Chapter XXVIII
Ahhhhhhhh 1,02K de Views, me estar chorando muito!!
Obrigada mesmo seus lindos❤❤
Último capítulo do dia babes❣
Boa Leitura, usem colete, sério, e não me odeiem ❤✝
☸☸☸☸☸☸☸✝☸☸☸☸☸☸☸☸
“— Harry não! — Ele gritou.
Mas era tarde demais ou eu achava que sim.”
☸ Louis ☸
Eu te amo Louis, muito!
Aquilo foi o fim para mim, estava na hora de eu fazer alguma coisa porque não permitiria que o Harry acabasse com a sua vida. Pois eu não saberia viver sem ele, não seria capaz.
Levantei arrancando força aonde não sabia que tinha mas aquilo não o importou. Corri até o Harry antes que ele disparasse a arma contra sua cabeça. O empurrei fazendo corpo cair com força no chão e eu cair sobre ele.
Harry me encara assustado e um tanto perdido.
- P-Por que fez isso? – Perguntou.
Fitei seus olhos e procurei ar para responde-lo.
- Eu não vou perder você. – Balancei a cabeça – Nunca, nunca mais faça isso comigo porra. É sério!
Harry mordeu os lábios fortemente.
Senti uma vontade enorme de beija-lo e poder arrancar um filo de sangue dos seus lábios mas me contive, com certa dificuldade.
Em seguida vejo algumas mãos me agarrarem e me puxarem, fazendo o mesmo com o Harry que relutava nas mãos daqueles malditos.
Okay, eu tinha estragado seu plano, estava na hora de recompensar o meu erro.
Dou uma cabeçada no capanga a minha esquerda, em seguida chuto a canela do que estava a minha direita, virando sua mão para trás seguido dos seus braços, o outro se aproximou de mim esmurrando a minha cara, devolvi o golpe e apertei seu pescoço com as algemas que estavam nos meus pulsos, pressionei com tanta força que o mesmo cospe sangue e cai no chão desacordado.
Mitchell começou a atirar, me joguei no chão e usei um dos corpos como escudo.
Procurei algumas armas e peguei uma no bolso de um meliante no chão.
Mirei na direção do velho, errando algumas vezes mas conseguindo acertar a sua mão que apertava o gatilho.
Aproveitei o momento em que ele gemia de dor e corri para ajudar o Harry.
Usei a última cápsula da bala acertando o pé do um que soltou o Harry.
O capanga que ainda mantinha Harry preso começou a atirar, desviei-me indo para atrás de um caixote grande de ferro. Olhei para o meu redor procurando algo mas tudo que tinha era um cabo de ferro.
Não tive escolha a não ser pega-lo, subi pela escada e fico em cima do caixote.
Vejo Harry golpeando o capanga com socos e pontapés.
- Tirem ele daqui! – Gritou Mitchell após errar o tiro na minha direção – Não deixem o Louis escapar!
Corri desviando das balas, pulando de um caixote para outro. Estava perto do Harry mas não o suficiente para acertar os três capangas que o cercavam.
Porra!
Para me deixar mais puto ainda, foi ver um dos capangas subir em cima do caixote em que estava. Ele mira a arma na minha direção, porem ele foi lento demais ao começar a disparar, pois eu já havia o alcançado e enfiado o ferro na sua cara, seu corpo cai no chão e suas mãos agarram as minhas pernas, puxando meu corpo para baixo, indo junto com ele.
O baque foi tão forte quando bati meu corpo no chão, achei que tivesse quebrado minhas costelas.
Aquele filho da puta ia pagar pelo que fez comigo.
Levantei meio desnorteado, olhei para os lados vendo Mitchell se aproximando com mais dois caras. Corri até o cara que havia me puxado e comecei a chuta-lo no rosto, até conseguir deforma-lo.
Novamente começaram a atirar contra mim, peguei a arma no chão e corri ainda mais para alcançar o Harry.
Assim que consegui, ninguém foi capaz de me segurar, mirei na cabeça do capanga a sua esquerda e de imediato no que estava à sua direita. Em seguida desviei dos disparos do último. Harry aproveitou a sua distração e esmurrou o capanga nas costelas dando uma rasteira nele logo em seguida, o mesmo cai batendo a cabeça contra o chão.
Vejo Harry quebrando a mão do capanga em um só golpe e lhe tomando a arma, disparando-a contra a cabeça do meliante.
A cena mais excitante que vi na minha vida.
Me aproximei dele rapidamente, ainda desviando dos tiros do desgraçado do Mitchell e seus capangas.
- Aperte o botão. – Gritei para o Harry, referindo me ao celular que a Danielle havia dado a ele.
- Não é preciso. – Ele falou e ainda não consegui entender bulhufas nenhuma – Olhe para cima! – Apontou para os caixotes de ferro que estavam pendurados.
Segui seu olhar, vendo muitos bandidos pulando de lá para cá, até que seus pés chegassem no chão, outros apareciam atirando contra os capangas de Mitchell.
Eram muitos, pelo menos o suficiente para nos ajudar. Inclusive reconheci dois daqueles que nos cercavam.
- Estava achando que ia arrancar algumas cabeças sem a gente Tomlinson? – Luke se aproxima de mim com um sorriso canalha nos lábios.
- Eu achei extremamente egoísta da sua parte, sua puta de olhos azuis! – Mike veio logo atrás.
Não me contive e soltei uma risada.
- Demoraram demais, sabiam disso? – Brinquei.
- Vai se foder Louis! – Luke lhe mostrou o dedo do meio pra mim – Seu namorado junto com o maconheiro do Zayn, disseram para aparecermos agora!
Encarei ao Harry que fez um meneio com a cabeça.
- Mike agora é com você! – Luke apontou para mim.
O loiro se aproximou, retirando do bolso uma chave, ergui meu pulso com as algemas e o vi destravando com a maior facilidade.
- Algemas de quinta! – Mike comentou assim que mesma caíram no chão.
Massageei meu pulso aliviado por me livrar daquelas malditas.
- Trouxemos alguns presentes para o casal! – Luke nos entrega duas metralhadoras, uma pistola para cada um e facas..
Encarei as mesmas com fascinação, agora as coisas ficariam mais saborosas.
- Fizemos isso por você. Espero que seja o suficiente! – Harry se aproxima de mim quando o Luke e o Mike viraram para frente assim como os outros.
Encarei Harry, vendo a beleza que seu rosto emitia mesmo ele estando machucado ou sujo, caralho, ele era perfeito de qualquer forma. Não importa se eu sou seu tio, estava pouco me fodendo para isso. Tudo o que eu quero é tê-lo só para mim e que ele fosse somente meu e de mais ninguém.
Me aproximei do Harry, segurando sua nuca e juntando nossos lábios. Aquilo estava sendo pouco para mim saciar a minha sede, abri a minha boca e enfiei a língua na brecha que ele havia me dado. Enquanto explorava cada canto da sua boca, Harry apertava minha cintura para colar na sua, batendo nossos sexos um no outro, ele gemeu e aquilo fez meu pau pulsar contra a minha cueca box.
Porra Styles!
Enterrei ainda mais a minha língua dentro da sua boca e saboreei seu beijo. Até o momento em que ficamos sem ar, mantive nossos rostos colados enquanto recuperávamos o ar.
- Isso é mais que o suficiente! – Comentei ofegante – Não sai mais de perto de mim, entendeu? – Olhei dentro dos seus olhos.
- Não vou a lugar algum! – Harry sorrir, afundando suas covinhas para dentro da bochecha.
Assenti e com relutância afastei nossos corpos.
- Chamou os amiguinhos? – Mitchell zombou do outro lado – Como são franguinhos.
Era inacreditável ver como esse velho agia com tanto cinismo, mesmo estando sem saída.
- Está com medo por estar em minoria. Porquê toda essa merda acabou para você! – Falei passando por entre os capangas de Mitchell que ora lutavam com os homens de Luke, ora atiravam uns contra os outros.
Harry vinha atrás de mim, atirando em alguns capangas, eu fazia o mesmo e como era delicioso ver suas cabeças explodindo a cada disparo que eu dava.
Do outro lado Mitchell fazia seus golpes em quem entrava na sua frente, imaginando conquanto sangue nos olhos ele estava, mas não tanto quanto eu, estava lá tudo entalado na minha garganta tudo aquilo que esse desgraçado fez comigo e com a minha família.
Quero que ele pague por tudo que fez conosco.
Esmurrei o capanga que veio na direção, deixando ele com o Harry que simplesmente atirou no meliante.
Fechei o punho quando fiquei de frente para aquele que um dia só me fez mau.
- Agora vamos acertar as nossas contas papai! – Deixei o tom irônico sair explicito dos meus lábios.
Mitchell avançou para cima de mim, desviei esmurrando suas costelas, o velho gemeu e veio até com mais ira, deixando a marca da sua raiva na minha boca, que sangrou devido ao corte te fez.
Toquei na mesma e sorrir friamente.
- Vou acabar com você Tomlinson e o Harry será o próximo. – Ameaçou apontando para o Harry que lutava com um capanga.
- Antes de pensar em fazer alguma coisa com ele, eu já terei o matado. – Rosnei indo para cima do Mitchell, acertando com alguns golpes e errando outros.
Por um momento de deslize, ele consegue me derrubar e me dar socos no rosto. Quando o velho se prepara para dar outro, agarro a sua mão ferida pressionando meu dedo profundamente no buraco onde havia a bala.
- Ahh seu desgraçado! – Mitchell se afastou segurando a mão, fazendo caras e bocas.
Levantei com um pulo e chutei sua perna com força, Mitchell cai batendo a cabeça fortemente. Me aproximo dele e fico por cima do seu corpo.
- Isso é pela minha mãe! – Soquei seu nariz – Isso é pela minha família – Esmurrei o lado esquerdo do seu maxilar – Por ter estragado a minha vida e a da Anne! – Fiz o mesmo do outro lado do seu maxilar, meus punhos queimavam de raiva, não era pouca, não ligava se poderia deslocar ele ou quebrar meus dedos. – Isso é por mim, pelo Harry e todo o resto... – Juntei todas as forças que tive para arrebenta-lo com gosto mas Mitchell fez um movimento inesperado, do qual me derrubou.
Vejo ele pegando a faca da minha calça e a enfiando na minha coxa, gritei por causa da dor que senti, Mitchell a retirou de imediato em seguida me levantou pelos cabelos e colocou a faca no meu pescoço.
Porra que vacilo do caralho.
- Harry! – Gritou para o mesmo que largou o corpo do capanga que acabara de matar.
Seus olhos verdes arregalaram quando me viram sob as mãos de Mitchell.
- Se quiser que ele viva e não morra agora, virá comigo! – Mitchell pressionou mais um pouco a faca em mim, senti um filo de sangue sair do meu pescoço.
- Não o machuque. – Harry pediu se aproximando de nós.
- Oh eu não vou meu jovem, contanto que você troque de lugar com ele!
Harry me encarou, tentei negar com a cabeça mas Harry não conseguiu. A minha perna ardia muito e o sangue escorria em excesso para fora de mim.
Eu sei o que o Harry estava prestes a fazer mas eu não podia deixar, não posso perdê-lo.
- Harry não ouça esse filho da puta! – Usei um pouco mais da minha voz.
- Cala a porra dessa boca Tomlinson! – Mitchell me apertou – Você quer morrer?
- Não por favor! – Harry gritou – E-Eu troco de lugar com ele. – Vejo o jogar sua arma no chão e caminha até nós.
Harry fica de frente para nós, encarei seus diamantes que se enchiam de lágrimas. Porra o que eu fiz?
- Bom garoto! – Mitchell sibilou me jogando no chão com brutalidade e segurou o Harry encostando a faca nas suas costas. – Agora vamos sair daqui.
Harry me fitou como se me dissesse “Adeus”, aquilo me destroçou por dentro.
- Mitchell! – Ouço a voz rouca do Zayn, olho para atrás do velho.
Com ele estava o Liam, Niall, Josh e a...Anne.
Zayn a prendia nos braços e apontava a arma na sua cabeça.
- Anne! – O velho sussurrou.
- Se não quiser que eu estoure a cabeça da sua filha, soltará o Harry agora! – Grita movendo a arma na cabeça da Anne, que gemeu um choro.
Mas que porra estava acontecendo ali?
- Que tal uma troca rapaz? – Propôs friamente.
- Quem me garante que não vai trapacear? – Zayn se aproxima calmamente de ambos.
Como de costume, Mitchell gargalhou.
- Estamos na mesma situação. Pra quê iria trapacear?
Já na frente de Mitchell, Zayn disse:
- Nada para você se trata de acordo. Acha mesmo que eu acredito que cumprirá a sua palavra? – Zayn me encarou por alguns segundos e fiz um meneio com a cabeça para ele saber que eu ia ficar bem – Solte o Harry que eu entrego a Anne para você!
- Não! – Harry protestou.
Mitchell pareceu pensativo e isso me agonizou, sei que ele planejava alguma artimanha.
- Certo. – Falou soltando Harry, aquilo foi suspeito, ele estava cedendo fácil demais. Esse não era o tipo dele. Encarei Niall que entendeu o recado.
Harry deu um passo a frente e foi quando ele fez isso que o Mitchell agiu covardemente, enfiando a faca na lateral de Harry.
- Não! – Anne gritou ao ver Harry cair no chão.
Meu coração acelerou, aquele canalha iria pagar.
Niall moveu-se para frente afim de impedir que o velho alcançasse Anne, mas foi no momento errado, Mitchell tirou sua arma da parte detrás da sua calça e apertou o gatilho, depois disso foi tudo tão rápido, vi o Josh correndo e empurrando Niall no chão e recebendo a bala no lugar do loiro.
Josh cai já desacordado pois o tiro havia acertado seu peito, propriamente no seu coração.
Ouvi Niall berrar e correr até o corpo do Josh.
Chega, ninguém vai se ferir aqui.
Fechei os olhos ignorando a dor na minha perna, levantei com dificuldade e caminhei até o velho com o ferro na mão.
- Quem mais precisará morrer para eu ter a Anne de volta? – Mitchell gritou – Me entregue ela rapaz! – Ordenou ao Zayn.
Ergui o ferro para cima e acertei a cabeça do velho que caiu no chão por conta da pancada que lhe dei, tremendo de raiva fiquei diante aos seus olhos, vendo que o desgarrado não tinha mais força.
- Vai me matar agora? – disse tossindo uma quantidade de sangue da boca.
Sorrir e encarei Zayn que soltou a Anne na mesma hora.
- Vontade não me falta. – Cospi na sua cara, Anne fica ao meu lado – Mas acredito que ela tenha mas o que acertar com você! – Entreguei o ferro para Anne que o pegou pressionando ele com força entre os dedos.
- Eu sou seu pai Anne...
- Cala a boca! – Ela gritou – Você só me fez mal seu desgraçado, te matar agora será um favor que estarei fazendo para você, eu queria muito ser sangue frio como você! – Anne me encarou e logo me afastei – Mas você tem que passar o resto da sua vida sofrendo, cada segundo que sentir dor vai lembrar de cada um que desgraçou a vida por sua causa, ainda tem muito o que pagar aqui na terra Mitchell, hoje farei dela o seu inferno, viverá na escuridão até seu último suspiro. – Ela tira do bolso um pote pequeno de vidro, escrito “veneno”, jogou sobre os olhos de Mitchell que gritou agonizado no chão.
Achei maduro da parte dela querer que ele passe a vida sofrendo, esse sim era o destino do Mitchell, fez tanto a vida daqueles um inferno na terra que agora tornou-se um de seus reféns, sentindo o sabor do veneno que plantou para cada um.
- Vou facilitar mais a sua vida, porque depois que você acordar nada irá ver novamente! – Pisei no seu rosto com força, vendo ele apagar.
Em seguida olhei para o Harry caído no chão, contorcendo seu corpo no chão. Anne e eu nos entre olhamos e fomo até ele. Harry nos encarou com um olhar cheio de dor e como se quisesse desistir de tudo.
Porra!
☸ Harry ☸
Estava queimando como fogo em brasa, precisava de ar mas não conseguia encontra-lo. Josh estava morto e eu não fui capaz de fazer nada, as lágrimas caiam dos meus olhos esboçando minha dor interior, não pela minha ferida mas por acabar de perder um dos meus melhores amigos.
Virei minha cabeça para o lado vendo o Niall aos prantos abraçando o corpo do Josh, Liam também estava com ele, implorando para que o nosso amigo acordasse mas de nada adiantava, Josh não se mexia.
- Harry! – Ouço a voz do Louis me chamar, com dificuldade o encaro, percebendo o quão desesperado estava – Consegue me ouvir? – Balancei a cabeça dizendo que sim – Continue respirando. Não desista nem se quer um segundo... – Ele segurou a minha mão – Por favor viva!
A falta de ar me veio novamente, sabia que estava perdendo meus sentidos.
- Temos que leva-lo para o hospital! – Anne dizia desesperada.
O som das sirenes invadem o local, todos os envolvidos ali, começam a se dispersar rapidamente.
- Louis a polícia está aqui! – Zayn se aproximou – Temos que ir embora agora Bro.
- Não vou sair daqui! – Negou em relutância.
Fechei os olhos sentindo me fraco demais.
Em seguida os abri com a visão turva. Não podia deixar que o Louis fosse preso, sei que ele fez muita coisa errada na vida mas eu não queria vê-lo atrás das grades. Eu o amo demais para deixa-lo sofrer ainda mais.
- Lou...v-vai com eles! – Disse com dificuldade.
- Eu não vou deixar você aqui... – Louis balançou a cabeça.
- Vou ficar bem...a minha mãe ficará comigo juntamente com o Liam. – Tossi um pouco – Os policiais chegaram a tempo para nos ajudar mas não fará o mesmo por vocês! – Com certa dificuldade levei a minha mão na sua nuca e colei nossas testas – Se você for preso não poderemos ficar juntos.
- Prometa para mim que não vai desistir de lutar pela sua vida.
Sorrir fraco.
- Farei isso por nós. – Juntei nossos lábios iniciando um beijo calmo – Agora vá!
Louis assentiu e se afastou.
Suspirei ao ver ele indo até o Niall, tirando o de Josh – o que foi bastante difícil – pois o loiro relutava para não sair dali. Luke e Mike vieram conseguindo levar o Niall para longe. Vi o Liam conversando rapidamente com o Zayn, em seguida o beijando.
As sirenes foram ficando mais próximas de nós, perdi o ar por completo sentindo o nada me abraçar.
~~Ω~~
Um bipe me incomodava, que diabos de barulho era aquele?
Virei a cabeça para o lado afim de afastar aquele incomodo, mas foi o mesmo que nada.
Abri os olhos lentamente, permitindo que a minha visão ampliasse a imagem do local em que estava. Encaro as paredes cor de creme, a cortina branca que bailava devido ao vento que a soprava contra a mesma, à minha esquerda estava um jarro com girassóis em cima de uma pequena mesa, à minha direita ficava a máquina onde em uma tela mostrava meus batimentos cardíacos.
Foi aí que me dei conta de que se passou e ali era um quarto de hospital.
No meu nariz estava aquele tubo para me ajudar a respirar, movimentei meu corpo com cuidado e senti um incômodo na bacia lateral . Toquei naquela região e percebi que estava enfaixado na área em que Mitchell me esfaqueou.
Meu peito apertou ao lembrar do Josh, meu amigo estava morto de verdade, não conseguia acreditar mas as lembranças fizeram questão de me mostrar cada detalhe daquele horrível dia, esfregando na minha cara a verdade. As lágrimas escorreram em excesso pela minha face, me vi soluçando na mesma hora.
Tanto o Josh quanto o Liam fizeram tanto por mim e do que adiantou?
Um deles teve como recompensa a morte. Aquilo não era justo.
Apertei o lençol consumindo de dor e revolta. Tudo o que eu queria era o meu amigo de volta.
- Harry, meu filho! – Anne correu até mim assim que abriu a porta.
Senti seus braços envolta do meu corpo e seus sussurros pedindo desculpas várias e várias vezes por ter me escondido seu passado como o Des.
- Fiquei com medo de te perder! – Ela choramingou, deslizando seu polegar por toda a minha face.
Vi o quanto Anne tinha adotado olheiras, já não estava maquiada como de costume, seus cabelos estavam mais rebeldes e amassados. Sei que ele passou o tempo chorando. O que me fez pensar o quanto foi.
- Estou aqui faz... – Não conseguia formar as palavras.
- Três meses. – Anne respondeu.
Arregalei os olhos desacreditado que fiquei inconsciente por tanto tempo, estava um pouco assustado com isso, afinal para mim parecia que fora ontem aquela confusão toda que aconteceu.
- Como se sente amor?
Meus peitos se encheram e vi aquela onda de tristeza me rodear. Quando percebi estava em meio à prantos e soluçava sem parar.
- Ooh Harry! – Minha mãe me abraçou, apertando meu corpo contra o seu.
- Me diga que ele está vivo. – Apertei a sua cintura – Fala pra mi que o Josh não morreu!
- Estou aqui meu amor, vamos superar essa dor juntos. – Ela tenta me confortar.
Mas eu estava transtornado demais para ouvi-la, revoltado demais para aceitar a dura e cruel realidade. Afastei minha mãe para longe de mim e arranquei aqueles aparelhos do meu corpo e aquele tubo do meu nariz.
- Harry mantenha a calma! – Anne chorava do outro lado.
- JOSHHH! – Gritei após me sentar na maca – JOSH VOLTEE! – Fiquei de pé e a tontura logo me veio, balancei a cabeça afim de manter em pé mas tudo piorou – JOSH! – Andei cambaleando para os lados, minha visão acabou ficando turva.
- Harry por favor, volte para a cama você precisa repousar. – Anne se aproximou.
A tontura me veio com mais força, minhas pernas fraquejaram e passei a não senti-las, quando dei me por si, estava no chão, meus olhos pousaram na minha mãe gritando comigo apoiado em seu colo.
Entraram os enfermeiros, fechei os olhos devido ao apagão que meu corpo deu.
~~Ω~~
Depois do ocorrido, acordei novamente na cama do hospital mas dessa vez sedado. Pude finalmente, conversa com a minha mãe mantendo o meu autocontrole, disse para ela sobre o Louis e a Johannah, como também o envolvimento do Mitchell nisso tudo.
Anne mostrou-se surpresa, em choque ao saber que tinha um irmão e que seu pai havia induzido a uma vida desgarrada e cruel. Ela chorou quando me contava dos momentos em que eu e o Louis vivíamos na nossa casa, o quão apegada se sentia com ele.
Foi emocionante para mim também porque eu conseguia imaginar tudo.
Toda a história do Louis, revoltou Anne e a fez sentir sentir desprezo ainda maior pelo Mitchell.
Contei a ela sobre a semana que passei preso sob Cárcere de privado, não omitir nada, relatei o fato de ter me apaixonado por Louis.
Anne foi compreensiva comigo e não me criticou por ter me envolvido com o meu tio, afinal eu não sabia que erámos parentes e mesmo que soubesse seria impossível não amar o Louis Tomlinson.
- O que você disse a eles? – Perguntei me referindo aos policiais que nos trouxeram aqui e interrogaram Anne.
- Que o Mitchell mandou sequestra-lo, expliquei um pouco do que o levou a fazer aquilo e o que eu vi assim que cheguei no depósito. – Explicou acariciando a minha mão.
- E sobre o Louis? – Mordi os lábios nervoso com a resposta que ela diria.
- Como vi que se beijaram naquele momento em que os policias chegaram. – Ela sorri e eu corei um pouco – Eu disse que havia muitos capangas por lá, perambulando ora atirando em alguém. Que estava muito atordoado para ajuda-lo que não consegui ver quem estava ao meu lado.
Balancei a cabeça um pouco mais aliviado.
- Obrigado por não entrega-lo mamãe. – Puxei a para um braço, Anne soltou uma risada baixa.
- Pelo menos uma vez na vida, pude ajudar o meu irmão, mesmo não tendo noção de quem ele é. – Ela sorrir tristemente.
- Você o ajudou muito na infância, pode não ser o suficiente agora para você mas foi para ele. – Separei os fios do seu cabelo.
Anne assentiu.
- Você sabe que eles virão tomar seu depoimento assim como fez comigo e com o Liam.
- É eu imaginei que sim. – Soltei um suspiro longo.
- Já sabe o que vai dizer? – Neguei – Seja honesto e não minta para as autoridades, tenha calma que tudo sairá bem.
Sorri.
- Farei isso.
Encarei a janela vendo a chuva abrupta do outro lado.
- Como está o Liam? – Perguntei.
- Arrasado com tudo o que aconteceu. Ele não saiu daqui desde que entrou em coma.
- Será que eu posso vê-lo? – Indaguei. Anne encarou seu relógio de pulso.
- Ainda pode receber visita. Quer que eu mande chama-lo?
- Por favor.
Ela balançou a cabeça concordando, em seguida saiu.
Aproveitei aqueles segundos para pensar no Louis, imaginando aonde estava ou como. Passei tanto tempo sem estar com ele, comecei a me sentir vazio, incompleto.
Precisava de notícias dele para ao menos conseguir acalmar meus ânimos.
Não demora muito para mim ouvir uma batida na porta e um rosto conhecido ficar entre ela, sorri para o Liam.
- Oi Li! – Disse assim que o vi se aproximando.
- C-Como se sente? – Perguntou com os olhos lacrimejando.
- Como você se sente? – Perguntei com ênfase.
Liam não conseguiu se segurar e liberou toda a sua dor naquela “poça” de lágrimas que escorriam pela sua face.
Estiquei os braços para ele que de imediato veio me abraçar, senti ele molhando meus braços com o seu choro mas não liguei. Chorar era o melhor remédio para a nossa dor naquele momento.
Sei que já havia chorado antes mas vendo o Liam descarregando seus sentimentos, de tal forma, que não pude deixar de acompanha-lo.
- Josh está morto, eu não queria acreditar nisso mas quando fui ao seu enterro e vi seu corpo naquele caixão. Percebi que já não poderia inventar mentiras para acobertar a minha verdade. – Liam começou a soluçar e me vi da mesma forma – Depois você entra em coma por estar em estado grave, fiquei desesperado porque não queria perder outro melhor amigo.
- Estou aqui Li! – Funguei.
Liam se afastou secando seu rosto com as lágrimas com a manga da camisa.
Ficamos em silêncio por um determinado tempo, acreditei que foi para o Josh, manter nosso luto ao menos para respeitarmos o que um dia vivemos os três juntos.
- Soube que surtou horas atrás. Está melhor agora? – Liam pegou a minha mão.
- Sedado. – Rimos após a minha fala.
De vagar coloquei a minha mão sobre a sua.
- É bom ver que está vivo amigo. – Liam encara as mesmas juntas.
- Não vai se livrar ainda de mim Payne! – Descontrai.
Ele rola os olhos mantendo um sorriso nos lábios.
Queria perguntar a ele sobre o Louis, para saber como ele estava, se havia dado notícias. Mas achei que não era um bom momento.
- Eu ainda não falei com o Zayn essa semana. – Liam sussurrou encarando a porta para ver se alguém nos ouvia – A ultima conversa que tivemos, ele me disse que o Louis queria vê-lo e pirando por não ter notícias da sua recuperação.
Sorrir para o Liam, impressionado com o fato dele me decifrar apenas pelo o olhar.
- E o Niall?
- Ele está muito abalado e destruído por dentro. Zayn me disse que ele não fama mais nada com nenhum deles, apenas fica no seu canto calado e pensativo. – Fiquei apreensivo em relação a isso, afinal ambos se relacionaram um com o outro – Niall está sofrendo calado, e ele ter ido ao enterro assistido tudo de longe sem poder se despedir do Josh, destroçou o ainda mais.
- Ele está com depressão pós-traumática?
Liam balançou os ombros.
- Talvez ele só esteja sofrendo assim como nós, porém a sua dor venha ser o dobro.
- Queria estar com ele e poder conforta-lo. Mas só posso mandar as minhas boas energias ao Niall! – Lamentei.
Liam por outro lado sorriu e disse:
- Você possui uma humildade incompreensível, sabia? – Apenas soltei uma risada – Podemos fazer uma coisa agora?
- Contando que eu não levante daqui e a dona Anne surte com o meu ato. – Comentei com ironia.
- Eu ia dizer para nos jogarmos de paraquedas mas terei que repensar na minha ideia. – Rebateu com um comentário mais irônico ainda.
Rimos.
- Falando sério agora. – Ele tossiu – O que acha de passar alguns segundos lembrando de cada momento com o Josh? Sei que isso pode ser uma má ideia, ainda mais no momento crítico como esse...
- É uma ideia maravilhosa! – O interrompi, vendo dos seus lábios sair um sorriso – Por que não começa?
- Certo. – Puxou a poltrona e passamos a viver um dijavú atrás do outro.
~~Ω~~
A hora de visitas havia acabado, pedi para a Anne e o Liam irem para a casa descarem pois eu já me sentia “melhor” para poder ficar sozinho. Além do mais aqueles dois precisavam dormir. Com relutância ambos concordaram prometendo voltar de manhã cedo.
Enquanto metade dos pacientes dormiam, eu ficava acordado olhando para o nada. Passei os três meses em coma, acredito que dormir demais.
Tanto aconteceu e eu ainda acontecerá, parecia que foi à anos como se eu tivesse perdido uma vida inteira ali naquela cama de hospital e agora me dava conta dos fatos ocorridos.
Encarei a pequena tela onde mostrava meus batimentos cardíacos, ouvia cada bipe como se ele me dissesse: “Você está vivo rapaz, fique feliz por essa bênção!”
Mas como faria isso depois de perder um amigo e de certa forma “abrir” mão do que vivi com o Louis?
Posso estar agindo com insensatez, contudo aquela pergunta passou a ser a minha realidade.
Em poucas horas imaginei a minha vida sem o Louis, foi horrível o vazio que sentia no peito. Era como se sucumbir a não ter nada.
Após pensar isso, enterro a minha mão no rosto respirando de modo que eu pudesse acabar com uma tremedeira que me deu no corpo. Por um momento eu achei que fosse fraqueza mas foi apenas pela corrente fria que entrou pela porta que acabou de ser aberta.
- Olá? – Estreitei um pouco a cabeça para ver se tinha alguém ali mas tudo que ouvi foi um chiado.
Achei aquilo muito estranho, ia assoar o botão de alarme que deixaram comigo quando um indivíduo com roupa de enfermeiro adentra o quarto rapidamente e tranca a porta logo em seguida.
Tentei manter o controle para não ter um surto.
- Q-Quem é você? – Perguntei.
O “enfermeiro” fechou as persianas e virou para me encarar. De imediato largo o botão que pressionava na mão, sentindo meus batimentos cardíacos aumentarem de cento e vinte para cento e quarenta.
- Lou! – Sorri.
Louis retira a mascara do seu rosto e a touca da cabeça, seu cabelo estava jogado para trás num topete arrumado, na sua face alguns pelos surgiram deixando com um ar mais sedutor.
Ele largou-os no chão, vindo até mim com passos apressados, sinto as suas mãos envolta da minha nuca e nossos lábios se chocando. Foi tão delicioso senti-los junto aos meus, Louis pede passagem e concedo na mesma hora. Sua língua explora cada canto da minha boca, ele me beijava com força e retribui com o dobro dela.
Aperto a sua cintura agarrando-a com tudo. Estava com tanta saudade do seu toque, do próprio em si. E estar me deliciando entre seus lábios foi a melhor coisa de todas.
Consumidos pela falta de ar, separamos nossos lábios mas mantivemos nossas testas coladas. Mordi o canto da minha boca saboreando o gosto maravilhoso na minha mente.
- Não acredito que está aqui. – Continuei ainda com os olhos fechados, mantendo o sorriso esboço para ele.
- Você está bem? – Louis perguntou preocupado.
Apertei a sua cintura e selei nossos lábios.
- Estou tentando ficar depois do que aconteceu com o Josh!
- Sinto muito por isso!
- Tudo bem. E-Eu vou ficar bem! – Sussurrei bem baixinho – Passei tanto tempo sem te ver, achei que nunca mais isso fosse acontecer. – Encarei seus olhos que estavam negros aquela noite, pareciam distantes.
Louis permaneceu em silêncio apenas me fitando como se eu fosse algum tipo de objeto precioso. Contudo percebi que algo o incomodava, pois seus lábios não paravam de tremer.
- Você está bem? – Perguntei.
Louis se afastou me deixando ainda mais confuso.
- Zayn me contou sobre a nossa história! – Comentou colocando a mão no bolso.
Okay, tudo bem.
Ele sabia tudo agora, mas porquê ele me parecia tão frio com aquilo?
- Passei esse tempo tentando imaginar como seria se a minha mãe não tivesse ido embora. Se nós dois poderíamos ter uma vida “normal” juntos. – Louis caminhou até a janela de vidro, ficando de costas para mim.
- E concluiu?
Ouço ele soltar um longo suspiro.
- Se eu não fosse o que fosse. Provavelmente faria nosso relacionamento dar certo, porque você, Harry, é uma pessoa incrível e seria capaz de buscar infinitas formas de fazê-lo feliz. – Sorrir ao ouvir aquilo – Mas... – Ele parou.
- Mas? - Insisti para que ele continuasse.
Louis abaixou a cabeça e tossiu.
- Quando você entrou em coma e eu não pude ficar ao seu lado me deixou maluco, ficar esperando por notícias sua me fez ficar puto. – Disse num tom revoltado – Eu queria estar aqui como o Liam ou a sua mãe, acompanhando sua recuperação a cada segundo do dia mas por ser um criminoso, não tive escolhe.
Queria falar alguma coisa mas esperei para ver o que ele tinha a dizer.
- Isso me fez pensar em muita coisa! – Louis virou para me encarar – Sei que não fui culpado pelo que aconteceu, mas eu sinto como se fosse. Tentei enxergar um vida com você no futuro porém percebi que eu não tenho um como poderia te oferecer um?
Engoli seco, estava com medo do rumo que aquela conversa tomava.
- E-Eu não estou entendendo? – Meu peito começou a arder.
Louis se aproximou novamente, dessa vez com um olhar sério e duro.
- Eu quero que você diga a verdade para a policia, descreva tudo o que fizemos com você.
- O quê? Não. Por quê você quer que eu faça isso?
- Porque eu vou embora de Chicago essa noite.
- Pra onde? – Indaguei – E-Eu quero ir com vocês.
- Não. – Louis balançou a cabeça – Tudo o que eu te fiz lhe causou dor. Siga a sua vida sem mim.
- E-Eu não posso. – Disse em meio aos prantos – Eu amo você Louis. Por favor não faça isso.
Louis mordeu os lábios e fechou os olhos como se ele estivesse machucado. Ele os abre e toca no meu rosto acariciando calmamente.
- Eu também te amo. – Falou – E por isso estou abrindo mão de ficarmos juntos. Sem mim você pode construir uma vida sem ficar fugindo das autoridades todo o tempo. Entenda que será melhor assim!
Louis estava machucando meu peito por dentro e não parecia se importar com isso.
- Me diga, aonde viver longe de você me fará bem? – Indaguei – Louis, eu não ligo em ter uma vida composta de luxúria ou “perfeita”. Apenas quero ser feliz. E no momento a minha felicidade é você!
Com isso, o vejo se afastar um pouco, aquela atitude me deixou com um vazio enorme.
- A decisão está tomada. Eu vou embora e você terá sua vida de volta. – Louis disse sem me encarar e eu fiquei muito irritado com isso.
- Por que está me fazendo sofrer? – Alterei o tom de voz – Nossa história foi interrompida no passado e agora que temos a chance de retomar, você simplesmente joga essa oportunidade fora.
- Não somos mais aquelas crianças porra, não podemos continuar uma coisa que nunca teve um começo. – Louis cerrou os punhos e socou a lateral da cama.
Depois disso houve um silêncio.
- Então para você foi como se não vivemos nada. – Comentei sentindo um gosto amargo subir a garganta – Tudo aquilo que me disse não valeu nada? É isso? – Encarei o mas Louis olhava para o chão – Olha pra mim! – Quase gritei, ele me fitou – Responda a minha pergunta, eu quero ouvir da sua boca a verdade.
Apertei o lençol, já soluçando naquela maldita cama de hospital.
- Adeus Harry! – Foi tudo o que me disse quando virou as costas e caminhou até a porta.
- Não vire as costas pra mim Louis Tomlinson! – Gritei, ele apenas continuou andando, pegando a sua máscara e touca, colocando-as novamente – Se você sair por essa porta eu nunca mais vou querer olhar na sua cara. E que não me procure mais!
Louis segurou a maçaneta e parou por alguns instantes, comecei a ter um pouco de esperança de ele não me deixaria mas isso acabou assim que ele a girou e saiu.
Foi aí que me vi sem chão, sem porquê.
O que seria da minha vida agora?
Como teria forças para ser feliz sem o Louis?
CONTINUA....
Notas Finais
Próximo capitulo é o penultimo
Podem ouvir o meu berro?
Ahhhh
Desculpem qualquer erro!!
Até breve ✨
Beijo beijo😘
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