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Capítulo 9

Capítulo 9

Eu descobri que, além de um lobisomem Estebán era um homem de negócios. Seu celular não parava um minuto. E ele apontou vários edifícios dizendo que pertenciam "a matilha".

Idiota.

Sentei-me tão longe quanto o carro permitiria, embora provavelmente devesse ter aproveitado a oportunidade para obter respostas. Sua energia deixou claro que ele não estava com vontade de conversar, e a verdade era que eu não queria saber.

Algumas horas não foram tempo suficiente para processar toda a merda que aconteceu desde a madrugada. Inferno, alguns anos não seriam suficientes. Isso poderia ter começado a fazer um estrago em minha descrença, e ainda assim mamãe poderia ter dado uma dica como: "olha, estou em guerra com um clã poderoso de shifters lobos, pode ser que eu morra e aí eles irão atrás de vocês".

Ou algo parecido.

O carro parou em um sinal vermelho e senti aquele arrepio de quando alguém está encarando fixamente. Virei para o lado do motorista e aqueles lindos olhos avelãs estavam sobre mim. — Há algumas coisas que você precisa entender antes de chegarmos.

— Ok. — eu disse cautelosamente. Ele não tinha falado comigo, nem mesmo para me dizer para onde estávamos indo. Quando eu perguntei, ele simplesmente grunhiu e abriu o smartphone para fazer o que os lobisomens faziam online. Provavelmente perseguindo vampiros no Tinder. Claro, ele pegou meu telefone antes mesmo de entrarmos no carro. Ele disse algo sobre verificar se estava grampeado.

— Eu sou o Alfa da matilha Zayas. É um título que vem com muitas responsabilidades e uma reputação a defender.

Não pude evitar de me sentir como um adolescente tendo A conversa com o pai sobre garotas e camisinhas. — Bem. Pelo que eu li Alfa é com um rei ou coisa assim. Certo?

Ele bufou outra risada. Eu me perguntei se ele era capaz de realmente produzir uma risada. — É mais como o presidente de uma grande empresa.

Eu olhei em volta do carro caro. — Sim, isso deu pra perceber.

— Existem regras de comportamento que todos os membros do bando devem seguir. Sendo um ser humano, as expectativas sobre você são obviamente menores, mas eu preciso que você pelo menos tente se adequar.

Eu estreitei meus olhos. — Você se transforma em um monstro do inferno que pode esmagar qualquer oponente de merda e está preocupado que eu vou envergonhá-lo?

— Esse tipo de conversa é exatamente o que eu estou me referindo. — disse ele em tom de desaprovação. — Você será apresentado como amante de um alfa e é irmão da neta do alfa Stevenko. Eu não posso ter você falando como um marinheiro bêbado.

— Amante? — Eu repeti, levantando a mão esquerda de Estebán onde havia uma aliança grossa dourada no dedo anular. — E a sua esposa aprova uma coisa dessas?

— A lei humana não significa nada em nossa sociedade. — ele zombou. —Você é meu amante. Pelo menos usará esse título, por enquanto, uma fachada.

— E isso deveria me consolar? — Eu perguntei em descrença.

— Nossa sociedade é matrilinear. Não é incomum que os Alfas de ambos os sexos tomem amantes, muitas vezes consortes. — Seus olhos passaram por mim com desaprovação. — É pouco comum escolher um humano como um, mas eu suponho que não temos outra saída.

Endireitei minha postura no banco do carro e comecei a tirar fios imaginários da minha roupa. — Qual a diferença entre amante e consorte?

— Bem, amante, como diz o nome é alguém que estamos pagando por favores amorosos; pode ser duradouro ou não. Muitas vezes tem contrato, já que a pessoa ficará marcada, se for amante de um lobo ou outro shifter que tem o costume de deixar o cheiro como marca. Consorte é como um companheiro. Sua outra metade. Como casamentos são alianças políticas a maioria dos alfas faz de seu companheiro seu consorte.

Eu nunca tinha lido sobre essas informações na internet. De repente, me senti meio idiota. Eu achava que estava preparado para entrar naquela boate depois de ler meia dúzia de sites sobre shifters lobos. Eu sou muito estúpido. — E quando chegarmos, quais são as chances de eu ser dilacerado por seus amigos lobos?

— Se você não estivesse sob minha proteção? Cem por cento. — disse ele, recostando-se no assento e acelerando o carro.

Eu engoli em seco. — Sério?

— Nós não somos lobos normais, Danilo. Aqueles que não são híbridos como eu podem parecer normais, mas temos todos os instintos predatórios mesmo assumindo formas humanas. A extensão de dano de uma matilha seria enorme. Nossas hierarquias são rígidas porque precisam ser. Sem lei e ordem, não poderíamos existir em segredo.

Ele não precisou falar mais para eu pintar um quadro digno de telejornal sensacionalista e cheio de sangue. — Então vocês ... comem pessoas?

— Não precisamos, mas gostamos de caçar. É comum nos preocuparmos com a caça, especialmente com os lobos mais jovens, os instintos se sobrepõem a humanidade nas primeiras transformações e temos que mantê-los na linha.

— O que os mantém na linha?

— Eu. — ele respondeu.

— Mensagem recebida. — "Foda comigo e você será o jantar".

A diversão em seus olhos me irritou, mas eu estava com medo de acordar o lado ruim dele. — Não vou permitir que o mal chegue até você, mas é de seu interesse facilitar meu trabalho da melhor maneira possível.

— Por que você não permitiria isso? E não finja que você desenvolveu sentimentos por mim só por causa de uma trepada, porque eu com certeza estou desenvolvendo uma pequena aversão por você.

Ele olhou entediado para as unhas. Eles eram um comprimento normal de novo, mas eu nunca esqueci as lâminas em que cresceram em sua forma de lobisomem. — Você me vê como uma ameaça. Um monstro em que tem que confiar. Eu vejo você como o dano colateral das trágicas decisões de uma noite. Está claro o suficiente?

— Perfeitamente. — eu murmurei. —E Zeca? Como você o vê?

Seu olhar suavizou de uma maneira que eu não queria reconhecer. — Ele é tudo o que resta de uma promessa quebrada. Uma chance de redenção. Você pode contar com isso, se nada mais.

Eu não queria. Eu não queria contar com nada desse idiota, o cara que segurou um pedaço grande o suficiente do meu coração naquela noite maldita. Era irritante saber que ele era minha única chance de salvar meu irmão, mas eu não podia negar a sinceridade em suas palavras ou a maneira como elas ressoavam comigo mais fundo do que as palavras de qualquer pessoa. Ainda mais profundo do que confissões de amor.

Seja qual for o raciocínio de Estebán, eu estava finalmente começando a acreditar que compartilhamos um objetivo em comum. Manter o Zeca seguro. Trazendo-o para casa, de qualquer lugar que ele esteja. Contanto que ele mantivesse sua palavra, eu seguiria suas regras e tentaria não manchar sua preciosa reputação. A vida do meu irmão valia muito mais do que o meu orgulho.

— Então não teremos problemas.

Estebán assentiu e voltou a se concentrar no trânsito. Desviei o olhar para fora da janela, mas não estava de fato vendo nada. Nem o caminho, nem o bairro. Estava perdido dentro da minha mente. Percebi que tudo o que eu trouxe foi uma mochila com poucos pertences. Tudo de importante coube ali.

Fiquei surpreso ao perceber que o carro que já entrava na garagem de um condomínio. Tudo sobre o estilo de vida dos lobisomens ainda era um mistério para mim, já imaginava uma comunidade rural na beira de uma floresta e não um prédio no Jardim Paulista.

Um homem esperava na frente do carro assentiu em deferência a Estebán, mas era difícil dizer se ele era outro lobisomem ou apenas observava as formalidades de qualquer sociedade secreta do inferno em que desembarquei. Eu sabia que estávamos na região da Paulista. — Onde estamos? — Eu finalmente perguntei.

— Em casa.

Claro.

— Entre. — ordenou Estebán, abrindo a porta do elevador. Eu hesitei, embora parecesse mais como se ele estivesse mandando em mim do que abrindo a porta com cortesia. Relutantemente, eu e dei um passo para dentro, lembrando-me de que eu estava jogando pelo bem de Zeca. Mesmo que isso significasse deixar Estebán me tratar como sua cadela.

Deus, isso seria o inferno.

Estebán conversou com o cara desconhecido por alguns minutos, olhando para o telefone de vez em quando, como se estivesse confirmando os planos.

As chances de que ele fosse um lobo pareciam maiores a cada minuto. Estebán ficou em silêncio, trabalhando em seu telefone e algo me disse que ele não estava tentando atualizar sua fazenda. Eu assisti a cidade passar pelas janelas escuras. Eu não sabia quase nada de nada. Parte de mim estava com medo de perguntar se os vampiros eram reais também. Eu não tinha certeza se realmente queria saber.

Eu ainda estava chocado com o quão urbano tudo isso era. Afinal, os lobos não gostam de florestas, certo?

— É isso? — Eu perguntei em dúvida.

— O que você estava esperando?

— Eu não sei ... não um prédio de apartamentos no meio do coração financeiro de São Paulo — eu disse, olhando para os numerosos andares.

Estebán bufou. — Nós só temos que mudar em luas cheias, e viver na cidade mantém nossos instintos sob controle.

— Em outras palavras, você vive perto da caça porque é um bom teste de vontade.

Sua cabeça estava virada apenas o suficiente para eu ver seu sorriso antes de ele sair do elevador para um rol de entrada. Fiquei um pouco confuso. Pensei que sairíamos direto num corredor de apartamentos. A mulher na recepção imediatamente saltou para seus pés e curvou a cabeça.

—Senhor. — disse ela em tom de reverência.

Eu fiquei congelado, inseguro do que eu deveria fazer. Estebán me ignorou e acenou para ela em seu caminho. — À vontade, Marie. Ligue para o Vítor e diga que chegamos.

— Sim senhor. Bem-vindo de volta.

Estebán foi até um elevador de vidro e eu entrei, meu estômago se enroscando em nós quando o elevador subiu no chão. Eu o segui até o último andar, que parecia ser um único apartamento. Um enorme. — Você vive aqui?

— Estes são os meus alojamentos pessoais onde eu durmo e faço a maior parte do meu trabalho, sim.

— Meu Deus. — eu disse, olhando em volta. Tudo era aço inoxidável e vidro, e todos os quartos podiam ser vistos da entrada. Era exatamente o oposto do meu apê no centro. Pequeno, numa vizinhança obscura. Sem elevador.

— Este será o seu quarto.— anunciou Estebán, abrindo uma porta no final do corredor.

Eu olhei para dentro para encontrar um quarto surpreendentemente normal equipado com uma cama, uma mesa e uma TV. Era elegante, como o resto do lugar, mas não havia sinal de que um bando de lobos morasse ali. Talvez eles tenham salvado a merda estranha pelos andares inferiores.

— Eu vou ficar aqui? Com você?

— Eu preciso ficar de olho em você. — ele disse, como se isso fosse óbvio. —Eu vou deixar você ter um certo controle do lugar, então não faça me arrepender. Há um banheiro no seu quarto e comida na geladeira. Se uma porta estiver fechada, assuma que ela está fechada por um motivo.

— Entendi. Agora, quando vamos atrás dos bastardos do Stevenko?

Ele me deu um olhar severo. — Zeca foi levado por um bando de lobisomens, não um grupo de sequestradores amadores. Conseguir ele de volta não vai acontecer da noite para o dia.

— Foda-se isso! Se eu quisesse esperar e ver, teria ficado com a polícia.

— Bem. Você quer ir para o território do alfa Stevenko e ser morto, fique à vontade — disse ele, cruzando os braços. — Tudo o que você vai conseguir é garantir que quando eu resgatar Zeca, eu tenha que dizer a ele que o seu irmão mais velho está morto.

Eu apertei meu queixo, furioso com sua indiferença quando se tratava da vida do meu irmão, mas eu sabia que ele estava certo. Se Estebán não estivesse no comando, eu com certeza não teria a menor chance. — Quando? — Eu exigi.

— Estou fazendo arranjos agora. Isso é uma questão de estratégia, não de força bruta — ele disse severamente. — Se você quer ajudar seu irmão, tente não ficar no meu caminho.

— E se eles o machucarem enquanto você está mexendo seus polegares?

— Você sabe por que eles mataram Alana, Danilo? — Seu tom deixou claro que ele achava que estava falando com uma criança. Alguém tão abaixo dele que eu não merecia respeito. Ele deve ter percebido que eu não era burra o suficiente para dar uma resposta que eu obviamente não tinha, porque ele continuou me repreendendo. — Porque quando Zeca nasceu, Alana se tornou dispensável. Ela humilhou a família Stevenko não assumindo o papel de consorte e, assim, as relações entre os nossos bandos desmoronaram. Zeca é a chance de começar de novo.

Eu fiz uma careta. — E isso significa ...?

— Eles precisam dele para continuar a linhagem Stevenko. Ela é inestimável e, por essa razão, nenhum dano virá a ela sob seus cuidados.

— Certamente eles tiveram mais filhos além de Gustav, alguém que pudesse continuar a família.— eu protestei.

— Nika foi considerada infértil pelos médicos em sua matilha. — disse Estebán. — Kazis levou consortes e teve outros filhos, mas apenas uma mulher continua a linhagem. Somos matrilineares — ele murmurou. — Zeca, ou melhor, Maria Fernanda é a única esperança de continuar a linhagem Stevenko e manter o controle. Se ela não produzir um herdeiro, o papel de Alpha irá para um dos outros filhos de Kazis e o bando se romperá em facções.

Isso não soou bem. — Então você está dizendo que eles querem se casar com Zeca da mesma maneira que fizeram com a sua esposa?

Seus olhos nublaram com raiva. — Sim.

— Ele é trans. Quando eles percebem que...

— Eles não vão machucá-la, mas ele deverá ter um companheiro do sexo masculino quando atingir a maioridade e produzir um herdeiro, o mesmo que qualquer outro Alfa.

— Bem, isso é fodido.— eu rosnei.

— Acasalamento é um ato político para lobisomens, e produzir um herdeiro é considerado um dever, não uma opção. — disse Estebán. — Ele terá permissão para tomar um consorte feminino, se quiser, mas nem o amor nem a atração são um requisito quando se trata dessas coisas.

— Ao meu irmão não vai ser 'permitido' nada — eu disse com firmeza. — Não por você nem pelos malucos que mataram minha mãe.

Estebán estava me olhando de novo. O olhar que disse: "eu não posso acreditar que estou perdendo tempo explicando isso para uma forma de vida inferior". —É um ponto discutível agora, não é? Ele ainda é um adolescente. Essa discussão pode ser retomada daqui a uns anos.

Não ia ser um problema. Assim que eu pegasse Zeca, nós dois estávamos fora de lá, então eu decidi que não valia a pena desperdiçar a pouca energia que eu tinha discutindo com esse idiota sobre sua sociedade tacanha. E ele olhou para mim como se eu fosse um inculto.

— Se você me der licença, tenho mais o que fazer.— Com isso, Estebán se foi e a implicação de que ele esperava que eu ficasse no meu quarto pelo resto da noite estava clara. Não que eu estivesse ansioso para passar mais tempo com ele também.

Demorei cinco minutos para descompactar meus pertences e finalmente decidi tomar um banho, pois percebi que não tomei um banho desde o começo dessa confusão. Provavelmente é bom ter o hábito de tomar banho regularmente de novo se eu fosse ficar cercado por cachorros. Mesmo sabendo que no que importava eles sentiriam o cheiro muito bem.

Quando saí do chuveiro, pude ouvir outra voz profunda conversando com Estebán na sala de estar. A única coisa boa sobre um apartamento com poucas paredes era aquele som carregado. Eu entreabri a porta para ouvir um pouco melhor e o fato de que eles estavam realmente discutindo a segurança na matilha Stevenko me deu esperança de que Estebán quisesse dizer o que ele disse sobre resgatar Zeca.

— E o humano? — O outro homem perguntou depois de uma pausa.

— Ele é humano. Exatamente o que você esperaria. — Ouvi o som de gelo caindo em um copo enquanto Estebán falava. Evidentemente, menção a mim o levou a beber.

É mútuo, amigo.

— Eu estou fazendo o que posso para minimizar falar dele na matilha, mas todos sabem que ele está aqui. — O tom do homem estava preocupado.

— Não se incomode. — disse Estebán. —Ele está aqui e ele não vai a lugar nenhum.

— Eu ainda não entendo o porquê. — O outro cara parecia ainda mais irritado com a minha presença do que Estebán. — Nós precisamos da menina, não dele.

— Ele é necessário para garantir que a transição da menina para a matilha corra bem. — respondeu Estebán. — Além disso, eu sinto que há mais nele do que aparenta.

Bem, ele estava completamente errado sobre isso.

— Ele é uma puta de bar. O que mais existe? —Seu companheiro zombou. Eu decidi que ele seria conhecido daqui em diante como o Machão.

— Com certeza, se Alana achou por bem proteger ele o afastando deve haver algo.

Ah, lá estava finalmente. A amargura. Engraçado como isso foi o que me deixou mais à vontade do que qualquer outra garantia de Estebán sobre suas boas intenções. Pelo menos fazia sentido que ele estivesse me mantendo por perto, porque estava curioso para saber que raio aconteceu naquela noite.

Isso eu também queria saber.

Eu fechei a porta suavemente e liguei a TV, já que o ruído branco era o único jeito que eu tinha a chance de cair no sono. Ainda levei algumas horas, de acordo com o relógio da cômoda. Toda vez que eu fechava meus olhos, a imagem de Zeca sendo arrastado para fora daquele apartamento, seus gritos ecoando pelos corredores enquanto chamava por mim, me mantinha acordado. Quando finalmente dormi, não havia como escapar do medo ou da culpa.

**

Olá lobinhes,

Vamos ver o que vai ser agora. tô roendo as unhas.

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bem.. até a próxima att. 

bjokas.

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