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Parte 3 - Narrador 4

Por vezes o amor exprime-se de forma estranha. Havia agora o amor de se exprimir à porta da morte, senha cento e vinte e três na fila organizada para a morte. Quem acha a minha senha curiosa, é o meu filho. Diz que sente sempre alguma magia no ar, quando se depara com a sequência um, dois, três. Coisas dele, afirma ainda, para depois concluir: “Disparates!” Reconforto-o afirmando que não são disparates nenhuns, o pai dele já tinha esse dom de descobrir a beleza dos pormenores nas pequenas coisas, nos disparates dos outros. “Ensinou-me a fazê-lo também, partilhávamos diariamente trocas de palavras e ideias sobre coisas tão insignificantes como uma pedra arrastada pela força de um rio, sobre a história dessa pedra, o hipotético destino dessa pedra, sei lá, coisas que para os outros eram tão disparatadas”, adianto ainda. Cento e vinte e três na tela. Não preciso que a senhora da porta me chame, ela observa-me a dirigir-me rapidamente até ela e faz um sorriso pouco convincente. O meu filho agarra-me pelo braço. “Onde vais com tanta pressa? Espera, eu vou contigo, esqueceste-te?”. Viro-me para trás, olho-o nos olhos, dou-lhe um abraço de mãe, sinto o calor de um filho que se acalenta no colo de sua mãe, volto a olhar-lhe nos olhos e remato: “Não tenhas medo. Fica aqui, que eu dou conta do recado”. “Mas mãe!”, tenta ainda. “A sério, eu prefiro assim. Dá-me os teus recibos, eu domo os leões, sozinha.” Ele solta uma lágrima, que corre vagarosa no seu rosto pálido, mas cede ao meu pedido. Sabe que não usarei os recibos, que somente lhos pedi para o descansar. Mesmo assim, aceita a minha decisão. Vou de encontro à senhora que me aguarda, agora já sem o sorriso falso de há instantes. Não tem sorriso nenhum, apenas um gesto esquisito nos lábios, queixo e maxilar que em nada se parece com um sorriso. Coloca-me a mão nas costas como quem quer despachar logo a situação. Passo num corredor cheio de portas e estou a ser convidada a entrar numa porta quando do lado de fora avisto o louco cavalheiro sensato de há momentos, na sala do lado. Ele vê-me também e esboça um sorriso. Um sorriso encantador para um homem de setenta anos. Eu sorrio. Para ele e para mim mesma. Finalmente, entro na sala. Sempre que entramos nalgum lado, há certamente algo que nos espera.

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