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19 •Eu vou te proteger•

🦋▫️VANESSA▫️🦋

Quando eu desliguei o carro, minhas sobrancelhas franziram em confusão. Eu nem lembro como cheguei aqui, obviamente com o carro, mas não consigo lembrar do caminho até aqui. Um arrepio percorreu meu corpo quando penso no que poderia ter acontecido. É melhor se eu pegar um táxi ou pedir carona a Camila da próxima vez. Madelaine é a primeira e única coisa que eu penso em cada momento do meu dia, mesmo quando estou dormindo ela está nos meus sonhos. É quase impossível me concentrar em outras coisas agora. Eu penso sobre os nossos beijos, o som de sua risada, a cor de seus olhos, o jeito que seu cabelo se ficava quando ela saia do banho, a lista é interminável.

As portas elétricas da entrada principal se abriram e eu andei até o quarto de Madelaine. Felizmente os pais dela não estão aqui agora, porque honestamente eu não aguento ver a mãe dela ou o pai chorar por mais um minuto. Quase parece que eles estão desistindo dela e isso me deixa com raiva. Eu não quero ter raiva deles, eu só não consigo entender porque eles agem como se não tivessem esperanças. Eu tenho evitado eles por medo de acabar explodindo com eles. Todos esses sentimentos sombrios são assustadores para mim. Eu nunca me senti tão brava e triste ao mesmo tempo, e essa combinação está me transformando em uma pessoa amarga. Eu sei que não é divertido estar perto de mim agora, mas Camila e os outros já me disseram que eles entendem e sabem como me sinto. Eu sempre me sinto irritada com essas palavras, porque ninguém sabe ou mesmo entende como me sinto. Mesmo os pais de Madelaine não sabem, e é a filha deles. Eu sei que estou agindo de forma egoísta, especialmente com os pais dela. Eu os amo, amo meus amigos que estão aqui quase todos os dias também, mas eu não consigo demonstrar isso a ninguém, não agora. A parte mais assustadora para mim é que eu não me importo mais. Parece que estou perdendo partes de mim mesma a cada minuto que Madelaine não acorda.

Eu balancei a cabeça para tentar me livrar desses pensamentos e caminhei para o final do corredor. Sala 45A, o quarto de Madelaine.

A porta estava fechada, então eu bati algumas vezes para ter certeza que eu não interromperia um exame ou algo assim. Camila abriu a porta para mim com um pequeno sorriso reconfortante e abriu mais a porta para eu passar. Eu acho que ela está acostumada que minha primeira pergunta quando a vejo é se Madelaine se mexeu ou acordou.

Eu dei um abraço em Camila e murmurei um "obrigada" antes de deixar minha bolsa na cadeira ao lado da porta e caminhar até Madelaine. Eu me inclinei um pouco e passei minha mão lentamente sobre sua bochecha. Sua pele parece quente e macia, mas de alguma forma fria sobre meu toque. Lágrimas já estavam tentando atravessar minhas pálpebras, mas eu as impedi de cair. Inclinei-me ainda mas e pressionei meus lábios suavemente em sua testa.

- Estou aqui agora, Mads - Murmurei contra sua pele antes de me afastar para olhar suas pálpebras fechadas. Às vezes penso que, se eu olhar por um tempo, elas vão abrir.

Uma mão no meu ombro me assustou e eu olhei para cima para ver Camila me olhando preocupada.

- Você está bem? - Ela perguntou.

Dei de ombros e olhei de volta para o rosto pacífico de Madelaine.

- Não, mas eu vou ficar.

É estranho. Ela parece tão pacífica e, exceto pela máquina que está a ajudando a respirar, não tem nenhum sinal de que possa haver algo errado. Se você não soubesse do que aconteceu, acharia que ela está só descansando.

Sentei-me na cadeira ao lado da cama de Madelaine e entrelacei nossos dedos. Meu polegar automaticamente começou a acariciar sua mão, procurando desesperadamente por um pequeno aperto de volta.

- Vanessa, você comeu alguma coisa esta manhã? - Camila suspirou e sentou-se ao meu lado.

- Eu não estou com muita fome - Eu murmurei enquanto meus olhos continuavam fixos no rosto de Madelaine.

- Eu entendo Nessa, mas...

- Você não entende.

Eu vi Camila balançando a cabeça pelo canto dos meus olhos e eu imediatamente me senti um pouco culpada por reagir assim.

- Sinto muito - Murmurei e olhei para ela.

- Tudo bem, vou pegar algo para você comer na cafeteria do hospital, ok? - Ela disse e se levantou da cadeira.

- Madelaine provavelmente teria empurrado a comida pela minha garganta se eu me recusasse a comer - Eu ri um pouco enquanto apertava a mão dela carinhosamente, mas novamente ela não apertou de volta.

- Sim, e ela provavelmente me mataria por não ter te feito comer - Camila riu baixinho - Eu volto já.

🌈▫️CAMILA▫️🌈

Subi as escadas em direção ao refeitório, em vez de usar o elevador. Eu sinto que preciso me mover para tirar parte desse sentimento ruim do meu corpo. Toda vez que eu vejo Vanessa tão quebrada e Madelaine tão silenciosa naquela cama, eu sinto que é minha responsabilidade garantir que Vanessa fique bem enquanto Madelaine está em coma. Eu devo isso a Madelaine.

Está sendo muito difícil ultimamente porque Vanessa sempre foi tão sorridente e alegre, mas agora ela não deixa ninguém se aproximar. Eu tento entender pelo que ela está passando, mas parece que ela não entende que ela não é a única que está sofrendo. Ver Madelaine assim e saber que ela pode não acordar me mata por dentro. Eu tento não ter pensamentos negativos, mas é difícil.

O médico parecia tão sério quando ele perguntou onde Vanessa estava, e a mãe de Madelaine saiu do hospital chorando. Eu provavelmente não os verei mais hoje já que eu tenho que ir para a faculdade em algumas horas. Vanessa tem perdido muitas aulas, mas eu não vou falar com ela sobre isso agora. Só a deixaria com raiva.

Eu andei pelo corredor que leva para o refeitório e senti meu celular vibrando no meu bolso. Eu li a mensagem e mesmo nesse momento deprimente, de alguma forma o nome na tela fez meu coração acelerar um pouco no meu peito.

De Lili: Ei, você ainda está no hospital? Como ela está? Eu gostaria de ter ficado um pouco mais. Eu odiei ter que ir depois que você chorou... Quer que eu passe aí mais tarde?

É estranho essa coisa que estava acontecendo entre Lili e eu. Estranho, mas de um jeito bom. Desde a Casa do Terror nos tornamos muito mais próximas. Eu nunca tive sentimentos por uma garota antes e eu não sei se isso que sinto quando estou com ela é algo que você poderia encaixar nessa categoria. Eu sei que gosto de passar tempo com ela, e quando estou perto dela, essa situação de Madelaine parece um pouco mais suportável. Eu gostaria de poder falar com Madelaine sobre isso, ela provavelmente faria um quiz comigo por vingança e então diria que sempre desconfiou da minha sexualidade.

Eu mandei uma resposta para Lili para que eu pudesse me concentrar em pegar alguma coisa para Vanessa comer.

Para Lili: Sim, Vanessa acabou de chegar aqui. Ainda não teve mudanças em sua situação, eu vou te avisar se algo acontecer. Tudo bem, eu estava feliz por você estar aqui, desculpa por isso, só ficou pesado demais. E sim, eu gostaria disso.

Eu coloquei o celular de volta no meu bolso e comecei a andar um pouco mais rápido até esbarrar em alguém. Eu olhei para cima para me desculpar, mas as palavras morreram em meus lábios quando eu vi quem era.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei irritada.

- Bem, é bom ver você de novo Camila, como você está?

- Eu perguntei o que você estava fazendo aqui? - Eu disse e cruzei os braços sobre o peito.

- Olha, eu não estou aqui para causar problemas. Acabei de saber o que aconteceu com Madelaine e pensei que Vanessa poderia precisar de um ombro amigo.

- E o que faz você pensar que ela quer isso de você, Matthew? - Perguntei surpresa por seu tom indiferente.

- Eu sei que parece estranho depois do que aconteceu entre eu e ela. Mas isso foi há dois anos e eu ainda me importo com Vanessa. Eu estava na cidade e só queria saber se ela está bem. Drew me contou sobre o que aconteceu com Madelaine e que Vanessa está aqui agora.

Eu encarei seu rosto e ele parecia sincero em querer saber como Vanessa está. Mas a última coisa que Vanessa precisa agora é Matthew aparecendo aqui do nada e tenho certeza que Madelaine não gostaria nenhum pouco disso.

- Eu vou dizer a ela que você passou por aqui, mas eu não posso deixar você ir lá agora.

- Você não escolhe quem entra naquele quarto - Ele disse irritado.

- Você deixou Vanessa sem qualquer explicação, simplesmente sumiu. Ela ficou devastada com o que você fez e agora você acha que ela precisa ter você por perto quando a namorada dela está em coma?

- Eu tive uma boa razão para ir embora, e o que você quer dizer com namorada? - Ele franziu a testa confuso.

- Vanessa e Madelaine estão juntas, então você não tem nada para fazer aqui.

- Uau, eu não sabia disso... Eu sei que Vanessa é bissexual... E até faz sentido. Vanessa sempre falou muito sobre Madelaine ... - Matthew disse pensativo.

Eu vi um leve desapontamento em seus olhos, mas sinceramente não consegui me importar.

- Se você se importa com Vanessa, como você diz, você vai deixá-la em paz. Na verdade, você não tem escolha, ou você vai embora agora ou eu te faço ir embora.

- Calma Camila, não tem necessidade de agir assim - Ele franziu a testa e colocou as mãos na frente de seu peito como um escudo imaginário.

- Elas já passaram por muita coisa, Matthew, só por favor, vá embora - Eu suspirei. Eu realmente não tenho energia para ficar em uma discussão assim por muito tempo.

Matthew se mexeu um pouco e franziu a testa. Eu podia ver que ele estava pensando sobre suas opções, mas eu acho que toda a minha linguagem corporal foi o suficiente para ajudá-lo a tomar uma decisão.

- Tudo bem... - Ele suspirou - Eu vou embora agora, mas eu ainda quero falar com Vanessa, e eu vou falar com ela.

Eu dei de ombros e sacudi a cabeça para frente e para trás.

- Nós costumávamos ser amigos... - Ele disse.

- Sim, nós éramos. Mas isso mudou quando você tratou Vanessa como lixo.

Eu vi que ele queria dizer algo em resposta, mas acho que ele percebe que não é a hora e nem o lugar para isso.

- Eu espero que Madelaine melhore logo - Ele disse sinceramente e se virou para sair.

Eu soltei um grande suspiro e descansei minha mão contra a minha testa. Não podia ficar pior.

Alguns minutos depois eu estava voltando para o quarto de Madelaine. A porta estava um pouco aberta e eu estava prestes a entrar com um copo de suco de laranja e um sanduíche até que ouvi Vanessa falando.

- Eu não tenho certeza se você me ouve agora, mas eu vou continuar falando mesmo assim. Eu acredito que você pode me ouvir ou sentir minha mão na sua. Por favor, me dê um sinal, Madelaine, eu preciso que você acorde... - Ela soluçou.

Silêncio...

- Eu sei que você está lutando para voltar para mim. Apenas aperte minha mão, eu sei que você pode fazer isso...

Silêncio...

Eu engoli seco e encostei a cabeça no portal da porta. Eu não me sinto bem em ouvir isso, mas também não parecia certo interromper.

- Essa manhã eu estava fazendo um pouco de café e acabei fazendo muito para mim. Eu ainda tenho que me acostumar com o vazio sem você lá... Não há um único dia que passe que eu não sinta você comigo, que eu não sinta sua falta... A cama é muito fria para mim sem você lá, então eu não durmo bem. Nossa casa não é mais a mesma sem som de sua voz nela. Às vezes eu até digo seu nome e fecho os olhos, esperando algum tipo de resposta, mas isso nunca acontece. Eu continuo acreditando que você vai ouvir minha voz contra todas as probabilidades. Você vai voltar para mim, certo? Você tem que voltar...

Uma mão no meu ombro me assustou e meu primeiro pensamento foi de que era Matthew de novo, mas quando me virei, vi o médico parado na minha frente.

- Eu não queria te assustar, mas... - Ele parou e olhou no papel em sua mão - Vanessa Morgan Mziray está aí? - Ele perguntou e apontou para dentro do quarto.

Eu rapidamente limpei uma lágrima do canto dos meus olhos e assenti.

- Sim, ela está.

🦋▫️VANESSA▫️🦋


Eu estava inclinada com a testa na mão de Madelaine enquanto tentava impedir que as lágrimas caíssem. Eu movi os dedos dela com a minha mão de modo que parecia que ela estava acariciando minha cabeça sozinha. Ela sempre fazia isso quando eu estava com dor de cabeça ou se eu estava prestes a cair no sono com a cabeça em seu colo em frente a TV.

O som da maçaneta da porta me fez levantar a cabeça. Eu esperava que fosse Camila, mas o médico entrou primeiro. Camila estava atrás dele com um sanduíche e um suco de laranja em suas mãos.

- Oi, Vanessa, como você está? - Ele disse amigável e estendeu a mão para apertar a minha. Eu não queria deixar a mão de Madelaine, mas seria muito rude se eu não apertasse sua mão.

- Eu estou bem... - Eu não disse isso de uma forma convincente.

- Eu entendo... Eu preciso falar com você sobre a situação de Madelaine. Você se importa se fizermos isso no meu escritório?

- Não podemos fazer isso aqui? - Eu perguntei depois de descansar minha mão na de Madelaine.

- Eu vou esperar lá fora - Camila disse e saiu do quarto.

O médico sentou-se ao meu lado e limpou um pouco a garganta. Comecei a deslizar meus dedos no braço de Madelaine enquanto o médico começou a falar.

- Então, para maior clareza, vou explicar a situação de Madelaine de novo brevemente. Como resultado do estrangulamento, seu coração parou de bater e seu cérebro ficou muito tempo sem oxigênio. Por sorte, eles conseguiram ressuscitá-la, de modo que seu coração começou a bater de novo. Por causa da falta de oxigênio em seu cérebro, ela caiu em um estado de coma.

Eu balancei a cabeça e dei uma rápida olhada no rosto pacífico de Madelaine.

- Não saberemos qual é o dano cerebral até que ela acorde. Às vezes, as pessoas perdem partes de sua memória ou perdem a capacidade de, por exemplo, escrever. Nós não sabemos qual é a situação dela até que ela acorde. Isso me leva ao próximo ponto que eu preciso discutir com você. Eu olhei os arquivos médicos de Madelaine e ela fez uma mudança em sua ficha há um ano.

Eu já ouvi tudo o que ele estava me dizendo, exceto pela última parte que me chamou a atenção.

- O que ela mudou?

- Bem, nos registros padrão sempre há alguém que decide o que acontece nesse tipo de situação. Normalmente são os pais ou alguém da família, mas Madelaine colocou o seu nome em vez do nome de seus pais - O médico disse.

- O que isso quer dizer? - Eu franzi a testa confusa.

- Eu vou ser honesto com você Vanessa. Eu não sei quanto tempo vai demorar para Madelaine acordar. Os resultados dos testes que fizemos ainda não mostram nenhuma mudança em sua atividade cerebral. Pode ser que ela acorde amanhã, pode ser que isso aconteça daqui a uma semana, mas também pode ser que ela nunca acorde...

Tentei bloquear essas palavras olhando para Madelaine em vez do olhar para o médico. Mas me obriguei a ouvir isso, é sobre Madelaine.

- Por enquanto, as chances dela acordar são pequenas. Ainda é cedo para pensar nisso, mas quando chegar a hora, você é quem tem que nos dar permissão para desligar os aparelhos...

As palavras de Madelaine no meu sonho voltaram para mim e mesmo que fosse apenas um sonho, nunca pareceram tão real quanto agora.

- Eu estou lutando para ficar aqui com você. Eu só preciso que você acredite em mim, que estou tentando de tudo para voltar para você, Vanessa . Eu sei que você sente que eu ainda estou lá, prometa que você nunca vai esquecer esse sentimento.

De repente, raiva e uma enorme sensação de proteção borbulharam dentro de mim e eu rapidamente me levantei da minha cadeira e fiquei na frente da cama de Madelaine.

- Você não pode simplesmente desligar os aparelhos, ela vai sair do coma! - Eu praticamente gritei.

- Nós não vamos fazer isso Vanessa, eu ainda estou esperançoso. Mas é meu trabalho informá-la sobre as coisas que podem acontecer no futuro, para prepará-la para isso.

Camila entrou no quarto com um rosto preocupado e eu estava tentando manter minha respiração sob controle. Comecei a me sentir tonta com a respiração irregular e pesada e tive que me sentar antes de cair.

- Eu sei que é muito para digerir agora, então eu volto em alguns minutos. Tente se acalmar um pouco - O médico disse e apontou para Camila.

Camila me envolveu em seus braços e senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- O que ele disse, Nessa? - Camila sussurrou enquanto eu me enterrava ainda mais nela.

Eu não sabia o que dizer, porque o que você diz quando as pessoas já acham que acabou? O que você faz quando nada está dando certo e os problemas continuam aumentando? O que posso dizer agora? Eu vou proteger Madelaine, não importa o que eles digam.

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