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Parte 5 - Narrador 4

Um penúltimo café. O último, bebo-o pela manhã, na companhia do meu filho, antes de voltar a entrar por aquelas portas adentro. Adoçam-me a boca, as últimas gotas de café com pequenas borras de açúcar mal misturadas. Adoro esta parte do café, tão prazeroso quanto todos os pequenos grandes prazeres da vida. À minha frente, um encantador homem de setenta anos olha para o fundo da sua chávena, como se ali estivesse a resposta para as suas dúvidas, para as suas inquietudes. À minha direita, a cerca de três metros, um vulto negro de rosto escondido por capuz, um foice nos braços e umas botas de ponta bicuda. Aproxima-se mais um pouco e senta-se numa cadeira vazia a meu lado. Cruza a perna direita sobre o joelho esquerdo e quando o empregado passa, olha-o apenas, sem pedir nada. Depois olha para mim e pela primeira vez posso ver-lhe o rosto, mas nesse instante opto por não o fazer e desvio o olhar para a frente, para o ar preocupado do encantador cavalheiro à minha frente. Do meu lado, aquele que veio para se tornar no meu braço direito, mantém o olhar observador sobre o meu rosto. Não preciso de estar a olhar para ele, para o sentir. Sobre a mesa, pego emprestado o maço de tabaco que não me pertence. Volto a ler-lhe as inscrições que dizem “fumar mata” e penso que esta é a altura certa para fumar, mais de trinta anos após ter fumado o meu último cigarro. Sem pedir autorização, tiro um cigarro do maço e levo-o aos lábios. Estou prestes a pedir lume, quando a mão ao meu lado me acende o cigarro, sem dizer uma única palavra. Não agradeço. Acho que seria inútil agradecer. Enquanto fumo, já sem jeito após tanto tempo sem o vício, o cavalheiro à minha frente levanta finalmente a cabeça e os seus olhos abandonam o fundo da chávena. Ainda em silêncio, pega o maço de tabaco e leva um cigarro aos lábios. Procura o isqueiro no bolso do casaco mas não o encontra. “Tem lume que me dê?”, pergunta, com um ar simpático e um sorriso forçado. “Não tenho, não fumava há mais de trinta anos, não costumo andar com isqueiros.” O cavalheiro ia a perguntar qualquer coisa quando os seus olhos se desviaram para a mesa do lado. “Não sei como o meu isqueiro foi ali parar”, disse apenas, enquanto esticou o braço para alcançar o objeto. “Então, qual o seu plano?”, perguntou por fim, com um sorriso redefinido no rosto e uma energia renovada no espírito, como se alguma força vigorosa se lhe embutisse na sua existência, naquele momento. Talvez tenha desistido do medo e tenha resolvido procurar outra coisa qualquer neste nosso momento. “O meu plano? O meu plano é beber um último café, tão saboroso quanto este, amanhã de manhã, com o meu filho. Um último café…”

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