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Capítulo 24

Capítulo 24

O tempo voa quando você está esperando para descobrir em quanto tempo você vai morrer. Estebán estava me evitando, e eu não poderia dizer se era porque nós tínhamos fodido e foi o que ele fez da última vez, ou porque ele não sabia o que dizer. Confortar não era seu estilo, e ser consolado não era meu.

Estebán era como a maré. Toda vez que ele se aproximava, eu sabia que era apenas uma questão de tempo antes que ele se afastasse ainda mais. Ele não podia evitar. Era apenas quem ele era. Eu não ia ser aquele que o mudaria, e nem queria.

O que quer que isso fosse, eu já prometi a mim mesmo que não iria estragar tudo, desejando que virasse algo que não era. Isso não significa que sempre fui bem-sucedido nesse tipo de pensamento. Todas as noites desde aquele dia, nós dormíamos em nossos quartos separados, mas eu ainda continuava esperando que ele estivesse na mesma cama comigo. Era estranho como alguém que tinha sido solitário por dez longos anos e acostumado a dividir a intimidade com zero pessoas, ver isso mudar com alguém que mal conhecia e que rastejou sob a pele profundamente e sua presença se tornaria um pilar em questão de semanas.

Domingo de manhã, levantei-me e me vesti. Eu não ouvi Estebán, mas ele sempre foi embora a essa hora do dia, então eu não me preocupei em procurar por ele. Eu fui pelo corredor e coloquei Alessandro em seu lugar. Eu percebi que suborná-lo com comida era a única maneira de fazê-lo manter a forma humana por mais de alguns minutos, e ele só toleraria seu maldito pijama, mas pelo menos nós tínhamos progredido até o ponto em que ele estava vestido e sentado em uma mesa e segurando um garfo. Ele estava segurando-o de má vontade e segurando-o como uma faca com a qual planejava esfaquear alguém, mas ele estava segurando-o mesmo assim. Senti uma sensação absurda de realização enquanto o observava espetar seus ovos mexidos com ele, rosnando antes de dar uma mordida.

Ocorreu-me enquanto ensinava a nossa rotina de café da manhã que era cruel deixá-lo se apegar a mim quando eu não poderia estar lá para o pequeno por muito mais tempo. Eu já tinha feito arranjos para ele ficar na creche enquanto eu ia ao meu médico. A professora não estava feliz com isso, mas eu assegurei a ela que já havíamos superado a fase de devorar marcadores e brinquedos e esperava que não fosse uma mentira. Seria bom para ele formar outras amizades.

Assim que terminamos de comer, levei Alessandro para o andar de baixo e ele ficou perfeitamente feliz até chegarmos à creche e ele ouviu as outras crianças rindo e brincando. Ele colocou os freios e apertou mais a minha mão.

— Tudo bem — eu assegurei a ele. — Você só vai ficar aqui por um tempo até eu voltar do médico.

Ele balançou a cabeça violentamente, cachos loiros se espalhando por toda parte. Com uma vocalização que soava muito como um 'não', ele enterrou o rosto no meu suéter.

Ajoelhei-me para estar ao nível dos olhos dele. — Eu sei que você não gosta de todo o barulho, mas vai fazer amigos. Você gostaria disso, não é?

Ele fez uma careta para mim quando a professora se aproximou. — Olá, Alessandro — ela disse agradavelmente. — Você vem se juntar a nós?

Ele mostrou os dentes para ela.

— Desculpa. Apenas nos dê um segundo — implorei. Depois que ela voltou para as outras crianças, enfrentei Alessandro e olhei nos olhos dele. — Ouça, garoto. Eu sei que você entende mais do que todo mundo pensa. Agora, vou contar o que minha mãe me falou em meu primeiro dia de aula. Tudo que vale a pena começa assustador. Você vai fazer amigos, brincar, fazer artesanato e comer lanches, e você vai se divertir tanto que você nem vai querer sair, mas você precisa dar o primeiro passo. E eu vou estar no final do corredor.

Talvez tenha sido um pensamento positivo, mas ele parecia estar ouvindo e pensando sobre o que eu disse. — Volta? — Ele finalmente sussurrou em sua voz suave e rouca.

Meu coração doeu. — Sim — eu sufoquei, sabendo que provavelmente ia chegar um dia em breve, quando a resposta seria diferente. — Claro que vou voltar. E vou voltar toda vez que você precisar.

Ele grunhiu em reconhecimento e hesitou na porta um segundo antes de cuidadosamente colocar o pé no limiar. Eu não pude deixar de sorrir quando o observei entrar na sala. Uma garotinha veio imediatamente e bateu no braço dele com um grito de — tag, tá com você!

Alessandro piscou para ela em choque antes que ele saísse atrás dela com um rugido. As outras crianças gritaram e riram, e eu assisti apenas para ter certeza de que ele não iria ficar completamente feroz quando ele pegasse uma. Quando eu estava convencido de que ele ia ficar bem, fechei a porta e me virei apenas para encontrar Estebán me observando do corredor. — Quanto tempo você esteve olhando?

— Um tempo — ele respondeu, colocando a mão no bolso. — Eu nunca o ouvi falar antes.

— Nem eu — eu admiti.

— Você é bom com as pessoas — ele murmurou, caminhando em minha direção. — Mesmo Vítor está começando a te odiar menos.

— Isso não é um argumento muito bom.

— Oh, é. Vítor ainda me odeia — ele bufou. — É raro o bando aceitar um estranho. Mais raro ainda para eles aceitarem um humano.

— Acho que é só meu charme paulista — eu provoquei. — Eu estava começando a pensar que você mudou de casa.

Culpa cintilou em sua expressão. — Eu sinto muito por não ter estado por perto. Eu precisava de tempo para pensar.

— Você não precisa se desculpar. Você não me deve nada.

Ele parecia querer dizer alguma coisa, mas decidi nos poupar de ambos. — Eu deveria ir, eu estarei do outro lado do corredor em cinco minutos.

— Danilo, espere — disse ele, pegando meu pulso. Não foi a primeira vez, mas tão firme quanto foi, foi gentil. Quando eu encontrei seus olhos, eles estavam cheios de desespero. — Eu quero estar com você.

Eu olhei para ele, com medo de como meu coração se moldava em torno dessas palavras, mesmo que meu cérebro soubesse que eu as ouvira da maneira errada. — Eu acho que você pode vir se quiser.

— Não. Quero dizer, sim — ele disse, franzindo a testa como se estivesse tão confuso quanto eu por seu momentâneo lapso de compostura. — Mas isso não é o que eu estava tentando dizer.

— O que você está tentando dizer? — Eu perguntei, com medo de sua resposta tanto quanto para a minha reação a ela.

— Eu quero estar com você. Não apenas agora, mas sempre. Não apenas como meu companheiro de mentirinha, ou o homem que eu fodo porque eu não posso me convencer a ficar longe. — Sua voz era tão crua e cheia de paixão que poderia soar como raiva, se eu não conhecesse uma certa sutileza no tom dele tão bem. — O que quer que esses raios-X mostrem, eu quero cuidar de você e chamá-lo de meu pelo tempo que tivermos. Contanto que você me permita.

"Te chamar de meu" ... Aquelas palavras eram boas demais para serem verdade. Ele estava falando muito claramente para eu duvidar das suas palavras, o que significava que eu tinha que estar sonhando. A dor constante no meu peito dizia o contrário. — Estebán ... eu não sei o que dizer sobre isso.

Ele tirou algo do paletó e comecei a reconsiderar a possibilidade de estar sonhando ou alucinando quando ele se ajoelhou. Alguns lobos que estavam andando pelo corredor nos deram alguns olhares estranhos, mas eles não disseram uma palavra. — Diga 'sim'. E lembre-se, eu posso fazer você se sentir bem. — Ele disse isso em um tom irônico, mas o olhar em seus olhos me fez duvidar que ele estava brincando.

— Você está falando sério — eu murmurei incrédulo, meu rosto queimando com uma combinação de humilhação e paixão. — Você perdeu seu maldito juízo?

— Perdi meu juízo absolutamente. Eu tive três dias para rastrear a minha racionalidade e cheguei à conclusão de que não há como recuperá-la, então eu também posso me dedicar à insanidade. — Ele pegou minha mão e puxou o anel para fora da caixa. Eu estava dividido entre um coração acelerado e um morto quando ele colocou o anel no meu dedo. Quando ele olhou para mim, eu simplesmente desisti. Eu parei de tentar fingir que meu mundo inteiro não girava em torno desse homem, eu parei de tentar fingir que eu não tinha me apaixonado por ele, eu parei de tentar fingir que havia alguma parte de mim que era forte ou bastante decente para resistir que esta coisa que nós dois estávamos tentando lutar iria nos arrastar para o inferno.

— É irônico, não é? — Ele perguntou, passando o polegar sobre o anel no anular da minha mão esquerda. — Quando nos conhecemos, o pulo que meu coração deu me deixou com raiva. Eu não aguentava a ideia de compartilhá-lo com ninguém. Agora não posso suportar ficar longe de você. Eu sou todo o monstro selvagem que você me viu naquele dia no beco do centro da cidade, e eu quero possuir cada parte de você, passado e presente.

Eu não consegui respirar. Não de uma maneira 'Estou morrendo', mas em um 'Acho que estou sofrendo danos cerebrais induzidos pelas drogas que experimentei na adolescência, porque isso na verdade não está acontecendo'.

— Danilo? — Seu tom era impaciente, porque mesmo em um joelho, ele ainda era um idiota egoísta, autoritário, que achava que ele não deveria ter que esperar por alguém. E caramba, se ele não era gostoso assim.

— Só para esclarecer. Você está me pedindo para casar com você?

Ele franziu a testa. — O que mais eu estaria fazendo, seu filho da puta?

— Você apenas se levantaria? — Eu murmurei, olhando em volta. Nós ainda estávamos sendo observados. Agora havia uma porra de multidão.

— Diga 'sim.'

Agora ele estava usando humilhação ao invés de compulsão para forçar minha resposta. Idiota. —Sim — eu rosnei através dos meus dentes.

Ele me deu um sorriso vitorioso quando se levantou para se elevar sobre mim mais uma vez. — Então, isso não foi tão difícil, foi?

— Eu não posso acreditar em você.

— Você disse que sim, não disse?

— Isso não significa nada!

— Você já é meu companheiro, qual é o problema em torná-lo oficial pelos padrões humanos?

— É apenas ... é estranho, ok? E inesperado, e... — eu abaixei a minha voz — há uma chance que eu nem vou estar por perto para a lua de mel.

Uma sombra surgiu sobre ele, como se alguma coisa tivesse bloqueado o sol. — Eu não vou deixar você ir tão facilmente. Você pode já ter desistido, e eu sei que você tem medo de enfrentar isso, mas eu não vou deixar você escolher. Você é meu. Seja por um mês ou uma vida, você é meu e eu não vou deixar você fazer isso sozinho.

Eu tentei engolir, mas o nó na minha garganta não me deixou. — Então — eu disse, percebendo que se eu não dissesse alguma coisa, as lágrimas nos meus olhos iam dar a ele alimento para as próximas semanas. E eu o conhecia bem o suficiente para saber que, sim, ele iria zombar de mim minutos depois que ele propusesse para mim, e então eu teria que dizer a ele para se foder na frente de sua matilha. Foi uma espécie de coisa nossa. — Há quanto tempo você anda carregando esse anel, ou acabou de acha-lo na caixa de cereal hoje de manhã?

Percebi que ele nunca iria soltar minha mão quando ele empurrou seus dedos pelos espaços nos meus e pressionou sua testa contra minha franja. — Você vai descobrir se o seu dedo fica verde, não é?

Sorrir era a última coisa que eu imaginava que teria motivos para fazer hoje, mas era tão difícil lutar quando ele estava tão perto. — Eu espero que você perceba, você me atrasou para a minha consulta.

— Não importa — ele disse, beijando minha bochecha. — Eu conheço o dono.

— Oh sim. Ouvi dizer que ele é um verdadeiro idiota.

Sua risada rouca me fez desejar que não estivéssemos no meio de um andar público, cercados por lobos tentando fingir que estavam apenas cuidando de seus negócios. — É... eu ouvi isso também.

***

O consultório de Raquel era o tipo de lugar que fazia você se sentir como se estivesse com gripe, mesmo se você não estivesse. Enquanto eu me sentava em uma mesa de exame encaroçada encarando a lousa cinza em branco que logo se iluminaria com imagens dos meus órgãos internos, senti que o tempo tinha desacelerado de propósito. O dia que eu estava adiando há algum tempo finalmente estava aqui, e estava me punindo por fugir disso por tanto tempo.

Estebán estava do outro lado da sala, parecendo deslocado no ambiente clínico com seu habitual preto e botas pretas e roupas pretas e a aura para combinar. Ele se interessou pelas bolas de algodão que estavam em uma vasilha perto da pia.

— Você sabe, você não precisa estar aqui para isso. Tenho certeza de que você tem outras coisas para fazer — eu disse.

Ele me deu um olhar que dizia que nem valeria a pena se incomodar com uma resposta verbal e voltou para o algodão que era infinitamente mais interessante do que a minha última tentativa de o tirar da sala.

Uma batida na porta anunciou o fim da minha estadia no purgatório e possivelmente o começo da vida após a morte. O olhar no rosto da médica quando ela chegou com uma pasta grossa cheia de raios X com bordas brancas não era nada bom. Nem o fato de que ela precisava de muitos deles. Se não houvesse nada para ver, haveria apenas alguns, eu imaginei.

Ela pareceu surpresa ao ver Estebán ali, mas se ajustou e me deu um aceno de cabeça. — É bom ver você de novo, Danilo.

— Eu diria o mesmo, mas tenho a sensação de que você não vai me dizer nada que eu queira ouvir.

Ela me deu um sorriso simpático. Isso nunca foi um bom sinal, especialmente de alguém que parecia que ela vivia assistindo a documentários políticos e dando doces estragados para as crianças no dia de São Cosme e Damião.

Eu a assisti arrumando alguns dos raios X nas telas iluminadas, e antes que ela dissesse uma palavra, eu sabia que as manchas brancas e nebulosas na tela bloqueando a visão completa das minhas costelas não eram apenas algodão doce.

— Como você pode ver aqui, seus raios-X mostram algumas anormalidades consideráveis. — Doutora Raquel começou usando sua caneta para assinalar a maior lesão. — Acredito, sem dúvida, que estamos analisando uma fibrose pulmonar — disse ela lentamente, dando-me tempo para processar cada palavra.

— Síndrome do pulmão duro? — exigiu Estebán, já preparado para lutar.

Eu não sabia como ele sabia o que era se eu não o conhecesse, mas, novamente, eu me mantive minha ignorância propositadamente por muito tempo. Eu estava tão preparado para ouvir que era câncer que minha mente saiu do ar por um minuto, mas eu rapidamente me recompus. — Desculpe, o que é isso? E você pode colocar isso em termos leigos?

Ela suspirou. — Você pode ficar sem sintomas por anos antes de progredir até o ponto em que seus pulmões estão fibrosados e seus outros órgãos estão comprometidos.

Estebán me deu o olhar mais sujo ainda e voltou para Raquel. — Como você conserta isso?

— É incurável.

— O caralho. — Estebán rosnou, arremessando tudo fora do balcão com um golpe.

— Estéb! — Eu bati. Doutora Raquel não pareceu se abalar com a pequena crise de raiva.

— Que tal um transplante de pulmão? — Ele exigiu.

— Ele não receberia aprovação, não neste estágio. As chances de sucesso, mesmo se ele for aprovado...

— Foda-se as chances e foda-se a lista. Eu vou encontrar algum filho da puta com bons pulmões e cortá-los eu mesmo.

Raquel fez uma pausa para deixá-lo se recuperar. Ela tinha mais prática em lidar com os Alfas em furiosa negação do que eu, e minha cabeça ainda estava cheia de ... tudo. Recordações. Realizações de todas as coisas que eu sempre disse que faria e não fiz. A voz de mamãe. "Eu não acredito que tive um filho tão frágil, Danilo". — E minha resposta magoada — "O que você quer dizer com isso? Que a culpa de nascer com todas essas merdas: olhos desiguais, asma, poder ver monstros; é minha?".

Foi o único argumento que ganhei, porque ela sabia tão bem quanto eu que a culpa não era de ninguém. Chame de destino. Carma. Desígnios divinos. Mas, o fato era: eu nasci com uma data de validade reduzida. E nunca cuidei muito disso.

Estebán ainda estava discutindo com Raquel quando finalmente voltei à Terra. Eu ouvi parte da última frase. —... não iria sobreviver a cirurgia, senhor.

— Quanto tempo? — Eu perguntei de repente. Ambos olharam para mim como o que eu perguntei não fizesse o menor sentido, então eu esclareci — Quanto tempo eu tenho?

— Talvez um ano, talvez menos. É uma maravilha que ele tenha demorado tanto para colapsar. — Raquel respondeu sombriamente, olhando para Estebán como se esperasse que ele atacasse novamente. Ele não disse nada. Ele era de pedra e eu era gelo, derretendo rápido.

O silêncio não durou muito tempo. — Há um médico no Hospital das Clínicas especializado em doenças dos pulmões. Nós vamos levá-lo para dentro — disse Estebán com firmeza. — Faremos o que for preciso.

Eu olhei para Estebán, incrédulo, enquanto ele sacudia sua pesquisa e Raquel ouvia pacientemente. E aqui eu pensei que ele estava me evitando. Sabendo que ele tinha tido tempo ou mesmo se importado o suficiente para perseguir qualquer assunto que pudesse me manter com ele por mais tempo significava mais do que qualquer coisa que ele disse de joelhos. Significava mais do que qualquer coisa que alguém já havia dito ou feito para mim, e tudo que eu podia fazer era me perguntar como diabos nós chegamos aqui.

Não aqui, neste consultório estéril nesta consulta que tinha sido inevitável por tanto tempo, mas aqui com ele realmente querendo que eu vivesse e eu não o querendo morto.

— Faremos tudo o que pudermos — disse Raquel finalmente. Eu senti uma camaradagem com ela, porque nós dois já aceitamos a coisa que Estebán estava lutando como se sua vida dependesse disso. Ele também sabia disso, mas ele não era nada se não fosse o orgulho encarnado, e ele provavelmente ainda estaria se agarrando a falsas esperanças enquanto eu estava apodrecendo. — Por enquanto, existem drogas que eu posso receitar. Ainda não chegamos a nenhuma conclusão da substância que injetaram. Se ela acelerou o processo de fibrose e como.

— Nada com efeitos colaterais — eu disse de repente.

— Danilo. — Estebán repreendeu, olhando para mim com a mesma exaustão que eu senti durante as incontáveis horas que eu passei tentando convencer Alessandro de que legumes não iriam matá-lo.

— Eu não estou dizendo que não vou tentar nada — assegurei a ele. Não fazia sentido a longo prazo, mas inferno, se isso me desse mais alguns meses com meu pequeno círculo de entes queridos, eu lidaria com a doença. Eu estaria trocando apenas um tipo por outro. — Mas tem que esperar até depois da caçada.

— Eu te disse, a caçada não vai mais acontecer.

— Então vamos deixar a corte devolver Zeca para os avós dele? — Eu desafiei. — Vou imediatamente começar a tomar drogas que me transformarão em um cadáver ambulante, e eu vou sofrer nos últimos meses, sabendo que eles vão levar Zeca para longe de você assim que eu for embora?

Ele estava lívido. Eu podia ver em seus olhos e sentir sua raiva pulsando na energia sufocante que enchia a sala. Ele me odiava agora, porque se ele não deixasse a raiva desse jeito, isso se transformaria em medo, e ele não era um homem que pudesse ceder a isso. Eu sabia, porque era a mesma coisa que me manteve fora de seus braços por tanto tempo, mesmo que não tivesse me mantido fora de sua cama.

— Você não pode lidar com isso. Só o estresse do evento poderia te matar.

— Tem que haver algo que eu possa tomar que não me deixe mais doente, certo? — Eu perguntei, olhando para a médica. — Exercícios de respiração, talvez? Deixe-me ter algo experimental para que eu possa dar a esses tolos um drible por algumas semanas, e eu vou cumprir.

Raquel hesitou e olhou entre nós, como se estivesse tentando decidir se concordar comigo valeria a ira de Estebán. — Há algumas coisas que posso lhe dar para a dor, e nós temos esse soro.

— Que soro? — Perguntei.

— Estamos trabalhando em uma droga que utiliza o veneno injetado por uma mordida de lobisomem — explicou ela. — A concentração experimental só possui tanto veneno quanto a nossa saliva naturalmente contém quando não estamos mordendo. Tem propriedades curativas. Vale a tentativa.

Eu engoli em seco. Sim, eu sabia tudo sobre isso. Intimamente — Ótimo. Eu suponho que tem que ser injetado dolorosamente?

— Desculpe — disse ela com um sorriso amarelo.

— Eu estou bem com a dor — eu disse, rolando na minha manga. — Apenas acabe com isso.

Raquel hesitou, olhando para Estebán para permissão. Porque eu pertencia a ele e se alguém neste maldito prédio agissem dois segundos de uma maneira sem me lembrar, eles explodiriam.

Ele assentiu com relutância, mas eu sabia que a discussão estava longe de terminar. Uma agulha do tamanho de uma vassoura no braço depois e eu estava realmente começando a sentir como se eu não estivesse morrendo. Eu esqueci o quão legal isso era.

— Eu vou te dar um momento — disse Raquel, dando-me outro sorriso de pena antes de sair da sala.

Assim que a porta se fechou, Estebán abriu a boca para argumentar e eu soube que tinha que calá-lo de alguma forma. — Eu vou me casar com você.

Sua mandíbula ficou aberta por um segundo e ele me deu aquele cenho perplexo que eu conhecia tão bem. — O que? Você já concordou com isso.

— Sim — eu disse, estendendo a mão para enganchar meu dedo em torno do seu cinto e puxá-lo para mais perto. — Exceto que desta vez eu não estou dizendo isso para calar sua boca, então você vai parar de me envergonhar. Quero dizer.

Eu podia ver a irritação em seu olhar, mas ele desapareceu rápido e ele bufou em diversão. — O que te fez mudar de ideia?

— Você — eu admiti, alisando a gola de sua camisa. — Minha vida toda, eu me preocupei com outras pessoas. Minha mãe, meu irmão, meu amigo. Eu não estou dizendo que eu preciso de você para cuidar de mim ou que vai fazer algum bem a longo prazo.

Ele revirou os olhos.

—... mas significa muito o que você quer.

— Não é suficiente para você me deixar fazer o meu trabalho e te manter em casa.

— Você sabe que não podemos pular esse ritual, Estebán.

Ele fechou os olhos e suspirou, envolvendo os braços na minha cintura. Foi inesperado, mas relaxei para ele como se eu pertencesse a ele. Talvez eu realmente pertença. — Eu sei — ele respondeu. — E acho que prefiro quando você me chama de Estéb. Exceto no quarto. Nesse caso, gosto de ouvir você tentando dizer isso enquanto geme.

Eu sorri em seu ombro, apertando-o. — Eu vou manter isso em mente.

**

Olá lobinhes!!!

Carai. Qta coisa num capítulo!! Mta emoção. Meu leitor experimental e consultor para assuntos aleatórios chorou. (Hehe).

Me digam o que acharam. Clica na estrelinha. E que a caçada comece.

Bjokas e até a próxima att. .

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