Nico

É minha gente, o tempo passa mesmo muito rápido, parece ontem que eu recebi minha paciente vítima de violência doméstica, que quando eu vi me apaixonei, parece clichê esse negócio de amor à primeira vista, mas só quem já passou sabe como é.

Desde o início eu sabia que a Larissa me oferecia perigo, mas em nenhum momento eu me importei, eu queria ela, eu quero, eu sempre vou querer.

Hoje o dia foi tranquilo, não teve muito contratempo, eu na verdade hoje só cuidei dos pacientes já internados, não tive entrada novas.
Estou nesse exato momento voltando pra casa. Deixei meu carro no estacionamento e entrei pro prédio, falei um pouco com o porteiro que disse que minha mulher já estava em casa, ela me falou que sairia cedo hoje.

Desci do elevador e peguei minhas chaves no bolso da calça, destranquei a porta e entrei, vi a bolsa da Larissa jogada no sofá o que me fez de certa forma dicar com medo. Será que aconteceu alguma coisa? Nós não temos uma tranquilidade absoluta com aquele homem que mesmo preso ainda reapresenta muito perigo.

Olhei pra porta do banheiro que estava entreaberta e pude ver a luz ligada, torci para que fosse a Larissa e estivesse tudo bem.

Fui até o banheiro e quando abri a porta vi minha mulher no chão com lágrimas nos olhos, corri pra ela e a ajudei a levantar enchendo-a de perguntas.

Nico: amor? O que contei? Você está bem? O quase passa? Larissa fala comigo? Alguém te fez algo?

Nega: eu estou bem _ falou já em pé limpando suas lágrimas

Eu olhei em volta do banheiro e vi cima do vaso dois testes de gravidez, num impulso peguei eles nas minhas mãos e eles já estavam usados, era positivo, ela está grávida? Olhei pra ela com uma expressão de dúvida

Nico: você está grávida?

Nega: sim _ respondeu tímida, e a expressão que eu carregava anteriormente deu lugar para um enorme sorriso

Nico: meu amor, a gente vai ter um filho? _ eu abracei ela mas senti ela estranha, ela não estava feliz?

Nico: o que se passa? Você não está feliz?

Nega: a gente precisa conversar _ disse saindo do banheiro para a sala e eu segui ela que sentou no sofá e eu fiz o mesmo

Nega: dependendo do tempo de gravidez esse filho pode não ser teu, pode ser do _ ela não terminou a frase e uma lágrima caiu dos suas olhos eu me aproximei a a abracei, ficamos em silêncio por um tempo

Nega: me perdoa _ falou desfazendo o abraço e olhando nos meus olhos

Nico: te perdoar? Porquê? Ele te obrigou a ficar com ele, eu não tenho nada que te perdoar, com certeza o filho é meu, e mesmo de não for, pai é quem cria, e você sabe que eu te amo e não te abandonaria muito menos com uma criança! _ eu não tinha certeza se o filho era realmente meu, mas a Larissa precisava ouvir palavras boas nesse momento e eu estava aqui para isso

Nega: muito obrigada _ ficou em silêncio por um tempo _ mas porquê você acha que é seu?

Nico: isso se chama fé! E outra, se fosse dele a gravidez seria de mais tempo e você já estaria com alguns sinais no seu corpo.

Nega: tomara _ disse baixo e docou olhando pro nada

Nico: eu vou arrumar minhas coisas depois preparo algo simples pra gente comer, pode ser? _ ela assentiu, dei um beijo na sua testa e me levantei

Votem muitooooooooooo!!
E perdoem os erros. Quando terminar faço uma revisão!