Aquele quarteto de feiticeiros/magos estava reunido na Torre do Destino, mas se algum deles pudesse, pularia do alto da Torre, mas pular do alto da Torre não é garantia de uma morte ou de sumiço, já que o lado de fora dela mais se assemelha a um vazio.

Ao mesmo tempo, um lugar que transcende o tempo, o espaço e qualquer outra coisa que você puder imaginar, um lugar que nem mesmo quem está vendo consegue dizer o que é. A pessoa que mais queria pular do alto da Torre era John Constantine, surpreendendo um total de zero pessoas.

Ele não dizia nada, apenas assistia Stephen Strange dar a sua palestra, mas estar assistindo aquela palestra não significava que John estava prestando atenção, um erro terrível. 

ㅡ Você está prestando atenção no que eu estou falando? ㅡ Strange questionou, tirando Constantine de seu transe. 

ㅡ Ahm? ㅡ John falou, mas ao notar os olhares duvidosos de todos, mudou sua postura ㅡ Sim... Estou.

ㅡ Então, repita o que eu acabei de explicar ㅡ Stephen desafiou.

ㅡ Por que eu teria que repetir aquilo que você acabou de falar? Acaso tenho cara de papagaio? ㅡ Constantine reclamou, entregando que não estava prestando atenção em nada, irritando Stephen Strange.

ㅡ Você fala tanto quanto um papagaio, John, então, por que não? ㅡ Nelson comentou.

ㅡ Mas o que é isso, Nelson? Você fala? ㅡ Constantine falou.

ㅡ Não seja um panaca, John, não vê que a questão aqui é séria? ㅡ Zatanna interviu ㅡ Será que poderia agir como homem e não como um maníaco?

ㅡ Me perdoe, minha rainha, é que fico desconcertado quando você está perto de mim ㅡ John respondeu, sorrindo para ela.

ㅡ É melhor você se consertar, se eu tiver que ouvir tudo de novo por sua causa...

ㅡ Claro, claro, a partir de agora vou ficar quieto.

Strange suspirou mais aliviado, estava uma pilha de nervos e se o inglês continuasse tagarelando como uma maritaca por mais um minuto, o trancaria numa lixeira e jogaria a lixeira no rio, mas Constantine aparenta ser daquele tipo de pessoa que apareceria na sua frente em menos de cinco segundos depois, e de fato ele apareceria mesmo, já que poderia abrir um portal de teletransporte. 

ㅡ Como eu estava dizendo, deixar o Loki sozinho por aí pode causar um desequilíbrio grande no multiverso, que por acaso está aberto por conta de um cara que se chama... ㅡ Strange estalou os dedos tentando se lembrar do nome. 

ㅡ Barry Allen, o Velocista Escarlate ㅡ Nelson relembrou. ㅡ Falando em Escarlate, e a Wanda? 

ㅡ Quem é Wanda? ㅡ Zatanna perguntou.

ㅡ Wanda Maximoff, a Feiticeira da Terra do Doutor Estranho ㅡ Nelson respondeu. 

ㅡ Na situação em que ela se encontra, não acredito que poderia ser de grande ajuda...

ㅡ Eu não suportaria passar pelo o que ela está passando, mas as consequências disso você conhecerá depois ㅡ Destino disse, plantando a semente da dúvida na cabeça de todos ali, sobretudo a de Strange. ㅡ Mas voltando ao Deus da Mentira, você disse que ele deixou rastros e que eles apontam a alguma das 52 Terras deste lado. 

ㅡ Mas a Terra onde ele está não é uma das 52, na verdade ela parece estar fora de qualquer lugar ㅡ Strange disse, projetando a imagem do lugar com magia para que todos vissem. 

ㅡ *Terra-616? ㅡ Zatanna supôs. 

ㅡ Não... ㅡ disse Nelson. 

ㅡ É a Terra-666, que ainda existe e não sei o motivo ㅡ Constantine afirmou, sim, ele afirmou com toda a certeza. ㅡ Se duvidarmos, está tomando um whisky com o cara que dá o número à Terra. 

ㅡ Que seria? ㅡ Strange questionou.

ㅡ O próprio capeta. Pelo o que você me contou do Loki, seria bem a cara dele fazer isso ㅡ ele alfinetou. 

ㅡ Loki tomando whisky com Satanás? 

ㅡ Sim, eu o chamo de Luci, mas só eu o chamo assim, porque ele não gosta. 

ㅡ Custo a acreditar que existe uma Terra dominada por Satanás ㅡ Strange desacredita. 

ㅡ Oh, não, ele não precisa dominar um planeta inteiro, só uma certa boate, e garanto que irá adorá-lo ㅡ Constantine falou, sorridente. 

Aqui vamos nós.

(*Terra-616: existe tanto na Marvel quanto na DC, na DC, a Terra-616 é a nossa Terra, sem magia e super-heróis; na Marvel, a Terra-616 é o MCU/Terra Principal)