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38. Leonardo em "Em boca aberta entra mosquito".

38. Leonardo em "Em boca aberta entra mosquito".

Dias atuais: 2015.

Juliano não era mais o garoto imaturo de meses atrás. As loucuras, feitas em conjunto com Isaac e Isadora, eram lembranças distantes. Agora ele só pensava em como ajudar Anna Julia. Ela estava ali, ao seu lado na cama, na casa que seu pai comprara para ele e sua mãe. Estava ali, mas com o coração em outro lugar. A namorada de Juliano sabia que a mãe estava em algum lugar planejando maldades contra alguma mulher inofensiva. Era dia 15 de março de 2015 e, mesmo com tanta dor, o casal precisava dar os parabéns para Charlotte, que estava fazendo 22 anos.

Desanimado, Juliano seguiu seu trajeto com a amada. Logo de cara encontraram Maurício, que, aparentemente, maquinava algo em sua mente. Assim, quando Anna Julia entrou para conversar com a prima, Maurício fez um gesto discreto para Juliano.

– Eu preciso, urgentemente, que você me infiltre na sua casa. Eu quero uns conselhos da sua mãe. – Pediu Maurício.

– Ora, mas por quê? Você pode ir até lá quando quiser...

– Ela foi mãe adolescente e antes mesmo de terminar o ensino médio. Claro que eu não vou criar esse bebê sozinho, mas é sempre bom acumular dicas. – Respondeu. – E, ah, Charlotte não quer nenhuma comemoração grande hoje. Espero que até meu aniversário ela sinta vontade de ver o mundo. – Disse o jovem, que havia se mudado para a casa do sogro logo após descobrir que seria pai.

– Não se preocupe. Ele vai ficar bem.

– Não sei não. Eu no lugar dela não ficaria. – Constatou Maurício.

****

Melissa estava se encaminhando na vida ou, pelo menos, parecia estar. Ser um dos destaques da Descoladas era legal, mas não o suficiente. A presença de Isadora lhe incomodava, mas não pelos motivos que todos imaginavam. Era irritante sentir aquilo e não poder dizer nada. Agora, para piorar a situação, Jacyara Rickelly havia se aproximado subitamente de Melissa. Tudo estava estranhamente confuso...

– Eu preciso conversar com você. – Disse, sorrateiramente, Kamilla. A mãe de Paolla estava aparecendo pela primeira vez num encontro da Gangue.

– Olha, não tenho nada a ver com a investigação maluca que a sua filha começou com a tal de Ana Maria. Inclusive, mal conheço as duas.

– Fique tranquila. Eu, de certo modo fui cúmplice, e sei que você não está envolvida. – Respondeu Kamilla. – Mas o que eu tenho para te dizer tem a ver sim com a encrenca que a minha filha se meteu. O Ivan despediu Paolla e Ana Maria da empresa e está precisando de alguém para duelar de igual para igual com Isadora Coelho e a Descoladas.

– Nem pensar. Se eu sair agora da Decô, eu e a minha irmã vamos ficar sem a bolsa de estudos paga pela dona Beatriz. Não, eu não quero sair de um colégio particular. Também já estou ficando acostumada com esta turma e não quero ser a menina da outra escola...

– Rescinda o contrato e venha para a Rickelly, que a gente paga a mensalidade da Douglas Monteiro para você e para a Lola. Sabemos que sua irmã está participando do projeto da Queila, mas isso não é problema para o Ivan. A gente te quer lá.

– Posso falar, pelo menos, com o meu pai?

– Claro. Só não demore muito.  – Falou a senhora. – O Ivan já está ficando louco.

****

Leonardo não era mais um extraterrestre. Ali, na reunião da Gangue dos Pré-universitários, ele podia sentir que fazia parte de um grupo. Não só de um, mas de vários. Ele era cadeirante e estranho, logo as pessoas tinham relutância em se aproximar dele. Era o "coitadinho" ou o "insuportável"  para muitos. Mas, depois da chegada de Isadora, sua vida tomou uma nova perspectiva. Irena percebeu que Leonardo não podia ficar dependente de Vinícius ou da deficiência. As aulas de natação começaram e, com elas, veio Raquel. Com Raquel veio a naturalidade de conversar sobre assuntos que lhe interessavam. Ela não lhe chamava a atenção ou dizia que aquele tema era inapropriado. A mãe de Juliano aprendia com Leo e nela o garoto encontrou sua primeira grande amiga. Depois disso, o  caçula de Tadeu achou que nunca mais encontraria em ninguém o mesmo companheirismo de Raquel. Ledo engano. Seu professor de História, Juvenal, também havia se mostrado compreensivo aos seus hiperfocos. Era tudo bom demais para ser verdade.

– Bem, agora vou tocar uma música quase homônimo ao nosso grupo de todos os fins de semana. Gangue dos Universitários foi um grande sucesso da banda são- carlense Estereótipo de Gênio. Um, dois, três e vamos lá. – Introduziu Maurício. – "Todo dia é a mesma rotina, ter que pegar três ou quatro lotações, estudar dentro do ônibus para a prova, mas a zoada é tão grande e vai lá pra baixo a nota..." – E concluiu a música. – Eu sei que os últimos dias não foram fáceis para nenhum de nós, principalmente para a família Botafogo, mas eu não quero bater nessa mesma tecla. A protagonista dessa música, que foi cantada por um homem, é uma universitária que tenta conciliar família, estudos e uma banda. Espero que eu me torne como ela e nunca desista. Que eu tenha força para enfrentar todos os obstáculos que aparecerão e ... Charlotte, hoje é teu aniversário, e eu sei que você não quer nenhuma festa, mas, mas... Eu só gostaria de deixar bem claro que eu te amo e que estarei sempre ao seu lado, não importa o que aconteça. – Disse, dando em seguida um abraço e um beijo em sua noiva.

–  O alien supremo escreve certo por linhas tortas.  – Interrompeu Leonardo. – Acho que todos devem saber que Maurício só começou a paquerar Charlotte por causa de uma súplica do Vinícius. A Charlotte terminou com o meu irmão assim que pegou-o na cama com a Bella e...

– O quê? Disso eu não sabia. Por que nunca ninguém me contou nada? – Indagou Isadora, saindo indignada para o quarto de sua tia.

****

Isadora tinha sido feita de idiota pelo namorado, por sua própria tia, por André... Até então ela acreditara que Bella e Vinícius eram apenas bons amigos, mas, naquele momento, ela já não tinha tanta certeza disso. Assim, a moça ficou tão anestesiada com aquela revelação, que ignorou as batidas no quarto de Queila por, pelo menos, dois minutos. Era André.

– Você sabia, não sabia? – Disse Isadora ao abrir a porta.

– Foi em 2013. Não teve uma alma sequer do nosso círculo social que não ficasse sabendo.

– E por que ninguém me contou nada? – Indagou.

– Sua tia Queila conversou particularmente com cada pessoa após o primeiro encontro da Gangue dos Pré-Universitários. Ela sabia por que Bella não ia com sua cara. Segundo ela, era melhor ficar de boca fechada do que gerar um conflito ainda maior. Procure entendê-la. Você é sobrinha dela, mas a Bella vive debaixo do mesmo teto que ela.

– Aparentemente ela esqueceu de avisar ao Leonardo.  – Observou Dora.

– Provavelmente ela achou que o Vinícius aconselharia o Leonardo a não falar nada ou tivesse esperança que o seu namorado contasse o ocorrido para você

– Então sempre foi  essa a razão pela qual você não aprova o meu namoro com Vinícius?

– Existe uma maior do que essa, Dora, e você sabe muito bem qual é. – Destacou André.

Antes que o filho de Luísa pudesse concluir seu raciocínio, Vinícius também adentrou pela porta do quarto de Queila.

– Meu amor, eu estava te procurando... Eu, eu... – Dizia o rapaz com a voz cansada.

– Pensei que estivesse consolando Bella. – Respondeu Isadora.

– Nunca. Tudo que aconteceu com a gente foi por pura imaturidade minha e eu só não te disse nada para não te magoar. Não acredite em nada que esse homem lhe disser.

– E como eu poderei confiar em você, me diga? – Evidenciou a ruiva. – Agora, por favor, peço que os dois se retirem. Preciso refletir sozinha. – Sentenciou.

****

Leonardo parou de chorar quando Vinícius desceu as escadas. André chegou logo depois do administrador. Todos ali, inclusive Isaac, estavam tentando, em vão, controlar a crise de choro do garoto. Por fim, o medo que Leo sentia do irmão falou mais alto.

– Seu pirralho! – Gritou o primogênito de Irena. – Sabia que em boca aberta entra mosquito? Tem que saber já que na sua vão entrar muitos hoje à noite.

– Se você fizer alguma coisa com seu irmão, eu terei o maior prazer de te colocar na cadeia! – Garantiu André.

Isaac prevendo a briga iminente e, não querendo comprometer-se com os machucados nos olhos de nenhum, decidiu partir para a cozinha. Lá estava Bella. Ele não havia notado sua ausência até então... Ela estava chorando.

– Você não precisa chorar por um homem babaca. A minha mãe já chorou por um e eu não quero que isso aconteça com mais nenhuma outra mulher. Aliás, escolher homens babacas deve ser uma tradição da família.

– Vinícius não é um babaca.

– Jura que não é? – Respondeu Isaac. – Eu achava que você era uma garota esperta, Bella, mas eu estou vendo que você é muito ingênua.

– Não quero mais saber do Vinícius. – Declarou Bella. – Existem garotos melhores por aí, concorda?

– Não é difícil ser melhor que um cara que engana três garotas.

– E você, Isaac Coelho, se considera bacana ou babaca? – Indagou a caçula de Carlos.

– Você poderia perguntar isso para a Jacyara. Ela deve ter uma opinião bem formada sobre mim. – Sugeriu Isaac. – Sim, ela terminou comigo, mas porque ela está apaixonada por outra pessoa.

– Você acha que foi só por isso? – Jogou a irmã de Charlotte. – Você merece alguém que te faça sentir prazer de verdade. – Disse a jovem, tocando no peito de Isaac.

– Eu preciso saber como está a Isadora. – Esquivou-se o filho de Tereza. – Fique bem.

****

André levaria aquele olho roxo como um troféu. Já fazia algum tempo que o detetive não ia com a cara de Vinícius e naquele domingo teve, enfim, a oportunidade ideal para botar sua raiva para fora. Não, ele não passaria maquiagem para trabalhar na segunda. Ele só precisava chegar em seu apartamento, tomar um banho e descansar... Precisava, porém não conseguiria. Ana Maria o esperava na sala com sua mãe.

– Não sabia que tinha ido para uma guerra, André. – Debochou Ana Maria.

– Filho, está tudo bem? – Preocupou-se Luísa.

– Isso daqui... – Dizia André, apontando para o olho roxo. – Foi um pequeno acerto de contas.

– Se esse é o pequeno, não quero nem ver o grande. – Respondeu Ana. – Bem, eu e sua mãe temos algumas coisas para contar. Comece, por favor, Luísa.

– Ah, o que tenho para dizer não é tão importante assim... Fui convidada para dar aulas de Espanhol na Douglas Monteiro. A professora titular está de licença maternidade.

– Ótimo, mamãe. E você, titia, foi chamada por outra agência de moda?

– Bem, o meu caso é um pouquinho mais sério. – Começou a loira. – Eu já devia ter feito isso bem antes. Eu vou me internar numa clínica para Narcóticos Anônimos. – Concluiu.


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