Capítulo 9
Quando a manhã de segunda-feira chegou e Érica entrou na cantina para tomar o pequeno-almoço, o grupinho já estava a comer. Ou talvez "comer" não fosse bem a melhor maneira de o descrever. Márcio e Eduardo estavam sentados lado a lado, ambos com os pratos intocados, sussurrando entre eles. Anastácia olhava a comida, mas não fazia qualquer movimento para a ingerir, absorta em pensamentos. E Alma apenas cortava o bacon em pedaços cada vez mais pequenos, adiando o momento em que se teria de decidir a engoli-lo.
Quando repararam em Érica, calaram-se em uníssono e viraram-se para a olhar. Ela encolheu-se, incomodada por ter tantos olhos sobre si, mas isso não a impediu de se sentar num dos lugares livres.
–Que foi? Aconteceu alguma coisa?
Tudo de uma vez, como uma barragem quebrada que agora vertia, começaram todos a falar por cima uns dos outros. Érica quase saltou de susto! Eles atropelavam-se com palavras, e era difícil discernir qualquer mensagem por entre aquela cacofonia. Harlan puxou uma cadeira e sentou-se ao lado dela, com aquele olhar desaprovador que ultimamente tinha andado a aperfeiçoar. O maldito ainda não sabia o que ela tinha feito e já estava a julgar.
–Apanhei "magia", "assombrado" e "má ideia". Podem repetir tudo, mas mais devagar e, por favor, um de cada vez?
–Estávamos a brincar com o tabuleiro de Ouija, na noite de Halloween...
Érica riu-se. –Isso é uma péssima ideia. A escola está assombrada!
Márcio riu-se. –Nós reparamos.
Alma abanou a cabeça. –Mostraste-nos o sótão, certo? E sabes aquele caderninho que eu encontrei lá em cima? Resumidamente, isso pertencia a um espírito que assombra a escola, que foi morto por magia e que agora quer que nós continuemos a praticá-la.
Harlan deu-lhe um pontapé tão forte, debaixo da mesa, que ela tinha receio que os outros o pudessem ter ouvido.
–Estão a dizer que...
–Que a escola está assombrada, –respondeu Alma. –Tipo, mesmo. A prancheta mexeu-se sozinha, sem ninguém lhe tocar!
–O problema nem foi a prancheta, Alma, –disse Márcio, agressivo. –Esse "espírito" trancou-nos lá em cima.
Harlan pontapeou-a novamente, com ainda mais força. Fingindo incredulidade, perguntou –Como assim? –ao grupo. Mas a verdade é que ele sabia exatamente do que Érica era capaz, e aquilo nem sequer seria a primeira vez que trancava alunos no sótão.
–As escadas que dão cá para baixo só dão para abrir por fora, –explicou Alma, mais baixinho para evitar chamar a atenção dos alunos nas mesas ao lado. –E alguém as fechou.
–Como é que saíram?
Eduardo encolheu os ombros. –Depois de ter o que queria, voltou a abri-las para nos deixar sair.
Por isso, Harlan não a pontapeou. Mas percebia-se perfeitamente, pelos olhares pouco discretos que lhe lançava, que o queria mesmo fazer.
–Já têm idade suficiente para saber que fantasmas não são reais, que são só contos de criança, –disse Harlan, tentando desconversar.
Márcio inclinou-se sobre a mesa para o ameaçar. –Se estivesses lá, lorpa, se tivesses visto o que nós vimos, também acreditavas.
Harlan levantou uma sobrancelha. –Duvido.
Márcio não fazia ideia do erro que estava a cometer ao desafiar Harlan. Alma escondeu mal o seu riso.
–Sabes aqueles sonhos que tenho tido? –Anastácia virou-se para Érica, que lhe acenou que sim. –Esta é a pessoa com que eu tenho sonhado, aquela que eu vi morrer um montão de vezes num montão de pesadelos. O nome dela é Arabela.
Harlan olhou diretamente para Érica, já nem tentando esconder a sua irritação com ela. Que bem faria, neste momento, ser descoberta? Por isso foi a vez dela o pontapear.
–Eu não tinha a certeza se estes sonhos significavam alguma coisa ou não, mas agora sei que são reais. E ela agora quer que façamos magia, a mesma magia que a matou, e eu quero que fique registado que eu continuo a achar que isso é má ideia! –Disse-o para Alma, claramente, mas a outra só revirou os olhos.
–E que opções tenho? Irritar o espírito maléfico ou fazer magia. Quais dessas parece ser mais segura?
–Espera. O fantasma disse-vos para fazer magia? –perguntou Harlan. Desta vez nem teve de fingir perplexidade.
Anastácia acenou com a cabeça. –Diz que ela não o pode fazer, mas que nós podemos. Talvez ache que lhe seremos úteis? Eu honestamente não sei como os fantasmas funcionam.
–Acho que ninguém sabe, –respondeu Eduardo. –Eu vou continuar à procura nos livros a ver se há alguma coisa. Mas entretanto acho que devíamos fazer o que ela quer.
–Vocês os dois não estavam lá, e portanto não é problema vosso, –disse Anastácia. –Se dependesse de mim, dir-vos-ia para fugirem o mais para longe que puderem até nós conseguirmos resolver isto.
–Pois, devíamo-nos manter fora disto, –disse Harlan, muito irritado, virado completamente para Érica.
Mas ela só se riu. –Não sei, não. Eu talvez saiba umas coisitas de magia.
Desta vez, antes que Harlan a pudesse pontapear, ela deixou que as suas pernas ficassem etéreas. O pé dele simplesmente as atravessou, indo dar, com um baque sonoro, à perna da cadeira dela. Foi preciso todo o autocontrolo de Érica para não se desatar a rir da expressão que Harlan fazia enquanto tentava controlar a raiva.
–A sério?
–Como?
Érica encolheu os ombros. –É uma longa, longa história que eu não vou contar. Mas sei umas coisinhas e, se quiserem aprender, eu posso dar-vos umas luzes.
–Estou fora, –disse Márcio, imediatamente, e Anastácia não demorou a concordar com ele.
–Isso a mim parece-me uma magnífica ideia, –disse o loirinho.
Alma concordou. –Não vejo opção melhor. Mas se achas que eu não te vou conseguir arrancar a razão para saberes magia, estás muito enganada.
Ela sorriu. –Boa sorte com isso. –Depois levantou-se da mesa. Olhou para Harlan, que estava praticamente a deitar fumo para as orelhas, e ele levantou-se também. –Bem, eu tenho umas coisas a tratar antes da aula e, por isso, hoje não vai dar. Decidam entre vocês como vai ser, está?
–Eu vou contigo, –disse Harlan, com aquele tom escuro de voz que a avisava de que o Inferno estava para vir.
Ela encolheu os ombros, fingindo-se despreocupada. Só o queria desviar dos colegas, honestamente, a fim de reduzir o dano colateral. –Como queiras. Vejo-vos a vós na aula?
Sem esperar por resposta, virou-se para sair da cantina para o átrio e do átrio para um dos corredores, com Harlan seguindo-a bem de perto. Ele era uma bomba da qual o fusível já tinha sido aceso. Ultrapassou-a e começou a andar de costas para a poder olhar enquanto falava.
–O que é que foste fazer, Érica?
–Aqui não, Harlan, –sibilou ela, procurando uma sala cuja porta estivesse destrancada. Olhou em volta para garantir que não estavam a ser ouvidos.
Ele cruzou os braços e mufou. –Não pensaste sequer nas consequências, pois não? –sussurrou. –Tu nunca pensas nas consequências!
–Aqui não! –repetiu. Conseguiu a porta de uma sala, ainda vazia àquela hora da manhã, e gesticulou para que ele entrasse. Se fossem ouvidos, teria que arranjar uma forma de explicar a conversa e, honestamente, não estava para isso.
Harlan nem esperou que ela trancasse a porta, nem que fechasse os estores nem nada, antes de começar a gritar toda a raiva que tinha.
–Conta lá tudo! O que é que fizeste desta vez? Disseste-lhes como entrar no sótão, deste-lhes uma tábua de Ouija e depois assustaste-os tanto que Márcio quase mijou as calças só de falar disso? E ainda por cima, –gritou, aproximando-se dela para lhe espetar o indicador no peito. –Ainda por cima contaste-lhes sobre Arabela? Fingiste que eras ela?
Ela não reagiu. Não valia a pena, realmente; ele acabava sempre por se acalmar. Para já, andava de um lado para o outro, veloz, com os dedos a despentear-lhe o cabelo e os óculos seguros na mão com que gesticulava.
–Nós não íamos mais falar sobre isso! Não era suposto falares sobre isso. E ainda, quê, queres obrigá-los a fazer magia? –exclamou.
Érica sentou-se sobre uma das secretárias, com os pés balouçando sobre o chão, sem sequer olhar o demónio irado com que partilhava a sala. Harlan não gostou nada que ela não reagisse, e virou-se todo para ela, com os olhos muito abertos e o cabelo despenteado de um louco.
–Por favor pelo menos diz-me que tens uma razão para isso!
–Primeiro de tudo, não fui eu que lhes dei o tabuleiro de Ouija.
–Isso não importa!
–E segundo, –continuou, impedindo-o de falar, –eu não lhes contei nada sobre Arabela. Népia. Isso foi tudo Anastácia, a maldita reencarnada, foi tudo o trabalhinho dela.
Isso fê-lo parar de gesticular para, pelo menos um momento, olhar para ela. Mas não foi propriamente o suficiente para o acalmar.
–Não é desculpa! Tu fingiste que eras ela, Érica, e usaste isso para os aterrorizar e obrigar a fazer magia. Porquê?
–Honestamente? Estava aborrecida.
–Estavas aborrecida! –gritou ele, incrédulo. Atirou os braços ao ar, a raiva a transformar-se em desespero. –Tu és horrível, Érica, se isto é a tua ideia de entretenimento!
Ele tinha sempre aquele jeitinho de a fazer sentir culpada. Érica ajeitou a saia do uniforme, desconfortável, e deixou de balançar as pernas ainda pendentes da mesa. Achava que o silêncio seria a melhor resposta para a ira dele. Bem, pelo menos achou-o, a princípio, antes de ele começar a ficar com a cara ainda mais vermelha e a abanar os braços no ar. Saíam sons da boca dele, sim, mas ainda estavam longe de ser palavras. Poderia ser que o calor da raiva lhe tivesse finalmente frito os neurónios!
Eventualmente, aos poucos, ele foi baixando os braços. Baixou os olhos para o chão, alargando a gravatinha do uniforme. Estava mole, agora, como se a sua força tivesse sido drenada junto com a raiva, e teve que puxar uma cadeira para se sentar.
–Porque é que os quiseste convencer a fazer magia? Eles vão-se magoar.
–Porque eles podem, e nós não. Foi a magia que nos pôs nesta alhada, e infernos se não é ela que nos vai libertar! E... eu sei, –admitiu.
Isso fê-lo olhar para ela. Érica não pôde olhá-lo de volta.
–Eu sei que é perigoso, –corrigiu. –Por isso é que os vou ajudar. Juro-te que não lhes vai acontecer o que nos aconteceu a nós.
Harlan abanou a cabeça. –Tu não podes prometer isso, Érica. Não é seguro, e tu sabe-lo, e arrastaste-os para isto.
–Que opção tenho! –exclamou, talvez um pouco alto de mais. Aclarou a garganta, tentando controlar-se. –Eu tenho estado a trabalhar nuns feitiços. Sabes que sempre conheci melhor essa parte teórica, e não ser capaz de os realizar não me impediu de tentar, –explicou. –E... acho que é, talvez, se calhar, possível poder reverter o que nos aconteceu.
–Como?
Ela abanou a cabeça. –Ainda não sei tudo. Mas, se for como eu acho que é, vamos precisar de magia na mesma! E tu sabes perfeitamente que nós não temos vida para pagar o custo dela. –Levantou-se, avançando para ele. –Precisamos deles, Harlan.
Ele abanou a cabeça. –Nós fizemos asneira, Érica. Eu fiz a minha paz com isso. E tu, em vez disso, estás a magoar outras pessoas para te tentares salvar a ti.
–A nós! –corrigiu ela, aproximando-se dele. Harlan ainda não a olhava. –Nós vamos ambos safar-nos.
–E eles?
Érica abanou a cabeça. –Quando isto tudo estiver feito, eles podem simplesmente acabar os estudos e ir para outro sítio qualquer. Provavelmente daqui a nem uma década pensarão nisto como "aquela coisa estranha que aconteceu na minha antiga escola". Provavelmente nem será a coisa mais estranha!
Ele suspirou. –Eu... Eu confio em ti, Érica. Provavelmente estou a cometer o maior erro de sempre, ao admiti-lo, mas a verdade é que confio.
Érica não pôde evitar sorrir ao ouvi-lo.
–Disseste que foi Anastácia que lhes contou sobre Arabela?
Ela acenou com a cabeça. –Sim. E sobre nós, também. Sobre tudo.
–Sobre nós?
–Relaxa, –disse ela, puxando uma cadeira para se sentar a seu lado. –Não sabe os nossos nomes, e não sabem quem nós somos. Acho que foram tudo memórias da maldita Arabela que apareceram à reencarnada em sonhos. Ao ver magia, ela sentiu a necessidade de os avisar. A gaja tem cá uma lata... Ela é que nos estraga o feitiço, e depois quer-nos foder quando estamos a tentar resolver o problema que ela criou!
Harlan sorriu, um daqueles sorrisos tristes que escondiam tanto, mas não disse mais nada.
–Eu volto a roubar o diário de sonhos. Pode ser que tenha lá algo de útil.
–Pode ser, pode. –Depois pensou mais fundo, e disse –Mas isso não explica porque é que eles disseram que o "fantasma" era Arabela.
Ele devia-a conhecer mesmo muito bem porque, ainda antes de Érica ter decidido qual expressão iria fingir, já ele a olhava exasperado.
–Eu logo vi que não podias ser completamente inocente.
Ela riu-se. –Não o pude evitar!
–Mas porquê?
Hesitou. –Bem, queria ver como Anastácia reagiria, –disse. Aquilo não era mentira nenhuma. –E... acho que queria contar a alguém. Eu sei que não lhes posso contar nada, não te preocupes, mas nós os dois nunca falamos disso e não há mais ninguém com que... –suspirou. Olhou os sapatos, incapaz de erguer o olhar para o fitar, e até tinha dificuldade em manter a voz audível. Perguntou-se se foi por não querer que ele a ouvisse. –Para bem ou para mal, Arabela voltou, e eu tenho a certeza absoluta que é suposto haver alguma razão para isso. Será que é para refazer o ritual, só que direito desta vez?
–Se o tentares, Anastácia vai morrer, Érica. Nós não a podemos ajudar com a magia, tem de ser tudo ela, e com...
–Eu sei. –Tanto quanto ela queria saber, Arabela podia ir ao Inferno e voltar, como Harlan fez depois de ela foder o feitiço, e Érica pouco se importaria. Era tão difícil diferenciar Anastácia de Arabela, mas ela sabia que havia ali uma diferença qualquer, e ainda não estava disposto a fazer nada de drástico por essa simples razão. Suspirou. –É só que eu tenho estado a revirar aquilo na minha cabeça, e depois de ouvir o relato todo da boca da reencarnada, ainda estou mais fixada nisso. Será que ela... será que nós... será que eu...
Harlan pousou-lhe uma mão nas costas. –Por favor não fales nisso. Não vale a pena.
Ela sentiu uma racha a formar-se no seu coração e a espalhar-se aos poucos.
–Não há nada que possamos fazer sobre isso agora.
–Claro que há. Tem de haver! Se não for desta forma, vai ser de outra qualquer, e eu vou descobrir como. Tu estás louco, se achas que eu vou desistir! –Ela só queria ter a hipótese de voltar a sair da escola, pelo menos uma vez. De cheirar os pinhais que se estendiam do outro lado das vedações, de voltar a ver o mar, de poder escapar dali sem que todo o seu ser fosse arrancado molécula a molécula e forçado a voltar para o sítio onde morreu. Segurou a humidade que lhe assolava os olhos. –Eu quero ter a hipótese de viver, Harlan. De ter uma vida, amigos, quiçá família... de morrer velha e feliz, não na porra de um armazém de colégio assassinada por alguém em que confiava.
–Ela não te assassinou, Érica. Ela só...
O olhar que ela lhe lançou fez Harlan calar-se.
–Tem de haver solução, –repetiu ela.
–E se não houver? –Ele disse aquilo mais baixo que um sussurro, mas isso não a impediu de se virar para ele de repente, surpreendida e traída. Harlan baixou os olhos, mas explicou-se. –Estás agarrada a uma falsa esperança. Estás obcecada, e estás a perder o siso a cada ano que passa. Foi assim logo no início, com aqueles símbolos egípcios que encontraste num calhamaço qualquer. E depois durante funeral de Arabela, e depois as cartas que lhe escreveram, e depois a ideia que...
–Isto é diferente! Desta vez, tenho Arabela.
–Não é, –disse ele, calmíssimo. Isso só a enfuriou mais.
–Chamas-me louca, mas quem é que, no seu perfeito juízo, quereria aqui ficar para sempre? E o que acontece quando esta maldita escola deixar de existir, uh? –Levantou-se de rompante, escapando à mão que ele lhe tentava pousar sobre o ombro para a acalmar. –Deixamos de existir com ela? Ficamos aqui sobre um monte de terra deserto, a enlouquecer aos poucos? Ou será que voltamos àquele sítio onde...
–Não te atrevas a falar disso. Tu não foste lá.
A voz dela estava embargada com as lágrimas que ela segurava. –Fica lá com os teus livros e as tuas histórias e as tuas boas memórias de Arabela, se quiseres! –gritou. –Eu vou descobrir como sair daqui e, se tu quiseres ficar para trás, fica à vontade!
–Eu não duvido que consigas, Érica, –disse ele, levantando-se.
–Então qual é o problema?
–É que tu vais magoar outras pessoas para o conseguir! E isso não é justo para ninguém.
–E que não seja, –disse, sentindo o desespero dentro de si a endurecer numa determinação como já não sentia há muito tempo. –Se eu precisar de arrancar as entranhas de Arabela eu mesma, se for isso que é preciso para me libertar, eu juro por tudo o que é sagrado que será o que eu farei!
–Érica...
Ela virou-lhe as costas. Lutou com a tranca da porta antes de a conseguir abrir e de sair para o corredor, para longe dele, para longe daqueles problemas. Nem tinha tido o cuidado de confirmar se tinha sido vista ou não e, honestamente? Isso pouco lhe importava. Tinha problemas muito maiores em mãos.
.....
Nota de Autora
Surpresa! Érica é a vilã. Oh, como eu amo escrever vilões >:3 Estou a escrever isto no passado, quando o total de leitores anda entre o zero e o um negativo, então estou curiosa para saber se alguém chegou a esta conclusão antes. Ela odeia mesmo Arabela, não é? Acham que ela merece essa animosidade?
Uma das vantagens de ter um narrador com opiniões é que essas influenciam os leitores. Quem diria?~
Ah, além disso: O que é que ela quereria dizer quando referiu que Harlan foi ao Inferno e voltou? Metáfora? Algo mais literal? Ela é dramática, sim, mas...
Eu penso que o livro está a andar bem, que os capítulos mais longos estão a funcionar, e que os personagens estão a fazer o seu trabalho. Como é óbvio, a minha opinião não é assim muito neutra, então as vossas seriam muito apreciadas! Isto é apenas o 1º rascunho (1.5, porque comecei tudo do zero e descartei quase tudo antes) e, por isso, há muito por onde melhorar... mas eu não saberei como se não me ajudarem.
Com isso dito, até à próxima, meus amores. Beijinhos! ^w^
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