Pressão
ᨖ 𝐄𝐯𝐚 𝐒𝐢𝐧𝐜𝐥𝐚𝐢𝐫 ᨖ
Eu golpeava emmett com toda minha fúria, acertando golpes rápidos e precisos nele sem nenhuma brecha para defesa. Meus punhos e pernas se moviam em uma sequência veloz de socos e chutes, cada um atingindo o seu corpo com força.
Em um momento de reação rápida, Emmett conseguiu contra-atacar. Disparou uma corrente, que dispunha uma afiada lâmina na ponta, em minha direção. Entretanto, eu me abaixei rapidamente e deslizei como um foguete no chão, com o piso se congelando nos meus pés, enquanto sua corrente cortante atravessava o ar em busca de onde antes estava meu corpo. O gelo no chão se sucedeu como um raio, atingindo Emmett em suas pernas e o imobilizando por um momento.
Agarrando-o por trás, eu executo friamente meu último movimento, arrancando sua coluna vertebral com minhas próprias mãos. O som dos ossos se partindo ecoou pelo ambiente enquanto o Cullen sucumbia ao meu golpe. Seu corpo caiu ao chão, sem vida, enquanto eu exibia um sorriso triunfante em meu semblante impiedoso.
— E isso foi um fatality! – ergo os meus braços para cima, fingindo exibir meus músculos.
— Isso é trapaça! – Emmett acusa, partindo seu controle no meio com raiva. Ver o Scorpion jogado no chão, depois dele passar um dia inteiro afirmando o quão bom ele era com aquele lutador foi um golpe em cheio no seu ego.
Esme o repreende do seu quarto, ao ouvir o objeto se quebrado.
— Para de chorar, donzela. – zombo, observando seu piti. — Eu tenho culpa de ser a melhor no Mortal Kombat? – me vanglorio.
— Isso porque você ainda não jogou comigo ou com Edward. – Alice argumenta, encostada no braço do sofá ao meu lado.
— Mas vocês trapaceiam! – reclamo.
— Quem está chorando agora? – o grandalhão indaga, ainda ressentido.
— Ah, quer sabe? Vou buscar algo melhor para fazer! – me levanto bruscamente.
— Vou jogar com a abelhinha, não sei porque não fiz isso antes. – diz Emmett, referindo-se a minha irmã de consideração.
— Só diz isso porque ela joga tão mal quanto você! – acuso, recebendo um soco de Bree no ombro.
— O que ele quis dizer é que eu não sou apelona. – a mais nova afirma, enquanto eu arregalava os olhos em descrença.
— Apelona? Meu Deus, vocês são muito chorões!
Eu caminho para fora da sala, ainda embasbacada com a acusação. Inacreditável!
— O Jasper está lá fora. – Alice avisa.
— Quem disse que eu ia procurar ele? – questiono, fazendo-me de indiferente. A vidente me encara de forma cética.
Que seja. Penso, enquanto corro em direção a floresta que rodeia a mansão. Eu só queria atazanar ele, como sempre. Só isso.
Sinto seu cheiro, então diminuo minha velocidade, querendo parecer menos afobada ao adentrar aquela densa mata.
— Loirinho! – cantarolo, o chamando.
— Você não vai me dar um minuto de paz, não? – indaga, no alto de uma árvore.
— Nunca, você é meu passatempo favorito. – admito com um risinho.
— Então vem me pegar, ruivinha! – desafia, me olhando de cima.
Eu tento não pensar no duplo sentido de sua frase, mas minha maturidade não permite. Meu sorriso se entorta maliciosamente.
— Você é uma pervertida! – ele acusa, incrédulo, mas seu olhar denunciava que pensara o mesmo.
— E você pensou o mesmo.
— Mas foi você quem disse! – sua resposta me provocou uma crise de riso.
— Acha que pode escapar de mim? – questiono, arqueando uma sombrancelha. – Tô indo pegar você, chapeuzinho!
— Veremos! – ele solta uma risada divertida, pulando agilmente para o próximo galho. Me encara com um brilho de desafiador em seus olhos dourados.
Cara, eu me derreto toda quando você me olha assim.
Me lancei para a copa da árvore mais próxima, tentando alcança-lo. Jasper fugia habilmente das minhas investidas, enquanto ria. Eu saltava, me equilibrava e deslizava de um ponto ao outro, tentando acompanhar seu ritmo frenético.
— Não sabia que você era tão lenta. – provoca, após desviar novamente de um ataque meu.
Eu gargalho de suas provocações, continuando a caça-lo. O Hale se movia com uma graça felina, evitando meus ataques com movimentos rápidos e ágeis. Cada vez que eu acha que estava prestes a alcança-lo, ele se esquivava habilmente. Os galhos rangiam sob os nossos pés enquanto continuávamos nossa perseguição frenética.
— Posso fazer isso o dia todo! – grito, deslizando por um galho baixo e alcançando outro mais alto. Apesar das tentativas fracassadas, minha determinação apenas aumentava cada vez que o loiro tornava aquele jogo mais difícil.
Eu me apoio sobre o mesmo galho que ele, saltando para o de cima rapidamente quando seus olhos ameaçam me avistar. Jasper me procurou ao redor, confuso com meu sumiço repentino, então eu saltei na sua frente, empurrando-o.
— Peguei você, loirinho! – digo, o prendendo contra o tronco da árvore.
— Ah, essa não! – ele dramatiza. — O que você vai fazer comigo? – eu gargalho de sua atuação simplória.
— As possibilidades são infinitas, chapeuzinho. – ironizo, vendo seu maxilar trincar. — Talvez eu te prenda e te faça implorar por misericórdia.
Suas mãos pressionam minha cintura, colando nossos corpos em um impacto alto.
— Não sou do tipo que implora. – declara, sua voz soando gradativamente mais rouca. Vi seus lábios subirem em um sorriso quase perverso e me estico, ficando a centímetros de distância do seu rosto.
— Sério? Você bem que parece um submisso de primeira. – zombo. Meus olhos estavam presos nos seus, as vezes rumando para baixo. Eu podia ver ele fazer o mesmo.
Não obtive resposta, apenas mergulhamos em um abismo de profundo silêncio. Não era um silêncio desagradável e muito menos constrangedor, mas era confortável e ao mesmo intenso. Nossos olhos estavam presos um ao outro, como se pudéssemos ler todos os nossos pensamentos simultaneamente. Era como se existisse um ímã entre nós dois, nos instigando a cortar aquela distância centímetro por centímetro.
Seus lábios chocaram-se contra o meu, de forma abrupta e intesa. Conectamos nossas bocas tão perfeitamente que pareciam ter sido feitas uma para a outra. Seus braços fortes me puxavam para si com força, enquanto eu castigava seu cabelo com meus dedos. Nossas línguas gélidas abraçaram-se uma a outra, numa dança perfeitamente imperfeita.
Existia um calor latente entre nós dois, mas não era sobre temperatura. Era como se existisse uma onda elétrica de fogo me consumindo por dentro. E bom, essa sensação era do caralho. Eu não queria parar esse momento por nada.
Com nenhuma delicadeza, Jasper me colocou no seu lugar. Senti minhas costas baterem violentamente contra a copa da árvore e eu pude jurar ouvir ela se rachando. Sua mão prendeu as minhas, acima da minha cabeça. Eu poderia lutar contra aquilo, mas eu estava entorpecida no meio de um mar de luxúria.
Senti seus lábios molhados chuparem meu pescoço, me enviando espasmos inebriantes de satisfação. Sua boca ora descia para o meu busto, ora retornava para a minha, como se fosse um viciado recaindo na sua droga preferida. Sua outra mão amassava impiedosamente cada centímetro do meu corpo. Eu gostava de como ele parecia saber exatamente como me saciar.
Senti seus dedos adentrando minha blusa, subindo de uma forma perigosa. Gelados, tanto quanto minha própria pele. O completo oposto de quando meu pai tentou fazer isso comigo quando eu era humana.
E... Que merda!
— J-Jasper, para. Para agora! – ofego, quando o desconforto começa a vir a tona. O loiro obedece, com um olhar confuso.
— Você tá bem? – pergunta, me dando um espaço.
— Eu… sim. Desculpa, eu não consigo. Foi mal! – salto para o chão, sentindo-me envergonhada. Que droga, Eva!
Ele me segue, vindo atrás de mim.
— Desculpa, eu achei que você também queria! – Jasper ainda carregava um tom confuso na sua voz, mas me encarava preocupado agora. Essa merda de empatia era a maior inimiga da minha privacidade. — Eu machuquei você?
— O quê? Não! – eu rio, com escárnio. — Não, não é sua culpa! Tira isso da sua cabeça.
— Mas o que foi então? Eu achei que você queria isso! – uma entonação irritada se misturava com a confusão de sua voz.
— Olha, eu quero, tá? Eu só não consigo… ainda!
— Eva…
— Me deixa em paz, Jasper! – peço, correndo para longe. Você tinha que lembrar dessa merda logo agora, sua estúpida?
Meu corpo colide com o dele, quando ele se coloca de forma abrupta na minha frente agarrando meu pulso. O encaro extremamente irritada com sua insistência.
— Sai! – sibilo, furiosa.
— O que tá acontecendo, Eva? – questiona, no mesmo tom.
— Eu só lembrei de uma coisa e acabei perdendo a vontade. Dá para você me deixar em paz?!
— Lembrou do quê? – seu maxilar estava tão trincado que ele podia quebrar seus dentes. Minha vontade de arrancar sua cabeça aumentava cada segundo mais.
— Vai se foder! Isso não é da sua conta. – solto meu pulso de seu aperto, o empurrando. Mas o loiro insistentemente se mantém na minha frente. Eu vou mata-lo.
— Eu não vou sair daqui até você me dizer. – eu abro a boca, perplexa com sua audácia.
— Eu lembrei do meu pai. Você tá satisfeito agora, porra?! – esbravejo, empurrando ele novamente.
— O que seu pai fez? – ele questiona, tão irritado quanto eu.
Minha visão estava escurecendo, mesmo que eu lutasse com todas as minhas forças contra minha raiva. Sinto meu corpo querendo sugar todas as sombras daquele lugar para mim, cada músculo meu clamava para que eu atacasse o loiro na minha frente.
— Jasper… – alerto, sentindo que poderia perder o controle a qualquer segundo.
— Me diz, Eva! Ele abus…
— CALA A BOCA! – eu explodo, sentindo uma onda de energia se liberar ao redor de mim como uma bomba. O Hale foi jogado para trás pelo impacto. — Cala a porra da sua boca, seu babaca! – ralho, enfurecida. O gosto do veneno preenchia completamente minha boca.
Jasper estava cercado, por uma grande nuvem de fumaça negra. Eu queria destroça-lo, deixá-lo em pedaços. E era exatamente isso que eu estava fazendo. Eu avisei que meu controle estava cedendo, mas ele não me ouviu. Pois então, aqui estava eu, descontrolada.
Ele reclamava com meu aperto, mas eu apenas o pressionava ainda mais. Do mesmo jeito que o próprio havia me pressionado anteriormente. Minha visão, nublada, pintava um grande alvo no loiro, para que eu direcionasse toda a minha raiva e mágoas nele. Como se ele fosse o fruto de todos os meus pesadelos.
Eu senti as rachaduras começarem a se formar em seus braços, mas não parei. Não conseguia mais parar! As sombras pareciam ter tomado o controle, quando deveria ser o contrário. Estava cada vez mais o esmagando e não conseguia parar.
Um grande par de braços me agarrou por trás, me imobilizando. Eu me preparei para expurgar toda a minha fúria naquele ser que me prendia, mas a Bree surgiu no meu campo de visão.
— Eva, acorda! Para! – a garota pedia desesperadamente, enquanto segurava meu rosto com suas mãos. — Você vai mata-lo, Eva. Para com isso!
Recuperei parcialmente o controle e recolhi minhas sombras rapidamente. Jasper caiu no chão, ainda ofegando de dor. Seu corpo estava repleto de rachaduras, todas ocasionadas por mim.
Eu paralisei no lugar, atônita. O choque me estagnou, a sensação era como se o sangue tivesse descido pelo meu corpo com violência. O que era improvável, já que meu corpo já havia eliminado os últimos fluidos nesse tempo que estive aqui, mas a sensação era igual.
— Levem ela de volta! – escuto a voz de Alice ao fundo. Vejo ela, Carlisle e Esme em volta de Jasper, que ainda agonizava com a dor.
Os braços fortes que me rodeavam começaram a me puxar para trás.
— Calma, vai ficar tudo bem. – Emmett me tranquiliza, denunciando ser ele que me carregava.
Rosalie e Bree nos acompanharam. As duas me encaravam com pena. Eu odiava essa sensação de merda. Queria gritar para que elas parassem de me encarar dessa forma, mas eu estava tão presa no estado choque que sequer consegui abrir a boca.
Minha última visão foi de Jasper, ainda se recuperando da quase morte que eu ocasionei. Em outro segundo, eu estava de volta na mansão.
O que foi que eu fiz?
Caçando todo mundo que não votou e comentou ✨
Notas:
E aí, madames? Demorei, mas voltei.
E essa treta aí, hein? Desculpa, não me aguentei. Tinha que rolar alguma merda, tava tudo feliz demais para o meu garoto 😔
Queria desabafar que postei todos os meus capítulos reservas semana passada por causa de ansiedade e tô me lascando pra manter a frequência de postagem agora kkkkkk
Alguém me espanca!
Outra coisa importante que queria falar para vocês, é que eu acabei de publicar uma nova fanfic de crepúsculo. Dessa vez não é de romance, mas sim de terror. O bom é que já tá completinha nos meus rascunhos, em menos de uma semana já vai estar concluída aqui. Caso vocês queiram ler, é só apertar no meu perfil e entrar na história: HIDE N SEEK
Até o próximo capítulo 💕
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