DEZESSEIS: Aquilo Que é Mais Importante
Mordida de Alfa
Cap. 16: Aquilo Que é Mais Importante
A M A R O
Minseok se segurava nas roupas de JongDae para não cair do cavalo, e tinha que confessar que estava um pouco assustado com toda aquela escuridão e ambiente estranho, ele nunca havia entrado na floresta antes. Todavia, confiava no alfa.
A avó do Kim havia dito que havia sim uma solução para a marca, mas apenas Minseok podia fazer isso, e por isso precisava falar diretamente com ele. Depois de terem conversado bastante sobre o assunto, e JongDae ter convencido Minseok de que não era perigoso e que todas aquelas lendas eram falsas, o ômega acabou aceitando ir visitar a avó do alfa. Mas estava nervoso, cheio de paranoias para ser mais exato, haviam muitos boatos de que uma bruxa morava naquela floresta.
E pelo visto a bruxa era a avó de JongDae.
— Eu já disse que ela não é uma bruxa. — o alfa repetiu pela terceira vez durante o trajeto, enquanto descia do cavalo e o prendia no mesmo lugar de sempre — É uma curandeira.
— Mas por que ela não mora no vilarejo junto com os outros?
— Porque ela foi banida, justamente por todos acharem que ela é uma bruxa.
O ômega baixou a cabeça, havia passado a viajem toda se referindo à ela como bruxa, não havia se passado por sua cabeça que aquilo pudesse ser algo ofensivo para a família, e provavelmente o banimento dela devido a isso seria algo doloroso para todos eles. Estava arrependido de ter julgado sem pensar.
— Me desculpe, eu não deveria...
— Tudo bem, já estamos acostumados com isso. — o alfa sorriu fraco, segurando a mão do menor para o levar para dentro da casa — Você vai gostar dela, tenho certeza.
Minseok estava encantado com tanta coisa que havia naquela casa, e talvez tenha se assustado mais quando se deu conta de alguns objetos estranhos sobre uma das mesas. Seus olhos foram para as prateleiras, haviam tantos potes cheios de coisas estranhas e coisinhas que brilhavam, ele queria tocar nas coisinhas que brilhavam, mas JongDae o impediu de fazer isso, sussurrando para que não tocasse em nada que brilhasse, piscasse ou parecesse mais aceso que os outros.
A mulher estava parada ao lado de uma das janelas, trançando seus cabelos, que eram tão brancos quanto a neve. Minseok a observou por um tempo, vendo que mesmo velha, ela ainda era extremamente bonita, o que não era de se surpreender, todos na família Kim eram assim, donos de uma beleza que poderia encantar até as sereias.
— Vó, este é o ômega de quem te falei.
A senhora sorriu simples, se aproximando dos dois.
— É um prazer conhece-lo, Minseok.
— O prazer é todo meu, senhora.
Suas mãos se tocaram de maneira simples, a mulher olhou em seu rosto por pouco tempo, mas o suficiente para entender tudo o que ele sentia. Ela sabia que ele estava com medo, medo dela, e medo de tudo o que estava acontecendo, que estava confuso, isso estava escrito em seus olhos.
— Não precisa ficar assustado, Minseok, vamos conversar, hum? — sorriu da forma mais gentil que podia, as mãos geladas do Byun revelavam seu nervosismo — JongDae, vá dar uma volta.
O alfa não protestou e nem nada do tipo, apenas acenou com a cabeça para o ômega, sussurrando para que ele confiasse nela.
Minseok a acompanhou até uma das cadeiras, sentando-se próximo à janela, a mulher fez o mesmo com a cadeira oposta, era uma cadeira de balanço velha, que fazia um barulho péssimo de rangido enquanto a mesma se balançava, e isso o deixava ainda mais nervoso.
— Então... — o ômega puxou a conversa, em vista do silêncio da senhora — Como eu quebro a minha marca?
Houve silêncio por mais alguns instantes, os olhos da velha senhora foram para a vista da janela, de onde se podia ver JongDae, sentado sozinho em um balanço velho — que incrivelmente resistira ao tempo — debaixo de uma árvore nos arredores da casa, o alfa se balançava lentamente com os pés fincados na terra e os olhos voltados para o chão.
— Olhe pela janela, Minseok.
O Byun esticou o pescoço e virou-se para a janela, encontrando a mesma imagem que há pouco havia sido descrita, sorriu involuntariamente só de ver JongDae.
— O que é mais importante, a marca ou ele?
— Ele, com certeza ele.
— Quem é mais importante, seu falecido alfa ou ele?
Minseok mudou as vistas para olhar a mulher, a encarou por alguns instantes se perguntando onde aquelas perguntas o levariam. Não, ainda não havia parado para comparar seus sentimentos. Amava Wonsik. Estava apaixonado por JongDae. Mas será que era apenas uma simples paixão?
Parando para analisar, seus dias nunca haviam sido tão felizes, as semanas que passou com JongDae lhe arrancaram mais sorrisos do que seus três anos de casado com Wonsik. E por que ficar se enganando tanto? Wonsik nem sequer o amava de verdade, estava com ele apenas por... Minseok nem sabia o motivo de Wonsik estar com ele, mas certeza não era por amor.
— Eu amei muito o Wonsik, mesmo sem nenhum motivo aparente, todos diziam que ele era mau, e também não posso dizer que ele era o melhor marido do mundo, mas eu o amava de verdade. — seus olhos encheram de lágrimas, nem ele mesmo entendia o motivo de amar tanto alguém que aparentemente nunca o amou da mesma forma — Mas ele está morto.
— Responda a minha pergunta, Minseok.
— O JongDae é mais importante.
— Então você já tem o suficiente para quebrar a marca.
O ômega ficou de pé, em choque talvez. Ele havia entendido, e talvez tenha ficado um pouco perplexo diante da simplicidade de tudo, a resposta estava diante de seus olhos o tempo todo, e ele havia andado como cego, deixando que as traves em seus olhos o impedissem de ver.
— Obrigado, senhora.
Sorriram um para o outro de forma cúmplice. E de uma maneira um tanto infantil, o ômega saiu correndo para fora da casa, buscando encontrar JongDae logo.
O avistou de pé próximo ao cavalo, e imediatamente correu até ele, sem medo de tropeçar nos próprios pés, praticamente pulando nos braços do alfa, que mesmo sem entender muita coisa, o recebeu. E de uma forma meio alvoroçada, o ômega puxou a cabeça do mais alto para baixo, encostando seus lábios aos dele, e o beijando de maneira afoita, quase como em desespero.
O alfa não havia entendido, mas recebeu o beijo de Minseok, abraçando o ômega pela cintura de forma carinhosa, ao contrário do beijo, que parecia faminto. O Byun afastou seus lábios, sorrindo de uma forma que JongDae nunca havia o visto sorrir antes.
— Eu amo você, JongDae.
Mas JongDae não teve tempo para responder, logo sentindo o ômega amolecer em seus braços e tombar para o lado desacordado.
[... Mordida de Alfa ...]
Com o passar das semanas Yixing foi ficando, e quando se deu conta já estava passando mais tempo na casa do ômega do que em qualquer outro lugar. Os pais de Junmyeon não voltaram, e nem mandaram notícias, e o ômega tentava não se abalar com isso, e nem começar a criar teorias de mais problemas em sua cabeça. Tentava pensar positivo.
Mas infelizmente o alfa precisava viajar, o navio partiria naquela manhã para o oeste, para trazer mais mercadorias para os comerciantes da alcateia, e levar as encomendas da outra alcateia, uma viagem que já estava sendo organizada há algumas semanas, por mais que Yixing soubesse o quanto Yifan estava inseguro quanto a ir e deixar Zitao sozinho em casa por quatro dias.
Ele também estava inseguro, seu instinto paterno queria ficar com seu filhote e o proteger.
— Isso é muito injusto! — ouviu Junmyeon reclamar, o ômega estava de pé ao lado do pequeno berço, ajeitando o pequeno Young Ho, que dormia.
O alfa ficou de pé ao seu lado, olhando para o rostinho redondo e gordinho de seu filho, com os olhinhos fechados, dormindo tranquilo e sem medo nenhum. Yixing gostava de vê-lo assim, calminho, exatamente como ele era quando criança, o alfa Zhang havia sido uma criança calma, que raramente chorava, assim como Young Ho, como se aquele comportamento fosse a última pecinha daquele quebra-cabeça, que gritava para ele que aquele menino era mesmo seu filho.
Seu filho.
— O que é injusto, Junmyeon?
— Eu que o carreguei e ele só se parece com você. — o ômega fez bico, Yixing achava engraçado aquele comportamento temperamental do menor, o pós-parto deixava os ômegas com os nervos à flor da pele, sempre mudando de humor, ainda mais do que na própria gravidez — Não tem nadinha de mim aí.
O alfa riu baixo, ouvindo um resmungo do menor.
Abaixou-se para beijar o rostinho de seu filho, se despedindo dele, era difícil se apartar de seu filhote, mas tudo ficaria bem, Junmyeon cuidava dele direitinho. Sentiu-se um aperto no coração quando pegou suas coisas, todas bem guardadas em uma bolsa de couro, que havia trazido consigo na noite passada. Ele havia dormido na casa do ômega, ele sempre dormia lá. Caminhando até a porta do quarto, era hora de ir, o sol já estava subindo.
— Até mais, Junmyeon, cuide direitinho do nosso filho.
Acenou para o ômega antes de ir, mas acabou sendo surpreendido por um súbito abraço vindo do menor. A princípio não entendeu, ficou surpreso, mas logo retribuiu o carinho, abraçando o ômega de volta e afagando seus cabelos. Seu coração esquentou.
— Se cuide direitinho, Yixing. — a voz saiu abafada, Junmyeon estava com a cabeça enfiada no peito do alfa, o abraçando com tanta força que chegava a doer — E volte pra casa. — sussurrou a última parte, ele queria ter dito "a nossa casa", mas não se sentia livre para isso.
Por mais que praticamente morassem juntos agora, ele sentia que não era o ômega de Yixing, o alfa nem sequer o tocava, e mal chegava perto.
Não, ninguém poderia o julgar como desesperado, não é errado querer ficar perto do pai de seu filho, não é errado querer a aproximação de Yixing, ele era um bom homem, e não é errado querer um bom homem em sua vida, por esses motivos ninguém podia julgar Junmyeon, e a sua vontade de ser o marido de Yixing.
— Eu vou voltar pra casa, pra nossa casa. — o mais alto beijou a testa do ômega, se separando dele.
Junmyeon ainda correu para a porta, vendo a imagem de Yixing se afastar aos poucos, sorrindo bobo pra si mesmo, e se enchendo de esperanças, de que quando Yixing retornasse eles se resolveriam, esperando ansioso pelo momento em que o alfa chegaria em casa, o abraçaria e diria que voltou para sua família.
Porque ele e Yixing tinham uma família agora.
Eram uma família.
E Yixing também não parava de pensar nisso, todos os seus passos até o porto foram dados com um sorriso no rosto, ele estava feliz, feliz por seu filho, mas também feliz por ter a companhia de Junmyeon. Não entendia muito bem as atitudes do ômega, e nem o que ele estava sentindo, mas já havia acordado várias noites com o ômega agarrado em sua cintura, e não podia negar que sempre sorria para essa cena.
As manhãs com viagens sempre eram as mais agitadas, os homens carregavam os caixotes para dentro do barco, todo o carregamento que ia, não voltava mais, era para ser vendido do outro lado do imenso rio que separava as duas alcateias vizinhas.
Avistou Zitao ao longe, o ômega aparentava estar apressado, e carregava uma bolsa nas mãos, não entendeu bem o motivo dele estar ali, indo na direção do mesmo, enquanto ele também vinha em sua direção. Era notável o quanto Zitao estava mais magro, tudo nele estava diferente, seu jeito andar, de agir, e até sua voz, ele parecia mesmo ter apagado todas as suas características de falso alfa, e se tornado um ômega de novo.
Só esperava que isso fosse por ele mesmo, e não apenas por Yifan.
— Yixing! — o chamou — Yifan esqueceu as coisas dele, você pode entrega-las?
— Claro. — o alfa as recebeu em suas mãos — É bom te ver, Zitao, está tudo bem com você?
— Sim, eu estou muito bem.
Ele parecia estar falando a verdade, e Yixing conhecia muito bem o motivo de Zitao não entrar no barco. Yifan o havia proibido de fazer isso, para sua própria segurança, o melhor era se manter bem longe do navio, se possível, bem longe do porto também.
E em breve Zitao descobriria o motivo real dos medos de Yifan.
Depois que Yixing entrou no barco, Zitao resolveu voltar pra casa, mas acabou sendo surpreendido por dois alfas, que o arrastaram até detrás de alguns caixotes empilhados. Sua reação foi tentar se defender, correr, mas infelizmente era fraco demais contra dois alfas, especialmente agora que estava em processo de recuperação, ainda passando pela abstinência dos chás e dos exercícios que costumava fazer para manter seus músculos.
Se assustou com a forma que o tocaram, Zitao achou que fossem espanca-lo, mas as intenções daqueles homens iam muito além disso.
— Olá, Zitao, soubemos que você é um ômega. — um dos homens, com cabelos castanhos e barba grossa falou, enquanto descia suas mãos pelas coxas do ômega. Zitao se encolhia contra os caixotes, enquanto os dois homens o tocavam em locais que ele não queria. Tentou gritar, mas um deles tapou sua boca com uma das mãos — Você causou um grande estardalhaço naquele dia, foi uma pena o capitão não ter deixado que nós saciássemos você.
— Ele saciou você, Zitao? — o outro perguntou, era nítido o escárnio em sua voz, ele estava enfiando uma das mãos dentro de sua roupa — Mentir pra nós foi muito feio, você merece um castigo por isso.
Zitao estava chorando. Ele queria gritar, mas sua boca estava tapada, tentava se soltar, mas era fraco demais pra isso, seu corpo inteiro estava tremendo de medo, aqueles homens iriam machuca-lo, machuca-lo por ter mentido, e esse castigo era cruel demais para ser empregado a alguém que havia sido vitima sua vida inteira.
Iria acontecer de novo, como aconteceu no passado. Ninguém viria acudi-lo, assim como no passado ninguém veio.
Mas antes que os homens tirassem sua roupa, como uma salvação envidava pelos deuses, Yifan apareceu, os arrancando de perto dele como se seus corpos não pesassem nada. Foi tudo muito rápido, quando se deu conta, um de seus agressores já estava no chão, desacordado e sangrando por um dos ouvidos, enquanto o outro, o mais alto deles, rolava no chão com Yifan.
Yixing apareceu logo depois, abraçando seu corpo para o proteger e o confortar, Zitao se encolheu no peito do alfa, mas ainda focava a cena de Yifan espancando aquele homem.
— Nunca mais toque no meu ômega! — ele gritava entre um soco e outro. Era grotesco, o homem nem conseguia se defender, Yifan o socava na face, com força, sem pena, ele parecia até outra pessoa, Zitao nunca havia o visto tão descontrolado quanto estava naquele momento — Nunca mais encoste suas mãos imundas no Zitao!
Estava aterrorizado, tremia e se encolhia cada vez mais, enquanto Yifan socava o homem, o sangue espirrava para todos os lados, sujando as mãos do alfa, era possível ver seus olhos vermelhos pela intensa raiva. Era assustador.
— Yifan! — já era a quinta vez que Yixing gritava por ele, e só então conseguiu a atenção do Wu, que virou seu rosto para encontrar a voz, tendo então como visão Zitao encolhido e chorando — Olha o que você está fazendo!
O alfa pareceu finalmente se dar conta de tudo, olhou para o homem ensanguentado, porém vivo, abaixo de si. E quando se deu conta do quanto Zitao estava abalado com tudo aquilo, seu coração quase explodiu, ele havia espancado alguém diante dos olhos de seu ômega, e só agora havia percebido isso.
Correu até ele, ficando de joelhos à sua frente, com os olhos confusos e com dor no coração, o ômega se agarrava à Yixing, com medo, e parecendo ainda mais assustado com a sua aproximação. Yifan se sentia o pior dos homens por ter deixado seu ômega ver algo assim, quando disse que o protegeria, não passou pela sua cabeça que teria que protege-lo dele mesmo. O peso da culpa caiu sobre si, não imaginava que fosse perder tanto o controle.
— Zitao, meu amor, me perdoa, eu não queria ter te assustado!
— Yifan, suas mãos. — Yixing afastou Zitao antes que Yifan o tocasse com suas mãos sujas de sangue — Vou levar o Zitao pra ficar com o Junmyeon por esses dias, vai ser melhor do que ficar sozinho.
Yifan foi obrigado a se afastar, deixou seu corpo cair no chão, onde a neve secava. Ficou parado no tempo vendo Yixing levar Zitao embora, coloca-lo no lombo do cavalo de alguém e sumir com ele, deixando com ele apenas a dor da culpa, de ter causado medo a quem tanto jurou coisas boas. Pediria perdão quando voltasse, esfriaria a cabeça e colocaria as coisas no lugar, começando por contar a Zitao o que ele era de verdade.
Um alfa lúpus.
[... Mordida de Alfa ...]
Baekhyun estava muito preocupado, seu casamento parecia ter desandado de vez, mas esse não era o problema principal. Minseok dormia há semanas, desde a noite que JongDae havia chegado com o ômega desacordado, que ele não havia acordado mais. E todos temiam que ele não fosse acordar mais.
Sehun tentava conforta-lo, mas isso era impossível, por mais que o alfa tentasse lhe passar confiança, sempre lhe dizendo que o ômega ficaria bem, ele não parava de pensar que seu irmão poderia morrer. JongDae sempre aparecia por lá, seus olhos estavam fundos e pesados, com o aspecto de quem não dormia há semanas, todos estavam mal com o que estava acontecendo, e o pior de tudo era não saber o motivo daquilo.
Havia noites em que o ômega gritava, chamava o nome de Wonsik, e também chamava o nome de JongDae, suava frio e se mexia muito, deixando todos na casa apavorados, principalmente Baekhyun, já que dormiam no mesmo quarto, e ele era o que passava mais tempo ao lado do irmão.
Baekhyun estava sozinho no quarto com Minseok, quando subitamente o ômega mais velho abriu e respirou tão fundo que pôde ser ouvido por todo o ambiente. O mais novo se assustou, encarando o irmão com receio e medo, até que o mais velho olhasse para ele, aparentemente muito confuso.
— O que aconteceu? — o indagou, perdido e sem nem saber como havia ido parar ali.
O irmão correu em sua direção, o abraçando e começando a chorar pela emoção, não esperava que Minseok fosse acordar naquele momento, já estava tão sem esperanças, e agora estava tão feliz por tê-lo acordado.
— Faz três semanas que está dormindo. — ele o respondeu — Eu e que pergunto, o que aconteceu?
O mais novo se afastou, olhando para o rosto confuso do irmão, ainda pasmo. Minseok forçava a memória, relembrando do que havia ocorrido naquela noite, em que disse que amava JongDae... JongDae... Onde ele estava agora? Minseok tentava lembrar de mais coisas, e as imagens de seus estranhos sonhos voltavam para sua cabeça como se fossem centenas de flechas lhe acertando, sua rodava e doía.
— Seok, a sua marca. — Baekhyun sussurrou assustado, com os olhos ainda mais alargados do que já estava antes — Ela... Ela...
Ainda mais apavorado que o irmão, Minseok passou as mãos por seu pescoço, buscando sentir o relevo da mesma, porém não conseguindo sentir nada. Seu corpo estava estranhamente leve, sentia-se diferente, como se uma grande pedra houvesse sido retirada de suas costas de uma hora para a outra, e sem explicação nenhuma. O ômega se sentia bem, melhor do que já havia estado em toda a sua vida.
— A sua marca sumiu, Minseok.
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