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Capítulo 27

Capítulo 27

- Serena? - Eu respirei, convencido de que ela era uma alucinação que minha mente drogada não conseguiu separar da realidade. Eu a vi de relance algumas vezes no prédio da matilha. Pelo que eu sei mora numa mansão no Morumbi ou Jardins. Sei lá. Um desses bairros de gente rica.

Ela não me respondeu, apenas encarou aquela desaprovação passiva que eu aprendi a reconhecer de longe. Eu observei enquanto os outros que entravam na sala se moviam ao redor dela. A aura de poder que todo Alfa emana e que faz os de hierarquia mais baixa orbitar em volta.

- Olá de novo, Danilo - disse Serena calmamente, com as mãos cruzadas enquanto estava no meio da sala, os homens que vinham atrás dela estavam esperando alguma ordem. Rico e o outro cara pareciam meio desnorteados como eu, quando seu pequeno comércio rapidamente saiu do controle.

- Como diabos...?

- Vocês dois se conhecem? - Rico perguntou, de repente, tentando voltar a ser o homem que comanda os lances.

- Ele é o novo brinquedinho do meu marido. - Serena disse, lançando ao homem ao seu lado um olhar de desculpas. - Ou melhor, será o ex bichinho de estimação dele assim que isso acabar.

- E quem diabos é você? - perguntei ao homem, mais confuso do que zangado, embora tivesse a sensação de que tinha razão para ser o bastante de ambos.

- Este é Alexey Stevenko- respondeu Serena por ele. - Ele é meu companheiro destinado. Por coincidência é meu primo também. Ele está ajudando a me livrar de ameaças como você.

- Ameaças como eu? - Eu gritei em descrença. Isso tudo foi demais. Muito foda tudo isso. Apesar do que sinto pelo Estebán eu sempre respeitei essa mulher. Ficava muito sem graça na frente de Vítor por saber que a mãe dele estava do outro lado desse relacionamento estranho que temos.

Agora ela estava aqui, em cima do salto, e alegando pertencer a um homem com cara de manipulado em um terno mal ajustado.

- Vamos lá, Danilo. - Ela disse que, de uma forma casual, ela tinha dado tantos golpes esmagadores em uma frase e como não tivesse abalado meu mundo se sentou no minibar e o abriu com o calcanhar. Ela remexeu e tirou uma pequena garrafa de vodka. - Você realmente acha que eu ficaria feliz em ser uma merda de uma esposa de mentirinha enquanto Estebán vive com um homem de merda como você se eu tivesse uma escolha, não é?

Eu olhei para ela em descrença. Não porque as palavras fossem um choque ou parecessem nem um pouco fora do personagem. Eu sempre suspeitei que era como ela se sentia, mas pelo menos ela tinha a decência de mascarar pequenas mentiras com um ar de arrogância.

- Eu nunca fui uma ameaça para você - eu engasguei. - Sou um zé-ninguém rejeitado até pela própria mãe.

- Ah, sim. Foi um ato precipitado ter armado para matar a vagabunda da sua mãe - disse ela sem rodeios, tomando outro gole de vodka com as pernas cruzadas sobre a geladeira. - Ela tinha seus talentos, devo acrescentar. Obriguei alguns caipiras a sabotar o carro dela. Depois iria atrás da princesinha ou melhor sapo. -Ela fez uma pausa. - Oh, me desculpe. Maria Fernanda ainda está nesse negócio de troca de gênero, né? Ainda escolheu um nome tão de pobre. José Carlos... Zeca. Dá onde essa menina tirou isso?

- Você está doente - eu respirei. Não foi uma acusação, apenas a aceitação do que eu deveria saber o tempo todo. Esta mulher, essa alfa, que me enganou sobre sua personalidade em todos os níveis, não que eu a conhecesse tão bem. Mas, era como os outros lobos falavam dela. Minha impressão de que Serena era uma dama caía por terra. Ela era só uma mulher amarga e cruel. Não apenas cruel, ela era distorcida. Eu a odiava, mas eu sentia mais pena dela.

- Não sou eu quem cheira a feromônios de acasalamento e morte, querido.- Seu olhar varreu sobre mim com um aceno de cabeça. - Lamento que você foi marcado e está passando todo esse estresse por nada. Então, novamente, isso é menos do que você merece por você ser você.

- Bem, e daria para mudar o que sou? - Eu perguntei com os dentes cerrados.

- Sua mãe tinha prometido aos Stevenko um 'filho' de Gustav. Mesmo aquele idiota escondendo seu gene recessivo, Nika e Kazis conheciam muito bem o filho e fizeram um acordo com Alana. E para que? Uma criança com olhos desiguais. - Seu tom ficou gelado quando ela deixou de lado a garrafa vazia. - Alana disse que tinha escolhido outro lobo da família Stevenko para ser o pai. Assim a mentira passaria despercebida pois você seria parecido com a família e passaria por filho de Gustav. Imagina a cara dos meus tios quando você nasceu. Humano e amaldiçoado.

- Ela era humana. Sempre teria a chance de que um filho dela fosse como ela - eu fervi. - E você não tem um pingo da dignidade que minha mãe tinha ...

Alexey ficou em silêncio o tempo todo como um bom cachorrinho, mas ele deu um tapa no meu rosto com força suficiente com o anel fazendo meu lábio sangrar. Meu ouvido direito ainda estava apitando pelo impacto quando vi Serena lhe dar aquele olhar 'estamos falando sobre isso no carro'.

- Paciência, Alexey. Afinal, ele é um ômega. - Suas palavras melódicas foram feitas para me humilhar. Há um mês atrás eu ficaria, mas agora?

- Você sabia que Estebán iria roubar no jogo. Alguém o traiu - eu murmurei.

- Claro que eu sabia. Apenas um ômega seria baixo o suficiente para virar a cabeça de um alfa poderoso como Estebán a ponto dele aceitar até criar um irmão defeituoso como se filho fosse - ela riu, apoiando o joelho na cama para se sentar no meu colo. Ela envolveu suas garras vermelhas brilhantes em volta do meu pescoço e empurrou minha cabeça contra a parede. - Diga-me, Danilo, você nunca se perguntou se era bom demais para ser verdade?

Minha traqueia parecia estar pronta para entrar em colapso, e ela tirou sangue com todas as cinco garras, mas eu não daria a ela a satisfação de piscar. - Serena, houve um monte de coisas que passaram pela minha cabeça sobre você, mas isso nunca foi uma delas.

Seus olhos se estreitaram e o olhar neles me convenceu de que ela me mataria aqui e agora. Por que não? Ela claramente estava envolvida na morte de minha mãe. E agora, perto do fim, ela queria matar meu espírito, meu orgulho, minha esperança na família que eu comecei a amar e queria cultivar.

- Zeca não vai ficar com Estebán. Você sabe disso, não é? - Seu tom doce estava pingando de sarcasmo.

- Saiba que Zeca nunca vai ser manipulado por você, ele não é burro o suficiente para aguentar suas besteiras.

Rico pigarreou. - Sobre o dinheiro - ele interveio, provavelmente salvando a minha maldita vida.

- Ah sim. Perdoe-me - ela disse, saindo do meu colo para encará-lo. - O que foi que combinamos?

- Dez milhões - respondeu o outro cara rigidamente. - Mas isso foi antes de sabermos que havia uma conexão entre vocês dois. Você sabe, um ômega humano é exótico como o inferno. Nós poderíamos lucrar muito mais em um leilão.

- Claro - disse ela em um tom doce. Apenas Alexey e eu parecíamos saber que aquela voz significava que um furacão estava chegando. - Alexey, amor, me dê minha bolsa, por favor.

O lobo loiro sorriu, oferecendo a bolsa preta com lantejoulas para ela. Abriu-o e pescou por um segundo antes de puxar uma pequena pistola e atirar diretamente no coração de Rico Macaster.

- Isso é um - disse ela, voltando-se para fazer o mesmo para o sem nome antes que ele pudesse puxar o seu próprio. - E dois. Eles são de prata sólida, rapazes, mas vou ter que lhes pagar o resto depois.

A comitiva fortemente armada de Serena já estava arrastando os corpos para o banheiro. Eu nem queria saber o que eles fariam com eles, já que um destino semelhante provavelmente iria me acontecer em breve.

Quando cometi o erro de fazer uma oração para não morrer sufocando, eu deveria ser mais específico.

- Alexey Stevenko - eu murmurei, olhando para o outro pobre coitado que a Serena tinha usado - Você vai ser descartado e sabe disso, né? Nós dois podemos fazer uma aliança, eu ficaria do seu lado na hora de explicar essa bagunça para Estebán. Seu pai não iria querer retomar uma guerra por nada, certo?

Alexey sorriu maliciosamente. - Meu pai tem outras ideias sobre a direção do futuro do nosso bando. Você vai ajudar muito com isso.

- Então você vai me usar para chantagear Estebán? - Eu ri. - Estou morrendo. Ele não vai te pagar merda por mais alguns meses com um homem que ele só marcou para proteger o suposto filho alfa de um amigo falecido - eu disse, olhando de volta para a Serena. - Só por curiosidade, eles acham que Estebán matou Gustav e minha mãe, também?

- Claro - ela disse sem remorso. - Não olhe para mim assim. Eu fui usada toda a minha vida, primeiro por eles e depois por Estebán. Eu não sou a vilã apenas porque me cansei disso e decidi pegar minha vida com minhas próprias mãos.

- E a minha? - Eu rosnei. - E a de Zeca? Você ia apenas deixá-lo pensar que uma sucessão de acidentes infelizes o deixou sem família?

- Claro que não. Quando Alexey ganhasse o controle de seu bando, eu o levaria para casa. Contaria a verdade de que Alexey é o pai dele. Ele é o herdeiro da matilha Steveko. E que Estebán com a sua ajuda o manipulou para que Zayas fosse a matilha mais forte e com maior território.

- É bom ver sua capacidade de distorcer literalmente todos os cenários até que, de alguma forma, minha culpa não tenha mudado na morte - eu zombei.

Eu comecei a desejar muito matar essa mulher.

Antes que ela pudesse responder, um de seus guardas falou - Temos uma situação no térreo.

- O que é agora? - Serena estalou. - Se for a polícia, apenas mate-os.

- Não é isso. Existem lobos.

- Claro que existem. Ele é um ômega no cio, ele é como um farol. Mate-os também.

A humilhação era ainda pior do que a traição, especialmente na frente dela. Pelo menos agora eu sabia por que ela sempre me via como um cidadão de segunda classe. Em sua mente, eu estava abaixo de humano. A maneira como Estebán falava sobre ômegas fazia parecer algo sagrado, mas em seus lábios a verdade era clara. Para ela, ser um ômega me tornava descartável.

A comitiva sumiu um minuto antes de eu a ouvir rosnando pela janela. Considerando o fato de que eu estava no cio, duvidei que quaisquer lobos que me perseguissem ali tivessem quaisquer intenções nobres. Pelo menos a humilhação e o choque estavam me afastando do fato de que Serena estava aqui.

A janela quebrou atrás de mim e um pedaço de vidro cortou minha sobrancelha, tornando tudo preto com sangue e me cegando enquanto um berro de gelar a alma enchia a sala. Eu pude enxergar apenas o suficiente para ver Serena e Alexey se transformando em conjunto. Foi a primeira vez que eu a vi como um lobo, e sob qualquer contexto, eu poderia achá-la etérea mesmo como uma fera raivosa. Agora ela era o material de pesadelos, todos os dentes e fúria. Levei um momento para perceber o objeto de sua raiva, mas quando o fiz, meu coração pulou. Estebán. Ele se elevou sobre os outros Alfas, o pelo preto em seu peito encharcado no sangue que pendia de suas presas à mostra. A visão deveria me aterrorizar, mas não, nem mesmo quando ele rasgou a cabeça do guarda que acabara de entrar na sala.

Eu fiquei agachado entre a cama e a mesa enquanto Estebán se aproximava de Alexey, sabendo que, se eu me atrevesse a me mexer, viraria comida de lobo. Eles lutaram com raiva, rasgando e cortando, mas Alexey não era páreo para a besta maior até que Serena se jogou na briga com um rugido cruel. Ele caiu sob seu peso combinado, mas eles não tiveram a vantagem por muito tempo antes de ele se levantar com a cabeça de Alexey entre suas mãos enormes. Com uma curva acentuada e um estalo mortal, a vida do futuro líder Stevenko foi extinta.

Quando o corpo do Alfa caiu no chão, Serena soltou um grito de dor, mas seu pesar foi de curta duração. Transformou-se em fúria horrível tão rápida e violenta quanto ela se transformou fisicamente. Ela se lançou e suas garras dirigiram para os ombros largos de Estebán como facas. Ele rugiu e bateu-a contra a parede, tentando jogá-la fora, mas ela segurou com tudo o que tinha deixado e mergulhou suas presas em sua garganta.

Eu me lancei para a arma caída esquecida e consegui enrolar meu dedo ao redor do gatilho sem disparar prematuramente. Eu tive que esperar por um tiro aberto e o sangue escorrendo pelo meu rosto me deixou meio cego, mas o tempo estava se esgotando. Eu podia ver a vida de Estebán se esvaindo diante dos meus olhos quando a loba rasgou sua carne, seu rosto enterrado em sua juba ensanguentada enquanto cada mordida a aproximava de sua jugular. Eu estava com medo de acertar Estebán em vez dela, mas se eu não desse um tiro, ela iria acabar com ele, independentemente. Eu apontei a arma na loba, dispondo-me a disparar. Pensar no carinho que tive de Estebán nesses últimos dias, na promessa de que muito mais amor estava destinado a mim e essa vaca iria me tirar isso ... nada disso era o suficiente para me convencer a puxar o gatilho.

Zeca era. Estebán era. Eu poderia perdoá-la se ela simplesmente me matasse, mesmo sabendo que ela nunca pediria perdão, mas saber que ela iria sangrar os dois secando sua felicidade era o que eu precisava. Não era o fato dela ser um lobisomem. Mas, o verdadeiro monstro que essa mulher egoísta e má era.

O tiro soou nos meus ouvidos e a luta cessou de uma só vez. A loba caiu das costas de Estebán e caiu no chão ao lado de Alexey. O buraco de bala nas costas ainda estava fumando enquanto ela olhava sem vida para a única outra pessoa que ela já chegou perto de amar. Eu supunha.

A cabeça desgrenhada de Estebán se virou e ele fixou seus olhos ardentes em mim, e por um momento, eu me perguntei se ele iria atacar mesmo que eu fosse a pessoa que o salvou. Eu não salvei dela. A mulher que ele amava. A mulher cuja morte ele iria ressoar em seu fraco acordo de paz. A mulher que segurou seu coração muito antes de eu ter. Que lhe deu um filho.

Ele estendeu a mão para mim, e quando eu não recuei, ele me puxou em seus braços com um grunhido suave e triste. Deixei que ele me segurasse contra seu enorme peito, envolvia-me com pelo preto e sangue. Eu não me importei. Naquele momento, eu nem me importei com Serena ou Alexey, ou com o fato de que eu era de alguma forma inexplicavelmente um ômega. Eu só me importava que Estebán estivesse comigo. Que ele estava vivo, e essa maldita caçada acabou, e ele não me odiava por matar a mulher que era sua esposa, mesmo que só fosse uma união política.

Percebi só então que o cio, a febre e a dor desapareceram.

***

Olá lobinhes!

Tenso. isso que vou dizer desse capítulo.

O que acharam? Deixe seu comentário. Gostou do cap? Clica na estrelinha. 😘

Bjokas e até a próxima att.

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