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02 | VOLKOV

O céu sobre Londres se transformou em um cobertor de nuvens escuras, lançando o tipo de escuridão que fazia parecer uma noite chuvosa de novembro, embora fosse apenas meio da tarde. O Ritz Hotel se erguia imponente contra o cenário sombrio, cercado por um tipo diferente de atenção — policiais da Polícia Metropolitana de Londres haviam isolado o quarteirão inteiro, enquanto alguns agentes do MI5 à paisana estavam discretamente perto da entrada, observando os civis lá dentro com suspeita medida.

Dentro do Ritz, Beck estava sentada sozinha em um banco de bar, com as costas retas, sua postura elegante, mas relaxada. A área do bar estava quase vazia, exceto por alguns hóspedes inquietos do hotel que estavam mais preocupados com suas agendas interrompidas do que com a presença ameaçadora da polícia. Beck, por outro lado, parecia imperturbável. Ela havia trocado de roupa para algo leve depois de fazer o check-in mais cedo — uma camisa branca impecável, mangas casualmente enroladas, combinada com calças largas em um tom quase idêntico. Sua bebida preferida — um Old Fashioned — estava na frente dela, o líquido âmbar refletindo a luz fraca enquanto ela levantava o copo para um gole lento. Ela chamou a atenção do barman e afastou o copo ligeiramente.

— Mais um, por favor — ela disse com um leve sorriso. O barman assentiu e começou a trabalhar, suas mãos se movendo com precisão, acostumado a servir bebidas aos ricos que passavam. Enquanto ele deslizava o segundo, ou terceiro, Old Fashioned recém-feito pelo bar, Beck se inclinou um pouco, sua curiosidade honestamente aguçada pela comoção do lado de fora — Então... — ela disse, sua voz baixa cortando o silêncio — O que aconteceu?

O barman parou por um momento, olhando para ela antes de apoiar os cotovelos na bancada e olhar ao redor. Sua voz caiu para um sussurro conspiratório, ainda que a tensão do momento fizesse parecer mais uma precaução necessária.

— Alguém matou Anatoly Volkov.

O aperto de Beck no copo afrouxou, mas seu rosto permaneceu composto.

— Volkov? — ela repetiu. O nome tinha um jeito de permanecer em sua mente, como um gosto residual que ela particularmente não gostava. Volkov não tinha um bom histórico.

O barman assentiu.

— Sim. Bem aqui, no restaurante.

Beck olhou para a entrada do bar, onde dois policiais estavam conversando com a equipe do hotel, suas cabeças abaixadas em sussurros sérios. Ela se virou para sua bebida, escondendo o fato de que sabia exatamente quem era Volkov e como ele havia morrido — um espião russo com mais inimigos do que qualquer um poderia contar.

Ela estava prestes a tomar outro gole quando notou um policial se separando do grupo e indo em sua direção, seu olhar fixo nela. Sua mente disparou. Por que o olhar nela? Beck não queria mais atenção do que já tinha, e o passo determinado do policial deixou claro que ela não era apenas mais uma hóspede para ele. Antes que ela pudesse pensar em uma maneira de sair silenciosamente, uma figura chamou sua atenção.

Uma mulher loira entrou no bar, usando um vestido claro que se agarrava a ela em todos os lugares certos, seu cabelo macio e ondulado, como algo de um filme antigo de Hollywood. Seus óculos de sol redondos e vintage escondiam seus olhos, mas sua confiança enquanto ela se movia pelo ambiente era inconfundível. Ela era uma visão — uma que não pertencia ao meio de uma investigação de assassinato, mas estava lá, tão curiosa quanto Beck sobre o bloqueio repentino do hotel.

Quando o policial se aproximou, a loira sentou-se ao lado de Beck no bar, inclinando-se casualmente contra ela, tocando sua pele, como se estivesse lá o tempo todo. O policial diminuiu o ritmo, claramente sem saber o que fazer com a situação, e limpou a garganta, olhando entre as duas.

— Vocês dois estão juntas? — o policial perguntou, sua voz alta.

Sem perder o ritmo, Beck se virou para a loira e, antes que a mulher pudesse dar a resposta que tinha tomado sua mente, deslizou o braço em volta da cintura dela, puxando-a para perto como se tudo isso fosse parte de um dia normal. Como se ela fizesse isso o tempo todo.

— Estamos — Taylor disse suavemente, dando ao policial um sorriso charmoso e ensaiado. A mulher não ficou tensa, nem foi pega de surpresa. Parecia planejado, e ela agiu sem esforço, se encaixando como se fossem o casal perfeito há eras. Ela sorriu para o policial, levantando os óculos escuros para revelar olhos azuis impossivelmente claros, sua expressão serena.

O policial, momentaneamente desconcertado pela intimidade repentina, pareceu reconsiderar qualquer linha de questionamento que ele havia preparado.

— Ok — ele disse, olhando para as duas mulheres — Bem, precisamos falar com vocês duas antes de sairmos do local. Estamos fazendo isso com todos os hóspedes, só para ver se alguém viu algo suspeito.

— Claro — Taylor disse, seu sorriso nunca vacilando — Estaremos bem aqui.

O policial deu a elas um último olhar cauteloso antes de recuar, não exatamente confortável, mas também não disposto a pressionar mais ainda.

Assim que ele saiu, a loira se afastou um pouco, virando-se para Beck com um sorriso no canto dos lábios.

— Obrigado por isso, amor — a voz de Beck quase se arrastou, e Taylor pôde ouvir por mais do que um segundo o sotaque claro de Los Angeles vindo da garota.

— Você não parece ser do tipo que se opõe.

— Não mesmo — a loira soltou uma risada suave, seus olhos brilhando de diversão, e Beck continuou — Eu tive que pensar rápido quando vi o que você estava fazendo — Beck disse, soltando-a.

— Achei que você preferia brincar de casinha do que ser arrastada para uma investigação de assassinato. Eu estava te observando do outro lado. E, bem, sorte sua que... — a loira disse, ajustando seus óculos escuros — Eu não sou uma esposa terrível.

— Sorte a minha — Beck riu, erguendo seu copo em um brinde falso.

— Então... — a loira se inclinou para mais perto, abaixando sua voz — Você sabe quem morreu?

— Não realmente — o sorriso de Beck vacilou por apenas uma fração de segundo, mas foi o suficiente para ser notável — Você sabe?

— Um cara chamado Volkov — a loira deu de ombros, e então pegou o Old Fashioned de Beck e sorveu um gole — Meu nome é Taylor, a propósito.

— Beck.

— Bem, Beck... — Taylor disse, colocando o copo na mesa e se ajeitando no banquinho ao lado dela — Se vamos fingir que estamos casadas, deveríamos pelo menos contar nossa história direito.

— Acho que isso não vai ser um problema.

*

Taylor estava perto da janela, de costas para Beck, espiando através das cortinas meio fechadas a cena abaixo. O brilho suave das luzes da rua e o movimento fraco de figuras do lado de fora davam à cidade uma qualidade quase onírica. A polícia metropolitana, os agentes do MI5 e a segurança do hotel continuavam seus negócios lá embaixo, alheios às duas mulheres que tinham subido as escadas sem serem notadas, esquecendo o interrogatório quando o agente no bar sumiu pelo salão contrário.

O pulso de Taylor ainda estava acelerado, embora não de medo. Ela estava alerta, conectada de uma forma que tinha um pouco a ver com o perigo que havia se dedicado recentemente derrubando Volkov no meio de um restaurante de hotel lotado, e tudo a ver com a mulher sentada na cama da suíte suíte do Ritz. Beck. O nome parecia estranho em seus lábios, curto demais, que parecia em desacordo com as correntes de eletricidade que ela sentia. Fazia apenas alguns minutos desde que se conheceram, mas algo não dito já havia passado entre es duas.

Os olhos de Beck nunca a deixaram. Ela se movia com uma graça honesta, seu corpo relaxado contra a borda da cama, mas seu olhar era tudo menos isso. Intenso, calculista, seus olhos olham seguindo cada lampejo do movimento de Taylor. Sua voz cortou o silêncio, calma, mas com uma corrente oculta de conhecimento que deixou Taylor muito nervoso.

— Esse Volkov está em Londres há alguns meses — a voz de Beck soou firme, com um peso por trás dela, um conhecimento que Taylor não conseguiu identificar. Beck não falou como alguém pega em um incidente policial aleatório. Ela falou como alguém que sabia exatamente o que tinha acontecido e por quê. No caminho para o quarto, ela tinha se tocado que Volkov era Anatoly, ou pelo menos fingiu que tinha feito a conexão naquele momento. Taylor comprou a história.

— Vingança pela morte de um dos agentes que ele derrubou, talvez? — a mais nova caminhou em direção a Beck — Apesar que a CIA está atrás dele há anos, então parece estranho que seja só isso.

Beck deu de ombros levemente, seus lábios se curvaram em um breve sorriso.

— Talvez. Ou talvez nunca seja tão simples — ela encontrou o olhar de Taylor, sua expressão ilegível, que deu espaço para um movimento de ombros e um aceno de cabeça — Eu leio a revista Time. As histórias são sempre essas.

Uma mentira. Taylor sabia. Mas foi dito tão suavemente, tão sem esforço, que passou quase despercebido. Ela estreitou os olhos, ainda assim optou por não pressionar mais.

Taylor tinha atravessado a sala um minuto antes, deixando a distância para trás até ficar ao lado de Beck, a proximidade acendendo um calor que não tinha nada a ver com o clima lá fora. Ela estava perto demais, mas Beck não se moveu, não vacilou. Ela simplesmente ficou sentada ali, os olhos fixos em Taylor. Bem, até que Beck se levantou abruptamente, quebrando o momento. Ela cruzou o quarto e abriu sua mala de roupa no chão, que não tinha sido desfeita, tirando uma jaqueta de couro e jogando-a por cima do ombro.

— Vamos sair daqui — ela disse, seu tom mais como um convite do que uma ordem — Fabric. Já foi?

Taylor piscou, momentaneamente pega de surpresa. Ela não tinha certeza se esperava que Beck a convidasse para ficar ou para ir embora. De qualquer forma, ela se pegou concordando, a curiosidade dominando qualquer instinto de resistência.

Elas saíram do quarto sem serem notadas, serpenteando pelos corredores estreitos e descendo pela saída lateral do hotel para evitar os olhos atentos da polícia ainda reunida no saguão. Lá fora, a noite já tinha caído e parecia viva, barulhenta com a energia de uma cidade velha que nunca dormia de verdade.

As ruas passaram por elas enquanto Beck tomou à frente, conhecendo o caminho e navegando pelas ruas de Londres como se conhecesse cada canto da cidade. Taylor permaneceu com sua mente acelerada.

Na Fabric, o lado de dentro era barulhento. No momento em que passaram pelas portas, o zumbido da música atingiu as duas como uma onda, com o chão parecendo vibrar sob seus pés. A multidão era densa, corpos específicos e juntos na iluminação fraca, movendo-se como um só ao ritmo da música. O calor era sufocante, o ar encharcado de suor e o cheiro de álcool. Beck se esquivou dos caras cheirando cocaína na entrada, e então passou direito pela nuvem das pessoas fumando perto de uma pilastra.

Beck se moveu facilmente pela multidão, sua mão roçando levemente o pulso de Taylor enquanto a conduzia em direção ao bar. O toque foi sutil, fugaz, mas o suficiente para causar um arrepio na espinha de Taylor. Ela engoliu em seco, tentando ignorar a forma como sua pele parecia formigar com o contato.

Beck pediu tequila — pura, sem acompanhamento — e deslizou um dos copos pela bancada para Taylor.

— A novos começos — ela disse, erguendo o copo em um brinde, seus olhos nunca deixando os de Taylor.

Taylor levantou seu copo em resposta, hesitando por um momento antes de virar a dose. A queimação mal foi registrada quando ela pousou o copo de volta na bancada, sua mente muito ocupada pela mulher na frente dela.

A música mudou, a batida aumentando, algo rápido, o tipo de ritmo que tornava impossível não se mover. O olhar de Beck mudou também, dessa vez para a pista de dança, depois de volta para Taylor, um pequeno sorriso puxando o canto de seus lábios.

— Vamos — Beck disse, se aproximando — Vamos ver o que você tem.

Taylor hesitou por uma fração de segundo, mas então a mão de Beck estava sobre a dela novamente, puxando-a na direção ao centro da pista da Fabric. A multidão se envolvendo por inteiro, corpos inspirados em todos os lados, mas tudo o que Taylor conseguiu sentir era Beck.

A música martelava nos ouvidos de Taylor, abafando todos os outros pensamentos. Beck se moveu bem, seu corpo balançando no ritmo da batida, suas mãos encontrando os quadris de Taylor, guiando-a. Taylor a observou, seu corpo respondendo antes que sua mente pudesse alcançá-la. Ela estava perto — perto demais — mas não se afastou.

Os lábios de Beck encontraram a orelha de Taylor, sua respiração quente contra sua pele.

— Eu posso sentir seu coração acelerado — ela sussurrou, sua voz áspera, quase inaudível sobre a música.

A respiração de Taylor ficou presa na garganta, seu pulso martelando em seu peito. Ela inclinou a cabeça progressivamente, seus lábios roçando o pescoço de Beck enquanto sussurrava de volta.

— Ótimo.

O mundo ao redor delas desapareceu, estreitando-se para o espaço entre as duas — o calor do corpo de Beck, o peso de suas mãos, a atração que vinha crescendo desde o momento em que se conheceram. Era perigoso, imprudente, mas Taylor não se importava. Não naquela noite.

— Fique comigo — Beck murmurou, seus lábios roçando a pele do pescoço de Taylor — E eu vou garantir que isso nunca pare. Que seu coração nunca desacelere.

— Promete? — a pergunta saiu quase sussurrada, e frágil demais.

Beck assentiu, seus dedos apertando a cintura de Taylor, aterrando as duas.

— Prometo.

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