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Capítulo 8

"O amigo é antes de tudo um presente.

É Deus enviando um anjo."

Precisava reavaliar minha vida e procurar a melhor forma de viver.

Paula, sim, ela era minha amiga e prima. Sangue do meu sangue. Pronto! Era isso! Eu precisava de outra, uma amiga nova e de verdade.

Fechei meus olhos, respirei fundo e conversei com Deus.

"Deus Pai... Se você me ama como eu imagino que sim, me ajude. Coloco-me em seu colo neste momento para pedir orientação, direção e caminho. Preciso de um amigo. Amiga. Quero mudar o sentido de minha vida e gostar dela. Não aguento mais vagar e ser massacrada. Quero ser feliz, por isso peço sua ajuda."

Abri os olhos. Senti uma leve brisa, como se fosse um vento, um sopro. Um sentimento diferente pousou em mim dando-me uma confiança, mesmo que pequena, mas essa invadiu o mais profundo do meu ser

Fechei o jornal e caminhei para o prédio. Abri a porta para o acesso as escadas.

— Ai que susto! — uma moça falou me encarando. Ela se encontrava encostada na parece tirando seus sapatos e continuou: — Eu vou pelas escadas como forma de exercícios, mas com salto ninguém merece não é mesmo? — explicou, como se ela precisasse justificar para mim o seu ato.

— Verdade! Subir já não é merecedor e ainda equilibrando nisto é castigo — respondi e sorri.

— Vai subir? — ela me perguntou.

— Sim.

— Que bom ter companhia. Quer dizer, aceita minha companhia?

— Claro! Prazer, Joíris. — Estendi a mão para ela.

— Jaqueline ou Jaque, pode me chamar de Jaque.

Parei e encarei-a firme e assustada.

— O que foi?

— Não é Jaqueline Aragão?

— Não. — Sorriu. — Jaqueline Mateus.

— Mateus? Sobrenome?

— Sim e Não. Segundo nome. Mamãe diz que precisava da um significado para minha existência. Mateus significa: presente de Deus.

Então entendi. Deus atendendo meu pedido.

— Obrigada, meu Deus.

— O que foi? — ela perguntou.

— Nada! Vamos subir?

Começamos a subir as escadas em silêncio.

— Você mora aqui há muito tempo? — perguntou-me.

— Não. Pouco mais de um mês.

— Ah... Eu não tinha visto você por aqui.

— Um caso intrigante. — Ela parou e olhou-me confusa. — O meu tamanho. Nunca passo despercebida.

— Ou — Pausou para respirar. —, pela sua beleza.

— Beleza? Onde?

— Não acredito que você não tenha espelho em casa.

— Jaque! — Parei. — Você acha mesmo, que gorda desse jeito eu possa me achar bonita?

— Claro! Eu sou uma negrinha "pra lá de bonita," pelo menos eu acho.

Dei risada da pose que ela fez — colocou a mão no queixo, jogou um beijo e piscou um olho.

— Sim. Você é muito bonita.

— E por que você não se acha bela? Por ser gordinha? — Afirmei com a cabeça. — Corta essa! Você é muito mais bonita que muitas modelos magrelas que tem por aí.

Não falei nada e continuei subindo, pois queria me esforçar para manter a amizade e esse assunto não seria o caminho.

"Pensa!" "Fale alguma coisa legal!" "Seja simpática!" — essas frases martelavam na minha mente.

— Joíris, você ficou chateada? — perguntou.

— Não! Chateada com o quê?

— Pelo que falei. Acho que peguei no seu ponto fraco.

— Sabe, é muito preconceito embutido.

— A começar por você?

Parei. Olhei para ela de frente.

— Eu? Preconceito comigo mesma?

— É o que parece. — Ela voltou a andar.

— Você não sabe o que é ser gorda e ser olhada de cima a baixo e escutar risinho de deboche quando entra nos lugares.

— Claro que sei! Olha para mim! Sou negra! — Passou o dedo pelo braço — E te garanto se não for maior é igual o tamanho do preconceito.

Não falei nada. Talvez ela tivesse razão e fosse verdade. Eu olhava muito para meu umbigo e minhas dores, não compadecia com as dores do outro.

— Então você sabe. É matar um leão por dia — comentei.

— Se fosse, a extinção dos leões era um fato!

Demos risadas. No último lance eu falei:

— Cheguei. Fico por aqui no sétimo. E você?— perguntei.

— Eu vou subir mais dois. Moro no nono andar.

— Corajosa.

— Negro já tem que nascer forte e com coragem minha linda, senão morre no ninho. Já dizia minha avó — falou ela estendendo a mão para mim, prazer Joíris.

— Pode me chamar de Joi — Apertei sua mão — Quer entrar para um suco ou água?

— Hoje não! Tenho inglês depois do almoço e preciso fazê-lo ainda. É imprescindível que eu fale inglês fluente para tentar uma bolsa de estudos.

— Onde faz? — perguntei curiosa.

— Pago uma nota, ou várias, para uma professora aposentada. É porque são aulas individuais, pois não consigo fazer na turma regular por causa do trabalho. E eu preciso de conversação, pois é onde me pega.

— Então seus problemas acabaram. Venha! Entre um pouco comigo.

Ela me olhou desconfiada, mas aceitou o convite sorrindo.

Preparei um suco para nós contando como fui fazendo cursos durante minha adolescência e especializando em várias áreas.

— Mas Joi, eu faço cursinho há muito tempo, escrever não é o meu problema, mas falar. Começo a pensar em português e na escrita em inglês. Acabo me enrolando toda.

— Quando você começa um diálogo em inglês, esqueça o português. Pense e fale em inglês.

— E como faz isso?

— Praticando. Por isso que escutamos sempre as pessoas dizerem que ir para o exterior se aprende muito mais rápido. Você fica às 24 horas na mesma língua. Aprende a pensar na língua e falar.

— Eu quero ir, mas para isso preciso passar por uma prova que não é fácil. O inglês tem que estar acima do perfeito.

— Posso te ajudar. Aceita?

— Quanto seriam essas aulas?

— Nada!

— Assim não posso aceitar.

— Por quê?

— Não é justo. Seria seu trabalho.

— Pare! E se você me ajudar?

— Como assim?

— Podemos trocar serviços. — Levantei para pensar melhor. — Eu preciso de alguém para conversar. Uma amiga vamos assim dizer, conselho da minha psicóloga. Você precisa aperfeiçoar seu inglês.

— Você está me propondo ter papos de amigas, mas em inglês?

— O que você acha?

— Acho que você está me enrolando, pois já me sinto sua amiga e não seria trabalho nenhum bater papo com você.

— E para mim também. Juntaremos o útil e o agradável.

— Fechado!

Ela levantou e veio me dar um abraço. Segurando minhas mãos ela perguntou:

— Por que uma moça tão bonita está com essa autoestima tão baixa?

— A vida. Ela tem me mostrado o lado ruim.

— Não acredito. A vida tem apenas o lado bom, o ser humano quem tem o lado ruim, cruel e egoísta.

— O que torna a nossa vida ruim.

— Somente se você deixar. Veja o meu caso: sou filha de uma mulher negra, solteira e que sempre trabalhou como empregada doméstica. Tudo para ser a mais rotulada e taxada de todas as meninas na rua e do colégio.

— E não foi?

— Claro que não! Eu contava na escola que minha mãe trabalhava na casa de madames granfinas. Sabe aquelas artista e mulheres da sociedade? Aquelas que saem em jornais e revista. As meninas ficavam loucas de ciúmes. Pois, eu sempre tinha as melhores roupas e de grife.

— E era mentira?

— Mais ou menos. Eu sempre aumentava as histórias. Mas nunca deixei que pisassem em mim e nunca escondi minhas origens. Respeito e respeitar eram o que sempre minha mãe exigiu.

— E você mora com ela.

— Sim. Ela e minha avó, que hoje em dia são artesãs. Vou te apresentá-las depois — levantou. — Agora preciso ir.

Abriu a bolsa, tirou um bloco e anotou o número de dois telefones.

— Esse é meu celular e o outro da minha casa. Minha avó se chama Natalina, mas ninguém a conhece pelo nome. Pode chamá-la de Zizi. Mamãe é Ilka, mas... — esperei que acabasse de falar e já na porta ela rindo completou: — é Ilka mesmo. — Tem namorado? — ela perguntou já do lado de fora do apartamento.

— Nem amigos, imagina namorado! — exclamei rindo.

— Precisamos rever alguns conceitos na nossa primeira "conversa" — disse realçando aspa com os dedos.

— Eu preciso emagrecer para rever este "conceito' primeiro. — Repeti seu gesto.

— Deixe de besteira garota! O mundo está cheios de possibilidades e gostos. Tem garotos que preferem as gordinhas, outros as negrinhas e até outros homens — falou rindo e abrindo a porta que levava às escadas.

— Nos falamos depois — disse rindo dela.

Fechei a porta e continuei rindo. Será que ela tinha razão em alguma coisa?

Peguei o jornal de novo e comecei a olhar as ofertas de empregos, nada que eu pudesse me encaixar. Os pequenos anúncios, eu selecionei dois para entrar em contato, eram trabalho de digitação.

Os dias passaram e eu sem saber o que fazer da vida. E para piorar, recebi uma ligação de minha mãe dizendo que marcou uma consulta com o médico especialista na cirurgia que ela havia me falado. O que eu precisava dizer para ela entender que não queria fazer cirurgia? Mas, como sempre, eu obedeci e disse que iria. Depois de concordar eu tinha vontade de bater com a cabeça na parede. Quando eu ia aprender a colocar minhas vontades para fora com ela?

A Paula gostou de saber da minha amizade com a Jaque, pois se sentia culpada por não poder me dar mais atenção. Ela trabalhava bastante e encontrava-se na semana de provas na faculdade. Muitas noites, nós íamos até tarde conversando, porém, eu dormia enquanto ela acordava cedo. Isto não era justo

Fazia uma caminhada um dia à tarde, quando recebi uma ligação da Jaqueline.

— Oi! Tudo bem?

— Sim.

— O que foi? Não lembra mais de mim?

— Claro que lembro, por quê?

— Sei lá. Nosso acordo ainda está de pé?

— Sim. Pensei que nunca mais ligaria e que aquele dia — ela me interrompeu.

— Eu sumi, me desculpe? Coloquei minha vida em ordem, mas não desisti do nosso acordo.

— Vamos marcar? — perguntei.

— Claro!

— Onde está?

— Tentando manter minha forma caminhando — falei sendo sarcástica.

— Muito bom, ou melhor, ótimo. Pois tenho um convite para fazer.

— Faça!

— Contarei na nossa "conversa" mais tarde — ela deu ênfase na palavra.

— Ah não, agora conta do que se trata, pois meu segundo nome é ansiedade.

— Vou dar uma dica. Escolha uma roupa bem bonita, pois vamos cair na balada.

— Não mesmo!

— Sim senhorita. Faz parte da "conversa", onde está?

Olhei para os lados, porque precisava de uma referência.

— Café do ponto.

— Está com energia para mais uma caminhada pelas escadas?

— Com certeza.

— Em quinze minutos eu chego ao prédio.

— Eu te espero.

— Até mais.

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Nossa Bela dessa semana é a psicóloga Silvia Daniel Kamachi, 50 anos. Sempre foi acima do peso padrão de modelo, porém sempre linda e elegante.

Obrigada a todos comentam e votam fazendo essa autora feliz.
Quer ver sua foto aqui? Ou de alguém que deseja prestigiar? Entre em contato comigo.
Beijos e até mais...
Lena Rossi

Próximo capítulo promete...

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