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Prólogo

 "A mudança não é a passageira.

Ela é a viagem."

Eu vou contar a minha história.

Se você se identificar comigo? Seja bem-vinda ao clube. Caso contrário, deve conhecer alguém que já passou ou passa por algo parecido. Quer saber porque minha vida daria um livro?

Meu nome é Joíris. Estranho? Pois é, eu sei, mas é aquela velha história de juntar dois nomes — meu pai Jorge e minha mãe Íris. Então surgiu este nome que eu nunca encontrei ninguém igual. Se você conhecer me apresenta, combinado?

Desde sempre fui Joi, nem lembro quando me chamaram pelo nome da última vez. Ah, lembro sim, quando minha mãe fica nervosa e fala meu nome inteirinho e completo. Não é uma boa lembrança.

Hoje tenho 23 anos e estou na melhor fase da minha vida. Olhar para trás é muito louco, parece que renasci depois de virar cinzas. Uma verdadeira fênix.

Você deve estar se perguntado, qual foi o meu problema, não é mesmo? Certo. Vou começar do início onde houve a mudança.

Eu sempre escutada a minha avó dizer: "ela é muito magrinha," ou "ela parece doente." Outras pessoas falavam: "ela parece mais nova, por ser tão pequenina," ou "magra demais." Perguntavam aos meus pais: "ela não come direito?" E por causa destes fatos eu sempre tomava vitaminas disto e daquilo.

Mas na verdade, eu comia bem e era saudável.

Aos oito anos de idade eu adoeci.

Diagnóstico: hepatite.

Fiquei internada em um hospital e fiz o tratamento.

Depois da doença todos viviam me enchendo de doces. Leite condensado eu colocava em tudo que comia: na banana, no biscoito, no pão e até no leite. Imaginem leite misturado com leite condensado e mais achocolatado.

Com isso, eu fui engordando, engordando, ficando cheinha e fofinha.

Aos dez anos eu era a mais gordinha da turma. Com doze não fazia mais nenhum exercício físico. Não aguentava correr, cansava por qualquer coisa. Nas aulas de educação física, no momento de escolher o time, eu sempre ficava de fora. Quando eu insistia em brincar começava as "brincadeiras" de mau gosto.

Virei a "chacota" da escola.

Sofria constantes humilhações, hoje sei que era bullying, mas na época não tinha este nome. Um ato horrível de se fazer com qualquer pessoa.

Meus amigos, sempre foram aqueles que como eu, eram os rejeitados.

Resolvi fazer um esporte extra, que a escola oferecia, confesso, foi uma péssima ideia, afinal quem queria fazer exercício com uma gorda? Ninguém.

O balé, eu somente olhei, tive a sensatez de nem fazer matrícula tamanho seria o ridículo. Esporte com bola eu descartei de cara ao ver o tanto que teria que correr.

Fiquei na dúvida entre o karatê ou o judô. Acabei optando pelo judô. Na primeira semana, reparei os risinhos dos garotos e das meninas, mas tentei não dar confiança. Depois tudo ficou mais evidente, porque até o professor fazia piadinha e depois vinha dizer que era brincadeira. Até que um dia foi colado na porta de meu armário uma foto feita de colagem, nela tinha uma pessoa que lutava sumô com o meu rosto. Arranquei da porta com muita raiva e levei na coordenação. Qual foi minha surpresa? Ela deu um "risinho" e disse para eu não arrumar confusão por causa daquilo.

Pode?

Eu já não era a vítima e sim quem arrumava confusão!

Por causa de tudo isso eu passei a ficar mais em casa e não deixar nada me afetar, descontava toda minha frustração na comida.

Aos quinze anos, eu era uma garota alta e gorda. Parecia um armário de quatro portas duplex. Não quis festas e nem comemoração, afinal o que eu teria para comemorar? E com quem? Já não tinha amigos.

Nem dentro da minha família eu era bem quista. Sempre fui aquela que viam como a coitadinha, que ficava sempre sozinha. Os primos e as primas nunca queriam me chamar para participar de nada. Era um mico chegar a qualquer lugar com alguém daquele tamanho.

Próximo a completar dezessete anos, eu já tinha feito vários regimes. Tudo que aparecia na moda e dizia a palavra mágica, infalível, eu fazia. Regime da sopa, da lua, de proteína e até o das cores. Aquela que você escolhe uma cor cada dia e somente consome o que for daquela cor. Péssima ideia. E a cada três quilos que emagrecia, engordava cinco. Cheguei a emagrecer dez quilos uma vez a base de um remédio natural. Tão natural que em consequência dele fique hospitalizada com problema renal sério. O médico disse que por pouco não fui a óbito.

Cheguei ao ponto de tentar ser anorexia, mas nem isso eu consegui. Não tinha a capacidade de provocar o vômito. A minha garganta chegava a doer, mas não voltava nada.

Cansei de escutar aquelas famosas frases:

"Você tem o rosto tão lindo, por que não emagrece?"

"Você é alta, se emagrecesse ia ficar linda."

"Se emagrecer seu rosto, que já é lindo, vai realçar."

Se, se, se...

Nem preciso mencionar que em relação aos homens a coisa era de mal a pior.

Ninguém, ou melhor, nenhum garoto olhava para mim com aquele olhar de tesão ou no mínimo de carinho. Eu era algum objeto que locomovia e falava, pouco, mas falava.

​Terceiro ano do ensino médio, ano de vestibular, a professora fez aquela pergunta clássica a turma:

— Qual curso cada um aqui pensa em fazer?

Na minha vez eu falei: nutrição.

A sala intera caiu na risada. Fora as piadinhas maldosas que gritavam. Eu juntei meu material, levantei saí de classe segurando o choro. A professora ficou tentando conter a turma.

Realmente gostaria de fazer nutrição, quem sabe aprenderia no curso o que fazer para comer certo e ensinar as pessoas a não serem como eu.

Deixei de ir às aulas durante uma semana.

A escola ligou se retratando pelos alunos e o professor.

Como não poderia me esconder para sempre eu retornei. Vesti minha melhor cara de indiferença.

E foi quando tudo começou a mudar.

Em meu retorno um garoto chegou perto de mim e ofereceu para estudar comigo. Passar as matérias que eu tinha perdido. E me disse que achou muito chato o que aconteceu naquela aula. E que eu era uma garota legal.

O quê? Eu era legal? Conta outra!

Ele era bonito e simpático. Eu sabia que muitas garotas eram a fim dele, no entanto, ele passou a estudar comigo. Depois me convidou para ir ao cinema. E para rolar o primeiro beijo foi questão de semanas. Digo o primeiro, pois foi o primeiro com ele e com qualquer outra pessoa, pois eu não considerava essa possibilidade na minha vida. Para ele me convencer que deveríamos ir mais além não demorou muito.

Tive minha primeira experiência sexual.

Um instante mágico.

Mais importante da minha vida.

Eu me entreguei.

Feliz nos braços de um garoto lindo no qual confiava plenamente.

E naquele ápice, vejo na sua cara uma expressão de nojo e cinismo.

Assustei. Congelei.

Eu não passava de mais uma na sua lista.

Aquele dia, que era para ser mágico e inesquecível para mim, caiu por terras. Meu mundo começou a virar de ponta cabeça.

Ele fez questão de jogar em minha cara, após o ato, no instante que me encontrava toda feliz, ele falou:

— Você é uma aposta perdida.

— Oi?

— Meus amigos apostaram e você o prêmio.

— Eu, prêmio?

— Não o prêmio de um vencedor, sim de um perdedor. Quem perdesse teria como punição conquistar "a gorda" e tirar a virgindade dela, mas precisava mostrar para todos.

Foi assim que eu apareci no jornal do colégio numa foto constrangedora.

Este foi o fato que me fez mudar de escola e em seguida de cidade e por fim de vida.

Mudança de Alma nasceu assim.

Mudança do mais profundo do meu ser.

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