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VINTE E TRÊS: Enquanto Houver Vida


— Onde é que você estava?

Baekhyun travou na porta de seu quarto ao ver seu irmão ali, o encarando com um olhar preocupado e com as bochechas molhadas, provavelmente o ômega mais velho havia chorado imaginando que algo de ruim pudesse ter lhe ocorrido.

E algo ruim havia mesmo ocorrido, Baekhyun só não sabia a proporção disso.

— Hoje de manhã o omma perguntou se você estava na minha casa, e eu tive que mentir para não o deixar preocupado, e você sabe que eu detesto mentir pro omma! — em nenhum momento a aflição do rapaz havia diminuído, ele nem sequer baixava seu tom, gritando com Baekhyun e extravasando toda a agonia que estava sentindo — Me fala, Baekhyun, onde é que você estava?

O mais novo encarou o irmão com os olhos alargados, não queria mentir, mas a vergonha de falar a verdade era imensa. Minseok segurou da gola de sua camisa, parando por um momento para cheira-lo. A boca de Baekhyun se entreabriu e sua respiração ficou cortada, ele sabia que Minseok não seria nada razoável diante do que havia acontecido.

Ainda mais quando soubesse com quem.

— Por favor, me diz que esse cheiro não é de quem eu tô pensando!

Baekhyun olhou para baixo, nem tinha como mentir ou inventar qualquer história que não deixasse seu irmão tão aborrecido. Ele não estava entre a cruz e a espada, estava com a lâmina roçando a garganta.

— Eu passei a noite com o ChanYeol, mas não me olhe assim, Minseok! — Baekhyun perdeu a compostura diante daqueles olhos acusadores, que o encarava, entre um misto de raiva e... medo — Você sabe que eu-

— Baekhyun, você não entende! — o interrompeu, parecia domado pelo desespero naquele exato segundo, segurando uma das mãos do irmão enquanto o arrastava para fora do quarto.

O menor estava ainda mais confuso, não entendia o motivo de estar sendo arrastado daquela forma, e muito menos o por quê de Minseok estar tão desesperado e apressado, quase como se estivesse indo tirar o próprio pai de uma forca. Seu pulso estava doendo, e quando eles saíram de casa as coisas se tornaram ainda mais confusas, pois estavam fazendo o mesmo caminho que Baekhyun fez na noite passada.

— Minseok, o que está havendo? — ele perguntava o tempo todo, mas o irmão parecia não ter tempo para responder direito — Por favor, me diz o que houve!

Em algum momento Minseok largou seu pulso, começando a correr pelas ruelas e becos tentando cortar caminho, Baekhyun então correu atrás. Em uma daquelas curvas, seu coração começou a doer, uma dor aguda que gritava dentro dele que algo estava errado, que algo muito ruim estava acontecendo naquele exato momento.

E quando viu a cabana de ChanYeol, seu olho esquerdo respondeu com uma lágrima.

Minseok empurrou a porta, que estava aberta, entrando na casa sem esperar a permissão de ninguém, o outro ômega também entrou, seguindo juntamente com Minseok o som estridente de choro que vinha de um dos quartos. O quarto de Chanyeol, Baekhyun sabia que aquele era o quarto de ChanYeol. Estancou na porta, as palavras do alfa borbulhavam em sua mente como se as mesmas fossem água quente, o queimando por completo e lhe causando uma imensa dor por todo o corpo.

A imagem de Myungjun agarrado ao corpo inerte do irmão deixou a todos em estado de pavor, Baekhyun perdeu o ar ali mesmo, vendo o alfa que tanto amava em um estado que mais se parecia com... morto.

— O que você está fazendo aqui?! — como um animal selvagem, o beta protegeu o corpo do irmão, se agarrando ainda mais a ele, enquanto olhava para Baekhyun e Minseok com desprezo e raiva — Você matou o meu irmão!

Baekhyun estava totalmente sem reação, as lágrimas desciam de seus olhos como se fossem cachoeiras, mas não havia nada de bonito ali. Focava-se no corpo extremamente pálido do Park, que de uma forma estranha carregava diversas marcas negras, as quais mais se pareciam com raízes que cresciam por baixo de sua pele. Tentou se aproximar e toca-lo, mas Myungjun bateu em sua mão o obrigando a se afastar.

— Myungjun, me deixe ver, por favor.

Com muita relutância o beta deixou que Minseok tocasse em ChanYeol, a pele do alfa estava extremamente fria, ele possuía todas as características para ser dado como morto, exceto uma, ele estava respirando. Mesmo que muito fraca, era possível sentir a respiração de ChanYeol, e aproximando seu ouvido do peito do mesmo, podia ouvir a lenta batida de seu coração.

Já era uma esperança.

— Ele ainda está vivo.

Os olhos de Myungjun se reacenderam, empurrando sua cabeça na direção do peito do alfa para poder também ouvir o som de seu coração.

— Myungjun, eu sei que você nos culpa pelo que aconteceu, mas, por favor, entenda que nós também somos vitimas do que aconteceu naquela época. — delicadamente, Minseok deixou uma de suas mãos caírem sobre o ombro do beta, que pareceu se encolher, de certa forma ele aparentava ainda querer proteger o corpo frio do irmão — Eu demorei muito para perceber o tipo de pessoa que ele era, mas isso não significa que eu não sofri com isso, naquela época eu não sabia o que fazer, e você... você era só uma criança.

Baekhyun começou a se lembrar, quando há seis anos atrás Wonsik cortejou Minseok, mas ele não foi o único, havia também outro alfa, que naquela época Baekhyun não prestou muita atenção, por passar mais tempo na casa de Kyungsoo do que na própria casa.

— Alguém, por favor, me fala o que está acontecendo... — a voz de Baekhyun era sussurrada, amedrontada e seu olhar estava assustado, ainda focado em ChanYeol.

Minseok o encarou, segurando firma uma das mãos do irmão.

— ChanYeol me cortejou juntamente com Wonsik, o que gerou uma imensa rixa entre eles... — suspirou, aquela história era difícil de ser contada — Você não prestava muita atenção nisso, estávamos um pouco distantes na época. Eles brigaram... brigaram feio, o Wonsik o desafiou para um duelo entre lobos, foi um verdadeiro massacre, os dois ficaram em um estado deplorável, mas o Wonsik conseguiu o encurralar. Depois disso ChanYeol foi obrigado a se afastar de mim e de toda a nossa família. — nesse momento, Baekhyun ainda o encarava confuso — Eu e Wonsik nos casamos, no começo eu estava feliz com ele, mas de repente ele começou a mudar, a se tornar amargo e distante, mas eu tentava o tempo todo acreditar que aquilo iria passar. Mas um dia, ele apareceu com muita raiva, olhou no fundo dos meus olhos e disse que odiava ChanYeol com todas as forças, e que faria algo para fazê-lo sofrer.

Os olhos de Baekhyun foram para ChanYeol, não fazia ideia do que era aquilo, mas se tinha a capacidade de deixar o Park daquela maneira, era algo extremamente cruel.

— Naquela época, ChanYeol havia expressado ter interesses em você, mas como você era muito jovem, nossos pais acharam melhor que ele não se aproximasse muito de você. Eu só não esperava que Wonsik fosse usar isso. — a voz embargou, os olhos de Minseok estavam trêmulos — Baekhyun... Wonsik amaldiçoou ChanYeol, eu não sabia que haviam feiticeiros na família dele, e nem que ele era ligado com essas coisas, então quando eu vi tudo aquilo na nossa casa... eu fiquei com tanto medo, ele me ameaçou, disse que eu não podia contar pra ninguém.

— Mas que.... que maldição?

— ChanYeol não podia encostar em você, e nem mais ninguém da nossa família, se os dois chegassem a se relacionar de uma maneira afetiva ou carnal, as entidades que Wonsik convocou para perturba-lo, o matariam.

Baekhyun estava confuso, suas mãos tremiam e ele não sabia que reação ter. Estava com raiva, estava com medo e se sentindo culpado. Não entendia como aquilo poderia estar acontecendo, ele nem sequer imaginava que Wonsik era capaz de algo assim. E é claro, por que ninguém nunca havia o contado? Se aquela história o afetava tanto, era direito dele saber de tudo.

Baekhyun se sentia traído, enganado pelas pessoas que julgava confiar.

— Por que vocês esconderam isso de mim? — foi sua única pergunta, a única coisa que ele conseguia formular naquele momento.

— Foi uma vontade do ChanYeol, ele não queria que você sofresse com isso, preferiu guardar essa dor só pra ele. — o mais velho tentava explicar, mas ele mesmo sentia que algo assim não tinha explicação, mal tinha nexo — E quando descobriu que você gostava dele, foi obrigado a te tratar daquela maneira para que você se afastasse, ele só não esperava que você fosse continuar insistindo. Baekhyun, nós queríamos ter te contado, mas você parecia o amar tanto, que jogar na sua cara que esse amor era impossível parecia ser algo cruel demais.

— Então vocês acharam que me deixar achando que fui rejeitado seria melhor?

O coração do ômega mais novo estava explodindo, se sentia péssimo por tudo o que estava ouvindo. Se tivessem contado a verdade desde o começo, as coisas poderiam ser diferentes, tudo poderia ter tomado um outro rumo. Não! Estava mentindo para si mesmo, nada seria diferente, não importava que caminho seguisse, Baekhyun sabia que em todas as portas do destino, ele sempre amaria ChanYeol.

Independente de tudo.

— Esse tempo todo... Ele estava sofrendo, ele só queria fazer parar a dor... ele não queria morrer, ele só queria fazer parar...

— Mas por que ele não morreu? — Myungjun finalmente se pronunciou, o beta ainda nutria uma pequena esperança de que algo pudesse ser feito.

Chanyeol sempre lhe dizia que enquanto houvesse vida, havia esperança.

— Eu não sei... Mas conheço alguém que sabe.

[... Mordida de Alfa ...]

Jongin havia levado Minhyuk com ele para o trabalho, estava decidido a ensinar o garoto uma profissão para a vida. Havia feito um acordo com Kyungsoo, um dia ele ia com Jongin, e no outro ficava em casa com Kyungsoo para ajudar nos afazeres domésticos, além de que o ômega também estava ensinando Minhyuk a ler e a escrever.

O beta aparentava estar muito feliz, sempre os agradecia por trata-lo tão bem. Minhyuk era bem forte, o que fazia Jongin acreditar que ele era do tipo dominante, o tipo de beta que se une à ômegas ao invés de se unirem com alfas, ou ainda havia a possibilidade do rapaz se unir a outro beta. Era engraçado ouvir Kyungsoo falando que quando chegasse a hora eles iriam procurar um bom pretendente para o beta.

O ômega estava mesmo o tratando como um filho.

— Tudo bem, garoto, você pega o jeito com o tempo. — JongDae tentava consolar o beta, que havia acabado de fazer mais uma peça torta.

O bom de se trabalhar com ferro, é que ele sempre pode ser derretido e então se recomeçar do zero, e Jongin faria Minhyuk recomeçar até que estivesse perfeito, não importava quanto tempo isso fosse demorar.

— JongDae também era péssimo na sua idade, e hoje ele já está quase aceitável!

O alfa mais novo respondeu jogando uma peça de madeira em Jongin, que foi acertado bem nas costas, reclamando com uma careta. Minhyuk gostava de ver como era o relacionamento entre eles, afinal, sempre quis ter irmãos, e idealizava que tipo de relacionamento queria ter com os tais. A forte amizade que havia entre os dois irmãos deveria ser vista e dada como um exemplo.

O nome de JongDae foi chamado por uma voz conhecida, porém em um tom jamais antes ouvido. Ambos ali presentes encararam a imagem do ômega atordoado, que havia acabado de entrar.

— Minseok, o que houve? — o loiro veio com a pergunta, e confuso por ver seu ômega tão aflito.

— Precisamos da sua avó.

Automaticamente Jongin interviu no meio da conversa, ele sabia o quanto era perigoso se referir à sua avó em um local onde qualquer pessoa poderia aparecer a qualquer momento. Afinal, a velha havia sido banida por ser considerada uma bruxa perigosa, e todos da alcateia já acreditavam que ela já estava morta.

— O que aconteceu? — foi Jongin quem perguntou.

— É uma longa história, não tem como explicar agora, eu não sei quanto tempo ainda temos. — o ômega falava rápido e bastante apressado, praticamente puxando os dois alfas pelos braços — Ele pode morrer!

O ômega parecia desesperado, e sem ter muita escolha, JongDae o seguiu, deixando Jongin com Minhyuk para trás.

O alfa não estava entendendo absolutamente nada, mas durante o caminho até a cabana do Park, Minseok lhe explicou tudo o que estava acontecendo, na esperança de que ele dissesse que sua avó poderia resolver aquilo, ou que pelo menos os levasse até ela.

JongDae já era acostumado a ver todo tipo de coisa, mas a estranha aparência de ChanYeol naquele momento parecia algo inimaginável e completamente absurda, nunca havia visto algo daquele tipo, nem sequer chegado perto, e olha que sua avó já havia lhe mostrado várias pinturas em livros velhos com todo tipo de coisa estranha.

E talvez em um deles...

— Você acha que a sua avó pode nos ajudar?

O Kim encarou o corpo mais uma vez, coçou o braço.

— Eu não sei, mas podemos leva-lo até ela.

— Por favor! — o beta praticamente gritou, ele ainda estava segurando o corpo de ChanYeol em seu corpo, enquanto Baekhyun estava sentado ali perto, alisando os cabelos do alfa e com as lágrimas ainda banhando seu rosto — Eu só tenho o ChanYeol, por favor, eu não sei o que vou fazer sem ele.

De fato, sem ChanYeol, Myungjun estava sozinho no mundo, em seus plenos 19 anos, o que acabaria o tornando frágil e perdido, porque mesmo que já estivesse acostumado a ficar sozinho quando o irmão viajava, a ideia de uma viagem ao qual ele nunca mais voltasse parecia terrivelmente assustadora.

— Eu vou buscar uma carroça, precisamos ser discretos.

O alfa loiro ainda ouviu um "obrigado" antes de sair da cabana, em busca de algo que pudesse transportar o corpo de ChanYeol pela floresta.

Sabia que era arriscado demais ir até lá de dia, mas não podia ficar parado vendo o sofrimento que ocorria naquela casa, os olhos dos três estavam fundos de dor. Ele odiava ver Minseok daquela maneira, e mesmo sem entender direito algumas partes da história, ele sentia que precisava fazer o que estivesse ao seu alcance.

E aquele beta, ele parecia tão abalado...

Pegou a carroça que usavam para transportar os carregamentos de ferro, ouvindo Jongin fazer um milhão de questionamentos a respeito, e se detendo em um simples "confia em mim". O alfa prendeu a carroça ao cavalo, o cavalo de seu pai que estava preso ali perto, e não se tardou em voltar para a casa onde todos estavam.

Tentaram ser os mais discretos possível, tirando o corpo pelos fundos da casa, ChanYeol era muito pesado, mas Myungjun ajudou JongDae a carrega-lo até a carroça. Baekhyun subiu para poder acomodar a cabeça do mesmo em seu colo, e então o cobriram com um lençol marrom para que ninguém visse que ali se tratava de um corpo. o beta acabou subindo para ajudar Baekhyun a manter o corpo de ChanYeol parado e não correr o risco dele escorregar para fora da carroça.

Quando todos estavam prontos, e sem esperar por qualquer outra explicação, partiram para a fora dos portões da alcateia.

Por sorte, não havia ninguém nos arredores da saída do vilarejo, então ninguém os viu sair e nem para que direção foram. Myungjun segurava as pernas do irmão o tempo todo, no fundo queria saber para onde estavam indo, mas não se sentia no direito de perguntar nada, já estava muito agradecido aos deuses por alguém estar fazendo alguma coisa para reverter aquele quadro.

Estava com tanto medo, que até se esquecera de continuar procurando culpados pelo que havia acontecido. De qualquer forma, o único culpado estava morto agora.

De dia era mais fácil encontrar o caminho e seguir por ele, os olhos treinados de JongDae nunca errariam, mesmo estando em algo que Myungjun e Baekhyun julgavam ser um labirinto. Todas as arvores eram iguais, eles poderiam até mesmo estar andando em círculos, apenas para ficarem tontos. E então a pequena cabana de madeira foi avistada, a pequena cabana onde estava contida a única esperança pela vida de Park ChanYeol. 

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