05 O Que Realmente Importa
Muito antes de Maurício chegar para levar a mãe, a irmã e o irmão ao hospital, Jane já havia se arrependido de cada palavra que saíra de sua boca.
Agora, ao ser incumbida de olhar Samuel, o mais novo, e enquanto passeava com ele na praça a poucas ruas de sua casa, ela sentia sua angústia crescer. Sabia que havia magoado a mãe. E se odiava por isso. Mas é que queria tanto ir à excursão!
- Sua mãe vai te perdoar - afirmou Heitor.
Os dois haviam se encontrado no meio do caminho até a praça, pois o amigo pretendia vê-la. Sendo assim, resolveram deixar o pequeno Samuel brincando por ali, enquanto conversavam.
- Eu sei que vai. E olha que eu acho que não mereço.
- Quê isso - Heitor a olhou, com condescendência. - Eu sei que você não disse isso de coração.
Jane deixou um breve suspiro escapar, enquanto olhava o irmão correr em volta de uma árvore.
- Na verdade, Heitor... É muito complicado, sabe? Não ter dinheiro. Você não entende porque sua família não passa dificuldades. Mas a minha passa. Os meus pais... eles nunca têm dinheiro sobrando, entende? Isso é frustrante.
- Eu acho que posso imaginar... - disse Heitor.
Apesar de não serem ricos, seus pais tinham bons empregos e ganhavam bem. Tinham uma profissão que lhes permitiam estar sempre dentro do mercado de trabalho. Mas Heitor compreendia a amiga. E sabia que ela não era a única que vivia esse tipo de situação.
- Enquanto você imagina - Jane parecia irônica ao falar - eu vivo tudo isso. A vida é uma droga.
- Não fala assim, Jane.
- Falo, sim. Eu queria tanto ir na excursão!
Samuel passou perto deles e ela sorriu para o irmãozinho. Ele era tão pequeno e tão fofo... Imaginava uma realidade onde Sassá e Pedrinho pudessem ter todos os brinquedos que quisessem, onde ela pudesse viajar e ter tudo o que sonhasse e onde nem seu pai, nem sua irmã teriam que se matar de trabalhar só para pagar o aluguel e algumas contas no fim do mês.
- ... Jane?
- Oi, Heitor... - ela se voltou para o amigo. Seus pensamentos a haviam distraído. - O que você estava dizendo?
- Eu estava dizendo que meu pai pode pagar pra você ir na excursão. Ele pode te dar os quarenta reais.
As pupilas amarronzadas dos olhos de Jane se dilataram, em resposta à alegria que ela sentiu.
- Sério?!!
- Claro que sim. Meus pais gostam de você, e meu pai vai adorar pagar a sua parte da excursão sem problema nenhum e não será um empréstimo.
- Heitor!!! - Jane o apertou e o sacudiu, num abraço animado.
- Você é o máximo! Meu Deus... - ela pôs a mão sobre a boca, sem acreditar na sua sorte. - Eu vou na excursão! Eu vou conhecer a capital!!! Ahhhh!!! Obrigada, Heitor!
A alegria da amiga o fez abrir um sorriso de orelha a orelha.
- Nós vamos juntos - ele segurou na mão dela e Jane interrompeu sua comemoração, engolindo a seco.
O sorriso dela foi um tanto amarelo e sem graça.
- É claro. Vamos todos juntos. A turma toda - ela desprendeu sua mão da dele.
- Eu soube que outras duas turmas também vão, no mesmo dia que a nossa - Jane se afastou alguns passos, arrumando o cabelo num rabo de cavalo improvisado. - Será que o Eric vai também?
- O Eric?
- É, será que ele vai?
Jane não esperou por resposta, nem obteve nenhuma. Feliz como estava, saiu rodopiando pela praça, brincando com o irmão.
O sorriso de Heitor havia sumido.
🌻
No estacionamento do hospital, Joseline e Maurício aguardavam, enquanto do lado de dentro, a mãe acompanhava Pedrinho, que, após a triagem e reconhecerem urgência no caso dele, já estava sendo atendido.
Ela encostou sua cabeça no ombro do noivo, recebendo um afago em seu cabelo, de volta.
- Ele vai ficar bem, amor. Tenha fé.
Ela assentiu e fungou. Além de ter vomitado sangue, viram, ao correrem para o quarto, que Pedrinho se contorcia de dor, no chão. A forma como ele apertava a barriga e seu rosto contraído pelas dores que sentia, partiu o coração de Joseline.
E além disso, tinha Jane. Estava preocupada com a irmã.
- Eu fiquei com pena dela - disse à Maurício. - Sei como é querer ter algo ou fazer alguma coisa e não poder por causa de dinheiro. Não queria que meus irmãos também passassem por isso.
- Mas você sabe que também não foi certo ela dizer o que disse, segundo o que você me contou.
- Não foi certo, eu sei.
Joseline levantou a cabeça para observar o movimento no estacionamento e balançou a cabeça.
- Mas seria bom se a gente não passasse tanta dificuldade.
Maurício a fez se deitar novamente sobre o seu ombro e a consolou.
- As coisas vão melhorar um dia, meu amor. Você vai ver. Sua família não vai mais passar por tanta coisa. Nós vamos crescer juntos. Vamos batalhar por isso. Eu tenho planos para o futuro. Não vamos ficar nessa pra sempre.
Ele beijou seus cabelos e ela fechou os olhos, desejando tudo aquilo ardentemente.
🌻
Horas mais tarde, Joseline tinha Sassá em seus braços, prestes a mergulhar num sono profundo, pois ela o embalava com carinhos constantes em seus cabelos e orelhas. Pedrinho também já dormia no quarto e Jane costurava roupas, em silêncio.
No sofá à sua frente, a mãe lhe contava como havia sido no hospital.
- O médico só apertou a barriga dele e perguntava onde doía mais. E Pedrinho, coitado... dizia que doía tudo.
- E não fizeram um exame mais profundo nele?
- Eu até pedi, mas o médico disse que eu precisava de um encaminhamento. Tenho que ir na secretaria de saúde. E lá eles vão marcar os exames. Ele tem muitos exames pra fazer. Só assim vamos descobrir o que é essa dor que ele sente direto.
- E os remédios?
Joana massageou as têmporas. Joseline observou que a mãe balançava as pernas ininterruptamente. A ansiedade parecia consumi-la e o cansaço também.
- Tudo caro. Dos que ele receitou, só tinha um na farmácia popular. Os outros, vou ter que comprar.
E ela jogou as mãos pro alto.
- Só não sei como!
Joseline franziu a testa.
- Pedrinho tem que fazer esses exames logo. Não dá pra ficar nessa toda vida, mãe. Coitado.
- Eu sei, Joseline. Mas por hora, ele tem que tomar os remédios que o médico passou.
Ela olhou de relance para a filha.
- Tô pensando em arrumar um emprego também.
Joseline interrompeu os carinhos no irmão caçula para fitar a mãe.
- Não, mas... Mãe, quem vai fazer a comida e cuidar da casa? Eu trabalho o dia todo, não tenho tempo. O pai também apesar das fraquezas dele. Quem vai cuidar do Sassá quando ele não tiver na creche? Jane tem que estudar, Pedrinho tá doente...
- Sei lá, Joseline. Mas foi o que eu pensei, senão as coisas vão ficar ainda mais difíceis do que já estão. Sem os remédios é que o menino não pode ficar.
- E não vai! A gente... a gente dá um jeito.
Joana se levantou. Caminhou pela pequena sala, a mão direita sobre a cabeça, pensativa. E então se sentou, de repente. Joseline a olhava.
- Só se você pedir um aumento, no seu serviço. Pede um aumento - a mãe disse, com um dar de ombros.
Joseline arqueou a sobrancelha.
- Nem pensar! Mãe, eu acabei de receber o meu primeiro pagamento. Não posso pedir um aumento assim. Nem sei se pode isso, já que eu sou assalariada, apenas.
Joana encarou o vazio. Não sabia o que fazer.
Joseline se levantou com cuidado, a fim de colocar o irmão na cama.
Acabara de ter uma idéia, que poderia ser uma solução, pelo menos momentânea.
- Eu vou pedir ajuda à vovó.
E saiu da sala, sem dar chance para a mãe reclamar.
🌻
Aproveitaram o final de semana para irem ao sítio. Maurício abasteceu o carro no posto próximo à saída da cidade e de lá, seguiram viagem. Jane, animadíssima no banco de trás, contente por terem deixado-a ir junto, ria de qualquer besteira que o cunhado falasse. Estava morrendo de saudades da avó.
Maurício tentava ao máximo fazer com que o clima no carro fosse o mais descontraído possível. Embora não estivesse com um terço da animação da irmã, Joseline também procurava sorrir. Sua mente possuía mil preocupações, com o irmão, com a casa, as contas e tudo mais, mas Maurício estava dando o seu melhor para vê-la bem, e ela não queria ser a parte chata de tudo aquilo.
🌻
Visitar o sítio da avó era uma benção. O ar puro daquele lugar, a natureza bonita e todas as distrações saudáveis dali eram um forte contraste com a correria da cidade, o clima pesado de preocupação e trabalhos que não acabavam.
Dona Zélia envolveu as netas num abraço caloroso, repleto de saudades e muito amor. Comentou o quanto Jane parecia estar se desenvolvendo e o quanto estava bonita.
Jane deu um beijo estalado na bochecha da avó e foi andar pela casa, à procura de novidades.
Maurício e Joseline se sentaram.
- E você, minha filha... - ela se voltou para a neta mais velha. - Também está muito bonita. Mas parece cansada.
- E estou, vovó! - Joseline bateu as mãos nos joelhos e olhou para o noivo. - Mas é por uma boa causa. Estou trabalhando!
- Ah, arranjou serviço! Que maravilha!
- Sim. A senhora sabe como é a situação lá em casa. E eu trabalhando, ajuda muito.
Joseline não quis contar para a avó que quase foram despejados por causa dos aluguéis atrasados. Ela colocaria a culpa no genro mais uma vez e falaria por pelo menos uma meia hora sobre como não se fazem mais bons pais de família provedores como antigamente.
- E no que está trabalhando?
- Numa loja de roupas como atendente. Eu fui contratada por pura sorte, pelo próprio dono da loja - Joseline se recordou do tal dia em que ela e Laisa foram praticamente empurradas no meio daquela confusão de pessoas.
- Isso é bom. Ele já conhecia você, querida?
- Não, ele... Me viu e quis me contratar - Joseline se remexeu, nervosa, onde estava sentada. Não gostava muito de como isso soava aos ouvidos das outras pessoas.
Porém, a avó a olhava com um brilho de interesse e curiosidade no olhar.
- É mesmo? Bom, o que importa é que conseguiu emprego - dona Zélia sorriu, satisfeita. E guardou suas impressões para si mesma.
- É, mas vó... Tem um motivo chato pelo qual eu, nós... viemos até aqui.
- E qual é, minha filha?
- É o Pedrinho. Ele continua sentindo aquelas dores na barriga. E pra piorar, da última vez ele até vomitou sangue.
- Ah, meu Deus! Coitadinho do meu garoto!
- Pois é, vó. Ele tem que fazer uns exames, mas enquanto isso, precisa tomar alguns remédios. Minha mãe só conseguiu um na farmacinha, e os outros a gente tem que comprar.
- E não têm dinheiro - concluiu a senhora.
- Não. Foi por isso que eu vim aqui, vó. Pra pedir o dinheiro dos remédios emprestado pra senhora. E prometo que quando eu receber meu pagamento, eu devolvo tudo certinho, sem falta. Mas o Pedrinho precisa muito dos remédios.
- Ah, Joseline! Você é uma menina de ouro, minha filha. Está vendo com quem você vai se casar, não está vendo, Maurício? Essa menina é uma jóia preciosa.
Maurício apertou a mão de Joseline, que já estava em seu joelho.
- Eu sei, dona Zélia - ele confirmou, sorrindo.
- Joseline não é orgulhosa igual o pai dela, ou a mãe. Eu falo mesmo, é minha filha, mas Joana é orgulhosa! Tá seguindo o exemplo do marido. Precisa, mas não pede ajuda. Mas minha neta aqui, não. Você fez bem, minha filha, em vir aqui falar comigo. E não precisa me devolver nada. Eu vou te dar o dinheiro e você compra lá os remédios pro menino. Meu Deus do céu! Se eu vou deixar meu neto sofrendo com dor e não vou ajudar, sendo que posso!
Joseline abraçou a avó num ímpeto.
- Obrigada, vó! A senhora é a melhor.
Dona Zélia retirou os cachos escuros da neta de seu rosto e a fitou.
- Você vai ser uma grande mulher. Deus vai recompensar os esforços que você faz por sua família.
Joseline apenas sorriu para ela. E então, Jane entrou na sala, depois de sua rápida inspeção pelo casebre da avó.
- Este lugar continua o mesmo! - disse e foi olhar para fora, encostando-se no batente da portinha de madeira.
- E eu vou mudar pra quê? - Dona Zélia fez um muchocho e caiu na gargalhada. Maurício riu também, achando graça da risada dela.
- Eu vou nadar no lago! - Exclamou Jane, repentinamente. - O dia tá perfeito pra isso.
Ela se virou para os outros e apontou para a irmã e o cunhado.
- Não vão embora sem mim! Só vou dar uma mergulhada! - E saiu correndo porta afora.
Joseline observou a irmã correr e se levantou.
- Eu vou com ela. Também estou a fim de nadar um pouco. Fiquem papeando enquanto isso.
- Oh, meu Deus! Eu vou entediar o pobre rapaz com minhas prosas! - Dona Zélia ainda parecia bem humorada.
- Imagina, dona Zélia. É sempre um prazer bater papo com a senhora - Maurício tranquilizou-a.
- Então tá, eu vou lá - Joseline deu um beijo em cada um e também disparou para fora. - Me espera, Janinha!!!
🌻
Joseline observava a irmã, boiando na superfície, os olhos semicerrados, enquanto seu corpo precoce visivelmente em desenvolvimento era balançado pelas pequenas ondas da água do lago de forma sutil. A avó tinha razão. Jane era muito bonita.
As duas, apesar da diferença considerável de idade, eram parecidas. Os olhos negros, brilhantes, a boca carnuda, num quê de atraente e os cachos pretos que lhes emolduravam a cintura delicada.
Joseline notava uma diferença entre elas: a pele morena de Jane era ligeiramente mais clara que a sua. Ela era linda e parecia ter consciência disso.
Joseline nadou até a irmã e fez cócegas em sua barriga, tirando-a de seu sossego aquático.
- Eiii!!! - A mais nova protestou.
O momento era delas, sabiam. Ficaram ali, desfrutando do lago e da companhia uma da outra, até decidirem se sentar à margem. Jane se deitou na grama, mas Joseline ficou sentada, ainda olhando-a.
- Janinha?
- Hum? - Jane tirava o excesso de água que fazia seus belos cachos parecerem maiores e pesados.
- Sabe que se dependesse de mim, você e os meninos sempre teriam de tudo, né? Mas infelizmente, dessa vez eu não vou poder te ajudar com o dinheiro da excursão da sua escola.
Não queria que a irmã ficasse chateada com ela, mas gostaria que entendesse a realidade da vida que viviam.
No entanto, Jane deu de ombros. Seu ar de despreocupação fez crescer uma curiosidade em Joseline.
- Tudo bem, Jô. Meu amigo vai pagar pra mim. Quer dizer... o pai dele vai, mas enfim... Eu vou à excursão!
O sorriso de Joseline foi maroto.
- Ah, amigo? Sei!
Jane fez uma careta rápida, quase imperceptível e levantou o corpo, ficando sentada como a irmã.
- Amigo, sim. Se tá achando que gosto dele, tá enganada. Eu gosto de outro.
Agora Joseline estava muito interessada.
- O quê? Treze anos e acha que tá apaixonada?
- Não sei se tô apaixonada, apaixonaaaada - ela alongou a palavra, para que a irmã entendesse seu ponto. - Mas eu diria que estou a fim do Eric. Ele é muito bonito. O Heitor também é, mas... O Eric tem grana, sabia? Muita grana.
- O Heitor não é aquele garoto bacana, que às vezes faz trabalhos com você?
- Sim.
Joseline fitou a irmã, finalmente se dando conta do que ela havia acabado de dizer.
- Que papo é esse de ele tem grana, hein, Jane? Que diferença isso faz pra você?
- O quê? Ahn, nenhuma... Eu só... - ela se embolou nas palavras. - Só quis dizer que a família dele tem dinheiro, muito dinheiro... Só isso.
- Não gosta desse tal de Eric só por causa disso, né? Espero que não.
Jane evitou o olhar inquiridor da irmã mais velha.
- Não, Jô! Eu...
- Olha pra mim, Janinha - Joseline capturou o queixo da irmã com a mão. - Não se deixa deslumbrar pelo dinheiro de ninguém, não. O que realmente importa na vida é o amor e o caráter. Dinheiro é bom quando ele é seu. Não dos outros.
- Mas Jô, eu só...
- Shhhh! Eu não terminei de falar. Você me assusta quando fala desse jeito, sobre dinheiro. Você tem que me prometer que não vai se tornar uma pessoa gananciosa e avarenta. Por favor?
Jane fechou os olhos e suspirou longamente.
- Me promete, Janinha.
- Eu prometo!
Joseline abraçou a irmã, forte. Jane lhe preocupava.
🌻
Despedir-se da avó foi tarefa difícil. Entre lágrimas, beijos e agradecimentos, deixaram a boa senhora em seu recanto rural e partiram para a cidade.
Foi Jane quem avistou primeiro Laisa, carregada de sacolas, caminhando à pé pelo centro, voltando para casa. Imediatamente, pararam para lhe dar uma carona.
Ela entrou no carro, cansada e agradecida e as meninas desataram a conversar, euforicamente. Joseline estava feliz por ter conseguido o dinheiro que compraria os remédios para o irmão e atualizou a amiga sobre os últimos acontecimentos.
Maurício, gentil, deixou a noiva e a cunhada em casa primeiro e seguiu levando Laisa, que residia um pouco mais longe.
Ao chegarem, louco para voltar para os braços de Joseline, Maurício se dispôs a ajudar Laisa com as sacolas, levando todas para o interior da casa, e por fim, despediu-se.
- Espera aí! - Laisa o deteve antes que ele abrisse a porta do carro. - Não quer entrar e tomar um suco, uma água... um café? Pela carona - ela sorriu.
Ele sorriu de volta, mas abanou a cabeça.
- Não, Laisa. Valeu mesmo. Mas eu já tenho que voltar.
- Bom - ela o abraçou. - Então obrigada por me trazer em casa.
Maurício sentiu que o abraço da amiga demorava a se desfazer. E quando se desfez, ela não se afastou. Ao contrário, Laisa parecia cada vez mais próxima. Aquilo era... incômodo, desconfortável.
Ele engoliu em seco quando a mão dela apertou seu ombro e, segundos depois, ela tomou seus lábios e o beijou.
...
A vida de Joseline não é mesmo fácil.
Mas calma, que vai piorar.
Brincadeiras à parte, tem uma mensagem muito importante que eu quero passar nessa história, e vocês entenderão no decorrer dela.
Até o próximo!
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