gente for embora vamos ter que levar ele. - disse e ele assentiu.
- Vem cá carinha. - Lud disse estendendo os braços.
- Tia Bru. - ele disse escondendo o rosto no meu pescoço.
- O que eu fiz? - Lud sussurrou e mandei um beijo no ar.
- Calma pequeno, ela é legal. - disse e ele se aconchegou em meus braços.
- Ela não vai bater? - ele perguntou com o rosto escondido no meu pescoço.
- Claro que não Bebê. - disse e ele olhou para Lud.
- Qual seu nome? - ele perguntou desconfiado.
- Ludmilla, você é muito bonito sabia? - ela disse se gabando por ele parecer com ela.
- Obrigado, você também é bonita. - ele disse e ela sorriu.
- E então, vamos brincar com o carro? - Lud perguntou estendendo os braços.
- Siiimmm - ele disse animado e se jogou nos braços dela.
- Você também gosta de bola? - Lud perguntou e ele assentiu.
- Eu gosto, mas não pode brincar com eles. - ele disse e colocou o dedo na ponta do nariz dela.
- E por que não? - Lud perguntou e ele mexeu no cabelo dela.
- Eles não gostam de brincar comigo. - ele disse triste.
- Não liga pra eles, agora você tem nós duas para brincar. - Lud disse e ele sorriu, mas logo ficou triste.
- Achou o seu bebê tia Bru? - ele perguntou e eu assenti.
- Achei. - disse e ele pediu pra descer do colo.
- Eu não quero mais brincar. - ele disse e saiu correndo para dentro do orfanato.
- O que foi? - Lud perguntou e senti uma lágrima cair.
- Será que ele não quer a gente? - perguntei e ela me abraçou forte.
- Licença, aconteceu alguma coisa? - Dove perguntou e eu tentava não chorar.
- Ele saiu correndo, não entendi. Estávamos conversando até que ele perguntou se tínhamos achado o nosso bebê e saiu correndo. - Lud disse e Dove assentiu.
- Vocês têm interesse nele? - Dove perguntou e eu assenti.
- A gente quer ele. - disse e senti Lud beijar meus cabelos.
- Então vocês têm que ser aberta com ele, o Lorenzo já sofreu muito, ele tem medo e acha que nunca vão adotar ele, tanto pela idade quanto pelo acompanhamento psicológico que faz. - Dove disse e assentimos.
- Nós queremos ele do jeitinho que ele é, a gente pode falar com ele? - Lud perguntou e ela assentiu.
- O quarto dele fica no segundo corredor a direita, quarto cinquenta e dois. - ela disse e assentimos.
Lud entrelaçou nossas mãos e seguimos para o quarto dele, depois de quase cinco minutos procurando, encontramos. Empurrei a porta devagar e vi Lorenzo no cantinho do quarto chorando agarrando seus joelhos.
- Bebê? - chamei e me aproximei dele.
- Carinha? - Lud chamou e me agachei em sua frente.
- Bebê, olha pra mim. - disse e ele olhou chorando.
- V-você vai...vai embora né? - ele perguntou soluçando.
- Vem cá, vamos conversar um pouquinho. - disse e puxei-o para meus braços.
Ele chorava ao ponto de molhar minha blusa, aconcheguei-o em meus braços e levantei com ele no colo, Lud nos abraçou e ficamos assim por longos minutos até ele se acalmar.
- Qual é a sua cama? - perguntei deixando vários beijos em seu rostinho.
- Ali, a verde. - ele disse suspirando e fomos até ela.
- É linda sua cama. - disse e sentei com ela na cama. - Lud, vem cá.
- Você vai embora? - Lorenzo perguntou me olhando.
- Não meu amor, queremos conversar um pouquinho. - disse e ele assentiu.
- Sabe carinha, eu gostei muito de você, a tia Bru também, você tem a beleza Oliveira, tem o sorriso Gonçalves, se bem que se você parecesse só com a Bu, eu iria amar. E a gente queria fazer duas perguntas. - Lud disse e Lore olhou curioso.
- Qual? - ele perguntou mexendo no meu cabelo.
- Você gosta da gente? - Lud perguntou.
- Gosto, olha tia Bru, esse é o meu carrinho. - Lorenzo disse mostrando um carro amarelo.
- Que lindo meu amor. - disse e ele desceu do meu colo.
- Vem tia Lud, vamos brincar. - ela disse puxando a Lud pela mão.
- Calma aí carinha, você não respondeu a outra pergunta. - Lud disse pegando ele no colo.
- A gente gostou muito de você sabia? - disse e beijei o rostinho dele.
- Gostou? - ele perguntou sorrindo.
- Sim meu amor, lembra que eu disse que achei meu bebê? - perguntei e ele assentiu triste.
- Você veio buscar ele? - ele perguntou triste.
- Ainda não, primeiro eu preciso saber se o meu bebê quer morar com a gente pra ajeitarmos as coisas lá em casa. - disse e ele assentiu.
- E então, o nosso bebê quer? - Lud perguntou e beijei os cabelos dele. - Não vai responder carinha?
- Mas eu não conheço o bebê de vocês. - ele disse triste e eu ri.
- O nosso bebê é você meu amor, você quer morar com a gente? - perguntei e ele olhou assustado.
- Eu? - ele perguntou.
- Sim, você carinha. - Lud disse bagunçando o cabelo dele.
- Você quer ser nosso bebê pra sempre? - perguntei e ele pulou no meu colo.
- Eu quero tia Bru. - ele disse me abraçando forte.
- Mas você vai precisar esperar um pouquinho okay? - disse e ele assentiu me olhando.
- Eu não ganho abraço? - Lud perguntou e ele foi para o colo dela.
- Bebê, você sabe que é um assunto muito importante né? - disse e ele assentiu. - Então você precisa ser sincero com a gente e com a tia Dove okay?
- Okay. - ele disse me olhando.
- Nós vamos falar com ela e depois ela vai querer conversar com você também, então você fala tudo que ela perguntar, se tudo der certo você vai poder ir logo logo pra casa com a gente.
- E eu vou poder chamar você de mamãe? - ele perguntou e eu assenti. - E você também?
- Não estou acostumada, mas se você quiser, pode sim. - Lud disse e eu ri.
- Que foi tia Bru? - Lore perguntou.
- É que os nossos filhos não chamam ela assim. - disse e ele assentiu.
- Então de que? - ele perguntou olhando para Lud.
- De papa e chamam a tia Bru de mama. - Lud disse e ele assentiu.
- Eu pode chamar também? - ele perguntou e eu assenti.
- Pode chamar sempre que quiser meu amor. - disse e beijei seus cabelos.
- Eu vou ter duas mães né? - ele perguntou e eu assenti.
- Você se importa de ter duas mães ao invés de ter uma mãe e um pai? - Lud perguntou e ele negou.
- Eu vou ter duas mães. - ele disse e começou a chorar.
- Ei, não precisa chorar carinha. - Lud disse e beijou seus cabelos.
- Vem cá meu amor. - disse pegando ele no colo.
Aconcheguei-o em meus braços e ele logo começou a brincar com meu cabelo, Ludmilla abraçou a gente e ficou acariciando os cabelos dele. Depois que ele se acalmou, ficamos dando muitos beijos nele até ele lembrar do carrinho, quando mostrei o brinquedo foi mais uma sessão de sorrisos, ele brincava com um sorriso enorme no rosto. Nós não estávamos diferente, a felicidade estava estampada em nosso rosto.
Depois de quase três horas brincando e eu cansar, fui falar com a diretora do orfanato para ver quando seria possível começar com as saídas enquanto Ludmilla ficou brincando com ele. Como nosso processo já está bem adiantando, ela liberou o final de semana com a gente, mas como o quarto que separamos para ele está vazio, o mais provável é dormir com a gente. Agora estou indo dar a notícia para as duas crianças jogadas no gramado, completamente suadas e rindo de alguma coisa.
- Crianças? - chamei e eles sentaram no gramado.
- Oi Bu. - Lud disse ofegante.
- A gente tem que ir Lu. - disse e vi Lorenzo ficar triste.
- Você não vai me levar mais? - Lorenzo veio até mim.
- Lembra que eu falei que precisamos ajeitar tudo? - disse me agachando em sua frente.
- E depois eu vou com vocês? - ele perguntou e eu assenti.
- Eu e a tia Lud vamos resolver todos os documentos primeiro, vamos ajeitar seu quarto e depois vamos levar você. - disse e ele assentiu.
- Quando vocês vão voltar? - ele perguntou mexendo no meu cabelo.
- No sábado de manhã, você vai tomar café lá em casa e vamos passar o final de semana juntos. - disse e ele sorriu largo.
- Dois dias? - ele perguntou animado.
- Uhum, e domingo a tarde a gente traz você de volta, pra diretora daqui deixar você ir mais vezes, até você poder ficar com a gente pra sempre. - disse e ele assentiu sorrindo.
- Tá bom tia Bru. - ele disse e me abraçou.
- Tchau meu amor, fica bem hm? A tia Bru volta no sábado, então arruma sua mochila amanhã a noite. - disse e enchi ele de beijos.
- Tá bom tia. - ele disse e beijou meu rosto.
- Agora dá tchau pra tia Lud. - disse e ele correu para os braços dela.
- Tchau tia Lud. - ele disse e beijou o rosto dela.
- Tchau carinha, se cuida okay? E qualquer coisa pede para a Dove ligar pra gente. - Lud disse e encheu ele de beijos.
- Agora vai lá tomar um banho bem tomado e depois tomar café, já estão servindo o lanche. - disse e ele assentiu sorrindo.
- Tchau tias. - ele disse acenando e saiu correndo.
- E aí? - perguntei vendo o sorriso bobo da Lud.
- Esse garoto é um Gonçalves Oliveira, tenho certeza disso. - Lud disse e eu sorri.
- Agora vamos pra casa azedinha. - disse e ela me deu um selinho.
(...)
Pov Ludmilla
- Eu quero vocês acordados bem cedo no sábado num ótimo humor. - disse e meus filhos fizeram careta.
- É sábado papa. - Te disse e eu arqueei a sobrancelha. - Sim senhora.
- Obrigada. - disse e fui até a cozinha.
Entrei e Bu estava apoiada na bancada enquanto mexia no celular, me aproximei abraçando-a por trás deixando um beijo em seu pescoço.
- Amor, tem que comprar algumas roupas pra ele. - Bu disse e voltou a mexer no celular.
- Mas comprar antes dele vir? - perguntei e ela assentiu.
- Pra ele poder sair com a gente Lu, nós não ligamos se as roupas dele são bem simples, mas não suportaria ninguém destratando meu filho dentro de um shopping. - ela disse e eu assenti sorrindo.
- Nosso filho Bu, nosso. A gente compra amanhã algumas coisas, semana que vem mando arrumar o quarto dele. - disse abraçando ela pela cintura.
- Dos carros tá? - ela disse e eu assenti.
Selei nossos lábios num beijo calmo e tranquilo, sua mão subiu até meu rosto fazendo um leve carinho enquanto eu explorava cada canto da sua boca, apertei-a em meus braços e ouvi um gemido gostoso, finalizamos o beijo e ela me olhou sorrindo com a língua entre os dentes.
- Eu amo você minha latina. - disse e ela beijou a ponta do meu nariz.
- Você é tão perfeita. - ela disse e escondeu o rosto no meu pescoço. - Amor?
- Oi princesa. - disse e aconcheguei-a em meus braços.
- Obrigada por me fazer a mulher mais feliz do mundo, por cuidar de mim, da nossa família, por tudo. - ela disse e eu sorri feito uma boba apaixonada.
- Sempre vou cuidar, falando nisso já está na hora do seu remédio. - disse e ela fez biquinho.
- Eu odeio tomar remédio. - ela disse com carinha de choro.
- Eu sei Amor, mas a Demi pediu pra você ficar pelo menos mais duas semanas tomando até controlar totalmente. - disse e ela cruzou os braços.
- Eu não quero Lu. - ela disse e beijei seus cabelos.
- É rápido. - disse e fui pegar o remédio.
- Eu não gosto Lu. - ela disse e entreguei o remédio.
- Se você tomar a gente vai tomar sorvete no final da cidade. - disse e ela tomou o remédio.
- Argh, eu quero meu sorvete. - ela disse fazendo uma careta.
- Vamos subir pra dormir? Já falei com as crianças, você viajou no celular. - disse e ela estendeu os braços.
- Me leva? - ela pediu e peguei-a no colo.
- Muito manhosa mesmo. - disse e ela entrelaçou suas pernas em minha cintura.
- Você que me acostumou mal. - ela disse e escondeu o rosto no meu pescoço.
- Nunca mais mimo você. - disse saindo da cozinha.
- Mas tem que mimar, estou com cólica Amor. - ela disse manhosa.
- Já faço passar hm? - disse e subi as escadas.
- Boa noite filhos, amo vocês. - Bu disse de longe.
- Eu também, e não esqueçam do que conversamos. - disse e ouvi eles responderem.
Segui para o quarto com ela no colo e coloquei-a na cama, tirei meu short como de costume e deitei na cama. Em questão de segundos Brunna já estava em cima de mim com o rosto escondido em meu pescoço, abracei-a pela cintura aconchegando ela em meus braços, geralmente a cólica dela passa assim. Alguns minutos depois escuto um ressonar bem baixinho, ela havia dormido agarrada a mim. O sono era questão de minutos, já que o remédio é justamente para ajudar no sono dela, ela está tomando esse remédio um pouco mais de um mês, Demi disse que era necessário para regularizar o sono dela, que desde o acontecido com Caio estava bastante conturbado. Fiquei pensando no meu em breve filho, ele é uma cópia da Brunna no quesito manha e fofura, enquanto Brunna estava falando com a diretora fiquei brincando com ele, Lore como começamos a chamá-lo, disse que gostava muito de corridas e animais, até perguntou se poderíamos ter um cachorro, mas logo disse que não porque Brunna tem alergia, ele entendeu todo compreensivo dizendo que ia me ajudar a cuidar dela, que não ia deixar nenhum bicho chegar perto com pelos. Tem que ser ele, tem que ser, confesso não ter imaginado isso, outro filho, outra criança correndo pela casa, mas estou adorando ter aquele garotinho com a gente, nosso Lorenzo Gonçalves Oliveira.
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