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NOVE: O Incontrolável Cio dos Ômegas


O sol já resplandecia há muito tempo quando os homens de Yifan terminaram de organizar tudo para a partida, seriam cinco dias, entre ir e voltar, o que não importava muito para a maioria deles, sendo que quase toda a tripulação era formada por alfas solteiros. O Wu não avistou mais Zitao, todavia não conseguia esquecer o gemido manhoso que ele havia soltado no dia anterior, e aquele cheiro que estava impregnado em seu cérebro, nunca vira um alfa cheirar assim, e parte de si ainda não conseguia juntar as informações e chegar a conclusão de que o Huang era um ômega. Talvez Yifan não quisesse acreditar que estava sendo enganado durante todo esse tempo.

De certa forma, mesmo que não os considerasse como amigos íntimos, todos os tripulantes eram seus companheiros, e mesmo aparentando não se importar, Yifan os considerava como uma segunda família, se importando em segredo, e os ajudando em segredo. Muitos ali já haviam ouvido os conselhos do estrangeiro, onde em secreto, o Wu os ajudou a seguir seus caminhos. A personalidade de Yifan sempre intrigou a muitos, fazendo com que tentassem se aproximar dele, e sentirem inveja de Yixing, por ser o único capaz de receber a atenção do capitão publicamente.

Mas é como dizem em mar aberto "o capitão deve ser o mais forte", e o mistério de Wu Yifan o tornava forte, e alguém excepcional para se ter por perto.

Havia pouco vento, e o navio se movimentava lentamente, nesse ritmo não chegariam na data programada ao seu destino. Todavia, não há registro de preguiça no sangue viking, principalmente quando se estava falando de alfas, e após descerem ao último andar da embarcação, começaram a remar de maneira organizada e revezada, para no caso de o vento não ter força, remarem os dois dias de viajem.

Foi somente ali que conseguiu ver Zitao, enquanto ele remava, podia ver os músculos de seus braços se contraírem, ele claramente forçava mais o remo em suas mãos. Acabou se perdendo naquela imagem, parando para notar todos os traços do rapaz, que era o mais jovem da tripulação, e também o menor. Quando ele chegou, por ter braços fortes e ser alto — comparado à ômegas — e por ser ainda muito novo, não passou pela cabeça de Yifan que ele poderia estar mentindo. O rapaz não era tão forte quanto seus braços diziam que ele era, mas mesmo assim o aceitou ali, de certa forma, alguma coisa o fez deixa-lo ficar.

Talvez se tivesse prestado mais atenção nele, não estivesse passando por essa dúvida.

O cheiro estava voltando para o seu nariz, foi quando notou que Zitao havia parado de remar, e com as duas mãos sobre o estômago, o rapaz olhava para frente com uma expressão de dor, os olhos dele se fecharam, e todos ali deveriam ter ouvido aquele grunhido alto e sofrido.

Tudo aconteceu tão rápido, em questão de segundos todos os alfas pararam suas atividades, ambos vidrados na imagem de Zitao, que se contorcia em um canto qualquer do navio, com a boca entreaberta e o rosto corado, ele aparentava respirar com dificuldade, e era possível notar o quanto aquele pequeno cômodo ocupado estava ficando cada vez mais quente.

Yifan tampou seu nariz, puxando um tecido solto dentro de seu bolso e o amarrando no rosto. Usando a boca para respirar, era possível sentir um gosto estranho se prender na língua, mas ele lutava para não se deixar prender no encanto do cio avassalador que aquele ômega havia entrado. Zitao era um ômega, e agora o seu segredo estava exposto para todos.

— Tapem o nariz e respirem pela boca! — a ordem do capitão foi ouvida, alguns, os que eram casados e mais controlados, o obedeceram por ainda estarem conscientes.

Porém aquilo não seria simples, Zitao se contorcia, agora no chão, e tentava tirar as próprias roupas, clamando para que os alfas viessem até ele, gemendo de dor e implorando contato. Eles o atacariam, estavam excitados e prontos para isso, os olhos embaçados, avermelhados e perdidos já mostravam o quanto se encontravam presos naquele cio, respondendo ao chamado daquele ômega.

Ômega, Zitao era um ômega.

Mas antes que o tocassem, Yifan se pôs diante dele, impondo sua presença e rosnando para eles. Segurou Zitao em seus braços, o tirando do chão enquanto o menor gemia e se agarrava ao seu corpo. Estava ficando difícil, seus instintos estavam cedendo, mesmo com o nariz tapado, era como se até mesmo os poros de seu corpo se abrissem, e o gosto doce na língua o fazia querer entrar em Zitao ali mesmo.

— Meu! — ele gritou para os outros, entre um rosnado e outro — Esse ômega é meu!

Alguns alfas começaram a se afastar enquanto a presença de Yifan crescia, ele apertava o ômega em seus braços, que parecia mole e completamente entregue. Fora difícil subir a pequena escada de madeira para o andar de cima com Zitao agarrado em seu corpo e beijando seu pescoço, mas ele conseguiu, fechando o alçapão logo em seguida, trancando os alfas no andar de baixo.

Carregou Zitao para sua cabine, balançando a cabeça e diminuindo o ritmo de sua respiração, lutando com todas as suas forças para não ceder a ele e o foder sobre um caixote qualquer. Conseguiu empurrar o ômega para dentro da cabine, pelo vidro conseguia vê-lo se arrastar até a porta, o chamando e pedindo por ele.

Se afastou dali com as pernas pesadas, seu lobo queria voltar e se trancar na cabine com Zitao, para poder o saciar durante aqueles dias, todavia seu lado homem o fez correr para o deque, tentando respirar um ar que ainda não estivesse impregnado com aquele cheiro. E ofegante, repousou as mãos sobre a madeira das laterais, sugando para suas narinas o cheiro do mar aberto. Sua cabeça rodava, e a imagem de Zitao corado e ofegante se recusava a se apagar de sua mente.

Estava duro.

Assustou-se quando uma mão tocou em seu ombro, iria ataca-lo no susto, porém parou ao ver Yixing ali, o olhando assustado, e aparentemente sem entender nada do que estava acontecendo, e nem o motivo dos homens estarem gritando no andar de baixo.

— O que está havendo, Yifan?

O maior soltou o ar dos pulmões.

— Zitao é um ômega. — o tom de voz revelava frustração, aquilo estava sem controle — Me ajude a encontrar aquela bolsa que ele carrega para todos os cantos, tem alguma coisa errada, nós o conhecemos há muito tempo e ele nunca entrou no cio perto de nós.

Yixing estava pronto para encher Yifan de questionamentos, todavia o alfa saiu em disparada para algum lugar, e tudo o que conseguiu fazer foi segui-lo. Viu o Wu mexer em tudo, revirar caixas e mais caixas, praticamente em desespero, procurando pela bolsa do então ômega.

Não era difícil identificá-la, havia uma rosa entralhada em madeira, presa em uma das laterais, o que fez com que o alfa parasse, ainda havia um pouco de delicadeza no falso alfa. A abriu encontrando vários potes com folhas e ervas que nunca havia visto, cada uma com símbolos desenhados nas tampas. Não saberia dizer o que era aquilo, só sabia que ao serem abertos, cheiravam azedo e forte.

— Zitao tomava essas coisas pra disfarçar sua natureza? — o alfa Zhang perguntou, recebendo um olhar do Wu que fazia a mesma pergunta — O que vamos fazer?

O olhar de Yifan caiu sobre o chão, parecia pensar.

— Desça e explique o que está acontecendo, bote todos para remar. — começou a falar enquanto subia para o andar de cima novamente — Vamos retornar para o vilarejo, não posso deixar Zitao aqui nessas condições.

Yixing afirmou com a cabeça e desceu, enquanto Yifan se dirigia para sua cabine. E quanto mais se aproximava, mais evidente e forte o cheiro de Zitao ficava, o entorpecendo, enquanto o estrangeiro lutava contra sua natureza alfa. Estava quente, estava duro, seu lobo completamente enlouquecido, parecia espernear e o rasgar por dentro, desejando e ansiando pelo corpo do ômega.

Entrar na cabine fez tudo ficar ainda pior, o espaço apertado era sufocante, e o cheiro já estava preso nas paredes. Zitao já havia tirado toda a roupa, e Yifan não conseguiu conter o próprio gemido ao ver o ômega inserir os próprios dedos dentro de sua cavidade anal, se masturbando de forma desesperada ao mesmo tempo que gemia e chamava seu nome.

— Yifan... — falou mais alto — Vem.

Precisou bater no próprio rosto para se manter são, tapeando o pequeno armário em busca de um pano limpo. Molhando o pano com cachaça pura, o alfa o amarrou em seu rosto, tapando seu nariz com o mesmo. Bebeu alguns goles da água ardente, tentando tirar aquele rosto doce do ômega de sua boca. Parecia mais acordado por mais que eu corpo ainda queimasse. Derramou outro líquido, mais forte e azedo em um pequeno pedaço de pano, não queria ter que fazer isso, mas se fazia necessário.

Merda! O cio de Zitao era muito forte.

Agachou-se ao lado do ômega, que rapidamente levou suas mãos ao alfa, desesperado para o tocar. Todavia, antes que pudesse fazer isso, o Wu prensou o pano sobre seu nariz e boca, não demorou muito para que Zitao apagasse. Cobriu o ômega com um de seus casacos, era um pouco grande para ele, o colocando sobre a pequena cama que ali estava.

Mas o cheiro continuava a exalar, cada vez mais forte e intenso. Sentiu o navio começar a virar, eles estavam retornando para a alcateia. Porém, mesmo que conseguisse tirar Zitao do navio, com aquele cheiro forte os alfas o notariam, e provavelmente atacariam. Nunca havia visto algo assim, o cio daquele ômega era ainda mais forte do que o de um ômega lúpus. Yifan estava confuso, e sua mente brilhante aparentava estar lenta, e provavelmente também entorpecida pelo desejo.

Abraçou Zitao pelos ombros, apoiando a cabeça do mesmo sobre seu peito, se passasse seu cheiro para o ômega, conseguiria disfarçar mais aquele cheiro absurdo de cio, seu plano era tirá-lo do navio e lavá-lo para sua cabana. Talvez não fosse essa a decisão que um homem decente tomaria, mas ele não sabia mais o que fazer. Yifan estava decidido a cuidar de Zitao durante aquele cio, nem que para isso tivesse que dopá-lo.

[... Mordida de Alfa ...]

Kyungsoo terminava de limpar a cozinha depois do almoço, seus olhos sempre se desviavam para olhar a imagem de seu marido sentado em um banquinho ao lado da janela, Jongin olhava para alguma coisa lá fora, calado e talvez pensando em algo banal, que não interessaria saber o que. Queria puxar algum assunto, conversar com ele, perguntar sobre sua vida e família. Todavia, a distância estranha entre eles pesava em seus ombros, e o ômega não conseguia dizer nada.

— Kyungsoo. — o alfa o chamou, fazendo o menor parar e olhar para ele — Vem aqui. — Jongin bateu em uma de suas coxas, sorrindo daquela maneira que descobriu que Kyungsoo gostava.

O menor foi até ele, sentando-se em seu colo, foi abraçado por Jongin, que rodeou sua cintura com os braços. Deixou sua cabeça repousar sobre o peito do maior e passou a olhar o chão coberto de neve lá fora. Estavam quase completando o primeiro mês de inverno, e não podia negar que estava ansioso pelas flores da primavera. O coração de Jongin batia rápido, o coração dos alfas tinha um pulsar único e incrível, sempre acerelado, ao contrário do coração dos ômegas, que eram lentos e calmos na maior parte do tempo.

O nariz de Jongin percorreu toda a extensão do pescoço descoberto do ômega, que sentiu arrepios. Jongin adorava sentir seu cheiro, era seu vício, e já perdera as contas de quantas vezes o alfa surgia, o cheirava e depois voltava aos seus afazeres, não entendia aquilo muito bem, mas gostava de saber que seu marido gostava de seu cheiro. Isso o deixava quente.

— Você é tão pequenininho e frágil. — ele dizia enquanto depositava um beijo ou outro em sua nuca — Tenho medo de te quebrar.

Kyungsoo acabou segurando o pequeno riso que queria sair, abaixou seu olhar, estava ficando vermelho, conseguia sentir o membro do Kim ficar duro abaixo dele.

— Eu sou louco por você, Kyungsoo.

O ômega não sabia o que "ser louco" por ele significava, porém, seu coração recebeu de forma positiva, já significava alguma coisa, e "ser louco" por ele, era melhor do que o "nada" que Kyungsoo acreditava ser o sentimento de Jongin. Não conseguiu responder nada. Ah! Se soubesse o quanto aquele silêncio incomodava seu marido, Jongin queria uma resposta, nem que fosse um "também", qualquer coisa já serviria. Mas não, somente o silêncio veio.

A verdade era esta, Jongin era louco por Kyungsoo, e agora cabia ao ômega decifrar o significado daquilo.

— Trouxe um presente pra você. — o Kim tirou algo de um de seus bolsos, o prendendo no pulso do menor era uma pulseira de prata, talvez não tão prata assim, que o alfa havia comprado com os feirantes enquanto voltava para casa, assim que a avistou, sabia que ficaria perfeita no pulso de seu ômega.

— Ela é linda, obrigada. — Kyungsoo finalmente falou alguma coisa.

Para o fim do tormento do Kim.

— Me agradeça direito.

Ajeitando-se no colo do alfa, Kyungsoo conseguiu se virar um pouco para ele, agarrando-o pelo pescoço e o puxando para baixo, para que então, seus lábios pudessem se tocar. Jongin adorava quando as mãos pequenas do Do o puxavam pela nuca, devagar e receoso, como se tivesse medo de ser rude. A delicadeza de Kyungsoo o excitava, e o deixava fervendo em brasa.

Segurava seu ômega pela cintura, do jeito possessivo que sempre o segurava, amaciando sua pele com os polegares, sentindo a língua do pequeno entrar em sua boca e o vasculhar, aos poucos os beijos do ômega ficavam cada vez melhores e menos tímidos, adorava deixar Kyungsoo conduzir o ritmo inicial. Seu maior desejo era ver seu ômega perder completamente aquele medo irracional que ainda tinha dele.

Afinal, Jongin nunca lhe dera motivos para ter medo.

— Quero te encher de filhos. — foi a primeira coisa que o alfa disse quando suas bocas se separaram, de forma sussurrada e arrastada, informando em entrelinhas que acasalariam muitas e muitas vezes, e agora mesmo — Quero te encher de tudo o que te deixe feliz.

[... Mordida de Alfa ...]

JongDae havia levado Minseok para o trabalho, os dois estavam tentando ser... amigos, por mais que Minseok soubesse que havia algo errado com o alfa, já o pegara olhando para sua marca diversas vezes, como se a analisasse, ou simplesmente a desafiasse. Ela era sua condenação, uma espécie de prisão sem grades, e tocá-la era como reacender a presença de Wonsik em sua alma e seu coração.

Mas que merda! Não queria que fosse assim, seu amor por seu alfa falecido era tão grande que não conseguia recordar-se de seus defeitos. Defeitos... Wonsik tinha tantos, talvez se focasse neles as coisas se seguissem de maneira diferente. Todavia, seu amor, ou obsessão, chamem do que quiserem, não deixava, não o deixava focar nas coisas ruins que seu tão amado alfa havia feito.

— Jongin está atrasado. — o alfa comentou olhando para o lado de fora, mas não se perguntava o motivo do irmão estar demorando, ele sabia muito bem o que ele estava fazendo — Quando ele chegar nós vamos dar um passeio, ele merece trabalhar o dobro o resto da tarde por ter me deixado sozinho.

O pai dos irmãos Kim havia dito que tiraria a tarde de folga, para dormir ou fazer o que bem quisesse, o que era um prato cheio para Jongin se atrasar ainda mais. E quem o culparia se quisesse passar mais tempo em casa com seu ômega? Afinal, havia acabado de se casar.

Minseok estava sentadinho em um canto, olhando tudo ao redor, todas as peças de ferro e algumas também de prata que eram moldadas ali. Algumas possuíam formas estranhas, que não conhecia, enquanto outras formavam objetos incrivelmente bem construídos e polidos, a família Kim era muito talentosa, já havia ouvido falar sobre o quanto os Kim eram bons em construir e criar objetos, desde o ferro até a madeira.

Seus olhos repousaram sobre o alfa, que moldava alguma coisa próximo ao fogo, por serem quentes, os alfas suavam muito mais que os ômegas, e era possível ver as gotas pingarem de seu rosto. Acabou se perdendo na imagem do loiro, JongDae era incrivelmente bonito e encantador, não havia nem visto tempo passar enquanto o olhava, e sentia que podia olhá-lo para sempre, só para admirar aquela beleza descomunal que ele tinha.

Precisava desviar seus olhos, sentia algo estranho quando o olhava, algo que há muito tempo não sentia, tanto que já não sabia reconhecer o que era. Ficar ao lado do Kim era como viver em uma luta interna constante, enquanto parte de si queria chegar mais perto, e a outra parte permanecia em alerta, gritando para que voltasse para casa, lhe avisando que se aproximar demais de um alfa tão jovem era perigoso. "Mas que mal teria isso" poderia se perguntar, "Há muitos males", poderia se responder.

— Não me apareça com esse sorriso depois de me deixar trabalhar sozinho! — o alfa mais jovem atirou um trapo em seu irmão, que o pegou.

— A culpa não é minha se eu tenho um ômega maravilhoso. — Jongin se fez de inocente, passando pelo mais novo e batendo nele com o trapo. Foi só então que percebeu que havia alguém ali, sentado e quieto em um dos cantos, olhando para eles — Mas você não está sozinho.

O ômega se colocou de pé quando se referiram, abaixando a cabeça por estar um pouco envergonhado, o cheiro que Jongin ainda estava misturado ao de Kyungsoo, e o cheiro de alfas que haviam acabado de acasalar, de certa forma, deixava os ômegas constrangidos.

— Eu sou Byun Minseok, sou um amigo de Kyungsoo, o seu ômega.

JongDae já havia comentado sobre o seu irmão, e também já havia o visto na cerimônia onde ele se uniu à Kyungsoo, aquele rosto não era fácil de esquecer.

— É um prazer conhece-lo. — o alfa sorriu pequeno e gentil, sem dar nenhum passo para mais perto, achando melhor ficar longe para não o constranger mais com seu cheiro — Fico feliz em conhecer os amigos do meu ômega, nos visite sempre que quiser.

Minseok sorriu ao conhecer a gentileza do alfa de seu amigo, ficara feliz em ver que o alfa de seu amigo aparentava ser bondoso, o que poderia significar que o tratava bem. Ficou apenas observando enquanto JongDae deixava de lado o avental e os materiais que estava usando, lavando as mãos em uma bacia com água. Não sentou-se mais, pois sabia que eles não iriam ficar ali.

— Vem, Minseok, vamos dar uma volta. —o alfa segurou sua mão o puxando para fora do local — E você, Jongin, seja bonzinho e termine tudo.

Foi acertado pelo velho trapo antes de sair dali com Minseok ao seu lado. Lá fora era frio, mas o calor que emanava de JongDae era tão intenso que tornava o frio insignificante. Não conseguiu negar quando o alfa entrelaçou seus dedos, aquele ato simples e... romântico, era algo que gostava, e já estava, de certa forma, tão envolvido com ele que um simples andar de mãos dadas não faria tanta diferença assim.

Um passeio simples e respeitosos, um passeio de amigos, amigos e nada além disso. Já fazia muito tempo que o ômega não andava por aqueles lados, seus anos trancafiado dentro de casa pareciam ter atrofiado seu corpo, sempre parando para descansar um pouco, ou sentar-se em algum lugar. O corpo de Minseok estava exausto e sedentário, sendo que suas maiores viagens nos últimos três anos envolviam ir até a venda e voltar caindo aos pedaços.

Mas estar com JongDae lhe dava forças, de alguma forma, ele estava gostando tanto de andar com o rapaz que havia esquecido a sua dor, ou pelo menos, a deixado num cantinho, apenas para curtir aquele inicio de tarde, com alguém que aparentava valer à pena lutar.

Valer à pena.

JongDae valia à pena.

— Vale à pena. — acabou pensando alto e sussurrando. O que obviamente ele ouviu, a audição dos alfas era incrível, sempre ela a responsável por meter os ômegas em situações de se estar contra à parede.

— O que vale à pena?

O rosto do alfa estava muito perto quando ele se virou, Minseok acabou arregalando seus olhos pelo susto. E por dois segundos, olhando bem fundo naqueles olhos brilhantes, o ômega sentiu uma martelada estranha no peito, e era como se naquelas ruas movimentas existisse apenas ele e JongDae. Os lábios grossos e chamativos estavam lá, podia sentir sua boca salivar, pensou em se aproximar, em provar do gosto daquela boca, saber como o beijo do Kim era. Mas algo o fez parar, e não saberia dizer se esse algo havia sido sua consciência ou seu medo.

Desviou os olhos para o chão, passando a andar apressado, meio ofegante e claramente nervoso. Ele estava fazendo tudo errado, para um ômega marcado, se deixar apaixonar por outro alfa era como pedir por ainda mais dor em sua vida já desgostosa e complicada.

Todavia, não conseguia controlar as batidas desesperadas de seu coração.

[... Mordida de Alfa ...]

Zitao era bem mais pesado que qualquer outro ômega, mas esse não era o problema, Yifan estava preocupado, o ômega em seus braços continuava desacordado enquanto ele o carregava pelas ruas mais estranhas e desertas, evitando ser visto por qualquer pessoa do vilarejo. Não estavam tão longe da vila quando Yifan deu a ordem de retorno, o que fez com que chegassem logo. Yixing retornou com o navio para buscar a encomendas, deixando Yifan sozinho com um ômega em pleno cio, e não um simples ômega, um ômega que negava a sua natureza, e agora gritava e exalava por todos os poros quem ele realmente era.

Sua cabana ficava um pouco mais afastada, onde haviam apenas duas acabanas, a dele, e a de Yixing, que ficava um pouco mais para baixo, próxima ao rio congelado. Fechou a porta usando as costas, evitando que a neve entrasse. Tudo continuava do jeito que deixou, afinal, quem ousaria entrar ali? Possivelmente Yifan era um dos alfas mais altos e fortes que havia por aquelas redondezas, além de haver o mistério e nunca saber o que ele, teria ou não, coragem de fazer.

Deitou Zitao em sua cama, o cobrindo com uma coberta grossa. Ficou ao lado da cama por um tempo indeterminado, apenas olhando para aquele rosto, que dormindo parecia sereno. Se sentia enfurecido por ter sido enganado, mas ao mesmo tempo, por não conhecer os motivos do ômega, ele não sabia que reação ter. Para negar a própria natureza, algo deveria ter acontecido para o traumatizar, e naquele momento, o que Yifan mais queria saber era o que.

Como não havia notado antes? O rosto bonito e delicado do Huang gritava aos quatro ventos que ele não era um alfa, toda a verdade esteve o tempo todo em sua cara, e ele se deixou cego. Se sentia frustrado, e talvez meio... desesperado? Ou usem a palavra que melhor lhes caber. Quando o ômega acordasse, teria que escolher, entre apaga-lo novamente, ou sacia-lo, e naquele momento ele precisava pensar com a cabeça de cima, e não com a de baixo. Merda! Seu lobo queria trepar com ele, e seu lado humano queria mais ainda.

Saiu de perto, indo parar na cozinha, sentado em um dos bancos, olhando para a madeira nova da mesa e tentando raciocinar direito, aquele cheiro doce estava o sufocando, apagando aos poucos o seu bom sendo, e o fazendo arder em cada vez mais desejo. O cheiro se tornava cada vez mais forte, mais próximo, até sentir as mãos do ômega tocando seu abdômen, por baixo da camisa, havia ficado tão surpreso pela aproximação sorrateira do rapaz que seu corpo inteiro se arrepiou.

— Yifan... Vem. — ele estava o chamando novamente, com aquele mesmo tom manhoso e arrastado, como em um gemido, o tocando sem nenhuma vergonha, desesperado por ele.

Seu corpo ardeu quando o ômega deu a volta, sentando em seu colo e passando a beijar seu pescoço e rebolar sobre seu membro, completamente nu e duro, Zitao estava duro. A lubrificação natural do ômega escorria entre suas pernas, ele estava tão quente e corado, agarrando suas roupas... implorando.

— Yifan... doí. — ele arfava levando uma de suas mãos para o seu traseiro, inserindo em si dois dedos — Eu preciso... maior.

Os olhos de Zitao estavam muito acesos e avermelhados, o ômega tentava o beijar, mas Yifan ainda negava qualquer outro contato. Merda! Ele não conseguia ter outra reação, seu corpo havia paralisado pelo tamanho desejo que passara a sentir, e estava duro, completamente duro, vivenciando uma luta interna, querendo, e ao mesmo tempo se sentindo culpado por querer.

Zitao estava entorpecido pelo cio, um cio tão forte que chegava a assustar, ele só queria ter alguém naquele momento, ter alguém dentro dele, entrando e saindo. Sua boca salivava, e até sua respiração era capaz de deixar qualquer alfa excitado. Não saciar Zitao seria o mesmo que condena-lo a uma dor que o rasgaria no meio, nunca vira um ômega gemer e contorcer daquela maneira, tão necessitado e fora de si.

Mais tarde, ambos descobririam que o ômega estava tomando os chás de forma errada e em dosagens erradas, e assim como Jongin havia dito, qualquer erro daria efeito contrário, o que significava que aquele cio havia chegado com o dobro da intensidade, como se Zitao estivesse tendo dois cios ao mesmo tempo. E se Yifan soubesse disso, não teria demorado tanto para corresponde-lo, e se entregar de uma vez ao desejo insano que os dois sentiam. 

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