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Capítulo 1



"A gente espera que tudo mude um dia.

Até perceber que,

quem precisa mudar somos nós."


Quando mudei de cidade, eu fui morar com uma prima, ela fazia faculdade em Curitiba. Paula foi a pessoa mais importante na minha vida neste processo, cursava jornalismo e terminava o curso de fotografia. Sem dúvida uma pessoa maravilhosa.

Conseguiu tirar de mim, aquilo que eu nem sabia que existia lá dentro, no interior do meu ser. A força e a coragem para eu mudar o rumo de minha vida. Ela mostrou algo que eu nunca enxerguei. O lado de dentro, o meu lado de dentro.

Hoje eu vejo que sempre o meu exterior falava, melhor, gritava mais alto em tudo. Eu nunca parava para pensar que dentro de mim morava uma pessoa diferente. Alguém com idéias e valores realmente importantes.

Algo bom foi acontecendo a partir das conversas que costumávamos ter. e muitas vezes varávamos a madrugada.

E tudo foi ficando diferente.

Deixei de olhar somente o exterior.

Meu interior foi aflorando.

Não foi fácil, pelo contrário. Dificílimo, extremamente complicado. Mas eu garanto. Valeu muito à pena tudo que passei nesta mudança.

Quando você perde todos os seus parâmetros. A melhor maneira é começar tudo de novo.

E foi o que eu fiz.

Páginas brancas para reescrever tudo de novo.

O que ajudou foi estar num lugar onde nada mais fossem familiares, somente as minhas lembranças. Que naquele momento ia me servir de base daquilo que não desejava.

Eu tinha outro caminho a seguir.

E foi assim...

Comecei a escrever.

E tudo foi escrito num caderno, depois no computador e hoje... Hoje eu quero contar essa história.

Acho melhor começar desde o princípio.

Mas vou adiantar um fato: eu não passei pelo processo sozinha.

Vou voltar alguns anos.

Cheguei a essa cidade igual um ratinho assustado e com medo. Desconfiava de tudo e todos. Sabia que precisava começar... Mas por onde? Arrumar um emprego ou continuar estudando? Com toda aquela história acabei não fazendo vestibular nas universidades públicas.

Meus pais queriam que eu fizesse provas nas faculdades particulares, mas era muito dinheiro e eu tinha capacidade para passar em qualquer universidade federal ou estadual. Por que eu tinha certeza? Quem era como eu, não tinha outras opções a não ser estudar. Fazer cursos e mais cursos.

O que foi bom, pois eu falava e escrevia bem inglês e espanhol, sem falar que mandava muito em computação. Diferente das meninas de minha idade, eu adorava videogames.

Eu pensava que teria mais chances de arrumar um bom emprego por essas habilidades. Sim, deveria.

No dia que me senti pronta, fui à luta. Eu comprei um jornal com classificados de empregos, selecionei vários anúncios em potencial e mandei currículo. Quase todos me retornaram e disseram que meu perfil enquadrava dentro do que eles procuravam. Isso foi um elixir de ânimo, o bálsamo de que precisava para um bom recomeço.

Uma entrevista marcada.

Caprichei no visual formal e discreto.

Cheguei na hora marcada.

O olhar de reprovação começou na sala de espera.

Burburinhos entre as atendentes e sorrisinhos sarcásticos, eu tentei ignorar. Assim que entrei para minha entrevista, senti que seria reprovada. Aquele olhar presente nas duas pessoas sentadas a minha frente eram velhos conhecidos. Um apertar de olhos ao tentar me medir por inteira sem ser óbvio. Resumindo: constrangedor.

O cargo era para receber os empresários estrangeiros. Por isso precisava de alguém com inglês e espanhol fluente.

- É... - Depois de limpar a garganta a senhora a minha frente fechou a boca de novo.

As palavras que ela tinha dificuldades de explicar, eu sabia bem. No entanto, deixei que dissesse uma por uma. Para que sentisse na pele o que eu sentia ao escutar.

- Sabe, você tem um currículo perfeito, mas... É... Bem... Estamos recrutando para uma empresa e eles procuram um perfil um pouco diferente. Mas... É que essa pessoa ficaria muito exposta. Representaria a "cara" da empresa. Entende?

- Não. Eu não estou entendendo. A senhora disse que meu perfil curricular é o que procura, mas... - Iria dificultar para eles.

- O que minha amiga quer dizer - Veio o homem falar em seu socorro. - O seu currículo é bom, mas seu perfil não se enquadra.

- O que o senhor quer dizer com "perfil"? Por que sou gorda?

- Não é por ser gorda simplesmente. É porque você é muito grande também.

- E o que o meu tamanho, quer dizer a minha altura, tem a ver com minha competência?

- Vamos fazer o seguinte? - perguntou a senhora de novo - Vamos analisar todas as candidatas, a vaga, e voltamos a nos falar.

- Quer dizer que nem a entrevista vai fazer comigo? - eles entreolharam - Certo. Muito obrigada.

Levantei e saí com ódio nos olhos. Minha vontade era não sair ou quebrar tudo que via pelo caminho. Furar os olhos de todas que me medissem de cima a baixo.

Eles disseram que não sou gorda, mas sim "grande". Essa foi boa! Diferente de tudo que já escutei até hoje.

Passei numa padaria antes de ir para casa, comprei um estoque de guloseimas. Ia me entupir de glicose.

Paula chegou e ficou parada a porta me olhando.

- O que você está fazendo, Joi?

- Comendo, não está vendo?

- Sim, estou vendo. Mas cadê a moça que ontem dizia está mudando de vida?

- Ficou na porta daquela maldita agência de empregos hoje.

- O que aconteceu?

- Eles não poderiam me contratar por causa do meu tamanho. Eles disseram com todas as letras que sou aquilo que eles buscavam, mas não neste corpo! - terminei de falar quase gritando.

- Ah, Joi, desculpe. Não dá para acreditar nestas coisas. Que idiotas! - Sentou do meu lado. - Tem mais alguma coisa neste pacote para comer?

Dei risada. Era o melhor a fazer, rir para não chorar.

Ficamos nós duas conversando e comendo.

- Paula...

- Hum...

- Não sou uma boa influência. Se eu ficar morando aqui com você vai ficar "grande" assim. - mostrei minha silueta.

- Vou correr amanhã de manhã para queimar todo esse excesso de hoje - Ela parou o que fazia, me olhou, como se tivesse achado a fórmula perfeita do emagrecimento. - Você vai comigo!

- Nunca! Odeio exercício. Correr só se for para morrer de ataque cardíaco.

- Joi, você não vai desanimar por causa de um idiota, vai?

- Dois!

- Ãn?

- Eram dois os idiotas que me chamaram de "grande".

- Vamos esquecer o dia de hoje. Eu também não tive um dos melhores.

- Mas eu tenho certeza que ninguém te disse que é uma ótima fotógrafa, uma futura jornalista perfeita e depois te falou que sua beleza não enquadrava para um trabalho?

- Pode acreditar que sim.

- Ân? Não estou entendendo.

- Sabe a campanha das crianças e bebês? - Confirmei com a cabeça. - Eles não deixaram para eu fazer, disse que não tenho experiência suficiente para o trabalho.

- Mas não falaram que sua aparência é uma aberração.

- Nem a você!

- Falaram sim! Que sou "grande" e a cara da empresa não poderia ser vista com alguém assim. - Apontei para meu corpo. - Eles que contrate uma modelo então.

- E a mim? Fizeram que eu encontrasse todas as crianças, as mães assinassem os contratos, marcassem as datas e locais, ou seja, arrumei tudo. Eram apenas as fotos agora. E o que eles fizeram? Colocaram outra pessoa para fazê-las. Alguém com um nome sólido no mercado. É o ou não a mesma coisa?

- Quase - Olhei para ela e completei: - Éh minha prima, deve ser problema de família mesmo. Sabe de uma coisa? Vamos comer! Eu te garanto que é o maior prazer da vida.

- Ah não! Tem outro - disse com a maior cara de safada.

- Nem me venha com indecência - Demos risadas -, talvez essa fruta eu não coma nunca mais.

- Deixa de ser tonta, Joi! Claro que vai conhecer alguém legal e esquecer tudo isso. Eu te prometo, ou não me chamo: Ana Paula Garcia de Mesquita.

- Glória Maria?

- Sua tonta! - Deu-me um empurrão com o ombro e falou. - Estou com fome.

- Como? Está comendo desde a hora que chegou aqui.

- Somente porcaria e não mata fome. - Levantou e foi para cozinha.

Fiquei sentada pensando o que a Paula acabou de dizer. Essas "porcarias" não matam a fome. Talvez fosse esse meu problema.

Primeiro insight.


Insight: Significa compreensão súbita de alguma coisa ou determinada situação.



***

Olá Galera linda do meu coração.

Neste projeto vou postar fotos de mulheres lindas.

Mostrar que a beleza não tem forma determinada.

Padrão é aquele que você tem e sente-se bem e gosta quando se olha no espelho.

A beleza de cada pessoa está mais ligada a alegria e a própria felicidade. Quem não é feliz dificilmente se sentirá bonita.

Se você é gordinha, bem resolvida, sente-se bonita e quer ver sua foto aqui também. Mande para mim, pode ser pelo facebook, grupo história de vida ou pelo whatsapp.

Deixe um comentário seu aqui.

Vamos encher esse livro de mulheres linda no padrão de beleza de maior sucesso.
Você!

Meu nome é Juliana de Fátima Vizu, tenho 24 anos, sou Eng. Agrônoma e atualmente sou estudante de mestrado pela UFSCar.

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