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Tristeza

Engraçado. Mastigo um pedaço de frango, segurando-o pelo osso enquanto observo as notícias do jornal. Então as "fendas" aconteceram no mundo inteiro e a D sabia delas? Debruço na cadeira, vendo a repórter loira falar sobre as principais notícias.

–Então era aquela coisa no céu? –Retiro a atenção da TV, olhando para a garota do meu lado. Sentada na mesma mesa que eu, a jovem chamada Raissa come o frango com a mão, quase me imitando e tomada pelo rosa, a cor de sua aura. 

–Sim, havia mais delas. –Respondo, ela levanta o rosto e os olhos castanhos ficam roseados, reagindo a força junto a pele escura, ficando numa tonalidade tanto quanto, exótica. –Mas nenhuma era como aquela máquina.

–São alienígenas? –A pergunta arranca uma risada minha, isso é sério?

–E você sabe o que é um? –A garota nega, ajeitando o cabelo marrom e ondulado que descem até o ombro. Um banho e já parece outra pessoa, incrível. Suspiro, lembrando dela vindo comigo conforme os membros dos Palmares colocavam um ponto de teletransporte lá. No final, essa guria me infernizou até eu ceder e aqui estamos, virei quase uma tutora.

Normalmente jamais faria isso. Mas meus instintos dizem algo sobre essa magra e fraca jovem e, eles nunca falham. 

–São alienígenas. –Defino, o corpo dela enrijece e os olhos arregalam. Disparo a rir, não aguentando a reação e ponho o frango no prato, quase engasgando enquanto a maior cara de bunda surge nela. –EU NÃO SOU DE RIR MAS OLHA ESSA CARA! IMPAGÁVEL!

–Sacanagem. –Ela murmura, murchando e respiro fundo, tirando uma lágrima dos olhos. Céus, nunca fui de rir porém não teve jeito. 

–De todo jeito, realmente são. Levei aquela máquina fatiada pros engenheiros de plantão e pedaços das bestas foram recolhidos. O material genético é totalmente diferente de tudo vivo no nosso planeta, além de termos informações de uma dimensão alternativa. –Explico calmamente, voltando a mastigar o pedaço de frango. 

–O que é uma dimensão alternativa? –Estreito os olhos, deveria esperar por isso.

–Pense numa segunda terra. –Tento resumir, Raissa permanece parada e concorda, aparentemente entendendo. –E há algo do outro lado querendo nossa cabeça.

–Nossa? –Ela pergunta e afirmo, soltando o resto do osso no prato ao levantar, esticando os membros antes de pegar o prato e voltar para a área onde há mais comida. 

–Estão caçando despertados. –A jovem pega o prato e vem atrás de mim, passando entre as outras cadeiras e outros membros com muito cuidado ainda com a comida na boca. Eles sequer ousam olhar na nossa direção, sabem o que pode acontecer caso eu não goste de alguma encarada. –E você é uma, então fica esperta.

–Por que meu irmão não é? –Arqueio as sobrancelhas, aproximando das cozinheiras que prontamente colocam duas colheradas de tropeiro e feijoada. Ninguém falou isso para essa guria, ou falou? –Ele não tem as cores, não é como eu. 

–Cores? –Pergunto, seguindo e a senhora força um sorriso quando ela estende o prato, ainda com comida, pedindo mais feijão. Sem a possibilidade de recusar na minha presença, uma colher de cada é posta e a jovem vem atrás de mim, aguardando-a enquanto aponto para a linguiça na churrasqueira e o churrasqueiro puxa-a, colocando no meu prato. 

–É, tipo a sua. –Pedindo também a carne, ele prontamente a atende com um sorriso e gosto da ação dele, diferente daquela velha. Pego o prato e continuo a andar, aguardando um complemento enquanto sou seguida. –Tipo, você tem uma cor vermelha. Mas não igual aos outros, é um vermelho cardeal.

–Vermelho cardeal. –Repito, realmente gostando. –Como sabe uma cor tão, específica?

–Gosto de cores. –Ela fala e dou de ombros, faz sentido. –Todos aqueles com cores eram estranhamente fortes. Aquele cara, você, eu. Não sou grande coisa, mas consigo bater na maioria dos meninos e adultos sem dificuldade.

Tenho uma imensa vontade de perguntar se fazia o mesmo com o pai dela, porém permaneço quieta. Sento na mesma cadeira e a jovem senta comigo, olhando a comida com os olhos brilhando. 

Então ela consegue detectar despertados? Há alguns sinais para isso, mas quase nunca funciona. Não funcionou com Maria e, com essa guria fiquei apenas na desconfiança. 

Volto os olhos pelo refeitório, observando os outros membros junto aos resgatados, todos comendo na nova região da dimensão ramificada. Já chamei uma galera pra avaliar o terreno, aparentemente há alguns metais que podem ser comercializados aqui e, também, uma galera para estudar os sintéticos.

Dez experimentos foram bem sucedidos. Na verdade, dez foram perfeitamente concluídos. Os outros deram certo mas houve efeitos colaterais. Subo os olhos, vendo os vários monstros surgirem na TV em fotos, todos surgindo das rachaduras.

"Elas vão piorar nos próximos anos e em dentro de dois, uma imensa vai acontecer." Pela lembrança roubada do líder daquele prédio subterrâneo, vejo o computador de onde o chefão da D estava falando, com a voz alterada e grossa. "Nela, com toda certeza 80% da população mundial vai morrer e os sobreviventes precisarão lutar contra o que vier delas. Portanto, não falhe nos experimentos. Nosso tempo está acabando."

Nosso tempo está acabando. Sorrio, o prato começa a tremer e a jovem arrepia, voltando a atenção para mim enquanto meus caninos crescem, influenciados pelo dom que manifesta-se sozinho. 

Agora eu quero muito ir para o outro lado da fenda.

***

–Qual foram os resultados? –A voz poderosa dele faz minha alma tremer. Ligo o celular e desbloqueio-o, entrando na mensagem do meu colega engenheiro. 

–Até o momento, estão falando que o sistema é feito pela outra energia e também por eletricidade. Encontrarem registros e fontes de comunicação, somente pode ter sido feito por… –Pedro olha para mim e travo, os olhos escuros parecem me atravessar e abaixo a cabeça, continuando a andar pelo corredor. –Por outra raça inteligente e muito avançada.

–Maravilha, estamos prestes a enfrentar aliens. –Ele murmura e acelera os passos, tirando a atenção de mim conforme seu corpo exala ondas de escuridão, difundindo-se no terno e calça preta. A pele escura parece virar uma com a força e cerro os dentes, respirando fundo antes de olhar para Ângelo, vindo do lado tão intimidado quanto. –Onde está Julia?

–No refeitório. –Respondo e um grunhido de raiva escapa dele.

–As duas e meia!? –Antes de eu sequer conseguir falar algo, a escuridão engole totalmente o local e, quando meu coração bate novamente, a luz retorna pro corredor e a presença de Pedro desapareceu.

Paro de andar, raciocinando o que acabou de acontecer e Ângelo suspira, aliviado.

–Foi atrás dela. –Ele fala e engulo seco. Além de ser um monstro, ainda consegue simplesmente sumir nas sombras? –Acho que nunca vou me acostumar com isso.

–Nem eu. –Digo, pondo as mãos na cintura ao fechar os olhos. O refeitório é quase sete regiões à frente de onde estamos, quase sete quilômetros. Precisamos mesmo ir até lá? 

"Venham até minha sala, estou convocando todos os prodígios, treinadores e pesquisadores!" A voz ensurdecedora de Pedro ecoa nos meus ouvidos e fecho as mãos, maravilha. "QUEM NÃO APARECER VAI SERVIR NA AMAZÔNIA POR TRÊS MESES!" 

–Meu pai. –Ângelo murmura com os olhos arregalados e lembro das histórias que ouvi da luta contra os contrabandistas lá. Arrepio dos pés à cabeça. 

–Melhor irmos. –Digo e ele concorda, imediatamente disparando a correr comigo para a sala do nosso líder. 

***

Tento salvar alguma coisa da minha casa destruída. Retiro os tijolos e concreto destruído, procurando meus materiais escolares e cofrinho na região onde seria meu quarto. 

Que merda. Está escurecendo e meu velho foi procurar ajuda na família. Apesar de todos os meus tios viverem longe, eles podem mandar algum dinheiro ou pagar ao menos uma diária. Droga, mas por quanto tempo? 

Paro de mover os destroços e ponho as mãos nos joelhos, exausto. O suor escorre pela minha face, pingando enquanto olho para o que conseguir salvar. Algumas calças, cuecas e camisas. Mochila, carregador, o colar da minha mãe e, somente isso.

Respiro fundo, tombando a cabeça. "Ela é uma assassina, tome cuidado."

"Eles ajudariam uma assassina?" As palavras de Yara e Maria ecoam no meu cérebro. Então era verdade. Eu achei que era alguma brincadeira ou desculpa barata, mas era verdade. 

Maria me mostrou. Eu vi como se estivesse lá. A habilidade dela perfurando a cabeça daquele homem sem dar chance de reação e a vida esvaindo de seus olhos antes mesmo de cair no chão. 

Droga. A lembrança de Yara me ajudando retorna com mais força, quase nocauteando a memória dela matando a pessoa e balanço a cabeça, sem saber o que pensar. Eu salvei uma assassina. Uma assassina dormiu do meu lado durante quatro dias e, eu fui ajudado.

Aquela tristeza imensa era por causa disso? Era por isso que falava direto sobre a morte iminente? Suspiro, não conseguindo acreditar em mais nada.

Primeiro, salvo uma vampira. Depois, ela fica na minha casa por quatro dias e me ajuda a ganhar o mínimo de dinheiro. Nem sei de onde aquela louca tirou aqueles duzentos reais. Ai, quando finalmente estou entrando nos trilhos, a merda de um lobo imenso destrói tudo no bairro.

Duas pessoas foram explodidas, outras quatro morreram nos destroços e eu quase fui junto. Maria me salvou e, Yara também. Sento nos destroços, grunhindo baixinho com as mãos na cabeça.

Por que eu estou tão mal por causa disso? Eu, eu me sinto… Enganado? Droga! Mas ela falou e eu não acreditei! Isso é porque fui ajudado ou pelo caos dos últimos dias? 

Eu estava gostando dessa rotina louca. Murmuro um xingamento. Meu Deus, eu devo estar enlouquecendo. Estava gostando da companhia de uma assassina? Mas… Não desce! Não desce mesmo! Yara ser uma assassina é algo surreal! Nesses últimos dias nunca senti nenhuma ameaça vindo dela! Nem a minha intuição apitou! E olha que eu já descobri muita coisa com ela!

Respiro fundo, cerrando os dentes antes de juntar as mãos. Volto a encarar a destruição, cercada pela fita da polícia e não vejo ninguém. Estou sozinho. Cerro os dentes com ainda mais força. 

Era por isso, eu não estava mais sozinho. Permaneço encarando o nada diante mim, sentindo a tristeza tombar meus ombros enquanto  lágrimas descem pelo meu rosto. Mesmo que perto de uma desconhecida, duma assassina e, vampira, eu me sentia…

Abaixo a cabeça, deixando o choro pingar no chão. Sempre fui tão carente? Mãe? O que aconteceu comigo? Limpo o rosto e retorno a procurar minhas coisas, sentindo nada além de vergonha. Preciso orgulhar a memória dela, não chorar assim! Vamos lá! 

***

–Por que raios eu estou sendo chamada se nem sou uma membra? –Pergunto a mulher de pele branca, caminhando comigo pelo corredor conforme suspira. Eu a vi treinar aquele dia com aquela mulher, ela consegue virar um lobisomem. Depois de eu descer um lobo na porrada, sequer me surpreendo. Ainda estou entorpecida pelo feito, prefiro nem pensar a respeito.

–Ordens. –Ela diz prendendo o cabelo loiro, que definitivamente foi pintado recentemente, num rabo de cavalo. 

Maravilha.

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