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Hatsume podia ser considerava uma pessoa bem peculiar, mas aos olhos dos outros era apenas uma menina estranha ─ manias bizarras. ─ ela nunca se importou muito com os comentários maldosos que escutava dos colegas de escola. Muito menos ligou pelos olhares tortos e comentários sobre sua pessoa, na faculdade. Ela só queria fazer o que mais amava na vida, mesmo que isso custasse sua imagem perante sociedade.
Para os alunos ela podia ser considerada a pessoa mais estranha da face da terra. Em contrapartida, ela era um gênio e alguém extraordinária na opinião de certos professores.
Mei Hatsume, era uma das pessoas mais inteligentes que aquela faculdade teve o prazer de ter como aluna. Ela participava de inúmeros concursos na qual sempre ganhava, ela até mesmo ganhava onde apenas pessoas mais velhas podiam participar.
A garota mal era vista nas salas de aula, já que achava uma perda de tempo gastar toda sua capacidade mental em algo que nem ia utilizar em sua vida. Possuía muitos atributos que fazia com que ela fosse diferente de todos.
O problema era que mesmo com toda essa ''popularidade'' ela não conseguia algo que a um tempo lhe incomodava. Ela ainda desejava conhecer alguém, que não fosse um velho qualquer, era muito complicado conversar com as pessoas, já que ela tinha uma péssima fama na faculdade.
Sua personalidade era forte, ela não tinha vergonha de dizer o que pensava, era uma pessoa difícil de lidar já que era muito sincera e não escutava sermão de cabeça baixa. Achar um homem que aceitasse tudo isso nela, ainda mais com sua agenda cheia de projetos, era difícil.
Hatsume era uma pessoa bem distraída, já que sempre estava encarando seus projetos em suas mãos, ou falando sozinha nas melhorias que poderia fazer em suas maquinas ─ seus bebês. ─ então era bem normal ela tropeçar em coisas, pessoas e até mesmo ser quase atropelada.
Mas ela tinha inventado algo para que avisasse a mesma, para não tropeçar em cosias na qual pudessem lhe ferir ou machuca-la. De objetos a ruas, então ela sempre andava mais tranquila pedindo que as pessoas desviassem de si.
Só que naquele dia, fora diferente. Ela tropeçou, coisa na qual não era pra ter acontecido, seu aparelho não estava com defeito. Antes que pudesse amaldiçoar seu aparelho ou até mesmo a coisa que tinha atrapalhado sua caminhada. Mei notou, então como ela se encontrava depois de sua ''queda'' estava em cima de algo metálico, mas também se encontrava em um colo de uma pessoa. Encarou vendo que era uma pessoa em uma cadeira de rodas, ela tinha tropeçado na mesma e agora estava em seu colo, parecendo um peixe morto.
─ Oh, me desculpe eu estava distraída ─ falou se levantando rapidamente.
─ Não tem problema, não é a primeira vez que isso acontece ─ respondeu com um sorriso gentil.
─ Se quiser, posso da uns retoques ─ comentou um tanto mais animada, reparando o quão simples era a cadeira de rodas do garoto.
─ Não precisa, não tenho dinheiro para esse tipo de coisa. Essa aqui, pode ser velha, mas já me ajudou muito ─ passou as mãos na cadeira degastada.
─ Eu não cobraria! Jamais faria algo do gênero, para falar a verdade... Eu ficaria extremamente grata, caso deixasse isso. Nunca fiz nada do gênero! Poderia construir ou facilitar e muito a vida de cadeirantes, nunca pensei em fazer coisas para ajudar a população. Meus bebês sempre são usados para outras coisas ─ disse toda animada, batendo palmas enquanto falava varias coisas que poderia começar a fazer.
─ Poderia criar coisas para cegos e surdos também, até quem sabe para pessoas que não conseguem enxergar as cores! ─ comentou chamando a atenção da garota, fazendo com que ele coçasse os cabelos um tanto envergonhado, por ter falado aquilo sem a garota pedir alguma opinião. ─ Claro, se você quiser... Esqueça o que eu comentei, desculpe.
─ Não!! Isso é genial, céus, eu deveria ter te conhecido a bem mais tempo! ─ disse totalmente energética pegando as mãos do garoto, que ficara surpreso pelo ato. Mei não poderia estar mais feliz naquele momento. ─ Eu sou Mei Hatsume!
─ Izuku Midoriya ─ respondeu com um sorriso.
[...
Mei arrastava Izuku para todos os cantos, queria poder fazer coisas que pudessem ajudar a população, sempre fez coisas grandiosas mais nenhuma delas beneficiaria a população, algumas até ajudaram, mas não tanto. Seu foco atual era ajudar Izuku, acima de tudo.
Os colegas de trabalho e até mesmo os professores, não gostaram muito da interação dos dois. Diziam que o garoto era uma perda de tempo e só atrapalhava a vida da garota. Quando escutou aquelas palavras, ela ficou completa furiosa, já não era uma pessoa social e agora tinha que escutar dos outros que era errado ser um pouco mais ''humana'' aquilo era o cumulo da ignorância. Não fora surpresa para ninguém que ela gritou com todos, tendo o Midoriya ao seu lado. Ela até mesmo ameaçou sair e abandonar todos ali, se continuassem tratando o mesmo daquele jeito, nunca ia perdoar alguém que achava que Izuku era uma perda de tempo.
Os dias de Mei, eram maravilhosos ao lado do garoto. Esse podia não parecer, mas tinha ótimos planos para ajudar a população. Só que era uma pessoa humilde que não tinha condições de mostrar suas ideias.
Nunca pensou que conseguiria conversar tão normalmente com alguém, como conseguia com aquele rapaz. Depois de ter dado uma cadeira bem mais acessível para o menor, sempre saiam. O que era quase um milagre, já que Mei nunca fizera nada social, saia apenas para congressos ou algo relacionado a seus projetos.
Ela estava vivendo, pela primeira vez. Se divertindo e agindo como qualquer outro ser humano, claro, que ainda fazendo tudo o que mais amava fazer. Seus projetos aumentavam cada vez mais, mesmo não tendo tantos investimentos para suas criações atuais ─ já que ajudava mais a população. ─ ela mesmo tinha sua própria conta bancaria para que pudesse cobrir tais investimentos e custos.
Faria os dois tipos de projetos, para que sua renda nunca terminasse. Mei sempre empurrava a cadeira de rodas, mesmo que não tivesse mais necessidade. Ela via como o menor ficava um tanto tristonho de andar ao lado da mesma ─ devido a altura. ─ Mei nunca se importou com isso, ela gostava muito do rapaz para tal ato.
─ Izuku, eu gosto de você ─ comentou chamando a atenção do rapaz. Enquanto empurrava o mesmo pelo parque.
─ Como? ─ perguntou virando o tronco do corpo para que pudesse encara-la.
─ Eu gosto de você, não o gostar como amigo... Mas o de querer ficar sempre junto, de ter sonhos eróticos ─ foi sincera, pois já tinha imaginado tal coisa com o garoto, e ficava se perguntando como seriam as posições.
─ Mei! Você não se declara pra pessoa falando que tem sonhos eróticos com ela! ─ comentou rindo, colocando a mão na boca.
─ Mas eu tenho! Eu fico pensando em como seria, quais posições daria certo─ escutando o outro rir mais ainda.
─ Você é sem sombra de dúvidas, a pessoa mais interessante que eu já encontrei ─ comentou com um sorriso amoroso. ─ Fico feliz que tenha te encontrado, mesmo que isso tenha me machucado pra um caraio.
─ A culpa não é minha, não achei que cair em cima de você... Pudesse machuca-lo ─ comentou com uma careta. ─ E você não falou se gosta de mim, geralmente as pessoas respondem quando alguém se declara ou coisas do tipo.
─ Eu também tenho sonhos eróticos com você e adoraria mostrar as posições ─ disse com um sorriso malicioso de lado. ─ E sim, eu gosto muito de você. Só não disse nada antes... Por pensar que você queria saber mais de trabalho do que outra coisa.
─ Eu era assim... Até conhecer você ─ coçou os cabelos rosados. ─ Eu nem saia direito, você me mostrou coisas na qual eu tinha visto. Então foi inevitável não me apaixonar e desejar ficar com você o tempo todo. Se eu soubesse que eu tinha que simplesmente me jogar em cima de você, eu tinha feito isso a muito tempo.
─ Como se fosse fácil me encontrar antes ─ falou vendo Mei simplesmente parar de empurra-lo e sentar em seu colo.
─ Eu sou um gênio, não seria difícil encontra-lo ─ comentou tocando o nariz com um de seus dedos. ─ Agora continue andando, quero ficar no seu colo aproveitando o momento romântico.
─ Não é nada romântico, ainda mais pela minha situação ─ falou um tanto tristonho.
Mei tinha conseguido fazer com que Izuku não ficasse tão mal por sua situação, já que não era fácil ter perdido o movimento das pernas por conta de um acidente. Então ele sempre ficava um tanto triste e depressivo, era difícil se manter em uma relação por conta disso, achava que todos estavam consigo por pena.
Mas Hatsume mudou isso, ela sempre o xingava e o encorajava a fazer as coisas. Como agora, que ela dizia o quão romântico, e interessante, era ficar sendo carregada daquela maneira. Podia apoiar a cabeça no ombro do rapaz, para que pudesse receber um carinho nos cabelos rosados.
─ Vamos para sua casa, quero testar as posições ─ comentou escutando o esverdeado rir alto. ─ E não quebra o clima romântico que eu criei, é gostoso pra caraio andar em cima de você. Enquanto eu fico aqui recebendo carinho e te abusando sexualmente.
Mei Hatume, de fato era única.
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