Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6

— Você conhecia Rose Johnson? — Sarah encarou Henry, que pacientemente dava mais um gole na cerveja.

— Isso é um interrogatório detetive? Talvez você precise de papel e caneta.

— Talvez, mas não agora...

— Certo… 

Henry não parecia nenhum pouco desconfortável em relatar a noite que conhecera Rose. A frieza e dissimulação no tom de voz do homem, seria capaz de impressionar qualquer um que soubesse da verdade.

— Paul é meu amigo de infância e sempre que posso, dou uma ida lá no bar. — Ele se ajeitou no banco, virando seu corpo para que pudesse ficar de frente para a detetive, apoiando o braço que segura a garrafa no encosto — A última vez que fui ao House Dear's, acabei entrando numa briga por causa dessa moça. 

— Eu li o depoimento. O dono relatou que houve um desentendimento entre alguns clientes, mas que aquilo era comum e não citou nomes.

— Brigas em bar serão sempre comuns, detetive… Enfim, eu voltava do banheiro quando percebi que um grupo de bêbados assediava a garçonete. Parei do lado dela e perguntei se tava tudo bem; por mais que eu soubesse que não. Um deles me afrontou e perguntou se eu queria participar da festa com a "putinha", então foi nessa hora que acabei dando um soco na cara do idiota.

Sarah deixou uma risada em forma de sopro escapar pelo nariz, enquanto balançava a cabeça negativamente.

— Você chegou a vê-los saindo depois?

— Infelizmente não. Paul detesta brigas lá no House e não permite que elas se prolonguem. Quando ele chegou o circo já tava armado, por ser meu amigo e sabendo que o conheço bem, me pediu para ir embora.

— E você foi?

— Eu saí do bar, e já destrancava meu carro, quando senti alguém me puxar pelo braço. Virei e vi a garçonete me olhando, como se quisesse me matar.

— Como assim? — Sarah olhou confusa para Henry — Porque ela ia querer te matar?

— Eu fiz essa mesma pergunta mentalmente, enquanto ela me fuzilava com os olhos, mas pelo que entendi, acabei estragando a "gorjeta extra" dela, se é que a senhorita me entende. — Henry se levantou e caminhou em direção a porta da recepção. Sarah com o semblante ainda incrédulo, seguiu o homem.

— Então você está me dizendo que ela… 

A detetive trocou um breve olhar com Henry, que assentiu com a cabeça, confirmando o que ela estava pensando. A mulher parou na escada, escorando no corrimão, enquanto o homem pegava um molho de chaves no balcão.

— No fim das contas, ela acabou voltando para dentro do House e eu vim embora. Depois, vi no noticiário que ela estava desaparecida...

— …e morta.

Henry caminhou até a escada, subindo dois degraus e parando em frente a Sarah.

— Escolhas erradas sempre tem consequências, detetive. Mulheres que pertencem a esse mundo de prostituição, estão a mercê de vários tipos de homens, inclusive os cruéis. 

— Com certeza... 

— Agora, vamos subir? Já está tarde e eu ainda preciso recolher algumas roupas de cama.

O homem se afastou, dando passagem para Sarah, seguindo-a no mesmo instante. Ele repousou sua mão na base das costas da mulher suavemente, arrancando um suspiro involuntário.

Henry finalmente foi para o quarto depois da conversa com a detetive. O homem tirou suas roupas deixando-as cair em qualquer canto, enquanto caminhava em direção ao banheiro. Com as duas mãos apoiadas na parede, ele encarava o chão; A medida que a água escorria por seu corpo, lembranças invadiam sua a mente, e mesmo sem ser possível notar, uma lágrima rolava, se camuflando em seu rosto já molhado.

A noite estava fria. Lá fora, a luz da lua refletia nas águas serenas do lago, que cercava a propriedade. Quase nada se ouvia ali além do cricrilar dos grilos e, o uivo do vento.

Ajoelhado no chão, eu chorava incontrolavelmente, agarrado ao pequeno corpo, já sem vida, da mulher que eu amava.

— Me perdoa, me perdoa… — Eu repetia a mesma frase várias vezes, em meio aos soluços, enquanto afagava os cabelos loiros dela, tingindo-os de vermelho aos poucos, devido ao sangue em minhas mãos. — Por que você fez isso Julie? 

Fechei os olhos colando meus lábios uma última vez nos dela, já pálidos, deixando as lágrimas rolarem por meu rosto. Lentamente, repousei seu corpo  no chão, em meio a poça de sangue que havia se formado ali. 

Me levantei, soltando a faca que ainda estava em minhas mãos e, andei até uma pequena mesa de centro que ficava entre os sofás da sala. Me curvei, e peguei meu copo de wisky, tomando o resto do líquido em um só gole. Como se estivesse anestesiado, abri a porta, e caminhei para fora da propriedade, descendo as escadas da varanda, sem me incomodar com o vento gélido da noite.

As veias de meus braços saltavam, devido o esforço feito por mais de uma hora. Parado na beirada do buraco que eu acabara de cavar, analisei o lugar por alguns segundos enquanto tentava recuperar o fôlego. Em seguida, joguei a pá em cima do monte de terra ao meu lado e voltei para dentro da propriedade. 

Novamente na sala, peguei Julie nos braços, levando-a em direção à cova. A camisola rosê de seda que ela usava, estava completamente tomada pelo sangue que minava das feridas, causadas pelos golpes de faca em seu ventre.

Meu corpo tremia involuntariamente a cada passo dado. A dor era visível em meus olhos. Inalando profundamente os cabelos de Julie, tentando gravar seu cheiro na minha memória, me curvei e joguei o corpo da mulher no buraco, pegando logo em seguida a pá e cobrindo-a com terra. 

Parado em frente ao lago, tirei a camisa totalmente suja de terra e sangue, passando por todo meu rosto, limpando o suor que escorria nas laterais da cabeça e na testa. Puxei o celular do bolso traseiro do jeans, deslizando o polegar sobre a tela, clicando em um dos últimos números discados e coloquei para chamar.

— Motel Ander's — A voz rouca, já gasta pelo tempo, mas ainda assim tão familiar para mim, me fez fechar os olhos, tentando controlar as lágrimas que embaçavam minha visão.

— Pai, aqui é o Henry...

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro