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25 Presas

Quando se deu conta de que havia sido trancafiada, Joseline se arrastou de joelhos até a porta. Gritou, bateu, esmurrou-a, até seus dedos ficarem doloridos. Mas ninguém veio tirá-la dali.

Não podia acreditar que estava vivendo aquele pesadelo. Queria que seus gritos ultrapassassem as paredes e os muros daquela casa e chegassem até sua avó. Queria que ela percebesse que estava enganada, que sua vida não estava sendo nada melhor por estar casada com Afonso.

Sua vida era um inferno por causa de Afonso.



🌻

O barulho da chave girando na fechadura a despertou. Havia adormecido no chão, depois de gritar por horas, sem, aparentemente, ser ouvida.

Passou a língua pelos lábios. Sua boca estava seca, sua garganta doía. Muitas partes de seu corpo doía.

Alguém ajudou-a a se levantar e a levou até a cama. Era Abe.

- Abe... - sua voz era um fiapo.

A governanta engoliu em seco ao olhá-la.

- Eu não pude vir, não pude fazer nada... - havia lágrimas no canto de seus olhos.

Ela se virou para pegar a bandeja que trouxera consigo.

- Ele só me deixou vir agora, pela manhã. Eu trouxe remédio pra você.

Joseline sentou-se, encostando o dorso na cabeceira da cama.

- Toma isto... - Abe a entregou um comprimido. - Vai melhorar as dores que deve estar sentindo.

Ela analisou o rosto e os braços de Joseline.

- Preciso limpar esses ferimentos e fazer uns curativos em você. Você vai ficar bem.

- Abe... - Joseline agarrou a mão da mulher, interrompendo o que ela ia fazer. - Chama a polícia. Você tem que chamar a polícia.

- Eu também trouxe seu café da manhã.

- Abe - a voz da moça estava trêmula pelo choro prestes a irromper. - Você sabe que tem que fazer isso. Olha o que ele fez comigo.

- Joseline, por favor... - Abe evitava olhar para ela.

- Pelo menos me deixa sair daqui. Eu te imploro.

- Eu não posso - ela parecia profundamente triste ao falar. - Estou proibida de deixar você sair ou de usar o telefone.

Ela olhou para Joseline com um olhar alerta.

- Por favor, não tenta fazer nenhuma besteira. Tem um segurança na porta do quarto te vigiando e mais dois lá embaixo, no jardim - ela apontou a janela.

- O quê...?

- Não faz nada. É pelo seu bem. Só espera ele te tirar daqui.

E ela saiu do quarto.




🌻

Em Palmas, Theodoro atendeu o telefone, vendo o identificador de chamada mostrar que a ligação era de casa.

Ele ouviu um murmúrio. Parecia a voz de Abe.

- Alô? Abe? É você?

Silêncio. Houve alguns ruídos e depois, mais silêncio.

- Abe? Pode falar, estou ouvindo.

Logo em seguida, o barulho do telefone sendo batido. Ela havia desligado...

Confuso, ele se levantou, indo até a janela. Era uma bela manhã na capital e ele tinha um passeio marcado com os amigos, antes de viajar para o exterior.

Por que Abe ligaria, para simplesmente não dizer nada? Não fazia sentido.

Seus pensamentos então o levaram até Joseline.

Joseline...

Será que estaria tudo bem com ela? Poderia ir até Paraíso do Tocantins e conferir por si mesmo, mas seu vôo já estava marcado e não podia deixar tudo para trás. Seu futuro brilhante como advogado o esperava.

Harvard o esperava.

Não podia largar tudo por causa de uma ligação sem sentido de Abe. Até por que, Joseline já estava casada com seu pai. Não havia muito o que poderia fazer. Se é que havia algo a ser feito.



🌻

- O senhor mandou me chamar?

- Mandei, sim.

Afonso girou na cadeira e encarou Abe, na porta do escritório.

- Entra.

Ela deu alguns passos para dentro. Olhava para ele sem receios, embora temesse por dentro. Por Joseline.

- Um de meus seguranças ouviu Joseline pedir a você que ligasse para a polícia. E depois viu você tentar usar o telefone.

Abe ergueu a cabeça. Encarou-o.

- Eu deveria mesmo denunciá-lo, por espancar aquela menina. Ela é só uma menina...

- Não. Ela é a minha mulher, a minha esposa. E eu sei o que faço ou não com ela.

- Ela não é sua propriedade! Muito menos o seu saco de pancadas. Eu deveria mesmo ter ligado para a polícia.

Afonso se levantou. Riu aquele riso de escárnio, medindo a mulher de cima a baixo.

- Jamais acreditariam na mãe de um ladrão e assassino. Porque é isso que você é, Abe.

Ela travou os maxilares, olhando o patrão com o mais puro ódio e repúdio.

- Você é um monstro!

Afonso a observou sair. Não impediu, nem revidou a ofensa. As coisas eram como eram, e ninguém podia mudar isso.





🌻

Mais tarde, naquele dia, Abe contou sua história para Joseline.

- Meu filho tinha um futuro brilhante pela frente. Ele queria ser administrador de empresas. Então foi trabalhar com Afonso. Na época ele ainda estava fundando a primeira loja. O negócio principal dele eram as jóias. Vendia peças raras para os mais ricos da cidade e com isso foi fazendo a própria fortuna.

- Eu não sabia disso - disse Joseline. - Achei que ele tinha enriquecido com a loja.

- Bom, também. Mas isso veio depois.

- E o que aconteceu com o seu filho?

A governanta suspirou.

- Não sei o que passou pela cabeça dele par fazer o que fez. Deve ter sido a maldita ganância. Ele era muito próximo de Afonso. De algum jeito descobriu a senha do cofre onde Afonso guardava o dinheiro e o roubou. Para completar, matou um homem, um conhecido de Afonso que o flagrou e disse que contaria tudo. Ele matou o homem e fugiu.

Ela fez uma pausa. Joseline percebeu que ela parecia abalada ao contar aquilo.

- Meu filho foi condenado a muitos anos de prisão. Para aliviar um pouco a sentença dele, eu aceitei vir trabalhar na mansão e com o tempo me tornei governanta.

- Mas que acordo foi esse?

- Afonso conseguiu que advogados aliviassem a pena do meu filho. Ele tinha e ainda tem muitos contatos poderosos. Mas ele queria ter alguma garantia de que cada centavo roubado seria pago. E esse foi o jeito que ele encontrou: que eu fosse empregada dele pro resto da vida. No início, eu não recebia salário nenhum. Apenas trabalhava. Depois, convenceram ele de que isso era crime e então, eu passei a receber.

- Sinto muito, Abe.

- É, eu também.

- Mas, Abe. Você já está aqui há anos, essa dívida já deve estar mais do que paga.

Abe balançou a cabeça.

- Não. Não é tão simples. Meu filho não roubou qualquer quantia. Ele roubou milhões. Eu não estou nem perto de pagar essa dívida. Estou tão presa neste lugar quanto você, Joseline.




...

Pessoal, estamos na reta final da primeira parte da história. Teremos parte 1 e 2, com fases diferentes da vida de nossos personagens.

Até o próximo capítulo! 


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