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Capítulo 43 - 8 de Janeiro a 18 de Março de 2006

Dia 1642
8 de Janeiro de 2006
Domingo

"Eles decidiram encerrar as investigações."

"Oh, sério? Por quê?" Draco questionou, abandonando a leitura.

"Porque não encontraram nenhum bruxo das trevas. Acham que o boato sobre o templo foi criado para causar caos. Investigaram os núcleos mágicos do dragão e de algumas criaturas mágicas próximas da região, mas não encontraram nada. Pode ter sido apenas alguém pregando uma peça."

"Bom... isso significa que você está oficialmente fora do caso?" Draco não conseguiu conter o sorriso com a pergunta.

"Sim. De volta à minha rotina na escola e com vocês." Harry também sorriu aliviado. Conciliar ser professor e se dedicar a um caso incerto era uma tarefa difícil.

"Fico feliz."

"Eu também... bom, vou brincar com Delphi. Prometi a ela que hoje iríamos caçar gnomos no jardim e jogá-los longe."

Draco gargalhou enquanto se levantava, se aproximando para deixar um selar de lábios no marido. Era reconfortante saber que poderiam seguir em frente plenos.

Quando Harry se retirou, Draco subiu para o porão estreito. Observou seu mural investigativo e percebeu que não havia avançado muito nos últimos meses. No entanto, Murphy não demonstrava sinais de magia excessiva, o que o tranquilizava. As coisas pareciam calmas, harmoniosas.

Talvez... ele pudesse relaxar. Talvez pudesse acreditar que esse universo não era o mesmo daquele em que Murphy veio. Talvez Harry sempre estivesse certo. Tudo acabaria bem.

Certo?

Dia 1680
15 de Fevereiro de 2006
Quarta-feira


Estava uma manhã calma e silenciosa, Draco se encontrava sentado no banco do seu quintal dos fundos, o nascer do sol ainda acontecia, tornando o clima ameno e bonito. Ele saboreava uma xícara de chá olhando até onde sua visão lhe permitia alcançar das árvores ao longe dos terrenos de sua casa.

Ele suspirou baixo, tentando acalmar a mente. Mesmo que tenha se convencido a desistir do caso de Murphy, seu coração apertava em imaginar o perigo e riscos que ela poderia sofrer com qualquer que fosse a situação.

Ainda de pijama, se levantou segurando a xícara, deslizando o chá quente garganta a dentro. Seus pés alcançaram a grama e ele começou a observar a parte de trás da estrutura de sua cama, minimamente orgulhoso de saber que ali dentro vivia ele e sua família.

"Ei, o que faz tão cedo aqui?" Ouviu a voz de seu marido, olhou para a entrada dos fundos e sorriu pequeno o vendo com o rosto amassado, pijama e cabelos bagunçados.

"Apenas aproveitando o sereno da manhã. E você? Eu te acordei quando sai?"

"Não, me mexi na cama e não te achei, vim te procurar." Harry se auto abraçou, desviando o olhar com o rosto ganhando vermelhidão suave.

"Ficou preocupado."

"Fiquei." disse baixinho, Draco sorriu se aproximando.

"Venha, vamos preparar o café, acordar às crianças e tomar fôlego para o trabalho."

Draco ergueu a mão para ele, Harry segurou e entraram na casa novamente.

***


"Pai, o Teddy puxou o meu cabelo de novo!" Delphi falou, se aproximando de Harry com uma expressão triste.

"É porque ela não quis me emprestar seus lábios de cor!" Teddy respondeu indignado.

"Ah, princesa..." Harry suspirou, puxando-a delicadamente pela cintura para um abraço reconfortante, enquanto lançava um olhar reprovador para Teddy. "Quantas vezes precisaremos repetir que você não deve puxar o cabelo da sua irmã, Edward?"

Teddy fez uma careta emburrada, desviando o olhar e cruzando os braços em sinal de protesto.

"Grande coisa", resmungou ele, expressando sua frustração.

Draco, que até então estava em silêncio, suspirou profundamente e entregou uma colher de plástico para a pequena Murphy, que estava sentada em sua cadeirinha, recebendo ajuda para comer sem fazer muita bagunça.

"Teddy, venha aqui", chamou Draco, sua voz carregada com uma calma calculada.

"Pra quê? O quê que vocês vão fazer? Me colocar de castigo?", retrucou Teddy com uma ponta de desafio em sua voz.

Malfoy desviou o olhar por um momento, reunindo todo o seu autocontrole diante da insolência do garoto.

"Edward. O que deu em você? Por que está agindo assim conosco?" Harry perguntou, estranhando as ações do menino.

"Sim, o que há de errado? Você sabe que não deve machucar sua irmã e desrespeitar seus pais assim. Nós estamos tentando resolver tudo na conversa", continuou Draco, buscando entender o comportamento do filho.

"Vocês não são meus pais e ela não é a minha irmã!" Teddy retrucou em voz alta, erguendo o rosto com os olhos lacrimejantes, antes de sair da sala com passos pesados.

O casal se encarou com expressões surpresas e aflitas, magoados com o que o garoto disse. Não esperavam ouvir aquilo de alguém a quem amavam e cuidavam como se fosse seu próprio filho.

"Ele não quis dizer isso de verdade", murmurou Delphi ao perceber a troca de olhares magoados entre eles. "Ele... ele só está passando pela fase de aceitação. De ser órfão", explicou ela, soltando-se lentamente de Harry. "Vocês são nossos pais. Não fiquem bravos com ele..."

"Oh, querida, não. Não estamos bravos", apressou-se em dizer Draco, levantando-se para abraçá-la. "Está tudo bem, nós iremos conversar com ele, está bem? Não se preocupe com isso."

***

Harry deu um longo suspiro antes de bater duas vezes na porta do quarto de Teddy. Sem receber resposta, ele decidiu entrar, encontrando o garoto sentado em seu lugar favorito, entre a janela e a parede, contemplando a paisagem além das árvores que adornavam o vilarejo distante.

Observando o cabelo azul de Teddy, Harry notou pequenos tons avermelhados nas pontas, uma manifestação sutil de sua inquietação. Ele se aproximou com cuidado, buscando não perturbar a tranquilidade do momento.

"Hey", cumprimentou Harry, fechando a porta suavemente atrás de si.

"Hey...", Teddy murmurou em resposta, desviando o olhar para a paisagem lá fora.

Harry se apoiou no batente da janela, ficando ao lado de Teddy e compartilhando sua visão. Depois de um momento de silêncio, Harry quebrou o gelo.

"Vai me contar o que está sentindo?", perguntou, olhando para Teddy com uma expressão gentil.

Teddy permaneceu em silêncio por um instante, mas quando seus olhares se encontraram novamente, ele percebeu que Harry segurava uma foto. Era a polaroid de Remus e Tonks que Teddy tinha ganhado de Andrômeda alguns meses atrás.

"Queria ter os conhecidos", desabafou Teddy.

"Eu sei", respondeu Harry com um pequeno sorriso acolhedor.

"Não, não sabe", murmurou Teddy, abaixando a cabeça.

Um silêncio pesado pairou sobre eles novamente. Harry decidiu se acomodar no espaço vazio em frente a Teddy, posicionando-se de costas para a janela.

"Teddy, eu também sou órfão", admitiu Harry.

O garoto ergueu o rosto para encará-lo. Com apenas 7 anos, Teddy não compreendia completamente o que havia acontecido nos últimos anos. Harry e Draco não tinham a intenção de revelar toda a escuridão que assolou o mundo bruxo durante aquele período sombrio.

"Eu sei...", respondeu Teddy, num tom mais sutil, suspirando.

"Mas, ao contrário de você, eu não tive pessoas que me amassem na minha infância. Draco e eu te amamos muito, Teddy. Está tudo bem se não quiser mais nos considerar seus pais. Nós jamais quisemos roubar o título deles, pelo contrário, só queríamos te acolher, queríamos que você sentisse que tinha um lar ao qual pertencesse."

"Eu... eu os considero meus pais. Me desculpe pelo o que eu disse, é que-..." Ele travou, não sabendo como se expressar. Harry esperou pacientemente até que ele conseguisse continuar. "Vocês estão sempre tão preocupados com Murphy que eu tenho me sentindo sozinho, ela é só um bebê de quase 4 anos, por que vocês tem que dar tanta atenção pra ela? Ela está bem! O que vocês estão tão preocupados?"

Harry imediatamente se sentiu culpado, ele ergueu uma mão tocando no joelho do menino, que o encarava aguardando por respostas.

"Está na hora de você saber algumas coisas..." Harry usou seu tom mais dócil possível. "Você se recorda daquela criança que Draco e eu cuidamos quando você tinha 4 anos?"

"Sim, tia Andrômeda me disse que era uma prima distante do papai." Teddy se referiu a Draco.

"Bom... não é bem assim."

Aos poucos, Harry foi explicando o que aconteceu com eles a anos atrás. Edward ficou em silêncio ouvindo atentamente o que o moreno tinha a dizer. Se surpreendendo com os fatos que foram expostos.

"Te devo desculpas se você se sentiu deixado de lado. Não foi minha intenção e tenho certeza que não foi a de Draco também."

"Não, eu me sinto... mas a Phy vai desaparecer?" ele pergunta preocupado, deixando aquele ciúmes de lado.

"Eu... não sei." Harry admitiu, suspirando. "Faremos o possível para evitar algo assim. E mesmo que Delphi já saiba, quero que não falem sobre isso próximo da Murphy, por favor."

Teddy assentiu. Eles se olharam um pouco sem entender o que o outro sentia. Ainda em silêncio, Harry se inclinou para lhe dar um abraço e foi bem recebido.

"Vejo que fizeram as pazes..." Ouviram a voz de Draco no cômodo e perceberam ele entrando no quarto. O loiro se aproximou e sorriu pequeno para o garoto. "Mais calmo?"

"Uhum... desculpa papai por ter falado daquele jeito com vocês." Teddy fala culpado, se levantando para abraçar Draco, que o acolheu em seus braços. "Vocês são meus pais."

"Fico feliz em saber, pequeno." Draco responde, o puxando para o colo, mesmo pelo tamanho do garoto eles quase sempre pegavam o mesmo no colo. "Venha, Delphi também merece desculpas, não acha?"

"Sim." Teddy se ajeitou o abraçando pelo pescoço, antes de acenar para Harry com a mãozinha.

O moreno suspirou e olhou para o horizonte lá fora, se questionando se as coisas vão melhorar um dia.


Dia 1707
14 de Março de 2006
Terça-feira

O aniversário de dez anos da não tão pequena Delphi era no próximo final de semana, a garota andava animada isso, afinal somente uma vez se tem a sensação de sair da casa de um número para ir a dois. Ela estava sem sapatos na grama, jogando alguns gnomos do jardim para fora da cerca do quintal da frente de casa, rindo baixo dos resmungos daqueles pequenos seres ao serem pegos.

De repente, ouviu o bater de asas de uma coruja, ela olhou em volta avistando uma que carregava uma carta. Estranhou, afinal de contas o correio havia chego cedo. Ela esperou a coruja ir em direção a casa, mas a criatura simplesmente derrubou a carta em sua direção, caindo em seus cabelos cacheados.

"Ei!" Ela reclamou, pegando o envelope antes que se mexesse o suficiente para cair no chão. Iria direcionar uma ofensa pouco ofensiva ao bicho, mas ao se dar conta do emblema da carta, seus olhos se arregalaram.

Ela correu para dentro aos tropeços, encontrando seus pais se beijando no sofá da sala. Fez um som de nojo ganhando a atenção deles de imediato.

"Delphinus!" Draco reprendeu, segurando um risinho. Ela nunca mudava. A garota sorriu e não conseguiu esperar mais.

"Acabei de receber uma carta de Howgarts!" Ela diz animada, os dois levantaram em um pulo e se aproximaram. "Olha! Pra mim!"

Na parte de trás do envelope estava escrito "Srta. D. Potter-Malfoy, Jardim, casa 201, Rua Esquecida, Vilarejo Apollo, Amazonas." A garota leu em voz alta mostrando para eles, os dois tinham brilho nos olhos.

"Abra, querida." Pediu Harry, claramente ansioso.

A garota abriu a carta na maior velocidade que pode, ao mesmo tempo que tentava não danificar o envelope.e ela puxou a primeira folga de dentro e deu um grande sorriso lendo em voz alta que acabará de ser aceita para estudar em Hogwarts esse ano.

"Eu fui aceita em Hogwarts!" Ela diz ainda desacreditada, com um sorriso enorme nos lábios.

"Isso!" Harry diz animado se aproximando para a levantar a garota no alto em comemoração, ela gargalhou abandonando a carta para se segurar nos ombros dele.

"Papai! Eu vou pra Hogwarts!" Ela disse animada, um pouco tinta ao ser colocada no chão e correr para abraçar Draco.

"Estou muito orgulhoso, Meppy!" Draco fala para ela, a garota ergue o rosto e sorriu dócil. Mas logo seu sorriso diminuiu e ela olhou sem jeito para Harry.

"Papai... e se eu for para Sonserina. Você vai ficar magoado?" ela pergunta, num suspiro. Harry franziu o cenho e lhe deu um sorriso diverto.

"Eu sou casado com um Sonserino, princesa. Definitivamente sua casa jamais será um problema para mim." ele responde, se abaixando de joelhos para acariciar os cabelos da garota, ela sorri e segura em seu rosto com as duas mãos, deslizando o indicador direito até sua testa, alcançando a cicatriz do homem. Ela encarou aquela cicatriz com tanta seriedade que por uma facção de segundos, Harry sentiu a sensação que ela sabia.

"Eu não quero decepcionar." ela murmura, desviando o olhar para as esmeraldas do pai. "Eu... sou herdeira de Salazar. É quase inevitável que eu vá para a Sonserina, não é?"

Houve um silêncio surpreso do casal, Draco também se abaixou, próximo a Harry. Ambos a encaravam com surpresa seriedade que ela teve que soltar um risinho baixo.

"Oh... vocês acharam que eu não sabia?" ela pergunta, com um sorriso pequeno.

Eles continuaram em silêncio e se encararam rapidamente, como se buscassem palavras um para o outro.

"Eu tenho receio que vocês tenham medo de mim se eu acabar indo pra Sonserina." ela continua falando. "Porque eu sei que eles tão foram, ser herdeira de Salazar também não melhora nada meu histórico, mas está tudo bem... certo?"

Ainda em silêncio, Draco limpou a garganta, um sorriso pequeno ganhando forma em seus lábios.

"Nós não deveríamos ter subestimado sua inteligência, Delphi." Draco murmura, sorrindo maior. "Definitivamente você não deve temer a algo assim. A Sonserina, meu bem, pode ter a fama de maldosa, mas nós somos inteligentes, destemidos, e acredite ou não, lealdade também está em nossas veias. A Sonserina nada mais é a casa que acolhe aqueles que tem tantas características que merecem serem exploradas, ela é ambiciosa, procura o melhor que há dentro de você para que possa exibir ao mundo toda sua força e poder. Não deve se temer em ir para essa casa, está bem? Seus pais biológicos não definem quem você é, Delphini. E, você é nossa filha, uma Potter-Malfoy, nossa princesa e fiel companheira de programas de culinária."

Delphinus tentou segurar mas foi automático seus olhos lacrimejar e ela o abraçar pelos ombros, soluçando com as palavras do pai, aliviada por ser tão amada por eles.

"Se isso te assusta, o chapéu leva sua opinião em consideração." Harry aconselha, passando a mão nas costas da garotinha, que tentava controlar o choro. "Mas, como Draco disse, se você for para Sonserina, nós ficaremos tão orgulhosos quanto as outras casas."

"Tudo bem, papais." Ela murmurou, enxugando as lágrimas.

"Agora nos de um sorriso, pegue o envelope e verifique o que eles querem que você leve esse ano, no próximo sábado iremos no Beco Diagonal. Certo?"

"Certo!" Ela disse animada, logo se lembrando do envelope e o pegando, quase da mesma forma que surgiu, desapareceu escadas a cima enquanto gritava por Teddy para lhe mostrar a carta.

Draco e Harry se encararam. E, após alguns segundos, começaram a rir.

"Eu não acredito que ela sempre soube."

"Nossa garota é esperta, amor. Você deveria saber disso!"

"Eu sei que é. Acha que devemos conversar com eles com ela em algum momento?"

"Ela nunca veio nos perguntar. Não é algo que ela se sinta confortável em fazer, Harry. Vamos dar o tempo que ela precisa, ela vira até nós como fez hoje."

"Sim, você está certo." 


Dia 1711
18 de Março de 2006
Sábado


Harry não podia negar que estava nervoso. Afinal, a maioria das crianças com idades entre 10 e 11 anos estavam recebendo suas cartas, além das crianças aprovadas para o próximo ano letivo. Isso significava que haveria algumas famílias pelo Beco Diagonal, além da habitual movimentação devido aos inúmeros mercados mágicos.

Apesar de poderem ter ido comprar em outro lugar no Brasil, Delphini insistiu para que fossem ao Beco Diagonal. Ela queria ter a experiência completa de ir para Hogwarts sendo uma londrina.

Assim, eles atravessaram a entrada costumeira do local, com Murphy nos braços de Draco, enquanto Teddy e Delphi seguravam as mãos de Potter.

Não demorou cinco passos pela rua para começarem a notar olhares curiosos e pessoas cochichando. Harry respirou fundo, torcendo para que ninguém inconveniente aparecesse.

"Então, para onde quer ir primeiro, Delphi?" perguntou Harry, enquanto a menina levantava, com a outra mão segurando o pergaminho com as anotações do que precisaria para seu primeiro ano.

"Hmm, minha varinha!" ela sorriu, dando um leve pulinho de animação. "Vamos!"

Ao adentrarem o estabelecimento, Harry sorriu ao avistar o senhor Olivaras, sempre simpático e enigmaticamente misterioso. Enquanto ele engajava em uma conversa com Delphi, Harry decidiu examinar o catálogo junto com Draco, selecionando algumas varinhas para deixarem pagas para Teddy e Murphy, no futuro. Sentiram-se um pouco irresponsáveis por não terem feito isso antes.

Subitamente, ouviram um estampido suave e viraram-se para o lado, deparando-se com Delphi devolvendo rapidamente a varinha para a caixa, olhando sem jeito para o dono da loja, murmurando um pedido de desculpas. Os dois trocaram olhares de diversão.

"Experimente esta", sugeriu Olivaras, abrindo outra caixa.

No momento em que Delphi tocou a varinha e a envolveu em seus dedos, ocorreu aquele instante revelador em que a varinha a escolheu. Ela sorriu extasiada para os pais, recebendo olhares de orgulho e aprovação.

"Bom, senhores, serão essas para o jovem Edward e a pequena Murphy?" Ele questionou, examinando o pergaminho onde Harry havia anotado as opções. Eles assentiram. "Muito bem."

Após pagarem pelas varinhas de suas crianças, dirigiram-se ao Floreios e Borrões, onde Delphi estava animada para comprar alguns livros. Foi lá que Draco entregou Murphy para Harry segurar e seguiu com os mais velhos em uma das sessões.

O moreno balançou sua bebê enquanto subia para o segundo andar para explorar alguns livros que não se limitavam apenas a estudos, mas abordavam diversos temas.

"Papai", chamou Murphy do nada. Harry olhou para ela, ajeitando-a em seu colo.

"Sim?"

"Quero biscoito", pediu ela. Harry sorriu, fazendo carinho na pequena cintura com a mão que contornava seu corpinho.

"Quando chegarmos em casa, à noite, tudo bem?" ele riu ao ver um bico nos lábios da garota, ela resmungou pedindo para descer e a colocou no chão.

Segurou em sua mãozinha e caminhou pelo corredor, distraído em ler alguns nomes. Até que ouviu Draco o chamando no pé da escada, segurou a pequena novamente e desceu com um sorriso nos lábios, vendo Delphi com um carrinho cheio de coisas.

"Draco, carregue o carrinho dela!" Harry disse com um riso, o loiro revirou os olhos mas não tardou em segurar no carrinho e empurrá-lo para fora da loja, Teddy, sem perder tempo, se colocou dentro do mesmo, observando as coisas ao seu redor.

Tudo estava indo bem, apesar dos olhares nada discretos que recebiam. Delphi os guiava para as lojas que queria visitar primeiro, adicionando as novas aquisições dentro do carrinho.

Estavam quase acabando e a garota escolheu uma coruja de pelagem branca com olhos verdes, alegando que lhe faria lembrar dos pais quando estivesse em Hogwarts.

"O que falta, querida?" Draco perguntou, olhando por cima do ombro dela para verificar a lista.

"Na verdade... nada, faltaria uma vassoura, mas não é como se eu fosse jogar no primeiro ano." Ela respondeu e ergueu o olhar para eles. "Acho que podemos ir."

"Eu não vejo problema em você já ter uma vassoura." Harry disse travesso, Draco revirou os olhos e Delphi os encarou em dúvida.

"Como assim?"

"Harry ganhou uma vassoura da McGonagall em seu primeiro ano quando foi selecionado para participar do time de Quadribol." Draco falou em tom levemente ríspido, ganhando um sorriso ladino de Harry.

Delphi deu uma risada e guardou o envelope no bolso, olhando para a loja do outro lado da rua com algumas vassouras à mostra.

"Bom, eu... não quero que gastem tanto comigo", Delphi disse, um pouco baixo. Draco segurou um comentário esnobe na garganta.

"Você não deve se preocupar com isso. Nós podemos te dar uma e se você quiser, já podemos escolher. Você quer?" Draco afirmou, ela sorriu mais largo e levou alguns segundos até mover a cabeça em concordância, num movimento meio tímido mas afirmativo.

Enquanto atravessavam a rua, todas as pessoas no local pararam quando tudo começou a tremer. Poucos segundos depois, ouviram um som alto, semelhante a um grunhido.

Algo que Harry conhecia bem.

"Dragão", Harry e Draco falaram ao mesmo tempo, rapidamente olhando na direção de onde o som vinha. Não muito longe, sobre os prédios ao lado de Gringotes, foi possível avistar a criatura surgindo, derrubando algumas telhas.

"Rápido, segure Murphy." Harry entregou a neném para Draco, puxando a varinha em seguida.

"O quê?" Malfoy disse alto, entre os gritos das pessoas que corriam para longe. "HARRY POTTER, VOLTE AQUI AGORA!" chamou alto, vendo o marido andando a passos rápidos entre as pessoas que vinham na direção oposta ao do dragão.

"VÁ PARA UM LUGAR SEGURO COM AS CRIANÇAS!" Harry gritou ao mesmo tempo.

"PAPAI!" Delphi chamou, quase correndo até ele, mas Draco a deteve com uma das mãos.

Harry olhou rapidamente para trás, vendo que Draco levava as crianças para longe, antes de olhar à sua volta e notar dois aurores se aproximando correndo. As pessoas gritavam e corriam em todas as direções, algumas jogando feitiços para tentar conter o dragão. A tensão no ar era palpável, mas Harry sabia que precisava agir rápido para proteger sua família e os outros presentes.

"Já chamaram outros?" Harry questionou, enquanto seus antigos colegas de trabalho assentiam e formavam posição de ataque.

Quando Potter percebeu, estavam tentando controlar o dragão que, a essa altura, havia descido na rua que ia em direção à parte central do Beco Diagonal. O calor emanado pelas chamas da criatura tornava o ar ainda mais pesado e sufocante, enquanto os feitiços voavam no ar em uma dança caótica de cores e magia.

Os aurores, junto com Harry, lançaram feitiços para tentar conter o dragão enquanto ele avançava pelas ruas do Beco Diagonal. As chamas cintilantes e o rugido ensurdecedor do dragão ecoavam por todo o beco, causando pânico entre os transeuntes e comerciantes que se esforçavam para fugir do perigo iminente.

Harry concentrava-se em conjurar feitiços de contenção, enquanto os aurores tentavam criar barreiras mágicas para bloquear o avanço do dragão. O ar estava carregado com a energia mágica das varinhas em ação, e a tensão pairava no ar enquanto lutavam para proteger o local e as pessoas.

O dragão, furioso e selvagem, avançava impiedosamente, deixando um rastro de destruição por onde passava. Mesmo com os esforços conjuntos dos aurores e de Harry, o poder e a ferocidade da criatura eram avassaladores.

Enquanto a batalha prosseguia, Harry sentiu uma onda de determinação e coragem crescer dentro dele. Ele sabia que não podia permitir que o dragão causasse mais danos e colocasse mais vidas em perigo. Com determinação, ele aumentou seus esforços, canalizando toda a sua habilidade mágica para ajudar a derrotar a ameaça.

Com trabalho árduo e cooperação, os aurores conseguiram enfraquecer o dragão o suficiente para contê-lo temporariamente. Com um último esforço conjunto, eles lançaram um feitiço final que o fez recuar, permitindo que eles o contivessem. Após o dragão ser enfeitiçado para dormir, mais aurores chegaram no local, se ajustando para decidir o que seria feito a seguir.

À medida que a batalha chegava ao fim e a calma começava a retornar ao beco, Harry sentiu um misto de exaustão e alívio. Apesar dos danos causados e do perigo enfrentado, eles haviam conseguido proteger as pessoas e o local. Era um lembrete do dever contínuo de defender o mundo mágico contra qualquer ameaça que surgisse.

O moreno ouviu alguns agradecimentos dos antigos colegas de trabalho, acenando em resposta e limpando o suor da testa, enquanto caminhava entre as pessoas que olhavam curiosas para a situação da criatura e os aurores uniformizados.

"Harry James Potter-Malfoy!" o moreno sorriu cansado ao ouvir o tom ríspido de seu marido, se aproximando deles assim que os encontrou do outro lado do Beco, após a travessia que os levava de volta para a parte trouxa.

"Deu tudo certo. Ele foi pego."

"Você é imprudente, Harry!" Draco disse em tom sério e ríspido, indicando que não estava para brincadeiras.

"Draco, não havia aurores suficientes por perto..."

"Sim, tinham dois e você correu sem nem mesmo verificar se tinham!"

"O que esperava que eu fizesse? Deixasse o dragão atacar a todos incluindo você e as crianças?" Harry tentou manter o tom calmo, mas a voz autoritária de Draco mexeu com ele.

"Draco..."

"Harry, você não pode ser imprudente dessa forma com seus filhos ao seu lado!"

Harry ia responder em tom grosso, mas olhou de relance para ver que os três rostinhos encaravam a cena em silêncio, com expressões assustadas devido a toda situação anterior.

"Desculpe, a gente conversa depois." Harry responde após respirar fundo, ele se voltou para Teddy e Delphi e se abaixou na frente deles, os abraçando. "Vocês estão bem, pequenos?"

"Aquilo foi irado!" Teddy disse do nada, causando risos em Harry e Delphi. "O dragão tava cuspindo fogo! E você vai lá e lutou com ele e bum, bum, feitiços! E bum, bum, ele tentando acertar vocês! E quebrando as coisas! E bum, bum, você deixou ele zonzinho!" O jeito adorável de Teddy de citar as coisas fez Draco se acalmar, observando a cena enquanto balançava uma Murphy meio chorosa pela fome.

"Sim, isso mesmo. Uma pena que vocês perderam a gente controlando ele." Harry disse, vendo o garoto sorrir largo em entusiasmo.

"Papai, aquilo foi perigoso..." Delphi ganhou a atenção, Harry sorriu pequeno para ela. "Você disse que ia tomar cuidado..."

"E eu tomei cuidado, princesa." Harry olhou para Murphy e Draco. "Vamos para casa, estamos todos cansados e com fome."

Eles seguiram finalmente para casa. Em segurança.

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