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26. Os Coelhos em "Reações quase imediatas de parentes de primeiro grau".

26. Os Coelhos em "Reações quase imediatas de parentes de primeiro grau".

Dias atuais: 2014.

O desconforto de Beatriz tornou-se justificável após dispensar o décimo sexto veículo de imprensa. Se ela sabia de algo? "Ora essa, quem vocês acham que eu sou para negar a carinho a dois netos?", pensava a empresária. José Ricardo teria muito para explicar à sua mãe naquela noite. Queila, que mexia em suas redes sociais andando de um lado para outro, também esperava presenciar a conversa.

– Estou pronta para te ouvir, Zé. – Anunciou a dona da Descoladas.

– Eu não sabia deles até antes de ontem. Claro, a Tereza disse para mim sobre uma suposta gravidez, mas eu imaginei que ela tivesse ouvido meu conselho de abortar. Eu não imaginava que ela seria tão burra de criar duas crianças com dificuldades financeiras. Logo duas, senhor. Estava contando com o bom senso dela. – Defendeu-se o pai dos gêmeos.

– Eu não ficaria bem se o teu pai tivesse me mandado tirar você ou a Queila. – Opinou Beatriz.

– É diferente. A senhora e o papai eram casados, já a gente tinha apenas um caso e...

– Eu quero saber quando o teste de DNA sair e faço questão de receber essa tal de Tereza e meus netos em casa. – Decretou a matriarca. – Queila, por favor, eu preciso que você me crie uma conta de Facebook. – Finalizou.

****

Tereza encarou, por algum tempo, a faixa com os dizeres "Garota Criatividade Descoladas". "Eu poderia ter usado essa faixa se as coisas não tivessem sido como foi", ressentiu-se Tereza ao lembrar que a primeira Criatividade Descoladas fora no ano de 2003.

– Mãe, se ao menos a senhora estivesse viva quando eu e Raquel engravidamos, poderia ter tomado conta da gente. Eu não me importaria de ser vista andando com uma prostituta, desde que essa prostituta fosse a minha mãe. – Pensou a ruiva em voz alta.

Raquel, que ainda não havia voltado para casa, ouviu isso e sentiu um baque no coração. O passado havia sido muito mais complexo do que a ex-amante de Zé Ricardo pensava.

– Zinha, minha querida. – Sussurrou Raquel, abraçando a amiga de costas. – Eu não quero te ver sofrendo mais do que a gente está sendo obrigada a sofrer.

– Você não pode resolver essa minha dor, Quel. – Respondeu angustiada. – Maria Tereza de Oliveira Valdez, minha quase homônima e mãe...

–  Pode estar viva. – Disparou, para cara de espanto da mãe de Isadora. – Sim, as chances são muito pequenas. Minha mãe disse isso para mim no seu leito de morte e me fez prometer que só contaria em casos extremamente necessários e angustiantes. Zinha, minha Terezinha amada. Segundo mamãe, depois do apedrejamento de Maria Tereza, a sua mãe foi levada para o hospital em estado grave e de inconsciência. A prefeitura de São Juliano anunciou sua morte para que ela pudesse ser mantida em segurança. Dias depois ela sumiu do hospital. É improvável que ela tenha saído com os próprios pés de lá.

– Mas quem sequestraria uma prostituta quase morta? Quem seria louco de fazer isso? – Perguntou Tereza, com os olhos em chamas.

– Essa é uma pergunta que, talvez, nunca saberemos a resposta. – Concluiu Raquel.

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Afinal eles eram filhos de humanos mesmo (infelizmente). A alegria dos lábios de Leonardo esvaiu-se. Não seria daquela vez que teríamos comprovação de vida alienígena. Sim, isso era extremamente necessário e um tanto óbvio para o caçula de Irena, assim como para Erich von Daniken (autor de Eram os deuses astronautas?). Não, as futuras aulas de natação paraolímpica não seriam capazes de trazer Leonardo de volta ao ânimo. Não. Talvez algum disco voador perdido ou os comentários no vídeo "Proibido para os pais" do canal Mundo Pequeno. O jovem de 14 anos adorava Isadora e tudo relacionado a ela (menos seu irmão Vinícius). "O namorado da Garota Descoladas é aquele loiro todo de preto, não é? Achei heroico a forma com que ele tirou-a da confusão", dizia uns dos comentários. "Que Vinícius não veja isso. Melhor: é bom que veja para que ele se toque o quão babaca é", pensou. Os devaneios de Leo acabaram com os gritos histéricos de Vinícius. "Pobre Dora", solidarizou-se, por fim.

****

Juliano não sabia se chorava ou se sorria. De certo, o resultado do teste de DNA naquele 29 de setembro de 2014 era motivo de felicidade, mas a proposta de seu pai não era de tanta alegria assim. " Vou comprar uma casa para você e sua mãe perto do meu apartamento", decretou o professor de Física. "E meus amigos? Eu nunca morei longe deles", pensou imediatamente o rapaz. Todavia, Juliano não mostrou o descontentamento para o pai. Teria que haver uma solução. "Bem, pelo menos agora eu tenho 100% de certeza que não sou filho do Xandy Drácula e sim do meu pai".

–  Estou com metade do meu sonho realizado. – Dizia a simpática Queila Coelho, com o resultado em mãos. – Claro, um dia eu terei o meu próprio bebê, mas dois sobrinhos, por agora, são o suficiente.

Juliano sentiu-se compelido a aproximar-se da família feliz e contar a notícia amarga para os amigos.

–  O que foi Juliano? Você não é filho de seu pai? – Perguntou Isaac. 

– Claro que eu sou filho do meu pai, ora essa. É que eu vou ter que mudar de endereço e ficar longe de vocês...

–  Ah, não se preocupe. Mamãe pode colocar vocês na mesma rua se quiser, Juliano. –  Notou a tia dos gêmeos. – Falando nisso, eu tenho uma outra informação para vocês três: mamãe quer pagar a melhor escola particular possível para o Isaac e para a Isadora, mas daí concluímos que esta decisão deve ser tomada em trio.

–  Só tem uma escola particular possível para nós três. – Interferiu Isadora. – E poderíamos escolher uma casa relativamente perto dela...

– Então vamos todos para a Douglas Monteiro? – Adivinhou Isaac. – Jujubas, prepare a lista telefônica, temos alguns convites a fazer.

****

Zé Ricardo pretendia demonstrar aos filhos que não seria um pai paparicador ou bondoso. Isadora talvez merecesse um pouco de sua proteção. Isaac não. Aquele menino era opositor e contestador demais e poderia encontrar pessoas não tão compreensíveis como Zé em seu caminho. Era 30 de setembro de 2014 e Beatriz Coelho havia convidado os netos para jantar. O primogênito de Beatriz agradeceu à misericórdia divina por Tereza não ter vindo e, em seu lugar, ter aparecido o sobrinho de Jorge Henrique. Se Deus ainda o considerasse seu filho, só Ele saberia o tamanho do tesão que Zé sentia pela ruiva... Também estavam presentes no jantar Queila, Carlos e Bella Ventura. O olhar da caçula de seu cunhado parecia querer atravessar o coração de Isadora como se fosse uma espada.

– Isaac, Isadora... – Começou Beatriz. – Me sinto imensamente feliz com a presença de vocês. Isadora, parabéns por ter ganhado o nosso concurso. Isso só prova que o amor pela moda vem de sangue. E Isaac, você é muito bom em marketing. Da próxima vez pedirei para você fazer para nós.

– Falando em marketing, tomem queridos: esses são os cartões ilimitados da Descoladas.com. Vocês podem e devem renovar o guarda-roupa de vocês. – Dizia Queila. – Dora, meu amor, você pode entregar o cartão para sua mãe? E, Juliano, depois eu consigo um para você.

– Mamãe, Queila, vocês darão poder para os inimigos? – Disse Zé, saindo finalmente do silêncio. – Está na cara que esses meninos são agentes não-secretos daquela outra loja lá.

–  Ai, Zé. Isso não tem nada a ver. Foi só um jeito que eles arranjaram de chamar a atenção. – Meteu-se Carlos. – Charlotte e Bella vivem transitando entre as duas lojas e não são agentes não-secretas da Rickelly.

– Falando em propaganda, aliados e rivais... Dora, eu sei que isso te deixará chateada, mas decidimos também nomear sua amiga como ganhadora do concurso Criatividade Descoladas. – Contou Beatriz. – Claro, não é desmerecendo sua vitória, mas é exaltando o potencial de Melissa e de Bella, e para afastar rumores que o concurso já estava decidido para você.

– Mel não é minha amiga. A gente não se bate desde que o Isaac assediou-a publicamente no aniversário de 13 anos dela. Eu fui tentar defender esse Cabelos de Miojo e ganhei a merecida antipatia dela.

– Eu só roubei um beijo dela. – Defendeu-se o gêmeo mais velho. – Pelo menos, eu não fico transando no banheiro da casa de ninguém durante sua festa de aniversário.

Zé Ricardo percebeu Bella se emburrecendo ainda mais e direcionando um olhar cortante para Isaac. "Quanta impertinência desse moleque. Ele é parecido demais comigo", pensou Zé. Não obstante, Zé sentia de o aconselhar e deixar bem claro para o rapaz que a vida não podia ser tão louca assim. Esperou o menino ir para a cozinha, tomar água. Aquele era o momento perfeito.

– Quer dizer que você acha que a vida é engraçada e que pode fazer o que bem quiser dela. Eu já fui assim, sua mãe foi assim, mas por sorte ela é bem mais madura do que eu e você foi criado por ela.

– O senhor não tem moral nenhuma para vir aqui e me dar sermão. – Bufou Isaac. – Aliás, a moralidade passou longe de ser uma das tuas virtudes.

– Quanta inocência! Eu só quero te avisar que não vou deixar os meus negócios em suas mãos. Prefiro deixar nas de Vinícius, ele tem tato para a realidade do mundo. Já a Isadora é tão romântica quanto Queila, então não. – Revelou. – Óbvio que vou pagar a pensão, a escola e tudo. Mas meus negócios não. Comece a construir a sua carreira com quinze centavos ou vinte e cinco. Dinheiro demais para um menino tolo como você só te faria cair no primeiro golpe.

–  Muito obrigado por me mostrar sua face. Eu não quero ser como você. – Falou o filho para o pai.

Zé felicitou-se ao notar que Isaac tinha entendido. Afinal, ele não era tão inocente assim. Apesar disso, o empresário sentiu uma estranha sensação no peito, como se esta viesse lhe avisar que a rivalidade com o filho duraria até o dia de sua morte.

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