° I Fucking Meet You °
❇ Uma história na qual Harry é viciado em cocaína e álcool, mas encontra uma esperança em Sky.
Harry Styles
12 de Outubro de 2015.
Ela veio para cá já faz cinco meses, eu acho. Ela está neste bar fudido no suburbio de Londres servindo bebidas e eu não consigo parar de notar sua presença desde que chegou.
A mulher se destaca por um simples motivo. Seu jeito ingênuo e gentil não se mistura com a amargura e malícia desse bar e isso atrai vários demônios que sempre querem tirar isso dela, mas ela nunca se abalou por pouco. Veio blindada para cá, já eu, entro sangrando como sempre. Mais uma briga na qual eu sempre caio e o sangue que escorre é o meu. Tudo começou quando eu me tornei amigo de Brad e ele é amigo de um traficante. Brad se drogava e eu acompanhava agora eu sou um maldito viciado em cocaína que não sabe como sair disso, um viciado em cocaína que briga por aí por nada, um viciado em cocaína que às vezes deve, um viciado em cocaína que também é viciado em cerveja, whisky, vodca, em tudo que tenha álcool que é encontrando em bares.
Um maldito viciado que perdeu a família por isso, mas eu já não tenho como voltar atrás.
Me sento, onde sempre sento. Perto da parede cor de vinho bem e de frente da bancada marrom escuro de madeira verdadeira e de qualidade. Me sento sempre aqui pois assim a cerveja chega mais rápido, fico escorado na parede e o melhor dos motivos ninguém me perturba. Exceto Tom, que sempre me cobra e ela que sempre toca meu ombro e sorri pequeno e às vezes triste me entregando o copo com o álcool da vez. E quando vai embora sempre deixa no meu lado uma rosa, às vezes tulipa. Sempre vivas, algo intenso me faz não querer morrer, me faz querer voltar atrás, mas quando acordo no dia seguinte eu me sinto longe demais para voltar e tudo repete mais uma vez.
Assim que me sento, eu a procuro e ela estava lá, nos fundos atendendo um casal de turistas. Dessa vez ela sorria mais e conversava sobre algo que não conseguia adivinhar mas ela sorria e afastava algumas coisas que escureciam o lugar.
— O que vai ser hoje Harry? -Tom pergunta e solta o ar impaciente como sempre. Ele não gosta de pessoas como eu, mas quem iria gostar?
— Cerveja. -Murmuro e me viro o olhando. Tom balança a cabeça em afirmação e me olha com negação. Ele não gosta que ninguém a olhe. Ele protege ela mas não é o pai dela, ele apenas sabe sobre como os demônios podem ser perigosos com um ser tão luminoso quando o perigo não está no próprio ser.
Tom me da cerveja e eu bebo. Ela atende as pessoas que chegam e eu bebo. Homens mexem com ela e eu bebo. Tom pede para ela ligar a tv pois o clássico do futebol começou e eu bebo. Ela atende mais pessoas e eu bebo. Um homem chega a procurando e ela não quer vê-lo e eu bebo. Tom fica nervoso porque seu time está perdendo e eu bebo. Eu vou ao banheiro e assim que saio me esbarro nela. Ela sorri e pede desculpas. Eu consigo sorrir para ela de volta mas depois volto e bebo novamente. O jogo acaba e as pessoas começam a ir embora e eu bebo. Ela começa a arrumar as cadeiras e eu bebo. Ela varre e eu bebo. Tom começa a desligar as luzes e eu termino de beber. Ela lava o copo e põe no lugar e então passa por mim, deixando uma rosa amarela a minha frente. O cheiro dela se mistura com o álcool mas ainda sim, continua puro e belo.
— Me pague logo, moleque. Tenho que ir para casa. -Tom fala e eu coloco a mão nos meus bolsos, não encontro a carteira. Eles pegaram minha carteira para pagar a cocaína.
— Não tenho nada. -Falo e me levanto e sinto tudo girar, então não consigo ficar parado, dou um passo para trás e me seguro na cadeira que estava sentado.
— Porra moleque! Você não vai sair daqui até me pegar o que deve! -Tom fala e grita fazendo minha cabeça doer.
— Mas eu não tenho nada. -Repito. E então Tom me puxa pela camisa, me segurando pelo colarinho. Logo eu vejo ela abrindo a porta. Tom não liga, mas ela se assusta mas eu não queria que se assustasse.
— Vou deixar seu outro olho roxo rapaz, me pague logo, merda. -Tom fala e levanta o braço que não me segurava e direciona em minha direção com punhos fechados. — Me pague logo merda.
— Eu não tenho nada! -Repito já ficando impaciente. Queria ir embora agora, mas o mais velho já estava levantando o braço para me socar.
— Tom espere! -Ela grita, corre até Tom e segura sua mão. — Eu pago. -Fala e eu não consigo dizer nada, apesar de não querer deixar. Eu só quero vomitar e dormir agora.
— Vai pagar a dívida desse fudido, Sky? -Pergunta com certa ironia e ela balança a cabeça em afirmação e então abre a bolsa e tira o dinheiro da carteira e deixa em cima da bancada.
— Deixa ele ir agora. -Pede. Tom me solta, eu caio sentado no chão, não sinto vontade de levantar.
— Garoto é melhor nunca mais voltar aqui. –Tom fala, não é um pedido é uma ordem dele. — Não quero viciados em outra coisa aqui que não seja álcool. -Tom fala sério. Ele sabe que não bebo apenas bebidas alcoólicas pois sempre que chego aqui estou fedendo a maconha apesar de cheirar cocaína, ando com que fuma maconha e isso avisa a todos que sou um viciado em drogas ilegais também.
Não respondo Tom, ele vai embora e ela permanece. Ela se agacha e me olha. Ela solta um suspiro.
— Tudo bem? -Ela coloca a mão em meu ombro. Eu não respondo, viro meu rosto. Não queria que ela ficasse perto de mim, não quando eu estou assim. — Eu posso te levar para casa. -Ela sorri pequeno, sorri triste.
— Não tenho casa. -Resmungo.
— Bem, pode ir para minha. -Ela fala e eu suspiro.
— Vou sujar. -Falo. Ela não pode ficar perto de mim. Vou manchar ela e eu não quero. Fiz o mesmo com minha mãe e agora ela só vive triste e eu não consigo mudar isso.
— Eu não ligo, hoje está frio, não quero que passe frio. -Fala gentil. Por que ela é assim? Por que ela insiste? Mesmo negando várias outras vezes ela insiste várias outras vezes e acaba vencendo. Entro no seu fusca velho e branco que cheirava a flores. Várias flores diferentes que estavam juntas no banco de trás. Ela dirige mas não lembro de muita coisa depois disso, apenas me lembro da água, ela me tocando como se estivesse dando banho em um bebê. Me lembro de uma luz e ela lendo e escrevendo. Depois tudo fica escuro e triste.
...
Pov Sky
13 de Outubro de 2015.
Acordo assustada mas com nada que me lembro de ter me assustado. Apenas acordo. Olho em volta e vejo alguns papéis na mesa e vários outros caídos no chão. Merda. Olho para janela que não estava inteiramente fechada a minha frente. Eu corro até a janela e a fecho. O vento frio vinha devagar para Londres, trazendo aos poucos o inverno.
Pego meus rascunhos de estudo e os deixo desorganizados em cima da página do meu livro em seguida o fecho. Eu estudo enfermagem mas trabalho todas as noites com o Tom para pagar as despesas, não é o melhor trabalho do mundo mas me ajuda.
Eu olho para o sofá e seu imenso corpo ainda dormia desconfortável lá. Harry, ele sempre está lá, desde que cheguei. E sempre está triste, bem, algumas pessoas tristes vão para lá também, mas quase nunca permanecem tristes por tanto tempo. Ele apenas está lá,apenas triste mas ontem ele conseguiu sorrir e foi bom saber que ainda pode sorrir. Ele se destacou para mim, porque de certa forma, ele consegue ser diferente. Ele está lá porque precisa de ajuda, precisa de alguém que o ajude e ninguém aparece. Eu apareci, mas não sei se estou aqui para ajudá-lo, afinal tenho outras coisas para resolver, no entanto, eu o ajudei essa noite e foi bom. Porque ele não me olha como os outros homens, mais esperança em mim de que haja nele algo bom.
Eu passo a mão nos meus cachos que estavam de lá, de cá, em toda parte e os junto para uma só direção, para um rabo de cavalo e o prendo. Eu pego minha cafeteira velha e faço café. Quando pego o açúcar eu escuto passos. Sei que é ele então não acho estranho ou me assusto.
— Obrigada. -Ele murmura apenas e me viro olhando. Ele caminhava para fora, parecia um zumbi, mas não podia deixar ele só, não agora, porque sei que ele vai fazer tudo de novo e se ele voltar para o bar do Tom não será bom. Pois Tom não gosta dele, porque ele cheira a problema. Sempre está machucado, sempre está drogado. Não posso deixar isso se repetir, não hoje. Escolhi deixá-lo ficar, decidi ficar perto dele e o conhecer.
— Espere! -Falo alto e ele para de andar. — O café está pronto.
...
Pov Harry
15 de Janeiro de 2016.
Ela me fez ficar e assim ela ficou perto de mim. Nos conhecemos. Merda, eu me apaixonei por ela e pior, ela se apaixonou por mim também, ela ainda não disse, ainda não nos beijamos mas aquela sensação existe quando estamos juntos. Mas não, as coisas não ficaram mais fáceis. Eu não deixei de ser um fudido, maldito e complicado. Eu continuei cheirando cocaína e acabei traficando um pouco de droga, transportando e pegando o dinheiro. Cavando meu próprio abismo. Ela me achava na rua tarde da noite, drogado e passando frio, me levava para seu apartamento e cuidava de mim. Ela tentava me fazer parar, ela lia livros de psicologia além de estudar enfermagem. Ela lia livros sobre viciados, mas não agia como uma psicóloga ou se agia eu nunca notava como ela me fazia parar, como ela me curava aos poucos, ela sempre estava calma e gentil, sempre me mostrava outras coisas e me distraía e aos poucos, com passos bem devagar, eu parava de vender as drogas, saindo com cautela do tráfico e agora, somente, há duas semanas atrás que eu consegui ficar limpo, limpo de cocaína, limpo de álcool e não é fácil, não está sendo fácil. Ela sabe disso e já falou para eu ir a encontros mas eu nunca tive coragem. A verdade é que eu não me sinto pronto para nada disso, facilmente fico nervoso, eu fico roendo minhas unhas, fico agitado e as vezes vomito mas ela age com calma passa a mão em minhas costas e me enche de amendoim ou balas de goma, mantém minha boca ocupada e o seu apartamento tem perfume de várias flores, de rosas, girassóis, tulipas e de várias outras então a vontade de cheirar a cocaína passa. Mas quando ela não está aqui, quando está estudando ou trabalhando tudo vem como avalanche e eu não consigo ficar quieto, molho suas flores, que ela vende todas as manhãs de sábado numa feira perto de um parque. Sky sonha em ter uma floricultura.
Depois das plantas eu lavo a louça, como bala e amendoim mas não adianta. Continuo inquieto então eu saio do apartamento e fico andando por aí, uma vez eu quase cheirei cocaína de novo, mas me lembrei dela e decidi voltar.É engraçado mas de um jeito estranho eu sempre volto para Sky. E Sky sempre me pede para voltar para minha mãe,para que ela não fique mais tão triste,mas eu não me sinto pronto ainda. Tudo em seu tempo, tudo devagar, porque não posso ir rápido,então simplesmente fico e volto para Sky até está pronto para voltar para minha mãe também.
Agora, Sky está estudando e eu precisava fazer algo e me distrair. Então após da uma volta por Londres, decidi cozinhar uma janta para ela. Eu fui em uma livraria e comprei um livro de receitas, decidi arriscar e fazer lasanha então fui ao mercado e comprei os ingredientes. Eu quis comprar vinho, mas estava limpo então comprei suco de uva. Eu também comprei sorvete de pistache que é o seu favorito.
Sky, ela é tudo. Ela brilha, ela nubla e ela troveja e chove. O contraste da minha pele branca combina com a sua pele marrom, quase como ouro, mas se torna uma tela. Ela fica vermelha quando a elogio, ela fica triste quando me acha perdido na rua e seus olhos verdes, como os meus ficam mais claros e se tornam como espelhos d'água e quando ela fica feliz os seus olhos ficam iguais aos de uma esmeralda. Ela fica brava, quando os homens abusam de sua paciência no bar e seus olhos ficam escuros e trovejam. Ela também parecia quebrada quando perguntei do homem a procurou no bar no dia que ela me levou para o seu apartamento, era um ex namorado e ela parecia que iria chorar se me contasse sobre ele então preferiu o silêncio. Ela é o céu, nunca é a mesma, não parece a mesma para mim e sempre me dá a chance de começar de novo, de não desisti de novo. É bom está com ela porque mesmo sendo diferente todos os dias, ela continua tendo o sol e me dando a chance de mais um dia ao seu lado.
Já eram 23:47 e tudo estava pronto. A mesa com a lasanha que eu acho que ficou boa. Os copos com o suco de uva. Rosas na mesa para enfeitar e dá mais um pouco do aroma perfumado ao local. E por fim, o álbum do Stevie Wonder estava pronto para tocar. Estava tudo pronto, para agradecê-la por tudo que ela fez por mim na melhor maneira que eu posso fazer hoje.
Não demora muito e eu escuto o barulho das chaves e ela abre a porta. Tudo esta escuro porque eu queria que ela tivesse essa surpresa. Então ela fica calada também assim que entra, talvez tenha estranhado o silêncio. Ela fica parada na porta.
— Harry? -Ela me chama e fico quieto. — Harry, eu cheguei. -Sky repete e então acende a luz. Quando ela olha em direção a cozinha ela sorri surpresa.
— Estou aqui. -Falo e mexo meus ombros sem jeito e sem saber o que dizer de melhor.
— Está sim. -Sky sorri. Ela ainda estava surpresa e olhava a mesa com atenção e isso fazia seus olhos brilharem mais. Ela fecha porta e tranca. — Harry, isso é lindo. Eu... Eu nem sei o que dizer. -Ela fala sem jeito e deixa a bolsa no sofá e caminha até o sofá.
— Obrigada Sky. Por não ter me deixado, por ter ficado. Não sei como explicar isso como sou grato, você ficou mesmo nas noites que eu gritava para você ir. -Falo rápido e seguro meus dedos para não me perder. Iria continuar mas ela segura minha mão e sorri.
— De nada. -Ela sussurra me olhando e sorrindo. Seus olhos brilhavam, como se o sol já estivesse nascido no seu céu.
— Eu sou um fudido e você sabe, então... Bem, obrigado. -Repito o agradecimento e coça minha nuca.
— Não vai me convidar para sentar? -Ela fala sorrindo. Ela parece perceber meu desconforto que não é tão discreto assim. Eu balanço a cabeça em afirmação e então puxo a cadeira para ela se sentar e ela se senta. Ela olha para o copo com suco de uva, parecia desconfiada e me olha.
— Suco de uva. -Explico e ela sorri mas não diz nada sobre. Então eu me sento.
Nós começamos a comer. Ela elogiou minha lasanha e disse que eu já podia ser chefe de cozinha dela e fazer seu jantar todas as noites, eu sorri e concordei. Eu tinha amado essa ideia. Depois ela me contou sobre como foi sua aula e em como seu professor de bioquímica deixa ela estressada mas que apesar disso, ela está aprendendo e é isso que importa para ela. E no fim ela me contou como foi no Tom que foi o mesmo de sempre, um lugar horrível para ela mas que ela já está para sair porque encontrou um galpão onde as finanças cabiam no que ela tem e ela abriria logo sua floricultura, fiquei empolgado enquanto ela falava sobre isso então depois foi minha vez de dizer para ela como meu dia havia sido que não foi tão agitado como o dela mas mesmo assim ela foi uma ótima ouvinte, como sempre. Então assim que terminamos de comer, eu me levanto e estico minha mão para ela a convidando para dançar, ela aceita e eu início a música do Stevie Wonder. Golden Lady.
Eu chego minha boca perto do seu ouvido e canto para ela enquanto nossos corpos se movem devagar de um lado para o outro.
Looking in your eyes
(Olhando em seus olhos)
Kind of Heaven eyes
(Olhos celestiais)
Closing both my eyes
(Fechando meus olhos)
Waiting for surprise
(Esperando surpreender)
To see the heaven in your eyes is not so far
(Para ver o paraíso em seus olhos não está tão longe)
Cause I'm not afraid to try and go it
(Porque eu não tenho medo de tentar e ir)
To the love and the beauty never known before
(Para o amor e a beleza nunca antes conhecidos)
I'll leave it up to you to show it
(Vou deixar por sua conta mostrar)
Sky me olha e eu sorri para ela e então seguro sua mão e ela gira seu corpo e volta para mais perto de mim depois. Continuo a cantar para ela.
And Golden Lady,Golden Lady
(E dama de ouro, dama de ouro)
I'd like to go there
(Eu gosto de ir lá)
Golden Lady, Golden Lady
(Dama de ouro, dama de ouro)
I'd like to go there
(Eu gosto de ir lá)
Take me right away
(Leve-me agora)
Seguro as mãos de Sky e ela ri quando eu aproximo suas mãos pequenas em minha boca e beijo cada uma delas. Canto para ela novamente.
Looking at your hands
(Olhando para suas mãos)
Hands can understand
(Mãos podem entender)
Waiting for the chance
(Esperando por uma chance)
Just to hold your hand
(Apenas para segurar sua mão)
A touch of rain and sunshine made the flower grow
(Um toque de chuva e raio de sol fez a flor crescer)
Into the lovely smile that's blooming
(Dentro do sorriso lindo que está florescendo)
And it's so clear to me that you're a dream come true
(E está claro para mim que você é um sonho se tornando realidade)
There's no way I'll be losing
(Não há maneira de eu perder)
Nesse momento, Sky estava sorrindo muito, seus lábios não se moviam muito e o sorriso permanecia em seu rosto, naquele momento eu entendi. Ela nunca foi amada de verdade e sorria porque eu a estava amando como ela deve ser amada, dando a ela a realidade de ser amada, seus olhos brilhavam tanto e ela parecia chorar a qualquer momento, eu sei que ela tem dores e feridas que ainda não sei eu percebi isso mas jamais imaginaria que era por aguar o bom do amor. E mesmo sendo esse maldito e complicado sem garantias de que essa sensação e controle vão permanecer amanhã, eu fui capaz de fazer ela se sentir amada. Então, enquanto o refrão era cantado pelo Stevie eu a puxei pela nuca, ela fica na ponta do pé e eu a beijo. Como uma explosão do ano novo. Uma renovação, as últimas gotas se derramando em mim para me dar a cura. Eu estava mesmo tendo algo para não querer desistir.
Nossos lábios se moviam com calma mas tudo que sentia era intenso. Minha mão desce da sua nuca e vá para suas costas hoje ligeiramente a puxo para mais perto de mim. Ela suspira baixinho e volta a me beijar, o beijo que apesar de ter um pouco do gosto de lasanha estava doce. Sky segura meu rosto e dá um selinho em meus lábios então me olha e sorri. Não falamos nada, mas eu a beijo de novo devagar mas foi rápido pois Sky começou a puxar minha blusa para cima e então parei o beijo para que ela terminasse de tirar e em nenhum momento seu olho se desviava do meu. Assim que ela tirou minha blusa eu tirei a dela sem parar de olhá-la. Depois de tirar sua blusa e jogá-la em qualquer lugar daquela cozinha minúscula eu a puxo para mim e dou impulso para que ela pulasse e encaixasse suas pernas em volta do meu quadril e assim ela faz. Eu a beijo novamente e ando desajeitado até cair na sua cama. Ela em cima de mim. Eu levo minhas mãos para seus cachos e sorrio ela aproxima os lábios de mim e me beija então eu aproveito e tiro dela o sutiã. Sky beija meu peitoral e vai descendo, meu corpo arrepia e eu fecho meus olhos até seus lábios chegarem na minha calça. Ela desabotoa a mesma e com minha ajuda tira ela e a minha cueca.
— Onde tem camisinha aqui? -Pergunto e mexo meu corpo para que meu braço possa alcançar a gaveta da cômoda ao lado da cama. Sky segura minha mão e me beija. Eu me deixo levar em seu beijo. Ela abre a segunda gaveta e enfia sua mão lá dentro não demorando em pegar a camisinha. Ela abre o pacote e me olha eu balanço a cabeça devagar e ela coloca a camisinha em mim. Então eu a puxei para meu colo e passo a minha mão na sua barriga, o corpo dela se arrepia, eu desço minha mão até sua calça e então tiro a mesma e em seguida a calcinha. Eu a olho e seguro seu queixo puxando para beijá-la.
— Relaxe. -Sussurro e então eu mudo a posição e entro nela devagar. Olho para Sky enquanto começava a me mexer dentro dela. Ela fecha seus olhos e morde os lábios. Eu continuo com os movimentos, mexendo meu quadril, entrando e saindo mas tudo devagar. Eu solto um gemido bem baixo começando a sentir de fato o prazer. Sky abre seus olhos e coloca os dedos em volta da minha corrente e me puxa me beijando novamente. Eu então decido ir mais fundo, durante o beijo e isso faz ela parar e gemer. Sua mão segura meu ombro e eu continuo a ir mais fundo,mais rápido e ela geme baixinho e morde seus lábios. As unhas cravaram em minha pele me arranhando e eu continuo, indo mais rápido, vai ficando mais quente. Ela geme, eu solto gemidos também sua mão vai para meu peitoral e os corpos se invertem. Ela me deita e então rebola. Eu mordo meus lábios,não consigo fechar meus olhos e parar de olhá-la e nem ela. Ela apóia em meu peitoral e começa a rebolar com mais intensidade os seus gemidos aumentam e seu corpo estava suando. Eu sentia que estava perto de gozar. Como sei que ela também estava. Me sento e ela simplesmente joga a cabeça para trás. Coloco minhas mãos na sua cintura e mexo ela em mim mas dando mais autonomia para ela. Então ela estremece em meus braços e geme meu nome. Seus olhos me encontram. Ela continua a mexer e eu jogo minha cabeça para trás sentindo meu corpo arrepiar e estremecer também. O calor de nossos corpos é intenso e aquecia tudo. Ela me olhava com a respiração rápida e eu sorrio e acaricio seu rosto, vermelho e suado do mesmo jeito ela estava linda. Ela sorri e coloca sua testa na minha.
— Você é incrível. Nunca se esqueça. -Ela sussurra e então me beija. Eu não poderia desistir de tudo agora. É só nisso que eu pensava, porque,merda, eu a conheci e tudo está caminhando bem agora.
...
Pov Sky
16 de Janeiro de 2016
É uma manhã de sábado.
Eu ainda estava em seus braços quando acordei e isso me fez sorrir de imediato,porque ele não fugiu durante a noite ou teve um dos seus ataques de abstinência que me deixa preocupada e sem saber o que fazer então eu apenas fico no seu lado e passo a mão em suas costas. Os livros fazem parecer mais fácil mas a verdade é que foi desesperador. Foi desesperador porque era real. Harry é real e o seu problema é sério e real e ele não queria uma ajuda melhor, não queria voltar a família, porque segundo o mesmo, ele havia deixado eles tristes demais, com ênfase em sua mãe. Então eu deixei ele se apoiar em mim mas eu não estava pronta como pensei mas do mesmo jeito me esforcei ao máximo para permanecer no seu lado e da à ele todo o apoio possível e agora, após três meses, os primeiros resultados aparecem e ele me dá esperanças de que vai mesmo melhorar.
Além disso, eu me apaixonei por ele, havia momentos em que ele estava meio sóbrio e nesses momentos ele me elogiava e conversamos sobre coisas alheias que distraiam sua mente, ele sempre me ouviu e eu o ouvia também. Ele foi afastando de mim, uma insegurança, ele foi aproximando de mim a sensação de ser amada, algo que pensei que nunca fosse acontecer mas bem, aqui estou. Em seus braços, aproveitando sua presença, me sentindo feliz por ele está melhorando, torcendo para que ele continue melhorando, não sentindo tanto medo, me sentindo, na verdade, amada. Não quero perder essa sensação nem deixá-lo. Porque criamos um laço curioso e que me transmite aquela sensação que é mágica e difícil de definir. Gosto de está ao lado dele e mostrar à ele que não vale a pena desistir pois se existe amor.
Harry se mexe e eu levanto meus olhos o olhando. Ele continuava a dormir, eu então decidi sair da cama e ir preparar o café da manhã. Então com cautela eu saio de seus braços e posteriormente da cama, eu visto minha calcinha e uma camisola jogada na cadeira. Eu sigo até a cozinha e começo a fazer o café. Enquanto a água esquentava eu pegava a minha leiteira e enchia de água para regar minhas plantas e assim que estava regando elas, sinto os braços de Harry se envolvendo em volta da minha cintura. Eu sorrio pequeno e me viro colocando meus braços em volta do seu pescoço.
— Bom dia. -Murmuro e Harry beija minha testa.
— Bom dia. -Ele responde sussurrando e sorri para mim também. Ele não diz muito, eu também não,mas dizemos tudo que deveria no momento. Harry fica e olhando e então leva sua mão ao meu rosto e pressionar o polegar na minha bochecha em seguida mexe ele devagar na mesmo. Harry sorri e beija minha bochecha. Eu fecho meus olhos. Eu me sentia quente com seu toque e o seu beijo mas também porque o céu começava a bater em meu rosto de forma ligeira e fraca. O vento soprava dentro do apartamento e mexia meus cachos bagunçados.
— O sol está te iluminando, Sky. E isso é lindo. -Harry fala e eu abro os olhos o olhando e eu sorrio. Não saberia o que responder e por sorte não tive. Escutei batidas na porta, achei estranho mas não me importei tanto assim.
— Vou ver quem é. -Falo e dou um beijo rápido nos lábios do Harry, sigo com um sorrisinho até a porta. Assim que abro a porta vejo um homem louro escuro de olhos castanhos. Ele era baixo e magro e não tinha um corpo tão musculoso assim. Eu não o conhecia. Franzo minha testa.
— Sim? -Digo e de olha para dentro do apartamento depois para mim.
— Harry tá ai? -Pergunta e eu gelo. Será que ele quer fazer algo com o Harry? Algo de ruim?
— Não está. -Falo séria e rápido.
— Claro que está. Porra, Harry! -Ele grita e me empurra entrando no apartamento. Eu estava pronta para gritar e tentar parar ele mas Harry aparece.
— O que está fazendo aqui, Brad? -Harry pergunta confuso.
— Derek está te procurando. -Brad fala ignorando a pergunta de Harry. Então, Harry muda de expressão. Eu penso em perguntar quem é ele mas o homem continua. — Harry é sério, ele está nervoso. Ele... Ele pode matar alguém.
— Porra. -Harry fala e passa a mão no cabelo. O que ele fez? O que está acontecendo. Vou para o lado de Harry e o olho mas ele não retribui o olhar.
— É sério, Harry. Fudeu e tá tudo indo pros ares cara. Precisamos ir agora antes de Derek mate alguém ou pior mate você. Cadê o saco de cocaína que você ia vender? O dinheiro? -Brad fala e meu coração acelera. Merda, ele tinha parado. Ele tava limpo. O que está acontecendo porra?
— Harry... -Falo e toco sua mão mas ele solta e me olha.
— Desculpe Sky, eu preciso ir. Eu vou voltar. -Harry fala e assim vai e eu fico parada sem saber o que fazer.
— Harry! -Grito e Harry se virou me olhando. Ele olha para Brad e faz um sinal pro rapaz ir e ele vai. Harry se aproxima de mim.
— Eu não cheirei. -Ele fala e segura meu rosto. — Mas isso é sobre problemas que você não deve saber e eu tenho que resolver. eu vou voltar, eu prometo. -Harry fala e me beija. Não tão devagar como ontem mas da mesma forma intenso. –Agora tenho que ir, Sky. -Harry fala e dessa vez vai e eu não consigo chamá-lo de volta. Meu coração aperta e eu o perco.
...
15 de Outubro de 2017.
Faz mais de dois anos que eu o conheci, mais de um ano que ele se foi. Ele disse que voltaria, ele não voltou. No décimo mês eu não aguentava mais esperá-lo e fui ao necrotério tentar achar uma resposta, mas ele não estava lá,o que aumentou minha agonia. Ele prometeu, ele disse que voltaria. Mas ele não voltou, não apareceu. Tenho medo, medo de que ele tenha voltado a cheirar, a beber, tenho medo de que ele tenha entrado de vez para o tráfico. Que ele tenha se perdido e desaparecido.
Eu o perdi. Ele me fez amada mas me abandonou, como todos. Como todos os meu estúpido ex namorado. Como meus amigos imbecis do ensino médio que me deixaram quando eu tive problemas de saúde. Como todos que eu decidi amar e confiar . De outro lado me sinto culpada,eu deveria ter tentado mais, mas não fiz muito e assim ele foi, quando eu deveria, simplesmente, ter mantido ele perto de mim.
Agora, eu estou novamente só, com minhas plantas. Bem, ao menos eu finalmente, consegui dinheiro suficiente para abrir minha sonhada floricultura. Não preciso mais trabalhar naquele bar nojento e consegui uma renda que me ajuda na faculdade e me deixa feliz, me faz esquecer das minhas próprias dores, me faz esquecer da saudade que tenho de Harry. Ainda temos um laço porque eu ainda sinto algo forte e inexplicável quando penso nele, ainda sinto que se continuar longe dele posso entrar em desgosto e amargura e assim adoecer. Não é loucura, apesar de parecer uma. Mas eu realmente tive aquela sensação e merda, eu o conheci. Só queria que fosse mesmo verdade e que ele voltasse.
Estava abrindo a loja de floricultura e uma garotinha assim que me viu colocar um vaso de girassol na bicicleta branca no lado de fora se empolgou e conseguiu convencer sua mãe de entrar e então, meu dia começou e eu me distraí, segui em frente como faço por um tempo e não senti tanta saudade assim. Um curto prazo de amnésia.
Já era quase noite quando fechava minha floricultura, eu ajeitava as flores que sobraram, os vasos vazios, os sacos de terra, deixando no fundo da loja, quando eu escutei o sininho da porta avisando que mais alguém tinha chegado.
— Já estou fechando! -Grito e ajeito os vasos vazios para que não caíssem da prateleira então vou até a parte onde faço as vendas. Meu coração gela. Harry. Eu queria bater nele e abraçá-lo ao mesmo tempo. Merda, ele me deixou preocupada mas está bem, ele estava muito bem. Cabelo cortado, roupas limpas, rosto e corpo saudáveis. Ele estava bem! Não parecia tão maldito assim. Ele sorriu assim que me viu e meu coração foi na contra mão na minha cabeça que o odiava porque ele tinha me dado dor. Mas meu coração já resolveu perdoá-lo então eu deixei a euforia do coração crescer,porque ele não cheirava mais como alguém que é rodeado de problemas, ele está mais radiante, mais vivo. Curado. Ele está curado, ao menos soa assim.
— Eu te disse, Sky. Eu voltei para você. -Ele fala e dá alguns passos ficando mais perto de mim. –Eu demorei e sei disso, a verdade é que eu quase desisti mas não fiz isso, porque, merda, eu te conheci. E por isso eu voltei para vida e para você.
FIM.
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