Chapter XXV
Uhuuuuuu 😘
Vamos lá, tenham uma boa leitura ✝
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☸ Louis ☸
Sem ar e com bastante dor, voltei ao meu juízo. Senti as minhas mãos queimando e espremidas, logo depois outras mãos agarrando os meus ombros e os puxando para trás.
Bato a cabeça em algo duro e forte, abri os olhos vendo que estava dentro de um depósito abandonado, desço-os para os meus pés e percebo que estava pendurado de cabeça para baixo mas também estava com as mãos.
Tento me mover afim de me soltar mas era inútil.
- Vejam só! – O retentor da voz de Mitchell eclodiu – Ontem ele era um dos maiores criminosos procurando pela polícia e hoje tornou um refém sem possibilidade algum de sair vivo dessa. Isso soa tão irônico, não acham? – Encarou seus capangas com um sorriso divertido.
Observo sua caminhada de um lado para o outro, permaneci em silêncio para não dar corda a sua falação.
- Você acha que está se sobressaindo Louis mas não está! – Pegou o ferro e o encarou. – Seus amigos não irão muito longe incluindo o merdinha do seu namorado!
Embora no fundo eu quisesse xinga-lo de vários nomes.
- Parece revoltado com algo. – Comentei – Seria motivado por essa ferida no ombro? – Disse com ironia.
Mitchell pousou seu olhar onde havia uma faixa enrolada no ombro, um sorriso falso saiu dos seus lábios mas eu percebi em seu olhar a vontade enorme que ele tinha de explodir e mostrar o verdadeiro animal que era.
- Sua mãe era uma vagabunda bastante rodada entre os homens, ela sempre fez, digamos que, burradas na vida mas a pior de todas foi ter gerado um boiola como filho!
Não me admira que ele usasse um assunto pessoal para querer me afetar, fazer com que a minha paciência chegasse ao limite mas eu não vou ceder até porque nesse momento na minha mente ecoava as seguintes palavras que a Johannah me dissera:
Nunca se esqueça de quem você foi e quem você é de verdade.
Portanto manter-se forte acabará se tornando um objetivo para mim. Se eu não obtiver, minha história com o Harry poderia chegar ao fim agora e não era isso que eu queria.
Embora, as coisas aqui não saírem nos conformes, faria o possível para que o Harry tenha uma vida normal porque ele merece depois de tudo o que nos aconteceu. Meu amor por ele chegou a um ponto em que a felicidade dele tornou-se uma missão a ser cumprida para mim.
Nunca imaginei que voltaria a ter esse sentimento fazendo parte do meu ser, tampouco a minha necessidade de proteger com unhas e dentes uma pessoa que me relacionei a uma semana.
- Ficar calado não salvara a sua pele, se é que está ilusionando isso. – Mitchell fala interrompendo o meu diálogo com a minha mente.
- Uma das coisas que posso privar de você são meus pensamentos portanto não vá achando que consegue adivinha-los. – Comentei o encarando rapidamente.
O velho gargalhou como se eu tivesse lhe dito uma piada.
- Você acha que pode alguma coisa amarrado feito um porco desse jeito? – Balançou o ferro na mão – Esse comentário só piorou a sua situação meu caro, eu estava até pensando em aliviar as coisas para o seu lado. Apesar de tudo o que me fez!
- Eu não quero a sua misericórdia e nem preciso. Até porque tudo que vem de você me enjoa! – Cuspi as palavras com raiva.
- Uma pena que pense assim! – Caminhou até mim – Afinal sua sentença de tortura acabou de ser assinada.
Ele pressiona seus dedos contra o bastão de ferro e o bate contra meu estômago, fazendo meu ar suspender-se de dentro de mim.
Uma, duas, três, quatro, contei cada uma daquelas pancadas que ele me dava, mesmo que a dor estivesse me consumindo. Comecei a tossir de modo descompensado sentindo o gosto amargo do meu sangue escorrendo pela minha boca.
- Desçam! – Ordenou.
Vi seus capangas andando na minha direção e em seguida me afundando dentro de poço médio que havia ali. Contorci todo meu corpo procurando oxigênio, logo senti meu peito queimar por dentro como se tivessem jogado um ácido e ele estivesse o corroendo cada canto do meu corpo.
Lutar contra toda aquela água começou a ficar impossível até o momento em que me ergueram e consigo aspirar o ar que procurava.
- Você não pode comigo Louis. Seu caso está por acabado assim como sua maldita vida! – Comentou mantendo o sorriso endiabrado nos lábios.
Sorrir de lado.
- Me espancar, xingar a minha mãe ou a mim mesmo não vai trazer o Harry de volta pra você. – Cuspi um pouco de sangue no chão – A essa hora ele está bem longe daqui junto com a Anne, ou seja, seu plano medíocre acabou falhando.
- Será mesmo? – Ele arqueou a sobrancelha. – Ou será que você está dizendo isso porquê quer ganhar tempo para seu namoradinho conseguir escapar de verdade?
- Pense o que quiser, afinal seu plano foi por água a baixo a parti do momento em que colocamos chamas naquela maldita casa.
- Não tente ser um piadista rapaz. – Mitchell disse com ironia.
- Certamente não perderia meu tempo contando piadas para um velho que matou sua mãe na adolescência, que mandou matar seu neto e que foi restritamente frio com uma mulher grávida a ponto de querer mata-la. Fora que ainda deseja manter sua filha em cárcere de privado. – Retruquei – Acredito que um homem sem alma como você não goste disso, ainda mais sendo um velho do qual não sabe o que é ser querido por alguém.
Mitchell sorrir de lado.
- Bela tentativa mas tentar mexer com meu sentimento não funcionou.
- É claro que não. – O observei – Por que eu me desgastaria dessa forma?
- Sim,sim. – Revirou os olhos – Mas agora vamos falar de coisa séria. – Puxou a manga do seu paletó. – Sabemos aqui que o Harry e companhia não saíram da cidade, muito menos entraram em contato com a Anne porque sabem que tenho meus contatos para rastrear eles e meus homens estão espalhados por toda a cidade de Chicago. E isso impossibilita a fuga deles! – Começou – Então para facilitar as coisas e melhorar a sua imagem. Por que não começa a dizer para aonde o Harry e companhia foram?
Sorrir.
- Eu não sei.
- É isso mesmo que você quer rapaz? – Se aproximou de mim – Morrer por um garoto, digamos assim, porque acha que está apaixonado por ele?
- Eu não acho, tenho certeza de que o amo. – Afirmei.
Ele voltou a gargalhar.
- Ouça o que está dizendo seu ameba. – Apontou para mim – O que você sabe sobre o amor? – Sei muito mais que você pelo visto.
- Está enganado. – Balançou a cabeça – O amor não existe e nunca existiu, não passa de um conto de fadas, uma ilusão. E você está caindo que nem um patinho nessa brincadeira.
- Sua incapacidade de achar que tudo não são flores me faz querer rir. – Comentei tentando mover as mãos – E felizmente você está errado, essa visão embaçada o cega de certa forma que é inacreditável. Sabia seu babaca, acredite você ou não, no amor mais eu amo o Harry e por ele sou capaz de tudo e isso inclui acabar com a vida desgraçada.
Meu corpo começou a queimar devido a cara de deboche que ele fez para mim, odiava pessoas com essa capacidade de falsidade ainda mais de achar que pode caçoar da minha pessoa.
- Está fora de si meu caro. – Zombou – Acho que bati em você forte demais!
- Vai se ferrar seu velho de merda.
Mitchell tornou a me acertar com o cabo de ferro, dessa vez mirando no canto da minha cabeça.
- Quer saber já me cansei dessa lengalenga. – Jogou o ferro ensanguentado no chão. – Se você não me dirá nada por bem, então Harry e seus amigos pagarão no seu lugar. – Tateou seu bolso como se estivesse procurando algo – Está vendo isso? – Apontou para o meu celular que havia retirado do bolso – Vamos mandar um recadinho para eles mudarem de ideia antes de fugirem.
- Eu não vou fazer nada para você! – Disse com a voz falha.
- Veremos! - Ele encarou seus capangas como se lhes tivesse dado um comando.
Observo-os caminhando na minha direção com uma máscara em seus rostos.
- Ação! – Mitchell mirou o celular na minha direção.
Tudo que sentir foram vários murros no rosto e no estômago retida vezes. Estava quase apagando devido a falta de ar e o excesso de sangue estufando no meu nariz. Assim que param, percebo que o Mitchell malinava em algo no meu celular, provavelmente enviando a pequena filmagem que fez me espancando.
Comecei a desejar o que o Zayn estivesse sumido com os outros a tempo e se não, bem, imploraria mentalmente para que esse vídeo não caísse nas mãos do Harry, pois, mesmo não o conhecendo tão bem, tinha a certeza de que ele colocaria sua vida em risco para me salvar.
- Pronto! – Mitchell sorrir satisfeito e me encara – Agora é sentar e aguardar.
- ELES NÃO VIRAM SEU VELHO BURRO! – Gritei com dificuldade devido a minha fraqueza.
- Ah mais é claro que vão vir. – Guardou meu celular no bolso – Como você mesmo disse, ama o Harry? – Arqueou a sobrancelha e eu permaneci em silêncio – Creio que ele também sinta o mesmo que você e como um misericordioso apaixonado virar salvar seu “amor”. E você sabe que sim!
O pior disso tudo era que ele estava certo, o Harry era um cara bastante teimoso e essa teimosia poderia levar tanto a minha morte como eu assistindo a dele e dos meus amigos.
A única coisa que eu poderia era esperar pela resposta da qual eu esperava contrariar os meus pensamentos.
☸ Niall ☸
Enquanto o Liam descansava em um canto, a Harry estava no banho e o Zayn foi fumar. Eu caminhei até um canto isolado daquele novo esconderijo para espairecer as ideias afinal hoje o dia foi turbulento – tanto de informação quanto de agitação.
Todo esse tempo que eu vivi com o Zayn e o Louis, esse era o pior de todos. Estava sendo muito difícil de digerir o fato do meu melhor amigo estar com a vida em risco. Porque sim, eu ainda tenho esperança que ele estava vivo, sei que estava.
Louis é um homem forte, não seria capaz de decepcionar as minhas hipóteses.
E além desse “pequeno” detalhe ainda tem o meu caso com o Josh, com tantas pessoas no mundo o Harry tinha que ser amigo do meu Duende. O pior era saber que de certo modo ele passara a me odiar e com uma parcela de razão, afinal participei do sequestro do seu melhor amigo.
Logo agora que havia encontrado alguém que gostava de mim e do qual me apeguei com certa facilidade.
Nossa, isso está parecendo aqueles filmes de drama e romance que algumas mulheres gostam, poderia até mudar o nome para “Confissões do Niall” ou “O criminoso arrependido” como também uma versão de Romeu e Julieta tipo “O Duende e a Loira Brilhosa”.
É engraçado como eu conseguia fazer graça da minha própria desgraça, senhor!
Sentei em um caixote que estava ao meu lado e fiquei encarando meus dedos como se fossem algo impressionante. Embora estivesse sendo tedioso.
- Posso ficar aqui? – Josh interviu me fazendo dá um pulo assustado.
- Hum...claro! – Apontei para o outro caixote ao meu lado.
Quando Josh sentou fiquei nervoso, pois não sabia o que lhe dizer ou com que cara encara-lo depois de tudo o que aconteceu. Se é mesmo que ele queria trocar algum tipo de palavra comigo.
Porém, eu tinha que resolver o problema em que lhe envolvi, como também ambas as partes.
- Eu sinto muito pelo que aconteceu, juro que eu não sabia que o Harry poderia ser seu amigo! – Comentei encarando seus olhos castanhos.
Josh permaneceu em silêncio por alguns segundos.
- Sabe o que mais me abalou foi saber que você participou do sequestro! – Falou decepcionado.
- Esse sou eu, diferente de todas as pessoas que crescem com família, em um lar. Fui abandonado quando era um bebê prematuro, vivi durante seis anos em um orfanato e o resto na rua junto com meus amigos passando fome, frio e sofrendo. – Comecei – Não escolhi essa vida, muito menos ser um criminoso que conheceu. E se isso foi obra do “destino”, sei lá, o que posso fazer?
Interlacei minhas mãos uma na outra, suspirei.
Dessa vez, a loira aqui estava muito chateada.
Caramba, nem chegamos a ter um relacionamento e eu, pelo menos, já estava em crise.
Talvez não fosse para ser, sabem, eu e ele, não tivesse o destino escrito para ficarmos juntos. A verdade é que a vida é complicada demais para ser desvendada, ainda mais seus propósitos para nós.
Josh permaneceu calado como da outra vez.
Para ser sincero eu já não esperava muito dele, até porque eu já sabia que seu rancor falaria mais alto que tudo. O que era uma lamentável notícia para mim.
- Só quero que saiba, que apesar de tudo o que aconteceu e vem acontecendo. – Engoli seco – Que eu gostei de passar dois dias com você, acredite ou não, mas eu vivi algo verdadeiro em dois dias do que na minha vida inteira. – Mordi os lábios fortemente.
Se a minha atitude foi imprudente ou leviana, o importante era que agora eu me sentia livre do acúmulo de peso na consciência que carregava sobre mim. Embora agora tivesse perdido o cara mais incrível de todos.
Como o Josh não me dirigia a palavra não vi o porquê de ficar insistindo em um diálogo que não fazia diferença alguma.
As vezes me achava muito persistente tanto com as pessoas quanto meus interesses, isso claramente poderia ser bom como ruim. Pois quem persiste em quebrar uma pedra com uma agulha?
- Entendo seu silêncio. – Comecei – Não vou ficar lhe enchendo com meu blá, blá, blá. – Passei por ele e fui surpreendido quando senti suas mãos agarrando meu braço.
Fitei seus olhos castanhos procurando alguma expressão vinda dele mas não havia alguma.
- Você sequestrou o meu amigo, se envolveu comigo mesmo não sabendo quem eu era, de certa forma. – Josh apertou meu braço – Cheguei a pensar que fosse diferente e ironicamente você é!
- Desculpe-me se você achava que eu fosse uma pessoa perfeita mas saiba que esse tipo de pessoa pela qual procura, não existe.
Ele sorrir.
- É claro que eu sei disso! – Balançou a cabeça – Se eu procurasse por pessoas perfeitas nunca teria dirigido a palavra a você muito menos o daria uma segunda chance!
- Como? – O encaro confuso.
- O seu jeito e tudo em você fez com que algo dentro de mim enxergar o que é. – Explicou – É claro que fiquei magoado com o que você e seus amigos fizeram mas eu andei pensando, se Deus perdoa nosso atos pecaminosos porque não posso perdoar aquele que sequestrou o meu amigo e que o trouxe de volta para mim?
- É sério isso? – Perguntei desacreditado.
- Nunca falei tão sério na minha vida. – Sorrir deslizando sua mão para ir de encontro com a minha.
Eu poderia estar sonhando mas acredito que em sonhos meu coração não pudesse palpitar rapidamente como agora.
- Eu nem sei o que dizer!
- Que tal um “Oi, sou o Niall Horan. É um prazer conhece-lo!” – disse acariciando meus dedos.
Rir.
- Uhum! – Tossi – Oi, sou Niall Horan. Como se chama?
- Josh Devine! – Se apresentou.
- Josh! – Exclamei animadamente – Um belo nome, posso assim dizer.
- Obrigado!
- E o que você anda fazendo ultimamente meu caro?
- Ah, tentando escapar de um problema que envolve um amigo. Mas logo iremos dar um jeito! – Suspirou – E você?
- Bem, creio que acabou de descrever exatamente o que estou passando.
- Inacreditável. Acho que merecemos um modo de aliviarmos esse caos em que nossas vidas ficou rodeada. O que acha? – Encarou meus lábios.
- Eu acho que sei o que podemos fazer! – Umedeci os lábios.
- Sabe? – Josh me puxou para perto de si.
- Uhum!
Toquei na sua face e com o polegar acariciei seus lábios, desenhando-os vagarosamente. Em seguida os juntei iniciando um beijo demorado e caloroso, Josh massageou minha cintura enquanto desfrutamos do gosto que nossos lábios transmitiam.
Ficamos alguns segundos naquela posição.
Desvencilhamos nosso lábios em meio a selinhos e logo depois eu o abracei fortemente como se precisasse dele para resolver meus problemas.
- Obrigado por me dar a oportunidade de te conhecer melhor! – Comentei ainda com os braços ao redor do seu corpo.
- Você é uma pessoa que age com transparência em certos casos, acredito que ela não foi concebida a você atoa. – Josh afagou meus cabelos – Prometa pra mim uma coisa?
- O que quiser! – Me afastei para encara-lo.
- Independente do que for acontecer pela frente ficaremos juntos?
Josh é um cara admirável e não foi por acaso que meu santo bateu com o dele, assim logo de cara.
- Agora que eu tenho meu Duende de volta é que vou grudar em você que nem chiclete! – disse fazendo-o rir.
- Isso é bom. – Me puxou para outro beijo.
Notas Finais
Como se sentem?
E o que acharam da volta do casal Nosh?
Ahhhh cada capítulo postado me dói, porém fico feliz porque preparei duas surpresas pra vocês amores 💖
Até o próximo capítulo, kisses ✝
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