Capítulo 13 - Os Guardiões da China.
- M-me desculpem. . . Por ser. . . Tão fraco! - Sakahara dizia desesperado por ter que ser salvo daquela maneira tão humilhante, era um mestre, devia passar uma lição de que era imbatível para seus alunos! Mas olha só agora. . . Estava quase morrendo em seus braços.
- O senhor não é fraco, mestre! É o mais forte, o mais forte de todos! Eu sei disso! - Cauan corre com ele em seus braços enquanto desviava dos tentáculos, de vez em quando se teleporta para escapar do alcance e velocidade de alguns, aquele monstro era uma abominação tão forte.
- Mestre, iremos lidar com ele! Ninguém mexe com nossa cidade e fica por isso mesmo, porra ele estragou o meu dia agora. - Lupo estava criando coragem para chamar a garota dos seus sonhos para sair, estava puto da vida.
- Afastem os pensamentos mundanos nesse momento, estamos numa luta. Cauan, me deixe em qualquer lugar, vou ficar bem. Foque apenas nele! - Sakahara se soltou dos braços de seu aluno, correndo por conta própria agora, mesmo que quisesse se esconder e se recuperar, ia ser um péssimo professor se deixasse tudo para seus alunos. - Quer saber? Vamos nós três juntos, conseguiremos derrotá-lo sem dúvidas!
- 'Falam demais, humanos!' - Surgiu ao lado de Cauan, atingindo seu rosto com uma cotovelada violenta, que jogou o rapaz para trás, derrapando no chão como se caísse de um carro na pista. - 'Terei que lidar com aquele teleporte chato!
- É fácil enganar você, coisa. - Sakahara lançou uma rajada cortante de ar com a lâmina na direção de Cauan. Em conjunto, Lupo lançou uma rajada de esferas de explosão condensadas de suas mãos, na direção do seu amigo, também.
Antes que fizesse algo, Cauan conseguiu dar a visão para o desumano, do seu sorriso arrogante e presunçoso, seu nariz sangrou pelo golpe, mas não morreria só com aquilo! Estalando a língua no céu da boca, ele trocou de lugar com o monstro, fazendo com que Rondak fosse teleportado até onde estava, o fazendo ser acertado pelos golpes que deviam ter acertado o rapaz em si!
- Se fode aí, otário! - Mesmo com essa estratégia surpresa, deu tempo dele se preparar antes do teleporte, colocando os braços na frente do seu corpo, junto dos seus tentáculos.
O resultado? Hm, até que foi bom.
Um dos três tentáculos em sua cabeça foi totalmente fatiado e as explosões deixaram o corpo daquele monstro queimado, antes que pudesse tentar se recuperar, Cauan surgiu em mais um estalo de língua na sua frente, dando um gancho de direita em seu queixo, fazendo o cérebro do desumano balançar demais, o rapaz era forte, Rondak vê isso agora!
Sakahara ainda estava hesitando em agir, precisava se soltar, não podia deixar sua complicação mental, o impedir de agir! Com esse desejo, seus olhos iam mudando de cor, um deles ficava inteiramente negro, o outro? Branco, deixaria o karma ter controle do seu corpo. Isso era perigoso, mas iria parar com sua bipolaridade ao menos um pouco.
- Karma, nosso único objetivo é matar aquele monstro! - O corpo de Sheng, mesmo cansado e debilitado ao extremo, parte em disparada com uma postura de espada perfeita, tentando partir a cabeça do desumano em duas.
Já Lupo? Não tinha força o bastante para causar danos sérios para o desumano, mas segurou uma pedra e com uma carga explosiva, a jogou na direção do crânio de Rondak, o motivo? Ha! Um truque que ele e Cauan estavam testando juntos já faziam alguns dias, a pedra em alta velocidade? Sua velocidade seria redistribuída para algo que trocasse de lugar com ela? Pior que sim. . .
Com um estalar de língua, Silva trocou de lugar com a pedra em alta velocidade, na velocidade que estava indo, carregou um soco pesado e que seria forte o bastante para causar um dano imenso no desumano! Os golpes chegaram até o monstro, mas aquilo ainda conseguiu bloquear a lâmina de Sakahara, mas teve seu braço cortado fora quando o fez, já o soco de Cauan? Explodiu um dos olhos daquela coisa ao atingir, depois desse choque indescritível, todos foram em conjunto o espancar!
Cauan e Sakahara iam em conjunto ao atingir ele com socos e chutes, além de cortes furiosos que o espadachim desferiu no corpo da criatura. Rondak até consegue bloquear a maioria, mas Silva sempre trocava os dois de lugar para pontos cegos dos monstros e seus tentáculos e mesmo que fossem ser acertados, Lupo estava jogando pedras carregadas com sua energia explosiva em sua direção, atrapalhando seus planos.
- 'M-malditos. . .' - O desumano não consegue reagir direito, é a primeira vez que era pressionado dessa maneira. Não consegue manter uma postura ofensiva e nem defensiva, só está resistindo à sua morte iminente!
Então, até mesmo esses monstros possuem memórias afetivas? Ou quase isso, já que ele começou a lembrar do ser que compartilhou sua genética ao nascer. . . Trak, ou como as pessoas o conhecem, Nikolai.
Lembrando, do dia em que ele os traiu.
- 'Então Capritorn estava certo, você decidiu escolher a humanidade. . . Irmão.' - Um olhar furioso era direcionado para Nikolai naquele mesmo instante.
- 'Eles são dignos de viver, assim como nós. Viver baseado nessa cadeia alimentar doentia só vai nos destruir. . . Já cansei de me sentir um simples. . . Quero ser como eles.' - Nik estava sozinho com seu irmão, nas profundezas que parecia ser uma caverna?
- 'Como eles. . . Você nunca vai ser humano, Trak. Somos desumanos, uma existência perfeita e livre de leis idiotas ou ideais inúteis. Desista dessa ideia agora, senão. . . Irei pará-lo a força.' - Estava exalando sua aura sombria para tentar intimidar seu irmão mais novo.
- 'Tente me parar se puder, irmão.' - Nikolai cometeu o erro de virar as costas no mesmo instante, indicando que iria embora.
Rondak partiu em disparada na sua direção, carregando um soco pesado. Até que recebeu um golpe antes mesmo de ter reação, Nikolai era mais forte. . . Desde o próprio nascimento, era algo que os desumanos chamariam de prodígio em sua raça. A ira que o avermelhado carregava em seu olhar negro como a noite, mostrava que sua escolha não era apenas uma idiotice como Rondak pensou, ele estava sério, raivoso e decidido.
- 'Se vier atrás de mim, irei matá-lo. Está avisado. Posso não nascer humano, mas eu sei que sou forte como eles.' - Rondak nunca entendeu essa fala do irmão, como assim ser forte como os humanos? Mas agora entendia, os humanos que estava enfrentando, eram fortes individualmente mas também. . . Em conjunto, algo que sua raça desconhece. O máximo que fazem são duplas, mas sempre lutam separados, de forma desorganizada. . .
- 'Eu nunca. . . VOU PERDER PRA SERES ASSIM!' - Exalava o resto de sua aura sombria pelo local, indicando uma pressão imensa da grande força que ainda possui mesmo nesse estado. Rondak vai na direção de Lupo em alta velocidade, chutando seu peitoral de maneira que suas costelas quebraram de uma só vez.
Num outro piscar de olhos, surgiu saltando na direção de Sakahara, acertando um golpe em espiral com seus tentáculos no braço direito do espadachim, o arrancando fora de uma só vez, o que fez ele soltar um grito grotesco de dor. As pessoas assistindo ficaram em choque, estavam na vantagem mas agora iriam perder assim? Aquela coisa é imbatível?
- Ainda tô aqui! - Cauan surgiu chutando o rosto daquela coisa enquanto segura num dos seus tentáculos para se manter apoiado por cima do seu corpo, o segurando com todas as forças que tem.
- E EU TAMBÉM! - Lupo disse gritando, com uma dor imensa na sua caixa torácica, mas isso não o impediria. Podia até não ser tão forte fisicamente quanto os outros dois, mas usou de uma explosão condensada no cotovelo para impulsionar seu braço e acertar em cheio o abdômen do desumano, estourando diversos dos seus órgãos.
Rondak cospe mais sangue do que sabia que tinha em seu corpo, até perdeu a capacidade de falar enquanto Cauan começou a enforcar ele com seu próprio tentáculo, querendo quebrar o seu pescoço na verdade. Estava perdendo a visão, conforme sente sua vida se esvaindo. . . Mas Lupo ainda não parou, acertando mais socos explosivos em seu estômago até conseguir o atravessar, queria garantir que ele não sobrevivesse nem por um milagre, o jovem estava com dificuldades, já que sente todas as suas costelas quebradas doendo demais.
Por algum motivo, Rondak sente que Nikolai estava o observando de algum lugar e realmente estava. O desumano avermelhado vê a forma que seu irmão iria morrer e mesmo estando feliz, já que ele estava querendo matar pessoas, ainda se sentia triste. De alguma maneira, era sua família. . .
- 'Como eu posso sentir pena de alguém como ele?'
- Ele é seu irmão, Nik. Família. . . É família. - Paulo diz, meio triste pelo seu amigo sentir isso.
Rondak parou de resistir, após o som de algo quebrar e uma explosão de um último soco de Lupo que atravessou seu corpo, fazendo seus órgãos voarem para trás do seu corpo, o desumano já sem vida apenas despencou no chão da floresta. Rondak e Mari'Posa morreram, pela aliança dos super-humanos da China, os guardiões de Hong Kong! Os espectadores que viram a luta apenas conseguem comemorar felizes, era até possível ouvir um pouco do eco dos gritos na cidade, que Cauan e Lupo ouvem, sentados de costas se apoiando um no outro.
- Caramba. . . Isso foi. . . Difícil. - Cauan ainda sofreu golpes dos tentáculos daquela coisa, eram pesados como se fossem âncoras de um cruzeiro o acertando.
- P-preciso. . . De um médico. - Dizia pela dor das suas costelas quebradas.
- MESTRE! - Os dois gritaram juntos, lembrando que ele perdeu o braço e correram até onde ele estava, o velho já tinha usado seu próprio cinto para conseguir parar mais o sangramento.
- Eu tô bem, seus idiotas! - Disse tossindo sangue, para uma ironia com sua fala de estar bem. - É, talvez não. . .
- Então. . . Lutar com desumanos. . . É assim. - Cauan jurou que sua cabeça tinha voado pra fora do corpo quando aquele cara acertou a cotovelada em seu rosto.
Os três caíram desmaiando praticamente em sincronia, os ferimentos dos três e os impactos que tiveram no crânio finalmente os afetaram. Talvez a sensação de relaxamento após o conflito ocasionou nisso. . . Depois que desmaiaram, os drones apenas captaram as imagens da polícia, do serviço militar avançado e algumas ambulâncias chegando para tratar dos três. A transmissão se encerrou, após isso, todos os canais de notícia estavam espalhando a mesma notícia: "Os Guardiões da China Venceram!"
Os heróis foram mandados para hospitais especiais do governo chinês, já que hospitais normais não iriam conseguir tratar seus corpos estranhamente resistentes, nem mesmo seringas normais iriam perfurar sua pele. . . Já que eles aguentam porradas mais fortes do que um tiro de canhão.
1 Mês Depois. . .
Foi um bom tempo após essa batalha na China, algumas pessoas até chamaram aquilo de pequena guerra, mas só tinham apenas dois desumanos, não é como se aquilo fosse algo realmente incrível. Sakahara, depois do incidente, teve que se adaptar para a vida sem um dos braços, aquilo fez ele ficar ainda mais irritado por cada dia que passava.
Em retrospectiva com a vida de Cauan e Lupo tentando cuidar do velho e eles serem rejeitados o tempo todo, Paulo estava numa hora de relaxamento bem importante. . . Fernanda e sua família decidiram viajar por um momento, Paulo até tentou ficar em casa já que queria defender a cidade, mas o arrastaram junto. Ele tinha que relaxar de vez em quando, né?
Além disso, ele nunca foi numa praia.
Não só a família de Fernanda e eles foram, Clara e suas outras amigas decidiram fazer uma grande reunião na praia, até mesmo convidaram Eshylly e sua família. Ela até disse que finalmente ia trazer seu outro amigo que também era super-humano, estavam curiosas. A japa foi comprar umas roupas praianas para Paulo, ele agora estava usando uma bermuda laranja e uma camisa praiana aberta com flores também laranjas na cor vermelha da camisa, como se fossem destaques.
- Não ficou ruim. - Ela dizia rondando ele como se fosse uma estilista.
- Se você diz, vamos logo. - Paulo chegou lá com uma tensão inacreditável, se sentiu mal em deixar a cidade desprotegida. Só Nikolai ficou lá para cuidar das cadelas, mas se aparecessem muitos desumanos para ele enfrentar? Estava nervoso.
- Feio, para de ficar preocupado! Estamos aqui pra nos divertir, relaxa! - Bateu nas costas dele, com uma certa força. - Eu nem gosto muito de praia, mas fiquei louca pra ver sua reação ao vir pra uma!
- É só água e areia, não é como se eu já não tivesse visto! Ah, sinceramente. . . - Coçava os cabelos ainda meio estressado, Fernanda o guiava conforme andavam, já que ele estava mais travado que um robô enferrujado.
- Finalmente! Oh, você ficou ótimo. - Giullia diz enquanto tomava um pouco de sol, se bronzeando? Pior, estava deitada de barriga para baixo, então nem mesmo viu a roupa dele.
- Tu nem tá me vendo. . . - Paulo quase pisou nela de raiva, até que sentiu alguém bater em sua nuca, era Eshylly.
- Olha só quem tá no estilo praiano, Paulo César! - Ela ri ao falar isso, logo apontando para trás de si, mostrando um rapaz forte com um cavanhaque de respeito, então ele era o 'outro'?
- Oh, então você é o outro super-humano. - César estava sentindo uma aura forte dele, e também percebe que ele é bem artístico, já que ele estava com um cavaquinho na mão.
- Sou João Eduardo, e que formalidade toda é essa? Relaxa, cara! Estamos na praia. Claro, não que aqui seja um lugar discreto pra vocês agora, né? - Falou isso para Paulo e Eshylly, já que eram famosos agora, as pessoas passavam e ficavam olhando, mas não se aproximavam por vergonha.
- Ele disse pra relaxar, solta esses ombros! - Fernanda já estava ficando estressada também vendo ele tão rígido, até tentou fazer uma massagem nos ombros dele, mas era como tentar acalmar uma parede de tijolos.
Eduardo puxou Eshylly para mais perto, vendo a forma que os dois interagem, ficou curioso.
- Eles estão namorando? - Eduardo estava curioso agora.
- Não estamos não. - Paulo respondeu, já que sua audição era ótima como sempre.
- Ahn? Do que tá falando? - Fernanda não tinha a audição igual, na verdade. Então os três que sabiam do papo apenas deram risada dela. - É sério, me falem!
Podemos dizer que todo mundo aproveitou bem o dia na praia, as meninas conversaram bastante e conseguiram se bronzear um pouco, enquanto os homens? Ficaram o dia todo recolhendo conchas ou fazendo castelos de areia, Paulo está só com a cabeça para fora da areia nesse momento já que pediu para o enterrarem, até que estava bem fresco por baixo de toda aquela areia. A prima pequena de Eshylly ficou jogando areia por cima dos cabelos dele, tirando sarro, até tomar uma bronca da sua mãe que também foi.
Algumas pessoas que Paulo não conhecia foram, na verdade. Além do super-humano, Eduardo. A tia de Eshylly que a criou, a namorada do próprio Eduardo, o namorado de Clara. A cara de surpresa quando soube que ela tinha um fez ela quase o enforcar ali mesmo na praia. Enfim, até que ele realmente conseguiu relaxar, praticamente cochilando na areia da praia, o que fez Giovanna ficar meio preocupada.
- A gente acorda ele?!
- Deixa ele descansar, ele está sempre em estado de alerta como se estivesse numa selva. Um dia assim vai deixar ele mais tranquilo. - Fernanda diz comendo camarão enquanto ele tá ali na areia, pode-se dizer que sua família cresceu bastante agora. Até mesmo as pessoas da praia olham pra ela, "a grande amiga do White King" as pessoas deviam ver ela desse jeito.
Ele ficou dormindo ali de verdade por alguns minutos, até mesmo alguns caranguejos passavam perto do seu rosto. O que fez ele acordar de forma abrupta? Um pequeno rapaz que acabou não prestando atenção no chão e esbarrou em sua cabeça, a criança caiu no chão na hora, ele só acordou mesmo. Era como se a criança tivesse batido numa rocha enorme, seu pé estava doendo muito.
- Aiai! - O garotinho caiu de cara na areia da praia, o que fez Paulo sair dali no mesmo instante. As pessoas ficaram realmente surpresas, era possível sair da areia com tanta facilidade assim?
- Nossa, você está bem, carinha?! - Segurou o rapaz e tentou ver se havia algum machucado em seu rosto.
- S-sim, eu tô.~ - Os olhos da criança estavam sujos com areia, depois que coçou os olhos e limpou, ele viu em quem esbarrou. - AH! DESCULPA! SENHOR WHITE KING!
Seu grito foi algo misturado com entusiasmo e vergonha, já que esbarrou no seu herói. É algo engraçado de se imaginar agora, já que o pequeno rapaz assistiu todos os tipos de desenhos de super-heróis, sempre sonhou em ser um ou talvez conhecer algum de verdade. Descobriu cedo que a vida não é uma fantasia, mas o quão grande foi sua alegria ao ver um herói de verdade na televisão? Matando um monstro e protegendo as pessoas como se tudo que ele sempre viu como ficção, se tornando realidade? Foi algo indescritível.
Ele estava meio tonto ao ver ele ali, como não usava celular ainda por ser tão novo, nem mesmo foi visto no Instagram ou em outras redes sociais que o seu herói estava ali. Quase que desmaiou, Paulo apenas deu um peteleco em sua testa para que não acabasse terminando o fato de perder a consciência.
- Não precisa me chamar assim, tô de. . . Férias? Enfim, não devia estar correndo sozinho por aí! Onde estão seus pais? - Paulo ficou de pé, mostrando uma clara diferença de tamanho para ele e o rapaz.
- É por isso que eu estava correndo, eu estava procurando a minha mãe! - Falou aquilo com um olhar esperançoso, fazia tempo que não a via?
- Ok. . . Então vou te ajudar à acha-la! - Paulo ergueu a mão para o rapazinho, com uma alegria contagiante segurou a mão dele e os dois saíram andando pela areia. - Volto depois, pessoal!
Os outros acenaram para os dois, Fernanda ficou feliz em ver ele ajudando alguém. De alguma maneira ele conseguiu focar em outra coisa que não fosse a cidade. . . Não sabe se é por ter despertado seus sentidos super-humanos, mas consegue ver claramente agora, que os ombros dele relaxaram.
CONTINUA. . .
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