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Parte 8 - Narrador 2

O trânsito parece afetar as principais vias para sair do centro da cidade. O acidente afetou o fluir das ruas. O barulho das buzinas mistura-se com o barulho das sirenes das ambulâncias e carros dos bombeiros que tentam chegar ao local da ocorrência. Estamos perto de sair do centro da cidade, quando um polícia nos aborda. Tento fingir que não me apercebi, mas em vão. O polícia volta a fazer sinal para abrir a janela. Por momentos, sinto medo. Deus queira que não nos peçam identificação, penso para mim mesmo. “Bom dia senhor guarda!”, cumprimento. Ele olha para o interior da viatura e cumprimenta-nos: “Bom dia”. “O melhor caminho para fugirem deste trânsito, é seguirem pela Nacional 135”, acrescenta. Agradeço rapidamente. Sinto que levo um relógio bomba no banco de trás. Provavelmente é cedo demais para alguém dar conta da sua ausência, mas ainda assim, os nervos são inevitáveis. Nunca na vida tive necessidade de me sentir um fugitivo, um fora da lei, um clandestino à margem das regras que a sociedade dita. Escolhi seguir um caminho de retidão ao longo da minha vida, cumprindo sempre com as minhas responsabilidades, mesmo que apesar disso, nunca tenha deixado de ser livre por inteiro. A minha liberdade sempre esteve em sintonia com a minha honra, as leis e os bons costumes. A minha liberdade sempre esteve em em sintonia com a liberdade dos outros. Então não sei o que é sentir medo do livre arbítrio da sociedade. Ou não sabia, até hoje. Neste momento sinto um profundo medo do livre arbítrio social. Pela primeira vez sinto que a minha liberdade está em risco. Talvez fosse tudo mais fácil se tivesse tomado a opção acertada, ontem, quando me perguntaram se tinha algo ou alguém por quem faria sentido continuar a viver. A resposta certa seria que tenho pessoas pelas quais valeria a pena partir, como um exemplo de honra a seguir, um exemplo de justiça e sensatez. Escolhi a resposta errada, tenho de viver com ela. Com o meu estatuto social, as regalias que tenho direito, a resposta errada foi suficiente para me colocar na corda bamba, que teima em balançar. Ela balança, mas não cai. Não cai, mas não me dá a segurança de outrora. Sou um ser errante, vivendo sobre uma corda bamba que vagueia por um caminho atribulado, de emoções contraditórias, sentimentos estranhos. Quando aos setenta anos, pensamos que conhecemos tudo de nós mesmos, vem a vida, e nos mostra o verso da nossa existência. “Para onde estamos a ir?”, pergunta o jovem ao meu lado. “Para minha casa, lá estaremos bem até termos a certeza de que é seguro sair”, respondo enquanto ligo o rádio do carro para ouvir uma música que me distraia dos meus pensamentos. 

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