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18 •Mantenha a promessa•

🦋▫️VANESSA▫️🦋

Gotas grandes de chuva caíam sobre mim, lentamente escorrendo para o chão através dos meus cílios. Eu estou olhando para a mesma poça de lama na grama desde que chegamos. Eu não consigo nem lembrar de nada que aconteceu antes de eu estar aqui e eu nem quero lembrar.

De cada lado, sentia um braço ligado ao meu. Eu não sabia de quem eles eram e eu não me importava. Não eram os braços que eu queria que estivesse ali. Não havia conforto algum nesse toque, não havia nada que me fizesse querer olhar em outra direção que não fosse a da poça de lama. A voz baixa do cerimonialista me tirou do meu transe e tentei ouvir as palavras que ele estava dizendo.

- Em ​​nome da família, quero agradecer a todos vocês por virem hoje para lembrar a linda Madelaine Grobbelaar Petsch. Nós ouvimos muitas coisas especiais sobre Madelaine e...

O resto das palavras foram bloqueadas em minha mente depois de ouvir o nome dela. Eu não queria ouvir tudo aquilo de novo, não queria saber o que estava para acontecer. Voltei meu olhar para o chão e tentei encontrar a poça de lama que eu estava olhando nos últimos minutos.

- Nessa, você devia olhar... - O sussurro suave de Camila fez com que eu olhasse para ela. Sua voz estava cheia de dor.

Seus olhos estavam vermelhos e era difícil de ver por causa da chuva, mas acho que tinha lágrimas caindo de seus olhos também. Eu engoli seco e olhei para frente, onde um caixão marrom com flores espalhadas por ele estava lentamente desaparecendo no chão. Uma profunda e aguda dor perfurou cada pedaço do meu corpo e eu tive que fechar meus olhos para forçar uma respiração para fora dos meus pulmões.

O som suave das pessoas chorando me fez abrir os olhos de novo para ver de onde vinha. A mãe de Madelaine estava agarrada ao pai dela enquanto eles olhavam através das lágrimas para o caixão. Eu olhei em volta, para as pessoas que estavam em no entorno do caixão, e todos estavam chorando. Até mesmo Drew que eu nunca vi chorar limpava seus olhos com um lenço de papel. Eu vi que Lili e Camila ao meu lado estavam chorando também. Todos estavam chorando, todos menos eu. Por que todo mundo está agindo como se Madelaine tivesse partido? Ela está aqui. Eu sei e sinto que ela está aqui.

Eu queria gritar que todos tinham que parar de agir como se ela estivesse morta, para fazê-los parar de chorar e fazer a dor dentro de mim sumir. Eu balancei minha cabeça e voltei meu olhar para o chão. Alguém estava me perguntando se eu queria dizer algumas palavras antes de colocar a terra em cima do caixão para enterrá-lo. Eu balancei a cabeça e escutei a chuva batendo em cima da madeira do caixão. Depois de alguns minutos, o barulho da chuva tinha parado e havia sido substituído por suaves batidas de terra que foram jogadas nele.

O último adeus chegava mais perto com cada soluço ao meu redor. Se fosse possível, eu gostaria de ter pelo menos mais uma conversa com Madelaine. Então eu diria que estou esperando por ela e que o futuro estava sorrindo para nós. Então eu diria pela centésima vez que eu não quero mais ninguém além dela. Eu diria que eu a amo, Deus, eu tenho tanto para dizer a ela.

Uma mão no meu ombro me assustou e eu olhei para cima para ver a mãe de Madelaine, Debbie, parada ao meu lado. Ela estava tão triste que a realidade do que estava acontecendo me atingiu ainda mais.

- Todo mundo está entrando, se você quiser, ainda pode dizer algo... - Ela sussurrou suavemente.

Eu olhei para trás para ver Camila, Lili e o resto do grupo indo para o prédio.

- Você não precisa, eu entendo que é difícil Vanessa.

Voltei meu olhar para os olhos tristes de Debbie e balancei a cabeça lentamente para que ela soubesse que eu queria algum tempo sozinha com Madelaine. Ela forçou um pequeno sorriso nos lábios e se virou para sair ao lado do pai de Madelaine. Esperei até que todos se fossem e me virei para o túmulo.

Tinha uma foto de Madelaine em sua lápide e eu me impedi de ler o texto embaixo dela. A foto era muito distrativa para deixar meus olhos olharem para outra coisa senão o rosto dela, o sorriso dela. Eu soltei um grande suspiro e me arrastei para mais perto. Parou de chover e um pequeno feixe de luz solar atravessou as nuvens. O calor do sol deveria aquecer meu corpo, mas isso não parou os calafrios que percorrem minha espinha.

- Deus, isso é tão deprimente.

Uma voz familiar me assustou e eu me virei imediatamente para ver Madelaine sorrindo para mim. Meus olhos se arregalaram e eu esfreguei minhas mãos nos meus olhos para ter certeza de que é real. Ela apenas balançou a cabeça em diversão e parou quando ela estava ao meu lado, olhando para a lápide. Eu não sabia o que fazer então olhei rapidamente para a lápide também, mas mantive meus olhos fixos nela. Eu examinei cada pequena parte do seu rosto, memorizei todos os detalhes para que eu nunca os esquecesse.

De repente, ela entrelaçou nossas mãos e o calor familiar imediatamente fez meu coração bater mais rápido. Como isso é possível? Como isso pode acontecer?

- Você é r-real - Eu disse e me assustei com o quão quebrada minha voz soou.

- Eu sou tão real quanto você quer que eu seja Cha-Cha. - Ela sorriu e se virou, então ela estava de frente para mim.

- Mas você morreu, eu vi você...

- Eu não estou morta, Vanessa, eu estou lutando - Ela sussurrou e colocou a outra mão no meu rosto. Inclinei-me em seu toque e senti uma lágrima rolando pela minha bochecha até a mão dela.

- O que você quer dizer? - Perguntei confusa e segurei mais forte a mão dela para ter certeza que ela não iria embora.

- Eu estou lutando para ficar aqui com você. Eu só preciso que você acredite em mim, que estou tentando de tudo para voltar para você, Vanessa. Eu sei que você sente que eu ainda estou lá, prometa que você nunca vai esquecer desse sentimento.

- Mas eu não entendo, Mads, você já se foi - Eu soluçava levemente.

Eu joguei meus braços ao redor de seu pescoço e enterrei meu rosto na curva de seu pescoço. Eu inalei o cheiro dela e até isso pareceu real para mim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e envolveu-me em seu abraço.

- Você me prometeu que nunca me deixaria sozinha - Eu disse.

Suas mãos estavam acariciando minhas costas e cada vez que ela mexia sua mão meu corpo aquecia um pouco mais. Ela parecia tão real.

- Eu não estou planejando quebrar essa promessa. Eu preciso que você acredite que seus sonhos são mais poderosos que os fatos - Ela sorriu e se inclinou ligeiramente para trás. Abri os olhos e olhei para os olhos Castanhos que estavam fechados na última vez que os vi.

- Eu ainda não entendo - Eu disse quase inaudível.

- Você sente a chuva e o vento?

Eu balancei a cabeça ligeiramente e me pressionei ainda mais em seu corpo.

- Você vai me sentir como a chuva e o vento em sua pele. Eu estarei com você a cada instante. Encontro-me em tudo que você ver. Apenas sussurre meu nome quando você precisar de mim e eu estarei lá. Eu estarei lá a cada passo seu, onde quer que você esteja - Ela disse suavemente e pressionou seus lábios contra a minha testa.

- M-mas eu preciso de você aqui... - Eu solucei - Você não pode me deixar, Madelaine, por favor, não me deixe.

- Ssh, está tudo bem - Outro beijo na minha testa - Eu não vou te deixar, é o que estou tentando te dizer. Não é a hora de desistir, não enquanto você acreditar. Apenas lembre-se de que sempre amarei você, nosso amor é mais forte que a morte Vanessa.

Lágrimas escorriam mais pelo meu rosto e eu não queria mais nada além de acreditar no que Madelaine estava me dizendo. Tudo ao meu redor parecia tão surreal, a única coisa real que eu estava sentindo era Madelaine. Não apenas na minha frente, mas também dentro de mim, ela ainda está aqui.

- Prometa-me que você não vai desistir de nós, eu estou lutando, Nessa.

Eu balancei a cabeça novamente. Madelaine assentiu também com um sorriso e se inclinou para frente para capturar meus lábios nos dela. Quando eu tentei colocar me aproximar mais dela, senti seus braços deslizando lentamente para longe do meu corpo. Eu murmurei para ela ficar contra seus lábios, mas quanto mais eu tentava segurá-la, mais ela se afastava de mim. Um vento frio bateu na lateral do meu rosto e eu abri meus olhos para descobrir que Madelaine tinha ido embora.

Eu levantei rapidamente da minha cama e olhei ao meu redor. Eu estava na cama de Madelaine, no quarto de Madelaine, no nosso apartamento. Um grande suspiro de alívio tomou conta de mim enquanto deixei meu corpo cair de volta em seu colchão. Senti lágrimas nas minhas bochechas e limpei-as com as costas das minhas mãos. Eu tentei controlar minha respiração e senti meus batimentos cardíacos desacelerar. Essa é a terceira vez nessa semana que tenho esse sonho. Toda vez eu acordo com lágrimas no rosto e suor escorrendo na minha testa. Toda vez eu estou no funeral de Madelaine e toda vez Madelaine aparece e diz a mesma coisa. Ela está lutando para voltar para mim.

Só de pensar em Madelaine estar morta era horrível e eu enterrei minha cabeça em seu travesseiro para forçar esses pensamentos negativos para fora da minha cabeça. Ela não vai morrer, eu sinto isso. Além desse sonho, continuo sonhando comigo e com Madelaine casadas e morando em uma ilha deserta. Esses eram os sonhos bons, mas ultimamente esse outro sonho acontece mais frequentemente.

Eu respirei fundo e senti o cheiro fraquinho do shampoo de Madelaine que ainda permanecia em seu travesseiro. Essa é a primeira noite que eu durmo em casa desde que Madelaine foi internada no hospital há cinco dias. Camila e Lili me forçam a vir para casa e comer alguma coisa além da comida do hospital e tomar um banho. Eu não queria deixar Madelaine, mas os pais dela estavam com ela quando eu saí e tinha que voltar para casa de qualquer maneira para pegar mais roupas para Madelaine.

Quando finalmente senti meu corpo se acalmar, peguei meu celular na mesa de cabeceira e liguei para Camila. Ela me prometeu que ficaria com Madelaine e me contaria se alguma coisa mudasse antes de eu voltar depois de tomar café da manhã e pegar algumas coisas dela.

- Oi Nessa.

- Como ela está? - Eu imediatamente perguntei.

- Não teve mudanças, Nessa, eu sinto muito...

Toda vez que eu ouvia essa frase, parecia um soco no estômago. Eu tentei me manter calma e forte para Madelaine, mas não ficava mais fácil a cada dia sem nenhuma mudança.

- Então ela não se moveu ou abriu os olhos ou...?

- Não.

- Os pais dela ainda estão aí?

- Eles acabaram de sair para pegar algo para comer e trocar de roupa, eles estão aqui desde que você saiu.

- Quem está com ela agora?

- Eu vou ficar aqui com Lili, até você chegar. O médico disse que quer falar com você.

- Comigo? E os pais dela?

- Ele já conversou com eles, mas há algo que ele precisa discutir com você. Não sei o que é, mas parece muito sério.

- Eu não estou gostando disso - eu murmurei suavemente.

- Tenho certeza que não é nada para se preocupar. Pegue algo para comer e eu te vejo aqui, ok?

- Ok, obrigada Camila, eu estarei aí assim que puder.

Eu desliguei o celular e franzi a testa pensando sobre o que o médico poderia querer falar comigo. Eu tentei não me importar com isso, não adianta eu ficar imaginando todos os tipos de cenários negativos sobre isso.

Eu me arrasto para fora da cama e entro na cozinha. Eu fiz um pouco de café, peguei o jornal na porta e vou para o sofá com a xícara na mão. Em vez de ler o jornal, meus pensamentos voltam ao passado. A dor que eu tentei reprimir estava de volta e comecei a pensar sobre onde Madelaine está agora. Ela está no hospital, mas ela também está aqui comigo enquanto seu corpo está em coma. Balanço a cabeça e jogo o jornal na mesa, frustrada. Caiu perto de uma foto minha e de Madelaine. Meus pensamentos vão para todos aqueles momentos que tive com ela até agora, com a vida que compartilhamos quando ela ainda estava perto de mim.

Meus olhos estão observando a foto que está parcialmente coberta pelo jornal, é a foto que eu e ela tiramos há muito tempo na praia. Nós nos divertimos muito aquele dia, rindo uma da outra quando caiamos da prancha de surfe e ficamos conversando enquanto estávamos deitados na praia até anoitecer. Fechei os olhos e senti a sugestão de um sorriso nos meus lábios pensando em sua risada.

Dois anos atrás...

- Vanessa, eu não vou mais entrar na água, está muito frio - Madelaine disse e fez biquinho. Normalmente, isso teria funcionado, mas eu realmente quero pegar aquela concha grande que vi quando caí da prancha de surfe.

- Mas eu quero a concha, Mads. Eu não posso prender a respiração por muito tempo, mas você consegue. Por favor, pegue-a para mim.

Madelaine revirou os olhos para mim, mas eu já percebi que ela estava tentando esconder o sorriso em seu rosto. Eu não sei como eu sempre consigo fazer com que Madelaine faça algo para mim tão fácil, talvez porque nós somos melhores amigas. Algumas pessoas não entendem porque Madelaine e eu nos tornamos melhores amigas em um período tão curto de tempo, mas eu vejo algo nela que as outras pessoas não veem. Ou as outras pessoas não tentam enxergar isso. Não foi fácil no começo, ela foi meio malvada comigo, mas havia algo nela que me fez querer ficar por perto. Logo eu percebi que, se você olhar além daquela postura de durona, tem uma pessoa incrível.

Eu ainda não sei porque Madelaine às vezes age assim com algumas pessoas, eu acho que é um escudo que ela mantém para ninguém machucá-la. Eu já descobri que se você tirar esse escudo, tem uma garota vulnerável com um coração tão grande por dentro que é mais fácil machucá-la do que a maioria das pessoas pensa. Eu planejo manter esse grande coração são e salvo, de alguma forma, eu sinto que se tornou minha tarefa mantê-la segura desde que ela confiou em mim o suficiente para me deixar me aproximar.

- Nessa - A voz de Madelaine que soava um pouco irritada me tirou dos meus pensamentos - Você está chapada? Você viajou por alguns segundo.

- Eu estava pensando - Eu ri e dei-lhe um tapa brincalhão contra o braço dela - Você vai pegar para mim?

Eu fiz o meu melhor biquinho e mexi um pouco com os meus pés na areia molhada.

- Tudo bem, eu pego - Madelaine suspirou, mas balançou a cabeça com um sorriso brincalhão - Você tem que me mostrar onde ela está, eu não vou nadar por toda a costa para encontrá-la.

Fiz uma dança da vitória e corri para a água. Assim que a água atingiu meus joelhos, mergulhei na água. Madelaine estava certa, está muito mais frio do que uma hora atrás quando paramos de surfar. Uma onda fria correu pelo meu corpo e eu tive que me concentrar na minha respiração para parar o tremor do meu corpo. Eu me virei e vi Madelaine ainda em pé na praia.

- A água está fria? - Ela sorriu.

- Não...

- Seus lábios já estão ficando roxos - Ela riu.

- Ok, eu admito que está fria, mas você ainda vai pegar minha concha, né? Eu acho que está aqui em algum lugar.

Comecei a girar círculos na água para olhar para o fundo. Eu nadei um pouco para trás e para frente até que eu vi a grande concha brilhante debaixo de mim.

- Eu encontrei, Mads! - Eu disse, mas ela ainda estava do lado de fora da água.

- Eu vou comprar uma concha para você em uma das lojas de praia, eu não quero entrar na água. Acabei de me secar, o sol não está mais quente, e...

- Eu compro uma pizza inteira para você e deixo você escolher a sobremesa - Eu a interrompi e comecei a mexer minhas sobrancelhas.

Ela mordeu o lábio inferior e descruzou os braços do peito.

- Posso pedir qualquer pizza? - Ela murmurou enquanto chegava mais perto da água.

- Sim, qual você quiser - Eu ri. Ela está tão fofa agindo assim.

Eu a vi pensando mais uma vez até que um grande sorriso apareceu em seus lábios e ela mergulhou na água. Quando ela apareceu ao meu lado, seu lábio já começou a tremer e um pequeno arrepio apareceu em seu pescoço.

- Ok, eu estou aqui - Ela estremeceu - Onde está essa coisa?

Parei de andar na água por um minuto para poder ver mais claramente onde está. Era fácil enxergar e eu rapidamente eu achei e apontei com meu braço debaixo de água.

- Está bem embaixo de você - Eu sorri.

Madelaine parou de andar pela água por um segundo também e depois respirou fundo antes de mergulhar. Eu podia vê-la nadar embaixo de mim. Depois do que pareceu uma eternidade, Madelaine voltou à superfície com a concha nas mãos e um grande sorriso orgulhoso.

- Alguém pediu uma concha? - Ela sorriu enquanto mexia entre os dedos.

Eu franzi a testa e balancei a cabeça.

- Essa não é a que eu queria.

O sorriso de Madelaine caiu.

- Você está brincando, né?

- Sim, eu estou brincando - Eu ri e joguei meus braços ao redor de seus ombros para abraçá-la. Pelo menos eu tentei fazer isso da melhor maneira que pude enquanto estava na água. Ela riu e eu senti os braços dela envolvendo minha cintura.

- Você é uma idiota, Cha-Cha, podemos sair da água agora? - Ela perguntou e me soltou para começar a nadar de volta.

Poucos segundos depois, chegamos de volta às nossas toalhas e nos sentamos. Eu ainda tinha a concha na minha mão direita e me virei para encarar Madelaine, que ainda estava tremendo um pouco.

- Obrigada - Sorri sinceramente e bati de leve nela com meu ombro.

- Você sabe que eu teria pegado essa concha para você mesmo sem a pizza e a sobremesa - Ela sorriu timidamente e começou a puxar um pouco a toalha que estava entre suas pernas.

- Eu sei - Sorri e me aproximei um pouco para que nossos ombros se tocassem. Parecia um pouco mais quente estar mais perto dela. Embora já estarmos de shorts e camisetas, ainda estava bem frio com o sol quase se pondo.

Um sorriso apareceu nos lábios de Madelaine enquanto ela continuava brincando com a toalha embaixo dela. Quase parecia que ela estava nervosa. Eu virei meu olhar do pôr do sol em direção ao rosto dela. Eu deixei meus olhos caírem mais na direção da curva de seus quadris e sobre suas pernas em direção ao seus pés. Eu estava olhando para ela descaradamente, mas acho que ela está acostumada com isso agora. Ela me pegou olhando para ela tantas vezes, mas eu só admiro sua aparência. Ela é linda e estou sempre orgulhosa em dizer às pessoas que ela é minha melhor amiga.

- Você está fazendo isso de novo - Madelaine murmurou.

- Fazendo o quê? - Perguntei, mantendo meus olhos em seu rosto.

- Você... Você está me olhando assim de novo.

- Assim como? - Eu ri e me aproximei um pouco para que nossas coxas estivessem descansando uma contra a outra também.

- Como... Como se você não pudesse olhar para qualquer outra coisa além de mim - Ela disse quase em um sussurro e finalmente olhou para mim.

- Estou só admirando a vista - Eu sorri. Madelaine não disse mais nada, mas pelo sorriso que cresceu mais em seus lábios eu sabia que ela tinha me ouvido.

Depois de alguns minutos de silêncio, aproveitando o pôr do sol nós duas nos aproximamos e eu estava descansando a cabeça em seu ombro. Eu tinha o braço preguiçosamente pendurado em volta da cintura para tornar mais fácil para mim. Madelaine sabe que eu gosto de abraçar, especialmente meus amigos, então ela jogou o braço em volta do meu ombro e me puxou ainda mais para ela.

- Eu estava pensando em uma coisa hoje de manhã - Ela quebrou o silêncio.

Eu me apertei contra seu corpo quando um vento frio bateu em meu corpo.

- O que?

- Estou cansada daquele dormitório minúsculo e da minha colega de quarto. Se eu tiver que passar mais um dia ouvindo ela reclamando de tudo, juro que vou jogá-la da janela - Ela suspirou - Eu só quero ter mais espaço e eu odeio aquelas regras idiotas. Você não está cansada disso?

- Bem, minha colega de quarto é legal. Ela não é de conversar muito... - Eu dei de ombros.

- Camila tem sorte de ter Erinn como colega de quarto. Ela está viajando na maior parte do tempo, então Camila tem praticamente o quarto inteiro para ela.

- Então, o que você está tentando me dizer? - Eu murmurei quando comecei a me sentir um pouco sonolenta olhando para o sol.

- Eu tenho procurado na internet e tem um apartamento muito bom, não muito longe da faculdade, com dois quartos e um banheiro com banheira e chuveiro. Também tem uma sala e cozinha grande. É bem acessível se for dividir o aluguel.

Levantei a cabeça do ombro dela para poder olhar para ela. Eu vi um pouco de hesitação em seu olhar, mas comecei a entender o que ela queria.

- Então, você quer alugar esse apartamento? - Perguntei.

- Bem, eu meio que queria perguntar se você... Nós nos divertimos muito e... Bem, eu pensei que seria legal se... Você sabe... Uhm...

Eu ri um pouco de como Madelaine estava se atrapalhando com suas palavras e eu descansei minha cabeça em seu ombro de novo. Senti meu coração batendo mais rápido com a ideia de morar junto com ela. Eu não sei se Madelaine está realmente falando sério sobre isso e se é realmente possível, mas eu gosto da ideia.

- Eu adoraria me mudar para esse apartamento com você, acho que seria divertido - Eu sorri.

- Como você sabia que eu ia perguntar isso? - Madelaine riu e eu pude ouvir alívio em sua voz, por ela não ter que perguntar em voz alta. Talvez ela estivesse com medo de que eu dissesse não.

- Eu conheço você - Eu dei de ombros.

Um breve silêncio quase me fez querer dizer de novo que eu gostaria de me mudar para esse apartamento com ela, porque talvez ela não tenha realmente entendido que eu disse sim. Mas logo antes de abrir a boca para dizer isso mais claramente, seus braços se apertaram ao meu redor e sua cabeça se inclinou sobre a minha.

- Você é minha melhor amiga - Ela disse.

Fechei meus olhos brevemente e senti meu coração derreter um pouco no meu peito.

- Você também é minha melhor amiga.

Dia atuais.

Você nunca saberá o verdadeiro valor de um momento até que ele se torne uma lembrança. Ultimamente tenho revivido todos esses pequenos momentos quase mil vezes por dia. Isso me faz sentir que ela ainda está comigo, ela está vivendo dentro de mim até que ela abra os olhos no hospital. Porque ela vai, eu sei que vai.

Eu olhei ao redor do nosso apartamento e sorri, porque nós realmente conseguimos fazer isso. Depois dessa conversa, há dois anos atrás, eu descobri que Madelaine estava realmente falando sério e duas semanas depois daquele dia na praia, nós já estávamos nos mudando.

O sorriso em meus lábios desapareceu assim que voltei para a dura realidade. Eu preciso estar com Madelaine no hospital agora. Depois de pegar o jornal e arrumar a concha branca que está junto a foto, eu troquei de roupa e peguei a bolsa com as coisas de Madelaine . Fechei a porta do apartamento atrás de mim e chamei o elevador.

Os nervosismo estavam correndo por mim, pensando sobre o que o médico quer falar comigo. Ele disse para Camila que era algo sério e ele nem queria discutir isso com ela ou com os pais de Madelaine. Eu tive que parar os pensamentos sombrios que surgiram sobre essa conversa e eu abracei a bolsa de Madelaine com mais força enquanto segurava as lágrimas em meus olhos.

Não importa quão grande seja o desafio, o amor sempre nos levará na direção certa. Eu só tenho que ter em mente que ela está lutando naquela cama de hospital. Madelaine pode estar em coma agora, mas ela está lutando para voltar para mim. Ela prometeu.

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