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25. Mães & Filhos.

25. Mães & Filhos.

Dias atuais: 2014.

Juliano esperava encontrar seu pai de outras maneiras. Durante os primeiros 14 anos de sua vida ele chegara a acreditar que a incógnita lhe aparecia no dia de seu aniversário ou em alguma data comemorativa. Juliano sonhava que seu pai poderia ser um super-herói em missão e que, por isso, não deveria arriscar a vida da esposa e do filho. Mas seu pai, Paulo Vítor, não era herói nenhum, mas sim mais um homem comum repleto de erros.

– Eu não queria que fosse assim. – Disse o moreno, desviando o olhar em seguida.

– Não deveria ter sido dessa forma e a culpa é toda minha. Fui idiota e não espero me redimir. Tudo que eu posso fazer agora é construir memórias que se sobreponham às lacunas vazias de sua existência. – Desabafou Paulo.

– Eu quero tanto isso, mas... como o senhor chegou até aqui?

– Fiquei sabendo de toda armação e senti que você estaria aqui hoje. Não desse jeito, claro. Aí de repente vi aquela comoção ali na frente da Descoladas e segui o menino que saiu correndo dos paparazzi. Eu sabia que era você.

– Eu não posso te culpar por nada. Não sei bem o que aconteceu lá em 99. – Confessou o menino. – Eu só quero ficar em silêncio agora, sabe?

– Posso ficar em silêncio com você então? – Indagou o físico.

– À vontade, papai.

****

André precisou arrumar, mais uma vez, a bagunça causada pelo trio de ex-bastardos cabeças-ocas. A alegria, momentânea, adquirida pela vitória de Isadora no tão almejado concurso fora substituída pela raiva dos impertinentes Isaac e Juliano. "Juliano, pelo menos, sabe quando se retirar", dizia André quando obrigou Isaac a entrar no seu carro. "Preciso ajudar sua irmã a escapar das línguas maldosas", completou. Dito e feito. A ganhadora do Concurso Criatividade Descoladas, que esperava ser indagada sobre suas ideias e paixão pela moda estava sendo bombardeada por perguntas sobre sua origem. A sorte da menina era a proteção magistral de Ana Maria (inclusive fora ela que avisara a André o que estava acontecendo).

– Dora, vamos para casa. – Pediu para André. – Sua mãe e Raquel querem conversar com vocês.

Vinícius, que parecia gostar dos burburinhos, interveio imediatamente.

– Ei, eu sou o namorado dela. Eu a trouxe e eu vou levá-la de volta. – Protestou.

– E eu sou o detetive responsável pelo resto de sigilo que cabe no caso. – Respondeu. Ele não suportava Vinícius e seu rei na barriga. – Vamos, Isadora.

A menina, que obedeceu mecanicamente às ordens de André, se retirou do recinto. As maçãs do rosto da jovem voltaram a corar assim que ela e o pai de Samantha se viram isolados no fundo da Descoladas. Era possível ver uma drag queen (que só podia ser Juliano) com outra pessoa por ali também.

 – Por que André? Por quê? Por que você me ajudou? – Indagou a filha de Zé Ricardo.

– Você sabia que no dia em que você bateu à minha porta procurando ajuda eu estava pensando justamente em te ajudar? Eu não tive um pai quando tive minha primeira relação sexual ou para me ensinar dirigir quando cheguei aos 18 anos ou no momento que mais precisei, quando eu descobri que seria pai da Samantha. Te achei uma feliz exceção, camaleoa ruiva.

– É mesmo, eu nunca ouvi nenhuma menção a seu pai quando estava em sua casa. – Observou a modelo iniciante. – Ele e sua mãe são separados?

– Não. Meu pai morreu há 13 anos. Eu era um garotinho e sonhava em ser detetive como ele. Soube da morte dele por um programa de televisão quando estava saindo da escola. Tia Ana Maria foi me buscar. Mamãe ficou para reconhecer o corpo e... ele havia passado a madrugada inteira fora, mas isso era até comum.

– Nossa, eu nem sei como me desculpar com você. Seus desejos eram altruístas, afinal.

– Não precisa se desculpar, Isadora. Eu ainda tenho muito motivos para ficar no pé da sua família, inclusive. – Confessou André. – Papai morreu quando estava investigando as possíveis relações da Descoladas e Rickelly com o tráfico de mulheres. Ninguém mais teve coragem de fazer isso desde então. Talvez eu faça isso um dia.

– Boa sorte. – Desejou. – Para nós dois.

****

Os três rebeldes chegaram à casa de Tereza com a cara de poucas amizades. Isadora, adornada com sua faixa de campeã, olhava para Isaac quase desferindo tiros mortais. Raquel ficou feliz pela menina ter sido criada pacificamente por sua melhor amiga (o que impedia qualquer ataque de natureza obscura contra o gêmeo mais serelepe). A inquietude de Juliano e seus lábios manchados de batom rosa também deixaram Raquel preocupada. Ele era ainda, apesar da confusão armada naquela tarde, seu amado filho.

– Conseguiram entender que a rebeldia não tem vantagem nenhuma? – Disse Tereza aos três jovens, que concordaram com suas cabeças. – Que bom! Pelo menos vocês três conseguiram ficar famosos.

– Eu não tive nada a ver dessa vez... – Protestou Isadora.

– Claro que não. Você queria todos os holofotes só para si. – Rebelou-se Isaac.

– Chega, crianças! – Interveio Raquel. – Não adianta jogar toda a culpa neles, Tereza. Se a gente tivesse contado a nossa versão depois que o André veio falar com a gente, nada disso teria acontecido. Que tal começarmos por São Juliano?

– Bem, eu começo. – Prontificou-se Tereza. – Eu fui criada pela dona Cícera e seu João, pais de Raquel. Todos os bebês de dona Cícera nasciam mortos, então a minha mãe biológica, que era prostituta, decidiu me dar ao casal. Bem, isso vocês já sabem. O que não sabem é que a avó de vocês certamente foi morta a pedradas. Deixando isso de lado, pouco tempo depois da morte de seu João, dona Cícera também morre. Ficamos só eu e Raquel. Era 04 de abril de 1998. No dia sete, eu e Raquel nos mudamos para Belo Horizonte. Ela conheceu Paulo Vítor na escola, antes que eu conhecesse o José Ricardo. Os dois estavam muito apaixonados e Paulo nos convidou para a festa de aniversário de Jorge Henrique, irmão do Paulo. Foi lá que eu conheci Zé e prometi vingança. Até me lembro do dia: 08 de maio de 98.

– Ah, explicado. O que o homem que a senhora chama de "meu pai" fez com a senhora? – Questionou Isaac.

– Até aí nada. – Respondeu. – Quem tinha feito era seu avô, Otávio Pessanha. Ele era o cafetão de minha mãe. Eu prometi vingar-me no Zé, mas acabei me pegando loucamente apaixonada.

– Vocês foram gerados juntos, como bem sabem. – Continuou Raquel. – Foi, mais uma vez, graças ao Jorge Henrique. Juliano já sabe disso. Era a despedida de solteiro dele. Assim a Tania, mãe dos dois, ficou sabendo sobre o nosso caso e não concordou que o filho mais novo estivesse saindo com uma mulata. Isso deixou o clima um pesado entre nós e... eu estava esperando que o Paulo Vítor enfrentasse a sua família e me pedisse para esperá-lo acabar a faculdade em Harvard. Ele tinha acabado de fazer 15 anos. Era um gênio. Aí no dia 11 de janeiro de 98 eu estava esperando por ele e me deparei com o Xandy Drácula. Essa parte eu não quero contar. Pode falar por nós, Tereza?

– Xandy era o cara mais abusivo que encontrei na vida e olha que já vi muitos. Ele era tão cafajeste no ponto de pedir, na lata, para que as garotas transassem com eles. Morava na mesma pensão que a gente. Porém, teve um dia que ele foi longe demais... Foi nesse 11 de janeiro que falei. Eu tinha ido para um curso de verão na UFMG e quando cheguei encontrei Raquel desolada, chorando no quarto. Xandy havia acabado de estuprá-la. Paulo que flagrou a cena acreditou que Raquel o havia traído.

– Então existe a chance de eu ser filho desse Xandy? – Indagou, preocupado, Juliano.

– Não, eu tomei pílula do dia seguinte e tudo e já havia sentido alguns sintomas antes. – Acalmou a mãe do rapaz. – Depois de todos esses acontecimentos, eu ainda tinha fé que poderia me resolver com o Paulo Vítor se contasse a situação para a Vitória. Mas, aparentemente, ela nunca recebeu a carta.

– Enquanto isso, eu fui contar para o Zé Ricardo sobre a notícia. Esperava que ele tivesse sido menos grosso e que assumisse o nosso relacionamento para a dona Beatriz Coelho. Mas não foi assim. Ele ofereceu dinheiro para que eu abortasse vocês nos Estados Unidos. Disse também que, da próxima vez, era pra gente tomar mais cuidado. – Revelou a mãe dos gêmeos.

– Está vendo, Isadora? Foi essa a reação do seu querido pai ao saber da nossa existência. – Ironizou Isaac.

– Sabia, Isaac, que se você tentar consegue ser menos insuportável? – Respondeu Isadora.

– Bem, crianças, foi por isso que a gente nunca contou nada para vocês. – Falava Raquel com a mão no peito. – Espero que vocês nos entenda.

– Não, mamãe. Somos nós que temos que entender vocês. – Disse Juliano.

No fim, os três adolescentes abraçaram as duas mães e selaram uma paz permanente.

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