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Irracional

Sentiram a minha falta?

ᨖ⚜ 𝐄𝐯𝐚 𝐒𝐢𝐧𝐜𝐥𝐚𝐢𝐫 ⚜ᨖ

A sensação de segurança desapareceu quando percebi o quão arrogante fui ao presumir que meus poderes estavam domados e sob controle. Definitivamente, não estavam; essa foi a única prova que eu precisei para ter certeza disso.

Os eventos ocorreram como uma tempestade em um copo d'água, tão confusos que eu ainda estou processando como tudo aconteceu. Jasper e Alice tinham um passado juntos e me esconderam isso até o momento presente, isso é um fato. Eu compreendo isso e não sinto que tenho o direito de julgá-lo por ter tido uma vida antes de mim.

Me incomoda que eles tenham me ocultado isso por tanto tempo. Entretanto, ao mesmo tempo, a minha reação não foi normal. Quando Jasper começou a falar, suas palavras pareciam tão distorcidas que me fizeram perder completamente a minha sanidade. De repente, era como se mil vozes incessantes ecoassem dentro do meu cérebro, induzindo minha raiva tal como a gasolina alimenta o fogo.

Olhei para Jasper e o vi como um alvo, um traidor. No segundo seguindo, me vi ferindo-o, mesmo após tudo que o próprio fez por mim. Não foi um ato premeditado, apenas tive um único instinto e meu corpo inteiro reagiu de acordo com ele sem que eu pudesse pensar em como agir antes.

Ao perceber o que estava prestes a fazer, apenas quis fugir para longe. E foi o que fiz. No meio dessa floresta, remoendo todas as cenas anteriores, sozinha. A visão de Jasper agonizando e me chamando repetiu-se em minha mente como um verdadeiro filme de terror. O remorso era tão grande que não tinha coragem de me levantar para procurá-lo.

Agarrei meus cabelos, exasperada. As vozes não cessavam; ao contrário, ficavam mais altas e intensas a cada minuto que se passava. Repetiam incessantemente tudo, acusando Jasper e Alice de brincarem comigo, enquanto meu cérebro insistia que era tolice pensar assim. Era um turbilhão de palavras e cenas confusas que pareciam me empurrar para uma explosão. Me senti exausta, como se todas as noites em que não dormi estivessem sendo cobradas agora.

Era de noite, as árvores já projetavam suas sombras sobre o local. E mesmo que minha visão devesse estar tão clara como o dia, aquela floresta parecia estar mais escura do que deveria. Quase como se existisse um véu negro sobre meus olhos, impedindo-me de enxergar com clareza.

Sentei-me sob as folhas secas do chão e abracei meus próprios joelhos. Jasper voltou em minha mente, cheio de cicatrizes e suportando a dor. Lembrei-me de todas as coisas boas que ele fez por mim e o quão estúpida me sentia em ter retribuído dessa forma. Só para que então, logo em seguida, me lembrasse de suas palavras e minhas inseguranças voltassem a me atingir. Um ciclo vicioso e extremamente desgastante.

Alice... Não. Alice jamais faria algo assim comigo.

Mas ela fez, sussurraram ao pé dos meus ouvidos. Minhas mãos se moveram para cobri-los, mas era completamente inútil. Deitei-me no chão, sem me importar se sujaria minhas roupas, apoiando as costas da minha mão direita sobre meus olhos.

Estava assustada. Parte de mim queria voltar para o lado de Jasper e não sair de lá até que tudo passasse; outra parte queria retornar para terminar o serviço interrompido. Era uma grande luta interna entre raciocínio e instinto, e eu não fazia ideia de qual lado era mais forte no momento. Até que tivesse certeza de quais pensamentos eram meus e quais não eram, mantive-me plantada no centro dessa floresta em completa inércia.

Passaram-se horas talvez. Fiquei observando o pequeno pedaço de céu que se exibia entre os vãos das árvores, meu silêncio externo contrastando com a orquestra barulhenta que acontecia dentro da minha mente.

As estrelas foram sumindo lentamente enquanto o azul escuro dava lugar a um céu claro. O sol nasceu, banhando minha pele com uma sensação de tranquilidade diferente. As horas passavam, e eu permanecia ali, o céu clareando ao mesmo passo a minha mente se silenciava. Observei aquele processo com tanto afinco como se aquilo realmente fosse capaz de me ajudar em alguma coisa.

Quando as vozes finalmente pareceram diminuir, apoiei-me nos cotovelos. O alívio me invadiu e eu inspirei profundamente, sentindo o ar me limpar de dentro para fora. Era reconfortante. Eu queria esquecer tudo e abraçar essa sensação para sempre. No entanto, isso era só mais uma das coisas que eu não poderia fazer.

Jasper estava sozinho em algum canto dessa floresta, eu sequer sabia se havia se recuperado do que fiz. Levantei-me e passei as mãos nas roupas, dando tapinhas para me livrar das sujeiras do chão.

Sem correr, caminhei de volta para onde vim. O inverno se aproximava e as árvores ficavam cada vez mais secas. O barulho das minhas botas quebrando as folhas no solo era a única coisa audível ali.

Segui o cheiro amadeirado de Jasper com hesitação, ele não estava tão longe. Quase andei na ponta dos pés para evitar ruídos e então me escondi atrás de uma das grandes árvores, apoiando as mãos no tronco e olhando cuidadosamente para trás dele.

Jasper estava no mesmo lugar, de costas para mim, sentado sobre uma rocha. Seus cotovelos estavam apoiados nas pernas enquanto sua cabeça descansava em suas mãos. Ele parecia cansado, daquele jeito que sempre fica quando é sobrecarregado com a emoções alheias. Dessa vez, fui eu que o levei até o limite.

Pressionei os lábios e tomei coragem para me aproximar, as malditas folhas secas denunciando os meus passos. Ele ajustou sua postura e olhou para trás, desviando o olhar em seguida. Parei um pouco próxima, abrindo a boca levemente, mas nenhum som sequer saiu dela. Não sabia o que dizer.

— Você está bem? – foi ele quem iniciou o diálogo, mesmo que eu sentisse que esse dever era meu.

— Estou. – respondi seca, mais do que pretendia ser.

Um silêncio pesado sobressaiu entre nós. O clima era tão sufocante que eu instintivamente prendi a minha respiração. Tinha tantas coisas para falar ou perguntar, mas nada saía, como se estivesse sem voz. Eu queria que ele gritasse. Queria que brigasse comigo. Que me desse um motivo sequer para não me sentir tão mal.

Anda, reage. Eu preciso que você reaja!

Entretanto, o silêncio continuou sendo o protagonista da cena. E cada vez que tentava abrir minha maldita boca para falar, algo parecia me reprimir interiormente mais e mais.

— Você está bem? – foi a única coisa que consegui perguntar quando tomei coragem, copiando sua pergunta. Ele olhou para mim.

— Estou. – também respondeu seco, muito menos do que eu. Analisei sua pele, as rachaduras haviam sumido, restando apenas um olhar abalado que refletia o meu. — Está tudo bem! – reafirmou. Não, não estava.

— Eu sinto por isso... – desviei o olhar e cocei minha nuca, envergonhada. O remorso e constrangimento eram péssimos e avassaladores.

— Está tudo bem. – repetiu as mesmas palavras, deixando-nos em silêncio novamente.

Era duro admitir, mas eu não sei se me perdoaria se estivesse no seu lugar.

— Nós temos que ir para Denali. – ele disse de forma tão repentina que eu quase me assustei.

Comprimi os lábios. Era óbvio que ele queria ir para lá após esse episódio, não existia mais confiança em mim. Eu mesma já não confiava mais no meu controle.

— Claro… Você está certo!

Jasper se levantou, ficando de frente para mim. Cruzei meus braços e franzi o cenho, insegura.

— Você quer conversar?

Pensei um pouco. As vozes na minha mente haviam diminuído, mas ainda conseguia as ouvir no fundo, como um eco distante. Tinha medo de algo acontecer novamente, então hesitei, mesmo sabendo que essa conversa era importante.

— Agora não.

Ele compreendeu. Ele sempre compreendia. Minha resposta o deixou chateado, isso era visível em seu olhos.

Sinto que estraguei tudo.

⊹────⊱♱⊰────⊹

Me joguei sobre a cama do hotel, analisando o teto como se ele pudesse oferecer respostas. Jasper foi resolver as passagens de avião, me deixando desfrutar do meu momento de solidão depreciativa. Por um lado, era aliviante. O clima entre nós estava mais denso e pesado que uma tempestade, e as palavras trocadas eram escassas, reduzidas a uma meia dúzia de murmúrios gélidos.

Entrelacei os dedos, apoiando as mãos na barriga, contemplando o vazio do quarto.

Não sabia como pedir desculpas direito e nem se deveria fazer isso, também não sabia se deveria esperar que Jasper tomasse alguma iniciativa ou se era melhor que eu desse esse primeiro passo. Resolver as coisas entre nós era uma vontade ardente, mas a minha falta de atitude tornava tudo ainda mais exasperante. A opção de varrer tudo para debaixo do tapete, agindo como se nada tivesse acontecido, sussurrava em meus ouvidos, tentadora como um convite para encrenca. Era o caminho mais fácil, mas também o mais tolo e imprudente. Por isso eu jamais poderia escolher ele.

Levantei-me de um pulo, alcançando o celular na cômoda. Disquei aquele mesmo número de sempre, chamando a única pessoa capaz de fazer com que eu me sinta um pouco melhor.

— Oi! – a voz de Bree me saudou, e eu instantaneamente senti um alívio. — Você ligou rápido dessa vez.

Sorri fraco, de modo quase imperceptível.

— Eu sei, mas queria ouvir a sua voz. Espero não estar atrapalhando.

— Você não atrapalha. – a resposta dela deixou espaço para o silêncio, que por um milagre era confortável e pacífico.

— Como estão as coisas por aí? – perguntei, sentando-me novamente na cama.

Bree compartilhou um resumo sobre a vida na casa. E pelo que eu entendi, Renesmee crescia rápido demais, de uma forma anormal. Na maior parte do tempo eles estavam imersos em pesquisas para entender a natureza dela. Principalmente Carlisle, Esme e Edward. Emmett mantinha sua postura de eterno palhaço, enquanto Rosalie se dedicava à proteção da criança como uma mãe. Ninguém julgou seu comportamento repentino, todos naquela casa sabiam o quanto ela desejava uma vida diferente.

Quase protestei quando Bree me contou que Jacob estava frequentando a mansão, mesmo com a repreensão de Edward. Mas de alguma forma, eu me sentia muito indisposta naquele momento para discutir.

— E a Alice? – não consegui evitar em carregar um pouco de culpa na minha voz. Desconfiar tanto dela e de Jasper fora irracional, algo que eu precisava controlar antes que causasse mais estragos.

— Ela foi à Port Angeles hoje. Parecia cansada, mas não contou o que foi fazer.

Pressionei os lábios, desejando ter a oportunidade de falar com Alice. Ela provavelmente tinha visto a briga com Jasper, e eu precisava me desculpar para amenizar o peso na consciência.

Deixei-me cair no colchão novamente. Esse vitimismo é muito cansativo. Não combinava comigo, mas parecia inevitável. Sentia uma vontade imensa de socar minha cara contra uma parede repetidamente, mas a perspectiva de machucar mais a parede do que o meu rosto me fez desistir da ideia.

A tosse forçada de Bree me trouxe de volta à realidade, então percebi que tinha ficado em silêncio por tempo demais.

— Está tudo bem com você e o Jazz? – perguntou, fazendo-me questionar mentalmente se Alice havia dito alguma coisa. Ou quem sabe Edward, com aquela boca que é incapaz de se manter fechada. Pensando melhor, se Emmett soubesse de alguma coisa, ele faria questão deixar até a minha última geração sabendo disso. Maldito fofoqueiro!

— Estamos bem, obrigada por perguntar. – Forcei um sorriso, mesmo que ninguém estivesse por perto para vê-lo. — E você? Não me contou nada sobre você.

— Ah, estou estudando psicologia, sabia? – A voz dela se animou imediatamente, e eu murmurei um incentivo, agora com um sorriso mais genuíno no rosto. — Já que pareço nova demais para acompanhar vocês, o pai- o Carlisle se ofereceu para ser meu tutor. Pelo menos assim eu posso passar meu tempo. – A pausa dela me chamou a atenção, assim como a forma como ela se apressou em corrigir o deslize.

— Você não precisa chamá-lo assim se não quiser. Sabe disso, né?

— Eu sei... Mas às vezes sinto como se fosse algo assim para mim, você não?

Sua pergunta alugou um pedaços enorme  na minha mente. Era verdade que Carlisle me tratava como uma filha, e eu era grata demais por isso, mas ainda não sabia se me sentia confortável retribuindo da mesma forma. Minha relação com meu pai biológico fora a pior possível, e me parecia estranho chamar Carlisle daquela maneira quando ele sempre me tratara da melhor forma possível desde que entrei em sua casa.

— Como andam você e o Seth? – mudei de assunto rapidamente. Para a minha sorte, Bree poderia ser a pessoa mais compreensiva que existe e deixou isso passar sem dificuldades.

— Ah, bem... – pude ouvi-lá pigarrear de nervosismo e engolir seco, deixando-me curiosa. — Acho que... Acho que talvez eu esteja gostando dele

Suas palavras foram o suficiente para fazer pular e me sentar novamente. Ah, Deus, o que era essa velhinha conservadora dentro de mim? Eu vou socá-lá até que ela pare de infernizar minha vida.

— Ah, bom... – também engoli em seco, tentando encontrar as palavras menos desprezíveis que eu poderia proferir para a minha irmã. — Ele é um pouco fedorento, eu acho...

— Eu sei. – deu uma risadinha, e ouvi alguns passos, indicando que ela tinha saído de dentro da mansão. — Sinto o mesmo em relação ao Jake e aos outros, mas com Seth é diferente. Não sei o motivo, talvez seja por causa do imprinting.

— Seth é um bom menino. Se tem certeza disso, eu apoio você. – não estava mentindo. Seth era o mais razoável entre a alcateia, e provavelmente o único que eu realmente conseguia tolerar ou gostar.

— Eu não sei... Nunca me senti assim antes, isso me dá medo. – sua voz soava tímida, eu quase conseguia visualizar sua expressão envergonhada na minha frente.

Às vezes, eu esquecia que Bree era apenas uma adolescente que perdeu as experiências mais básicas da vida. Ela escondia bem, mas algo em seu passado a fazia temer coisas que não deveriam ser assustadoras. Éramos mais parecidas do que sabíamos.

— Um dia você me conta como era sua vida antes? – perguntei suavemente, deixando claro que não era uma exigência.

— Eu conto, se você fizer o mesmo. – usou o mesmo tom do que eu, me deixando saber que aquilo não era uma demanda real.

— Justo! – concordei, e ela apenas riu em resposta. Momentaneamente, deixei as palavras de lado para apreciar sua risada, que de alguma forma era tranquilizante.

Quando o riso se dissipou, uma quietude agradável nos tomou conta, não era constrangedor ou opressivo. Parecia que nada poderia ser assim entre nós duas, e isso era incrivelmente revigorante. Mais uma vez, desejei que ela estivesse ao meu lado nesse momento.

— Sinto tanto a sua falta. Eu adoro todos eles, mas não é a mesma coisa sem você aqui. – Bree cortou o silêncio, sua voz tão baixa que parecia um sussurro.

Meu peito doeu. Por que isso era tão doloroso?

— Eu também... – suspirei alto, olhando para o teto branco do quarto e apertando o telefone na minha mão. — Eu te amo muito, sabia?

— Eu também te amo, bobona!

Uma fragrância amadeirada invadiu meu olfato. Jasper estava voltando, felizmente ou infelizmente.

— Eu preciso ir. Te ligo daqui uma semana. – avisei. Nos despedimos rapidamente e eu finalmente desliguei a ligação.

Respirei fundo e olhei fixamente para a porta, esperando a chegada de Jasper. Precisávamos continuar a viagem, mas eu queria resolver nossa situação antes disso.

Eu só não sabia como fazer isso ainda.

NOTAS DA AUTORA

Vadias, que saudades de vocês! Como vocês estão?

Fiquei um tempinho sem postar por questões de saúde e simplesmente não consegui voltar mais. Vou voltar aos poucos com a frequência de antes, mas peço que tenham paciência porque eu fiquei enferrujada nesse meio tempo.

bellacruellax

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