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Alguém sempre está em perigo

Termino as flexões. Caio no ladrilho gelado e suspiro, exausta. Sessenta flexões depois da ficha inteira? Estou melhorando. Giro o corpo e, ficando de costas pro chão, olho para o teto da minha casa.

Deveria acabar a ficha na academia, mas odeio ser encarada a cada flexão paga. Bem, não faz mal. Levanto, ficando sentada conforme recupero as forças, sentindo a aura vibrar no núcleo, mais denso. A cada exercício fiz questão de usar a energia junto, o que fez tudo parecer mais fácil. O peso que eu aguentava levantar quase dobrou e sinto uma força colossal.

Eu ganhei dois quilos! Estou com 57 quilogramas agora! Estreito os olhos, ainda estou muito magra. Ah, estou melhorando. Ponho os joelhos no ladrilho e fico de pé em seguida, tirando a velha luva vermelha das minhas mãos conforme pego uma toalha, indo pro banheiro.

Antes de entrar, dou uma olhadinha no terreiro e, sorrio. Lá, Bruta permanece na mesma posição em que estava quando cheguei, sentadinha e de olhos fechados. Ela somente saiu dela quando eu cheguei, fazendo sua alegre recepção estranhamente cansada.

Deve ter ficado pulando pra cá e pra lá de novo. O engraçado é: Quando eu entrei pra casa, a cachorra voltou para a posição e está nela até agora. Bem, não vou julgar, cada cachorra com sua loucura.

Entro para o banheiro e retiro as roupas de academia preta. A espécie de camisa preta - que tem um nome específico, porém eu desconheço - e o short suados são postos sobre a pia e me olho no espelho, retirando a bucha e livrando meu cabelo do rabo de cavalo.

Estou com uma cor mais forte. Além disso, pareço ter crescido um pouco. Sorrio, dando umas balançadas ao olhar para mim mesma, até que esse despertar não foi ruim.

Estou ficando durinha. Rio de mim mesma e vou para o chuveiro, ligando-o. A água gelada me atinge e cerro os punhos, deixando o choque térmico acontecer conforme ela esquenta.

Pronto, exercício do di...

Um lampejo. Quase escorrego e agarro na parede, vendo as sombras na água vibrarem loucamente ao subirem pelas paredes, gritando algo enquanto uma visão surge diante mim.

É Luan, do lado de... Merda! Do lado daquela assassina! Por algum motivo sem aquelas roupas e, ambos encaram um homem, vestindo a máscara em formato de V.

Do lado dele, uma enorme criatura está aberta no meio, morta no chão. Droga! Mas o que raios é essa coisa!? Tento prever quando isso vai acontecer pela luz e, a dor me acerta feito uma marreta. Tombo para trás e bato as costas contra a parede, a visão some e grunho, qual é!

Por que alguém sempre precisa aparecer em perigo?

***

-Valeu galera! -Digo com um monte de materiais nas mãos e meus amigos acenam ao longe, indo embora da praça. Suspiro aliviado, não vou precisar comprar o básico. Com uns três cadernos e várias folhas de fichário empacotadas escoradas no peito, caminho de volta para o banco de pedra em frente a lagoa, vazio. Nele, avisto dois pães de sal dentro duma sacola. -Pronto, menos um problema.

Sento e coloco os itens do lado. De repente, a silhueta de uma mulher surge.

-Vuço... -Yara começa a falar, aparecendo sentada no banco com um pão de sal na boca, segurando-o com ambas as mãos e, arrancando parte dele, ela volta a atenção para mim. -Você vai fazer o que agora?

-Provavelmente, tentar arranjar uma grana. -Digo sob os olhos carmesins dela, por algum motivo não escondidos pela "ilusão" como a camisa azul, agora num tamanho bom. A sua pele escura parece mais intensa e não consigo ver as pontas brancas no seu cabelo ondulado e preto, estranho. -Tenho um campeonato amanha e depois, devo conseguir algo neles. Para garantir, vou perguntar se precisam de ajuda no abrigo.

-Abrigo? -Ela pergunta e concordo.

-É onde cuidam de animais abandonados. Cães, gatos, coelhos... Já vi de tudo lá. -Digo, estreitando os olhos. Também levei vários animais para aquele lugar, não me orgulho disso. Apesar de, provavelmente ter salvado a vida deles. -Espero que deem uma força, um bico ou outro devem aceitar.

Silêncio. Yara permanece olhando para mim, mastigando pão conforme pensa algo e suspiro, começando a me acostumar com isso.

-E você? -Pergunto, pegando um dos pães na sacola para comer. O semblante dela fica sério e permaneço quieto, sem desviar o olhar.

-Eu, eu não sei. -Ela sussurra, voltando a atenção para a lagoa. -Provavelmente, terei que fugir pelo resto da minha vida e, fazer o que for preciso por comida.

Fazer o que for preciso. Cerro os dentes, esperando singelamente não ser isso na minha mente e suspiro, coçando a cabeça.

-Você tem casa?

-Não.

-Amigos?

-Não.

-Familia?

-Fui vendida. -Arrepio, coçando com ainda mais força. Droga, deveria ter ficado falado. -Não tenho nada. Somente, somente minha força. O que sequer ajuda nesse quesito. Eu... Provavelmente vou morrer.

Dessa vez, eu que fico em silêncio. Permaneço com os olhos arregalados, encarando-a. A pele escura dela libera leves ondas vermelhas, reagindo a clara tristeza em seu semblante.

-Foram, foram as mesmas pessoas? -Pergunto, referindo a como encontrei ela.

-Não. -A resposta me deixa ainda mais agoniado. -Aquelas foram outras pessoas. Bem, ambos vão querer minha cabeça.

-A polícia não pode te ajudar? -Pergunto e uma risada seca escapa dentre seus dentes.

-Ela ajudaria uma assassina? -As palavras simplesmente fazem minha alma tremer. Eu, eu ouvi direito? Nossos olhares se encontram e, arqueio as sobrancelhas. -É, não iriam ajudar.

-Ajudariam. -Insisto e os olhos carmesins dela tremem em descrença. -Qual é, lembra do seu estado seu ontem? Poise, caso eu não tivesse te ajudado como você estaria agora!?

-Morta. -Yara murmura e engulo seco, ciente disso.

-Então, podemos evitar isso? -Pergunto calmamente.

-Por que se importa? Literalmente, literalmente nos conhecemos ontem. -Ela pergunta tomada pela descrença, olhando para mim em um misto de, raiva e tristeza. -Você não sabe quem eu sou, o que eu fiz e nem como acabei daquele jeito! E...

-Ajudai sem olhar a quem. -Interrompo-a, cruzando os braços. -E, principalmente, ame seu irmão como amaria a si mesmo. Levo essas duas frases onde quer que eu vá, são minhas bases. Minha falecida mãe me ensinou isso e eu pretendo continuar seguindo. Serve de resposta?

Silêncio. Mordo o pão com força, lembrando dela e balanço a cabeça. Ela está em um lugar melhor, eu sei que está. Meu velho também sabe, foi melhor assim.

-Me, me desculpe. -Yara sussurra e balanço a mão, sinalizando um tudo bem.

-Quantos anos você tem? -Pergunto e a deixo totalmente surpresa, sem imaginar o motivo da pergunta. -Na pior das hipóteses, arranjamos um trampo pra você como servente de pedreiro ou algo assim. Tu é, visivelmente, forte. Então, deve conseguir algo nesses trabalhos braçais. Somente não entro neles porque preciso estudar, por isso preciso saber da sua idade.

-É... -Yara pensa, coçando a cabeça com a mão esquerda e enfia o pão de sal na boca. Espera, essa louca não sabe a própria idade? -Uns, dezenove. Eu acho.

-QUE!? -Exclamo e ela arqueia as sobrancelhas. -Nem a pau! Tu tem cara de, sei lá, vinte e dois!

-Obrigada por me chamar de, velha. -Yara murmura e rio.

-Eu tenho dezessete, então sim, você é uma vampira bem velha. -Sinto a vontade dela de me socar no seu semblante e levanto, pegando os materiais ao indicar para irmos com a cabeça. -Vamos lá, preciso guardar isso e, bem, procurar um emprego para você. Caso não achemos, pode ficar lá em casa por um tempo. Apenas não incomode o velho, fechado?

Ela permanece em silêncio, pensando conforme a raiva é dissipada. Suspirando, vejo-a levantar e tomar parte dos materiais das minhas mãos, ajudando a carregar.

-Certo. -Sorrio, começando a andar e Yara vem logo atrás, um pouco mais... Tranquila? Essa espécie de desabafo foi bom? Ah, tomara. -Obrigada.

-Nada. -É, pelo visto foi.

Seguimos pela rua e, uma sensação ruim se instala no meu peito. Um, um pressentimento.

Ah, deve ser coisa da minha cabeça.

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