Prologue
As luzes vermelhas, azuis e brancas irradiavam a Rua Climmtown as exatas três horas da manhã, fazendo toda a vizinhança se perguntar o porquê de toda aquela agitação desesperada. O barulho das sirenes poderia ser ouvido há quarteirões dali, já que em meio ao silêncio da cidadezinha calma, nunca houvera tanta bagunça sonora assim. A noite pouco fria e abafada continha a presença da Lua cheia e iluminadora, fazendo com que tudo ficasse ainda mais visível em meio a escuridão. Vestindo seus roupões de banho e pijamas, os moradores começaram a deixar suas casas á procura de respostas, se deparando com uma grande confusão em frente à casa do homem mais estranho da cidade.
– Lúcius Ulric Jones, Sabemos que está ai, só queremos realizar um acordo. – Com um megafone, um dos negociadores da polícia dizia lentamente em direção a casa, várias vezes, fazendo com que todos pudessem escutar. – Precisamos saber se a garota, Savannah Beckers, ainda está viva. Se entregue e deixe-nos socorrê-la.– De fato, se o acastanhado estivesse realmente em casa, ele iria rir, rir da falsa esperança que os policiais medíocres e despreparos daquela pobre cidade, Cedartown, tinham.
Morgan Stolan, Dion Kinnel e Marta Ray eram alguns dos vários outros jovens que foram encontrados mortos e sem os seus mais importantes órgãos semanas após de serem dados como desaparecidos. Savannah fora a última a sumir sem dar pistas, mas por um descuido do tenebroso e pouco sociável morador da cidade, Lúcius, apontou para si nas investigações; deixando que fossem até ele sem nem mesmo pensar nas possibilidades, era totalmente claro que o homem era o Mutilus Killer, famoso Serial Killer que mexia com a cabeça das autoridades de todos os mais variados locais da Geórgia desde 1992.
Não era de se impressionar que aquela seria a terceira vez que ele estava atacando, todos sempre procuraram pela pessoa errada. Um homem, talvez cirurgião ou açougueiro, velho, forte e másculo, não era o que o assassino aparentava ser. Leonard em 92, Lander em 94 e agora Lúcius em 97, foram interpretados perfeitamente por apenas uma só pessoa, que se encontrava diferente em todas essas datas e não tardaria estar para a próxima, já que havia se deslocado novamente há alguns dias, pois sua tacada era sempre antes das demais, seus erros eram percebidos e consertados antes que qualquer outra pessoa o fizesse.
E mais uma vez, ele acertou, agiu mais rápido e se livrou dos restos de sua última farsa, levando consigo mesmo a única coisa que importava: o interior amável de suas vitimas, que logo teriam suas mais valiosas entranhas dentro de pessoas espalhadas pelo mundo, bocas sedentas e doentias por carne humana ou refrigeradores especiais junto a outros tesouros da mutilação.
Não bastou muito para que invadissem simples e pequena casa de Lúcius, encontrando inesperadamente o corpo já em decomposição da garota ruiva estirado na sala de estar, nu e costurado cuidadosamente como os outros sete corpos nos últimos cinco anos; sem diferença alguma a não ser de um pequeno bilhete colocado em forma de cartão sobre sua cintura magra e pálida.
A perícia cuidadosamente agarrou o papel, e juntos, todos que deram seu sangue e suor para pegar o fugitivo conhecido, se reuniram para ler as últimas palavras dele, o Multilus Killer: que mais uma vez havia escapado de suas mãos feito água numa peneira. Aquele momento arrepiou todos e um vento gelado bateu contra seus corpos em frente ao cadáver da garota, Savannah. Escrito a tinta, com uma caligrafia impecável lá estava o recado:
Até 2001.
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