Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

DEZESSETE: Amor de Alfa

Mordida de Alfa

Cap. 17: Amor de Alfa

A M A R O

Os passos de Kyungsoo eram ligeiros, ele quase caiu diversas vezes, escorregando na neve escassa pelo fim do inverno. Corria rápido, da maneira que podia, sentindo seu corpo doer pelo frio da madrugada, havia deixado tudo para trás, suas roupas, seus chinelos, sua capa... Jongin. Os panos finos que vestia não o protegiam daquele vente gélido, e os pés finos doíam naquele chão gelado.

Ele mesmo se condenou.

Ouviu um grito alto soar pelas ruas, um rosnado, aquele som que ele conhecia tanto. Tentou correr mais rápido, mas tropeçou ao olhar para trás, deixando seu corpo cair no chão duro, onde não mais havia neve, bem na entrada no vilarejo. Suas lágrimas carregadas e dor e desespero caíram na terra, a molhando e manchando em uma cor mais escuro, porém nunca tão escuro quanto estava o seu coração naquele momento. Ele queria morrer, queria sumir e esconder para sempre a sua vergonha.

A sua dor.

Naquele momento, com seu corpo largado de qualquer jeito no chão, Kyungsoo soluçava baixinho em meio à mil pensamentos, que vinha tão rápido quanto flechas. As palavras ditas mais cedo por uma boca estranha, e as ouvidas outrora, sobre juras de amor e uma promessa de algo eterno. Ele achou que fosse pra ser eterno, mas não poderia, e por isso partiu, para que ele não fosse ferido ainda mais. Poderia sobreviver a tudo, menos às palavras duras de quem tanto amava.

Era melhor fugir disso.

Mas quando sentiu aquelas mesmas mãos grandes, aquelas mãos que o apertavam e o acariciavam todos os dias, entrou em desespero, fora a primeira vez que se sentiu assim diante daquele toque. Fora a primeira vez que chorou daquele jeito diante dele, fora a primeira vez que o quis longe.

— Me solte, Jongin! — ele gritou quando seu marido se agachou ao seu lado e ergueu seu dorso do chão — Me deixe ir embora!

Suas pequenas mãozinhas o empurravam para longe, enquanto ele, confuso, tentava se manter por perto. A verdade era que Jongin não estava entendendo nada, quando acordara naquela madrugada, sentindo seu peito arder, encontrara a cama vazia e a porta aberta. Sentia toda a dor e desespero vindos de Kyungsoo enquanto corria atrás dele pela vila. Seu coração doía tanto, era despedaçado diante dos sentimentos de dor que vinham de seu ômega, e sofria ainda mais por não saber o motivo dele estar fugindo daquele jeito. Indo embora sem dizer sequer um adeus.

— Mas por que está indo embora, Kyungsoo? — ele o indagou, segurando forte as suas mãos, o impedindo de ir para longe — Por que está fugindo de mim?

O ômega ainda soluçava, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Kyungsoo estava em um estado deplorável, e Jongin odiava o ver assim, ainda mais por não saber o motivo daquela flor estar tão despedaçada.

— Melhor do que ouvir você me mandar embora!

— E por que eu te mandaria embora?

— Por que..! — sua voz morreu, a dor era tão intensa que a fazia se apagar, lhe arrancava as palavras como se elas fossem facas, elas vinham, rasgavam a garganta e o faziam gemer e gritar de dor. Tudo era como um imenso pesadelo, se tornando real. E o jeito que Jongin o olhava, confuso, com medo, tornava as coisas ainda mais difíceis — Eu visitei o médico da vila, e ele disse que eu... Eu não...

— Você-

— Eu não posso te dar filhos.

Um simples sussurro, porque voz além daquilo não existia. Seu pequeno corpo amoleceu, seus olhos se desviaram dos de Jongin, completamente sem coragem de encarar o alfa. Aquele que era o seu alfa. Em silêncio, ele esperava pelo momento em que Jongin iria embora, o deixando sozinho, para morrer sozinho.

Naquela época, era comum ômegas estéreos serem abandonados por seus alfas, e na cabeça de Kyungsoo, por Jongin nunca ter dito o que realmente sentia, nem nunca sequer ter dito que gostava dele, significava que o alfa poderia fazer isso, poderia o deixar por ser defeituoso. Afinal, do que valeria um ômega que não pode dar filhos aos seu alfa?

— E só por isso você acha que eu vou abandonar você?

Os olhos do ômega se ergueram, procurando qualquer sentimento que fosse expressado pelo alfa, encontrou decepção, Jongin estava decepcionado com ele, e não por não poder ter filhos, mas sim por ter fugido, o julgando como alguém que poderia lhe fazer algum mal. Fora tão tolo, como pôde ter pensado algo assim de um homem como ele? Era obvio que ele ficaria ofendido e magoado.

— Eu amo você, e não é a palavra de um médico que vai mudar isso. — os bracinhos do ômega rodearam a cintura do Kim, o abraçando de uma forma fraca, sem força nenhuma. Ele chorou ainda mais, e dessa vez por si mesmo, sua vontade de ter filhos era tão grande quanto a vontade que tinha de ser amado, e se não pudesse ter tudo, se agarraria ao que tinha, pondo nele a sua felicidade — Kyungsoo, nós já somos suficientes um para o outro.

[... Mordida de Alfa ...]

— Ele é igualzinho ao Yixing, tem até umas pintinhas nas costas.

Junmyeon bufou diante do comentário de Zitao, ainda vivendo em indignação por seu filho não se parecer nada com ele próprio. Mas foram as pintinhas nas costas que fizeram o mais velho olhar para ele, e com uma pontinha de ciúmes, o indagar:

— Como sabe que o Yixing tem pintinhas nas costas?

Zitao colocou o bebê de volta no bercinho após acabar de vesti-lo. Sentou-se ao lado do outro ômega, que dobrava uma pilha de roupas com um bico nos lábios. Mesmo tendo passado apenas dois dias com Junmyeon, já fora possível notar o quanto ele estava apaixonado por Yixing, pois esse era o seu único assunto, sempre se referindo ao alfa em tudo o que fazia ou dizia, o nome do Zhang não saia de sua boca. E também era possível notar todo o seu ciúme por ele, sempre se eriçando quando Kyungsoo ou Baekhyun se referiam a ele, especialmente Baekhyun, que já fazia aquilo de propósito.

— Nós nos conhecemos há muitos anos, conheço muitos detalhes dele. — as palavras haviam sido escolhidas para deixar o ômega Kim ainda mais enciumado, o que era possível ao ver por suas bochechas infladas — Você gosta muito dele, não gosta?

O ômega mais velho parou o que estava fazendo pela metade, seus olhos se desviaram para um ponto qualquer, e em seguida para o mais alto, que a essa altura já estava dobrando as roupas também. "Gostar", Junmyeon não gostava de Yixing, o que sentia pelo alfa que era exatamente um "gostar", ou pelo menos, ele nunca parara para decifrar o que aquilo realmente era. Desejava Yixing, isso certeza, e o queria por perto sempre, isso era gostar?

— Junmyeon está louco pro Yixing ser o marido dele. — Kyungsoo apareceu na porta do quarto, era um dia mais quente, início de primavera, e o ômega vestia apenas uma túnica simples e de mangas curtas — Mas ele vive aqui, praticamente mora com você, ele já é seu marido. — o ômega se jogou na cama, empurrando as roupas ainda não dobradas para o lado, para ter mais espaço — Vocês só não trepam.

Foi a primeira vez que Junmyeon bateu em Kyungsoo com uma camisa, sendo que era sempre ele e Baekhyun que apanhavam por terem dito algo pervertido, ouvir isso de Kyungsoo era uma surpresa.

— O que foi? Baekhyun não está aqui, não tem problema falar essas coisas.

— Então o problema era o ômega solteiro?

Talvez Junmyeon estivesse um pouco abismado diante dessa informação, sempre achou que Kyungsoo só não gostasse dessas conversas, e não parou para imaginar que ele só não queria que o amigo solteiro ficasse falando sobre essas coisas, tudo em nome da pureza que todos ali acreditavam que Baekhyun tinha. Baekhyun puro, parece até conto de fadas.

— Vocês deveriam conversar, sabe, quando ele voltar. — Zitao sugeriu — O Yixing nunca foi de se importar tanto com alguém, quanto ele se importa com você.

— Ele se importa com o bebê, não é exatamente comigo.

— Não, ele realmente se importa com você, o Yifan disse que ele fala de você o tempo todo, do mesmo jeito que você sempre fala dele, com essa mesma cara de bobo aí.

Queria ter reclamado do "cara de bobo", mas ficou surpreso demais em pensar que Yixing falava dele o tempo todo, não imaginava o alfa tendo esse tipo de conversa, pra falar a verdade, Junmyeon nem sequer sabia que tipo de conversa um alfa tinha com outro, e se perguntava se assim como os ômegas, eles também compartilhavam seus sentimentos uns com os outros, e falavam sobre o que os deixava confusos ou qualquer coisa do tipo.

— Vocês acham que devo falar o que estou sentindo para o Yixing? — inseguro, o ômega mais velho perguntou aos amigos, esperando terceiras opiniões, e recebendo confirmações com suas cabeças — Mas e se nem for isso? Quer dizer, nós temos um filho juntos, tenho medo dele querer ficar comigo só por isso.

— O Yixing não é assim, se ele for ficar com você, é por você e não por obrigação.

Junmyeon se sentiu mais confiante, era bom ouvir a opinião de alguém que conhecia Yixing melhor que ele, e mesmo que sentisse ciúmes disso, gostava de ouvir Zitao falar sobre as coisas que Yixing costumava fazer, e também sobre acontecimentos passados, sobre as viagens com o navio e sobre como ele se comportava em diversos tipos de situação. Gostava de descobrir a cada dia a personalidade do alfa, que parecia ter sido transmitida para o bebê, que mesmo tão pequeno, era calmo e sereno como o pai.

— Quando ele chegar nós vamos conversar, só espero que ele não conheça ninguém interessante enquanto estiver fora... — o ômega fez bico — Ou apareça com outro filho nos braços, eu nem sei se o Young Ho é o único filho dele. — o mais velho encarou Zitao, como se visse uma saída para fugir do assunto, e ao mesmo tempo matar sua curiosidade — Mas e você e o Yifan, como estão?

— É bem... Nós...

A verdade era que Zitao não sabia que resposta dar, nem ao certo sabia como ele e Yifan estavam, sempre que o alfa tentava o tocar, ou ultrapassar certos limites, ele se afastava, não que não gostasse dos toques dele, mas sim por se sentir um pouco nervoso quando isso acontecia. Por um lado, seu lobo estava ansioso para ser tocado pelo Wu, e por outro sentia medo.

Ainda mais depois de ter visto Yifan batendo — espancando para ser mais exato — em alguém, sabia que o alfa era grande e forte demais para ser um alfa comum, alguma coisa Yifan estava escondendo, e o fato de ainda terem segredos um com o outro, fazia com que fossem apenas dois estranhos morando na mesma casa.

— Zitao?

Seus olhos se levantaram procurando a voz, e avistando Jongin parado na porta, o encarando de forma confusa. Quase saiu correndo naquele exato momento, sem saber ao certo como reagir, se gritava, se escondia-se, não, Jongin não podia vê-lo naquele estado, como explicaria o que havia acontecido? Certamente que o alfa brigaria com ele, por todas as vezes que o advertiu. Não, não podia contar a história toda, e se contasse só a metade as coisas pareceriam muito confusas e sem sentido.

— Jongin, o que está fazendo aqui?

— Ele é o meu marido. — Kyungsoo respondeu por ele, sentando-se, completamente avulso diante da forma que os dois se olhavam, enciumado também, mas não iria dizer nada até entender.

Zitao olhou de Kyungsoo para Jongin, estava com a cabeça tão confusa que ainda não havia ligado os pontos, de que aquele era o filho do líder da alcateia, e que Jongin havia se casado com o filho do líder, então obviamente que Kyungsoo e Jongin eram casados.

Estava em um labirinto sem saída, mesmo que não dissesse nada, Kyungsoo acabaria abrindo o bico, e contando tudo o que ele havia lhe contado no dia anterior.

— O que aconteceu com você?

Certamente que Jongin estava se referindo às suas roupas de ômega, e também ao seu físico magro. Era notório o peso absurdo que ele havia perdido, estava magro demais, não magro o suficiente para lhe dar uma aparência estranha, magro, apenas magro, como a maioria dos ômegas eram. Sem seus chás e exercícios duros diários, se manter com um físico de alfa era impossível, especialmente por não estar mais comendo de forma exagerada como antes.

O ômega ficou de pé, suspirou pesado, como se tomasse coragem.

— Eu sou o ômega do Yifan agora, Jongin, você tinha razão, eu entrei no cio estando dentro do navio.

Os olhos do ômega loiro foram para o chão, buscando esconder um pouco da vergonha que sentia por ter desobedecido, e por Jongin estar sempre certo, quase como se fosse capaz de adivinhar o futuro, ou simplesmente alguém que calculava muito bem reações em cadeia. Tudo bem, aquela não seria a primeira vez que Jongin lhe disse para fazer algo, e ele fazia o contrário.

— Mas como-

— Ele me tirou de lá, e passou o cio comigo, então me convidou para ficar, e eu aceitei.

Esperava ouvir uma bronca, uma tapa na cara talvez. Mas ao invés disso o alfa o abraçou, Zitao quase chorou ao ser abraçado, provavelmente por Jongin ser o único membro de sua família a aceita-lo. Zitao só queria ser aceito, ser amado, e qualquer demonstração de carinho o fazia se sentir sensível demais.

— Mas você está bem?

— Estou, Jongin, eu estou bem com o Yifan.

[... Mordida de Alfa ...]

Minseok estava animado, havia decidido contar logo para JongDae sobre o sumiço da marca, e da melhor forma que pudesse. Havia entrado escondido na casa do alfa, enquanto ele ainda estava no trabalho, e ficou o esperando em seu quarto, sentadinho em sua cama, e sem roupas. Com a chegada do inverso, ele não precisava mais tanto assim delas, e esperava não precisar mesmo.

Mas quem o julgaria por sua pressa? Já haviam se passado três anos.

Esperou por certo tempo até ouvir um barulho na porta, e pelo cheiro que invadiu a casa, não precisava nem pensar para saber que era ele. E quando o alfa entrou no quarto, o encarou meio confuso por alguns minutos, quase como se não o reconhecesse.

— Minseok? — perguntou, para ter certeza de que aquilo não era coisa de sua cabeça.

— Finalmente você chegou. — o ômega abriu um sorriso radiante, quase rasgando o próprio rosto, a iluminação não era muito boa, sendo que já havia escurecido e apenas um lampião iluminava o quarto — Estive te esperando por muito tempo, muito tempo mesmo.

JongDae estava começando a achar que estava bêbado, mesmo que nem tivesse bebido naquele dia, sentou-se na cama, perto do ômega, que segurou suas mãos no exato momento, mostrando para ele que era real.

— Meu amor, você acordou. — seu sorriso, aquele mesmo, belo e radiante, se abriu — Tive tanto medo de que-

— Não notou nada de diferente em mim?

O alfa arregalou os olhos, surpreso talvez pela imensa animação vinda do ômega, coisa que nunca havia visto antes. Os olhos castanhos varreram o corpo do menor, procurando qualquer diferença, mesmo que nunca o houvesse visto sem roupas antes. Minseok não sentia vergonha nenhuma diante daqueles olhos, ao seu ver, JongDae e ele já eram mais do que íntimos.

Em breve, Minseok descobriria que toda aquela ânsia por contato era devido aos anos que passou sozinho, e todos os cios que foram passados sozinho, gritando de dor e amarrado em uma cama, porque mesmo que tentasse fazer com outro alfa, a marca o rejeitaria e só lhe causaria dor.

E então ele encontrou, o pescoço limpo exibindo liberdade. O sorriso de ambos cresceu.

— A sua marca... ela...

— Eu estou livre, Dae, eu estou livre para ser seu! — o ômega praticamente pulou para o colo do alfa, o fazendo deitar sobre o colchão, e então ficaram cara a cara, um sorrindo para o outro da forma mais perdida e boba possível, como se aquilo tudo fosse um sonho, onde nenhum dos dois queria acordar. Era inacreditável ao ponto de fazer com que ambos se sentissem sensíveis, flutuando diante daquela informação.

— Eu amo tanto você, Minseok, se case comigo. 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro