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Obcessão

𝐉𝐚𝐬𝐩𝐞𝐫 𝐇𝐚𝐥𝐞

Por cerca de 170 anos, eu me habituei a lidar com cada acontecimento da forma mais fria possível. Para mim, ser passível ao emocional sempre significou ser vulnerável. A última vez que me permiti a tal coisa foi quando eu decidi me juntar a aqueles quem eu chamo de família agora.

A razão, estratégia e a exatidão sempre foram minhas maiores aliadas. Com elas, eu pude me manter firme até hoje. Meu instinto sempre mandou que eu me apoiasse em certezas.

Incertezas geram espaços para dúvidas e dúvidas eram tudo o que eu menos apreciava em toda a minha existência. E no momento, Eva estava sendo a minha maior dúvida existente.
Me afastar dela era tudo o que meu instinto clamava, mas por algum motivo, eu era atraído para ela como um ímã.

Ler emoções era minha maior forma de autopreservação, já que eu estava sempre atento às intenções alheias. Entretanto, a maldita ruiva sabia como burlar meu poder de um jeito inexplicável. O que mais me irritava era saber que a presença dela bagunçava meus sentidos de forma não intencional, a maldita fazia isso sem sequer perceber.

As suas emoções conflitantes cada vez me intrigavam mais, como se ela fosse o caso mais misterioso do mundo e eu, um detetive lunático, obcecado por um mistério.

Eva era a minha maior incerteza, já que ao lado dela nada parecia ser previsível. E mesmo que eu soubesse que seria mais seguro me afastar, eu estava sempre sendo puxado em sua direção, como um peixe nadando contra a correnteza.

Ela é o meu paradoxo. Seu olhos carregam uma determinação implacável. Entretanto, minha empatia não me engana, eu conseguia sentir no fundo uma vulnerabilidade qual ela tentava esconder a todo custo. Uma necessidade de protegê-la crescia gradativamente dentro de mim, mesmo que a própria gritasse por independência.

Estar perto dela significava uma constante vontade de mandar um grande "foda-se" ao mundo e me grudar em seu corpo. Os lábios avermelhados da maldita ruiva eram um convite irresistível e cada vez que eu os tocava, me sentia com necessidade de mais. Eu sabia que isso era recíproco, apesar dela cada vez estar dificultando mais a minha aproximação.

Eu sempre tive o que queria com facilidade, mas Eva parecia disposta a me desafiar. A incerteza sobre o que tínhamos apenas me atraia ainda mais.

Aparentemente, eu me tornei um viciado em incertezas, já que todas elas me levavam ao rosto daquela vampira de cabelos acobreados.

Bendita seja Alice.

⊹────⊱♱⊰────⊹

A noite estendia seu manto escuro sobre a mansão, envolvendo cada canto em seu véu escuro. Enquanto eu caminhava pelos corredores, minha mente era preenchida pela imagem de Eva. Ela habitava meus pensamentos como uma chama ardente, uma luz que me guiava para os cantos mais profundos de minha própria alma. Uma estranha obcessão que não abandonava minha mente.

Seu cheiro amendoado me guiou, como uma hipnose. Eu o segui pela casa, pulando a janela de seu quarto e escalando até o teto.

Já no telhado, encontro Eva deitada, banhada pela tênue luz da lua. Ela brilhava tanto quanto o céu estrelado de Forks. Silenciosamente, me deito ao seu lado. Meus olhos percorrem seu rosto, observando cada traço delicado, como se fossem fragmentos preciosos de uma obra de arte. Conseguia ver suas fraquíssimas sardas desenharem uma constelação própria em sua face, imitando as estrelas que ela encarava com tanta atenção.

Em silêncio, continuei a encarando. Não sabia o porquê tinha vindo até aqui, mas sentir a sensação de paz que ela sentia me acomodou de uma forma confortável.

— Diga. – sua doce voz ecoa, quebrando o agradável silêncio. Arqueio uma sombrancelha em confusão.

— O que?

— Diga o que você quer dizer logo.

Eu não tinha nada a dizer, mas tratei de inventar algo logo só para continuar ouvindo sua voz. Me sentia um viciado por cada detalhe dela e eu estava longe de amar isso.

— O que você tá fazendo aqui em cima? – pergunto, fazendo-me de indiferente.

— Queria ficar um pouco em silêncio. – confessa. Ainda não se atreve a retribuir meu olhar.

— Eu posso sair, se quiser. – Um sorriso sutil brinca em meus lábios enquanto respondo.

— Você não incomoda. – ela diz. Eu quase arregalo os olhos de surpresa, mas contenho o movimento antes de faze-lo. — Só não me enche. – uma pequena risada escapa de mim, então sinto uma pontada de contentamento vindo dela. Hm...

— Eu não seria capaz, sabe? Eu dificilmente causo sensações ruins em alguém. – brinco, fingindo um tom esnobe. Ainda não consigo atrair seu olhar.

Olha para mim. Peço mentalmente, desejando que ela pudesse me ouvir.

— Tô começando a me arrepender. – diz ela, com um sorriso fraco, tão encantador quanto a luz que brilha em seu rosto. Mas é o silêncio que se segue que nos envolve, criando um espaço onde nossas emoções se entrelaçam, palavras desnecessárias. Eu estalo a língua, cedendo a esse silêncio.

Um clima confortável se sobressaiu entre nós, mas eu ainda tinha muito a dizer, mesmo não sabendo exatamente por onde começar.

— Desculpa. – as palavras escapam de meus lábios, rápido como um suspiro.

— Tudo bem. – ela cede, sem demonstrar qualquer sinal de incômodo.

— É sério, eu não deveria… – antes que eu possa terminar a frase, ela me interrompe, sua voz carregada de melancolia.

— Meu pai não era exatamente uma boa pessoa, sabe? – as palavras saem de sua boca como fragmentos de uma história dolorosa. Sentia a hesitação e a melancolia em seu peito, que se refletiam em mim graças a empatia. Minhas sobrancelhas se franzem, preocupado com aquela carga emocional.

— Não precisa contar, Eva. – afirmo, confiante. — Mas estou aqui para ouvir, se quiser compartilhar.

— Ele não fez coisas boas por mim. Na verdade, acho que ele só me fez mal. – sua voz soa trêmula, mas determinada.

Silenciosamente, dou espaço para que ela fale.

— Não vou contar os detalhes, não tem necessidade. Tudo o que você precisa saber é que ele não era um bom pai. – declara, firme. Não contesto, temia me descontrolar e caçar o maldito caso ouvisse tudo. — Eu quero confiar em você, Jasper.

— Então confie.

— Não é tão fácil assim… – ela hesita.

— Eu sei, mas eu vou conquistar sua confiança. Do mesmo jeito que você tem feito comigo. – seus lábios curvam-se em um sorriso genuíno. As emoções leves dela me confortaram, era revigorante senti-la.

— Qual o nome do seu pai? – questiono, como quem não quer nada.

— Ronald Weasley. – responde, risonha.

— Mesmo? – ela solta uma risada, revirando os olhos diante da minha dúvida. Eu franzo as sombrancelhas, confuso.

— Claro que não, idiota! – exclama, negando com a cabeça. Minha confusão é substituída por uma expressão de frustração.

— Como é que eu vou saber? – indago, impaciente.

— Por favor, me diga que você já assistiu Harry Potter!

— Nunca senti necessidade. – após minha confissão, seu olhar perplexo atinge o meu por um segundo, antes dela voltar a encarar o céu fixamente. A falta de contato visual começava a me aborrecer.

— Minha nossa, você não tem cultura, não?

— Eu só vejo os clássicos. – me defendo.

— Eu vou ter que te manter em cativeiro e te dar um pouco de cultura. – afirma, parecendo determinada com sua decisão. Eu temia que estivesse falando sério, mas a sombra de um sorriso perverso denunciou que ela estava apenas de sacanagem.

O silêncio volta a nos envolver. Era confortável, podia sentir minha mente descansar por um momento. Eu fecho os olhos brevemente, desejando que aquele instante pudesse se estender para a eternidade.

— Já parou pra pensar se nós estivéssemos vivendo em um filme agora? Tipo uma simulação. - o questionamento de Eva atinge minha mente como um raio, deixando-me confuso. Começo a me questionar sobre sua sanidade, mas decido me manter em silêncio, curioso para onde ela levaria essa ideia. — Olá, telespectadores intrometidos! - ela acena para o céu, como se estivesse falando com uma câmera invisível. Louca!

— O que você tá fazendo? - pergunto, observando-a com uma mistura de incredulidade e fascinação.

— Quebrando a quarta parede. - responde, simplista, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Você é maluca! - acuso, mas minha voz carrega um tom de divertimento.

— Mas você gosta! – retruca, com um sorriso travesso nos lábios.

Não posso negar. Penso, sentindo o meu sorriso se alargar em meu rosto.

— Gosto mesmo. – sou sincero.

Ela me encara pela primeira vez, parecendo perplexa.

— Mesmo? – indaga, ainda em choque com a revelação.

Continuo sorrindo, acenando com a cabeça.

— Pensei que eu fosse irritante.

— É um pouquinho. – provoco, recebendo um soco brincalhão no ombro. — Mas eu tô me acostumando.

— Nem vem! Agora que eu sei que você gosta, vou ficar me achando.

— Mereço. – eu bufo, fingindo irritação.

A ruiva vira o corpo, ficando de frente para mim enquanto apoiava a cabeça na mão.

— Cena familiar. – dizemos ao mesmo tempo, arrancando uma risada mútua. Sem pensar duas vezes, imito sua posição, aproximando nossos rostos.

— Se você fosse escolher alguma parte de mim que mais gosta, qual escolheria? - seu questionamento me faz franzir as sobrancelhas, me pegando desprevenido. Seu interrogatório ficava cada vez mais esquisito, mas eu gostava disso.

— Sua personalidade. – minha resposta sai sincera, mas ela estala a língua, claramente insatisfeita.

— Me poupe, não vem com essa.

— Tudo bem, então… – dou de ombros, fingindo considerar outras opções. — Gosto dos seus peitos.

— Deixa de ser babaca! – me empurra, rindo alto. Meu sorriso, se é que é possível, se estica ainda mais ao som de sua risada. — Você nunca os viu.

— Na minha imaginação eles são bonitinhos.

— Não me diz que você bate uma pensando em mim. – ela provoca, sorrindo torto.

— Como se eu precisasse disso. – ironizo, desdenhoso.

— É o mais perto que suas mãos vão chegar de mim. – sua afirmação soava mais como um desafio.

Veremos.

— E você? – indago.

— Eu o que?

— Qual parte você mais gosta de mim, inteligência. – dou um peteleco na sua cabeça.

Ela fica em silêncio por um momento, enquanto me olhava de cima a baixo como se analisasse cada célula do meu ser, parando em meu rosto.

— Seus olhos. – afirma, simplista. Eu sorrio torto, desconcertado.

— Bom, os seus estão quase iguais. – comento, apontando para seus olhos que agora exibem um tom mais próximo de um laranja intenso. Logo estariam iguais aos meus.

Eva balança a cabeça, como se eu tivesse entendido errado.

— Não estou falando da cor, idiota. – diz como se fosse óbvio. — Eu gosto de como eles parecem brilhar. São a sua parte mais expressiva, eu poderia perder um dia inteiro os olhando.

Fico momentaneamente sem palavras, absorvendo as suas. Sensação esquisita.

— Achei que gostasse do meu cabelo. – comento, incomodado com o silêncio que deixei surgir.

— Quando você voltar com os cachinhos, eu posso reconsiderar. – sorriu, voltando a olhar para o céu. Eu continuo a olhando.

Observo seu rosto, encantado com a maneira como ela ilumina o ambiente ao meu redor.

— Eu gosto de você, Eva. – minha voz sai calma, mas cheia de convicção. Sinto seu corpo ficar tenso, mas não recuo. Seus olhos voltam a me encarar, expressando um turbilhão de emoções.

— Eu também.

Levo minha mão até seu rosto, acariciando-o com carinho. Seus olhos se fecham sob o meu toque, e eu aproveito o momento para me aproximar lentamente, preparando-me para selar nossos lábios em um beijo.

No entanto, antes que nossos lábios se toquem, um barulho estridente de vidro quebrando irrompe no ar, fazendo-nos recuar abruptamente. Nossos olhos se encontram em confusão, enquanto ambos nos levantamos e nos encaramos, tentando compreender a origem do som.

Descemos apressadamente, curiosidade e apreensão marcando nossos rostos. Ao chegarmos no local do barulho, nos deparamos com os outros membros do nosso grupo, todos reunidos em uma roda ao redor de Alice, que segurava uma carta em mãos. Minha inquietação cresce ao testemunhar alguns deles alternando o olhar entre o papel e Eva. Eles estavam apreensivos, mas eu ainda não sabia o motivo.

— O que está acontecendo? – minha voz soa impaciente.

Alice, com uma expressão preocupada, caminha em silêncio até a ruiva ao meu lado e a entrega a carta. Me aproximo para ler por cima de seu ombro, tentando assimilar as palavras escritas no papel amarelado. Uma onda de irritação e receio se apodera de mim quando compreendo o conteúdo da carta.

"Estimada Senhorita Eva,

Com as mais calorosas saudações, nós, membros da guarda Volturi, nos dirigimos a vossa pessoa com uma petição de suma importância. Em nome dos reis, é com grande interesse que solicitamos sua presença na sede de nossa honrada corte, situada na cidade de Volterra, na Itália.

É com generosidade que lhe damos um prazo de três dias para se fazer presente, para que possamos estender nossa hospitalidade e aprender mais sobre o ser notável que é. Ressaltamos a importância de seu comparecimento, considerando as consequências que poderiam advir do descumprimento desta solicitação.

Com deferência,

A Guarda Volturi."

Isso só pode ser brincadeira. Reclamo mentalmente, extremamente irritado.

A tensão no ambiente é palpável, e todos nós, incluindo eu, aguardam ansiosamente a reação de Eva diante dessa notícia. As emoções intensas na sala oscilam entre preocupação e curiosidade, o que dificultava meu trabalho em ler as emoções de quem eu realmente queria.

— O que devemos fazer? – Emmett, sempre o mais direto e prático entre nós, questiona, seus braços cruzados sobre o peito musculoso.

Eva mantém seu olhar fixo na carta, ponderando silenciosamente. Seus dedos tocam as bordas do papel, enquanto ela mantinha a expressão rígida.

— Tenho que ir. Não podemos ignorar um convite dos Volturi. – sua voz soa determinada. Sentia a insegurança nela, mas ela não transparecia.

Sua resposta me desagradou mais do que imaginei. Não gostava de como a situação progredia, nem um pouco.

— Estaremos com você, Eva. Não importa o que aconteça. – a voz de Carlisle sai suave, cheia de apoio.

— Não sei se é uma boa ideia aparecermos todos juntos lá, o futuro é incerto. – Alice alerta.

— O quê? Sugere que ela vá sozinha? – eu indago, com escárnio. Não conseguia conter a irritação.

— Eles não vão machuca-la se ela for sozinha, eu vi! – a clarividente afirma.

— Seu poder não é 100% eficaz, Alice. Não seria a primeira vez que comete um erro. – retruco, irritado. Eva pigarreia ao meu lado, me repreendendo.

— Está decidido. – a ruiva acena, determinada. — Eu vou sozinha!

Bree e eu somos os únicos a protestar contra sua decisão.

— Você só pode estar maluca. – exclamo desacreditado, recebendo um olhar severo.

— Quem decide isso sou eu, você gostando ou não. – afirma, séria.

Trocamos faíscas com os olhos. Toda aquela leveza de minutos atrás se dissipou de forma grotesca, sendo substituída por essa tensão irritante.

— Se é assim que você deseja… – respondo, fazendo-me de indiferente. Não desviamos o olhar por um segundo sequer, como se apenas nós dois e aquela irritação existissem no local.

Não vou deixar isso acontecer. Nem fodendo.

Notas:
Olá, minhas vidas. Como vocês estão?

Finalmente um pouco de tomperro aqui, essa calmaria estava me irritando. – diz eu, dificultando de todas as formas possíveis qualquer aproximação desses dois.

Eu sou a maior inimiga desse casal, claramente 😇

Só queria avisar (pela última vez, eu juro) que Hide N Seek já está completa no meu perfil, caso alguém queira ler. Eu tô distribuindo um beijinho para quem me der migalhas de atenção 😘

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