Capítulo 56
As luzes irradiavam forçando as pálpebras de JK a fecharem. A cada 3 segundos elas faziam os mesmos movimentos. O barulho estridente das rodinhas da maca no piso frio ecoava em seus ouvidos, junto com vozes alarmadas que gritavam umas com as outras ditando comandos. O corredor era completamente branco e JK sentia uma dor aguda cada vez que seu corpo balançava de um lado para o outro. Ele gemia pela sensação que queimava seu abdômen. Tentou colocar a mão sobre ela, mas seu corpo não respondia às ordens de seu cérebro.
De repente, um barulho alto e abafado foi ouvido por ele. Passaram pelas portas duplas e alguém veio até ele, abrindo impaciente seu olho e forçando um flashe de luz contra sua pupila. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas uma máscara foi colocada sobre seu rosto e tudo o que ele viu a seguir foi uma enorme luz branca e intensa contra seu rosto.
Jungkook abriu lentamente os olhos ao ouvir o som do canto dos pássaros. Estava em casa, deitado na cama. Mas não era a sua cama.
Ele reconheceu o dossel sobre aquela cama.
Sentou devagar, passando a mão pelo abdômen. Não sentia dor alguma. Olhou em volta e teve certeza de que estava no quarto de Shivani. As portas de vidro da sacada estavam abertas, as cortinas escancaradas e a luz do sol matutino clareava todo o ambiente.
Ele ouviu um barulho e olhou em direção às portas. Elas estavam abertas. Ele saiu da cama e andou devagar até o corredor. Olhou de um lado para o outro e não viu ninguém.
No mesmo passo incerto ele percorreu o corredor, até a varanda central da casa. Foi quando ele a viu.
— Shivani? — com a voz emocionada, ele murmurou seu nome. Ela se virou para ele.
Estava linda!
Com um vestido longo, de cetim branco, o vento o levava junto com seus cabelos.
— Jungkook! — ela sorriu para ele.
Ela se aproximou com passos decididos e passou a mão pelo seu rosto. Ele fechou os olhos ao sentir o toque macio dela.
— Eu senti a sua falta. — declarou quando uma lágrima desceu por seu rosto.
— Porque sentiu a minha falta, se estou sempre com você? — ela pousou a mão em seu peito, sobre seu coração que batia acelerado.
Ele pegou a mão dela e beijou o dorso. Ela admirava o ato dele com um carinho explícito nos olhos.
— Vem comigo! — ela pegou a mão dele e desceram as escadas.
Do lado de fora da casa, ela soltou a mão dele e correu pelo jardim. Parou e o encarou, esperando que ele a seguisse. Ele abriu um largo sorriso e correu na direção dela.
O sol brilhava no céu, já havia passado metade do dia e ele nem se deu conta de como o tempo estava passando rápido.
Deitado no gramado com a cabeça no colo dela, ele a ouvia falar sobre as espécies de flores que havia naquele jardim.
— Shivani, porque estamos aqui? — ele interrompeu o monólogo dela.
— Por que era aqui que deveríamos nos encontrar. — ele olhou para ela, confuso. — Aqui é onde você ansiava me ver novamente, meu amor.
— Eu sei, mas parece tão estranho estar aqui.
— Apenas aproveite o seu tempo. Tudo bem?
Ele ficou pensativo, mas não fez mais perguntas.
Ela começou a falar sobre como gostaria de conhecer Mahya pessoalmente, sobre como as conversas e histórias que ela lhe contava eram extasiantes.
Jungkook sorriu ao se lembrar da última vez em que levou Mahya para conversar com Shivani. Só então se deu conta de que ela já não estava mais entre entres.
— Shivani...— ele se lembrou de Jimin. Lembrou do que havia acontecido. Mesmo com ela ao seu lado, passando carinhosamente a mão em seus cabelos, ele se sentiu perdido. — Onde estamos?
— No paraíso, meu amor. — sorriu com um repuxar de bochechas. — No nosso paraíso. Onde finalmente nos demos conta que estávamos apaixonados. Onde nosso mundo floresceu e passou a ficar confuso.
— Onde está o Jimin? — ele sentou, piscando em completa confusão metal. Ela ainda sorria. Tudo parecia muito estranho para ele.
— Aqui não é o lugar dele. — ele ficou preocupado. — E nem o seu. Ainda. — Ele sentiu uma dor aguda no peito, se curvando e ofegando.
— O que está acontecendo? — de joelhos, ele apoiou uma mão no gramado e a outra apertava o peito.
— Você ainda tem coisa para resolver, tem um futuro para viver. Tem pessoas para amar! — ela permanecia sentada e serena, enquanto ele se contorcia de dor. — Eles ainda precisam de você. — A imagem de Na-ri, Jung-young e Mahya vieram a sua mente. — Principalmente ele. — com os olhos apertados, ainda em agonia, ele lembrava de Jimin. — Está na hora de você viver esse amor, meu querido.
— Eu não quero deixar você. Por favor. — seus olhos expeliam lágrimas quentes.
— O nosso amor foi lindo, Jungkook. — se ajoelhou na frente dele, tomando seu rosto entre as mãos. — Mas o tempo dele já passou. Mas aquele, o qual você esperou uma vida para que acontecesse, está chegando.
— Shivani...— o corpo dele começou a ter espasmos, fazendo-o cair deitado no gramado, ainda com a mão no peito.
— Ame-o, Jungkook, com todo o seu coração. Nunca mais o deixe ir embora. Seja feliz do jeito que sempre sonhou. — ela ainda sorria, mas agora tinha lágrimas pingando no rosto de JK.
— Venha comigo, Shivani, por favor.
— Eu vou estar para sempre contigo, meu amor! — segurou a mão dele sobre o peito. — Aqui dentro. Para sempre!
O corpo dele deu outro espasmo e, de repente, o rosto de um homem estava diante de seus olhos.
— Adeus, meu amor! — Shivani se aproximou e beijou seus lábios.
— Afasta! — foi a última palavra que JK ouviu antes de abrir completamente os olhos e encarar uma luz ofuscante no teto.
Lentamente seus olhos fecharam e ele apagou.
Em um sono exausto, Jimin deitou sua cabeça no leito de Jungkook por alguns minutos antes de sentir uma carícia leve em seus cabelos.
Com os dedos entrelaçados aos de JK, ele os apertou levemente. Sentiu outra vez seus cabelos serem "penteados". Ao levantar a cabeça, seus olhos minúsculos arregalaram ao ver o Jeon acordado.
— Jungkook ! — levantou rápido, passando uma mão em seu rosto. — Você acordou! — ele não pôde segurar as próprias lágrimas.
Havia 4 dias que Jimin estava dentro daquele quarto.
Depois de chamar uma ambulância para socorrer Jungkook, Jimin entrou em agonia depois de vê-lo entrar no centro cirúrgico. Uma cirurgia era necessária para remover o projétil que se alojou no abdômen de Jungkook, logo abaixo do pulmão direito.
Jimin esperou ansioso do lado de fora por 10 minutos. Depois disso, ele presenciou uma correria, médicos e enfermeiros entrando e saindo do centro cirúrgico que JK havia entrado. Até aí, Jimin não conseguia entender muito bem a situação. Mas ao ver que passaram correndo com um desfibrilador, seu coração deu um pulo dentro do peito. Ele não acreditava que JK poderia estar mesmo morrendo.
No entanto, Jungkook morreu.
Por exatos 7 minutos ele não esteve neste mundo.
Jimin se desesperou ao parar uma das enfermeiras, agarrando-a firmemente pelos ombros, e com um olhar de desolação completa, lhe exigir um parecer sobre o que estava havendo lá dentro e ser informado que o paciente que estava em cirurgia teve uma parada cardíaca e estavam tentando reanimá-lo.
Foi então que Jimin sentiu o coração parar.
Com a mão no peito e sem forças, Jimin caiu ajoelhado no chão, agonizando com a dor que espremeu seu coração. Foram os 6 minutos mais longos da vida de Jimin. Nenhuma outra situação em sua vida o colocou tão próximo à loucura como ao saber que Jungkook estava morto.
Um profundo arrependimento se instalou dentro de si. Os momentos que desejou estar ao lado dele, os beijos que não havia lhe dado, os abraços, o carinho...todos eles negados por uma ânsia em se proteger da decepção, do desgosto, do ciúme. Para quê serviu tanto orgulho se agora o amor de sua vida estava morto?
— Jungkook, não me deixe...não permita que eu viva em um mundo sem você, meu amor! — Jimin gemeu as palavras em sua própria agonia, no chão frio e imaculadamente branco.
Inerte em um canto, sentado no chão, Jimin sequer sabia definir o que sentia, mas a notícia de que haviam reanimado ele e que a cirurgia foi bem sucedida, tirou o peso do desespero da alma de Jimin. Mas ele ainda estava aflito, tinha medo que algo ainda pudesse acontecer e JK nunca mais voltar. Seu coração não conseguia se agarrar por completo à esperança de que Jungkook ficaria bem.
Assim que Jungkook foi liberado para o quarto, Jimin entrou naquele cômodo e não saiu mais. Mesmo depois que o Sr Jeon chegou e se ofereceu para ficar ao lado do filho para que Jimin pudesse descansar uma noite em casa, ele se negou veementemente.
Polly correu às pressas para o hospital depois de saber o que havia acontecido com JK, precisava dar uma força para seu melhor amigo. Depois de permanecer com Jimin entre seus braços por horas e ouvi-lo chorar incessantemente, sempre agarrado a mão do outro, Polly foi até o apartamento de Jimin e lhe trouxe algumas roupas. Ele precisava tomar um banho e trocar as roupas ainda sujas do sangue de JK do dia anterior.
Assim foram os últimos dias de Jimin. Ele mal saía do lado dele para ir ao banheiro ou tomar um banho. Polly tinha que ser muito insistente para conseguir que o amigo fizesse o mínimo de sua higiene pessoal.
Agora, com os olhos percorrendo o corpo de JK e derramando mais lágrimas de um alívio arrasador, Jimin praticamente pulou sobre o Jeon e o abraçou forte.
— Jungkook, você está bem? Está sentindo alguma dor? Precisa que eu chame o médico?
— Jimin-ssi...— JK protestou, fazendo Jimin soltá-lo e encarar avidamente seus olhos. — Você está tentando me matar?
— O quê? — arregalou os olhos incrédulo.
— Acho que vou demorar um pouco para receber esses seus abraços tão energéticos. — sussurrou sorrindo, fazendo Jimin olhar imediatamente para o local da cirurgia.
— Oh, me desculpe, eu me esqueci disso por um momento. Eu só...— as lágrimas voltaram com tudo. — Eu tive tanto medo de perder você. — passou uma mão pelo rosto, secando as lágrimas, enquanto a outra não soltava a de JK por nada nesse mundo.
— Você não vai me perder, meu amor! — Jimin soluçou chorando mais. — Ainda não irritei você o suficiente por uma vida.
— Como pôde fazer piadinhas em um momento como esse?
— Porque esse sou eu, um homem capaz de fazer tudo para ver um sorriso em seu rosto, ao invés de lágrimas.
— Kookie...— levou a mão ao rosto dele e beijou cada cantinho de seu rosto. — por favor, não me deixe. Nunca mais! — JK afagou a nuca dele e beijou um de seus olhos.
— Isso significa que a partir de agora você é meu? — sorriu com os lábios na bochecha dele.
— Eu sempre fui seu, Kookie. Meu coração nunca pertenceu a mais ninguém. — o Jeon ergueu os braços e abraçou levemente seu amado.
— Eu sinto muito, Jimin-ssi. Sinto muito mesmo por todo o sofrimento que já causei a você. Não me faltam arrependimentos para cada uma das minhas falhas com você. E espero que esse tiro tenha me feito pagar por tudo, pois dói pra caramba. — brincou ao retesar o corpo sentindo uma pontada aguda no abdômen.
— Pare de brincar com algo assim, por favor. — deitou a cabeça no peito dele, passando suavemente a mão pelo rosto do Jeon. — Vamos nos concentrar em você ficar bem logo e sair daqui. Resolvemos todo o resto depois. — fechou os olhos ao ouvir o coração de JK batendo forte e cheio de vida.
— Eu vou me empenhar apenas em fazer você feliz, Baby Moon. Eu prometo isso a você. Prometo que daqui pra frente nós seremos felizes! — beijou o topo da cabeça de Jimin.
Jimin acordou ao som de um barulho abafado. Ele apenas abriu levemente os olhos e voltou a fechá-los. Outra vez um som incômodo o despertou, mas dessa vez foi uma porta batendo. Risos animados no corredor o fez levantar sutilmente. Olhou para o lado, e Jungkook ainda dormia, estava em um sono pesado. Só então Jimin se deu conta de quem poderia estar por trás de toda aquela barulheira logo cedo, pois o sol mal tinha nascido.
— Jungkook! — Jimin o agitou pelo ombro. — Jungkook! — praticamente gritou, acordando o Jeon.
— O que foi? — JK apenas se virou para o lado e envolveu os braços na cintura dele.
— Temos problemas! — o sacudiu outra vez. Quando JK abriu outra vez os olhos, ouviu o barulho de uma porta bater. Ele arregalou os olhos e encontrou os de Jimin igualmente espantados.
— Droga!
Os dois saíram às pressas da cama, indo em direção à porta. Assim que chegaram no corredor, viram a porta do quarto à frente escancarada. Correram até o cômodo e o queixo dos dois caiu ao ver a bagunça instalada no cômodo.
A cama estava bagunçada, os lenços do dossel pendurados na cabeceira inferior, almofadas para todos os lados do cômodo, cortinas abertas e rasgadas na base dos ilhós e os tapetes revirados. Um completo caos.
— Yungho e Jungho! — gritou Jimin.
Mahya, que estava em frente à cama, observando tudo com as mãos na cintura, parecia desaprovar toda aquela desordem. No entanto, ao se virar para o pai e Jimin próximos a entrada, o sorriso em seu rosto parecia muito fraterno.
— Mahya...? — Jungkook praticamente murmurou.
— Não se preocupe, appa, está tudo bem.
Jungkook por anos manteve o quarto de Shivani intocado. Depois que Mahya completou 10 anos, ele, em um claro gesto de amor a ela, lhe deu as chaves do quarto. Pensou que ela se sentiria mais próxima da mãe quando estivesse ali dentro. E ele estava certo.
Nos últimos 4 anos, Mahya praticamente vivia naquele espaço, ela gostava de apreciar os itens que pertenceram a sua mãe. Gostava de ouvir as músicas no pequeno rádio que Shivani tinha estima, apreciava a decoração tradicional da Índia e devorou, com muita rapidez, os livros que sua mãe lia. Se sentia muito bem naquele cômodo. Passou ótimos momentos imaginando como seria conviver com ela, como seria seu humor e seus sorrisos matinais. Fazia parte de sentir falta dela todos os dias, mesmo que nunca tenham chegado a conviver.
Jungkook nunca se limitou a falar de Shivani quando Mahya lhe questionava. Sempre foi sincero e verdadeiro. Mesmo na presença de Jimin, ele não continha os elogios à falecida esposa. E Jimin não demonstrava nenhuma insatisfação quando ele o fazia. Pelo contrário, às vezes estimulava que JK falasse nela. Sabia o quanto era importante para Mahya. Ele sabia que não havia porquê sentir ciúmes por ele falar dela, já que ela mesmo o incentivou a ficar ao lado do Jeon. Claramente ela prezava pela felicidade dos dois.
— Desçam dessa cama agora mesmo! — Jimin afirmou baixo, porém determinado. Seguiu em direção a cama em que eles pulavam e antes de chegar até eles, sentiu a mão de Mahya em seu braço.
— Tudo bem, Jimin oppa, não brigue com eles. — os olhos de Jimin tinham uma clara confusão. Sabia o quanto aquele cômodo significava para ela. — Deixe que eles brinquem um pouco.
— Mas estão destruindo tudo. É um lugar importante para você. — ela olhou carinhosamente para os dois e eles voltaram a pular animadamente.
— Mahya...— Jungkook se aproximou e colocou uma mão sobre o ombro dela. — Tem certeza disso?
— Appa...— ela o abraçou apertado. — Esse quarto não é ela. Não vai ser umas poucas almofadas ou objetos que nos fará esquecer dela. — apoiou o queixo no peito dele olhando em seus olhos. — Ela viverá para sempre dentro de nós. — Se afastou um pouco e colocou a mão sobre o peito dele. — Bem aqui. — Jungkook sorriu com os olhos marejados. Sabia que ela estava certa. — Sem falar que os meninos sempre foram muito curiosos a respeito deste quarto. Então os deixei explorar como queriam. — virou o rosto e sorriu para Jimin, que puxou um pouco o braço e segurou a mão dela, apertando levemente. — Mas acho que agora eles já mataram a curiosidade. — Se afastou dos dois, indo até a cama. — Yungho, Jungho, vamos para o jardim, ver como estão as flores do Sr Briggs hoje?
Os dois meninos desceram da cama e pegaram nas mãos dela, correndo animados para o jardim.
Yungho e Jungho eram filhos gêmeos de Jimin e Jungkook.
Depois do incidente que aconteceu em São Francisco, de JK se certificar que Taylor pagaria devidamente por tudo o que havia feito a Jimin e a ele, de saber que ele não sairia de sua longa estadia no hospital rumo a outro lugar que não fosse a cadeia, eles voltaram para a Coréia e não se separaram mais.
Jimin voltou ao seu antigo cargo no centro de pesquisas e JK para o escritório, trabalhando arduamente na expansão das montadoras Jeon.
Não demorou muito para Jimin finalmente aceitar o pedido do Jeon de irem morar juntos. E depois de dois anos, finalmente se casaram oficialmente. Um ano depois, sob muita pressão do pai, e claro, de Jungkook também, Jimin decidiu ser pai.
No entanto, mesmo tendo facilidade em adotar uma criança, ambos queriam ir além disso. Optaram por uma inseminação artificial e foram atrás de uma barriga de aluguel. Essa foi a parte difícil.
Após uma corrida que não parecia ter fim, em busca de alguém que realizasse o sonho dos dois, encontraram alguém.
Polly havia ido visitar Jimin na Coreia. Um sonho que se realizava ao conhecer um país e uma cultura completamente diferente do seu. Se apaixonou pelo lugar. E mesmo com a passagem de volta já garantida, já que Jimin havia lhe dado de presente de aniversário a ida e volta, ela não queria partir tão cedo. Então, decidiu que geraria o bebê dos dois. Jimin foi contra assim que a ideia surgiu, mas JK não.
Polly amava demais Jimin, nunca teve um amigo ao qual ela desejasse tanto a felicidade. Então uniu o útil, ao agradável. Se fosse a barriga solidária deles, não teria que partir até que a criança nascesse. E depois de algumas semanas de muita conversa e persuasão, Jimin finalmente cedeu.
Jimin e Jungkook forneceram amostras de sêmen para o laboratório, e ele providenciaram o óvulo. Assim que ele foi fecundado, ambos não queriam saber qual das amostras deles havia dado certo, isso não importava, eles seriam os pais da criança de uma forma ou de outra. No entanto, como comumente acontece nesse tipo de procedimento, ao invés de uma criança, vieram duas. O que só aumentou a dose de felicidade dos dois. Assim como dos avós e de Mahya. Porém, para desespero de Polly, que não daria a luz a apenas um, mas dois bebês.
A gestação foi tranquila. Polly ficou o tempo todo hospedada na casa do Jeon e Mahya não desgrudava dela quando estava em casa. Adorava a ideia de ver seus irmãos crescendo dentro da barriga de Polly. Nesse meio tempo, Polly se apegou muito à menina, eram praticamente mãe e filha e era comum que sempre perguntassem isso a elas, já que Polly tinha longos cabelos castanhos e ondulados e um rosto arredondado, assim como Mahya. Foi um vínculo impossível de não criar.
Assim que os bebês nasceram, não existia no mundo, uma família tão feliz quando a deles. Os pais de Jimin passaram alguns dias na casa deles, e os pais de Jungkook visitavam diariamente. Polly passou mais alguns meses ali, e amamentou os meninos com muito carinho, como se realmente fosse a mãe deles. Infelizmente o visto dela não era permanente, então teve que voltar para os Estados Unidos, mas sempre que podia, ela visitava o amigo e seus filhinhos bochechudos.
Em uma dessas visitas, quando o Jeon esteve recluso em casa por conta de uma gripe forte, todavia, não deixou de trabalhar, ela conheceu Thomas, quando ele foi entregar alguns documentos para o Jeon. Ela parecia mesmo estar destinada àquele país. Foi inevitável que fossem atraídos um pelo outro, e, consequentemente, se apaixonaram. Ia fazer dois anos que Polly e Thomas estavam casados.
No último ano, JK tem trabalhado preferencialmente em home office, pois os meninos estavam dando bastante trabalho para a Sra Milth. Então, ele como pai, sendo CEO da empresa e poderia fazer seus horários como lhe fosse mais fortuito, passava a maior parte do tempo cuidando dos filhos, enquanto Jimin ia para o centro de pesquisas.
Nos últimos meses, Jimin e Jungkook mal tinham um tempo a sós. JK passava o dia com os filhos, Jimin lhes dava atenção quando chegava do trabalho, e quando ia para o quarto, geralmente JK já tinha apagado de tão cansado. Não era uma tarefa fácil cuidar de dois meninos de quase 5 anos. A energia deles parecia ser infinita.
Depois de saírem do quarto, JK avisar a Sra Milth que um furacão havia passado pelo quarto de Shivani e ele ver a velha senhora arregalar os olhos e reunir os empregados para a empreitada que seria arrumar tudo, ele foi até a janela no andar de baixo e observou Mahya correndo com os meninos no jardim. Sorriu com a pontada de felicidade que fazia seu coração bater mais forte.
Subiu e encontrou Jimin no banheiro, usando apenas uma camisa e cueca, escovando os dentes. Ele se aproximou.
— Onde eles estão? — Jimin o observou pelo espelho à frente.
— Estão no jardim, com a Mahya. — envolveu a cintura de Jimin com os braços, colando seu peito às costas dele.
— Acho que eles ficarão ocupados por algum tempo. — acrescentou Jimin ao colocar sua escova ao lado da do Jeon.
— Eu estou torcendo por isso. — beijou o pescoço de Jimin.
— Jungkook...— Jimin meneou a cabeça, deixando que JK beijasse mais seu pescoço, enquanto as mãos passeavam em seu peito por baixo da camisa.
— Tô sentindo a sua falta, Jimin-ssi...— disse manhoso, pressionando seu quadril contra a bunda dele.
— Eu sei disso, também sinto a sua. — falou baixo, passando a mão atrás da cabeça de JK, acariciando sua nunca, e de olhos fechados apreciava cada toque indecoroso que o Jeon deixava em seu corpo. — Mas você sabe que não é uma boa hora para isso. Provavelmente eles já sentiram que estamos juntos, e aparecerão a qualquer hora, batendo na porta.
— Acho que dessa vez vou deixar que eles batam à vontade. Não tenho intenção alguma de soltar você agora.
Mais uma vez o Jeon pressionou o quadril na bunda de Jimin, fazendo-o sentir o quão necessitado ele estava, através de sua ereção rígida. Jimin arfou ao sentir o quão duro ele estava com apenas poucos toques em seu corpo.
Suavemente Jimin moveu o traseiro, instigando Jungkook a segurar seu quadril, mantendo-o firme no balcão do banheiro. Era muito difícil para os dois resistirem à atração, foram muitos dias sem um contato tão íntimo.
— Jimin-ssi...— sussurrou em seu ouvido. — Eu quero muito você.
— Quer? — brincou Jimin com a voz falha.
— Tenho certeza que você sente o quanto. — inclinou-se sobre Jimin, apertando-se na bunda dele com seu membro e mordiscando sua orelha.
— É, acho que senti alguma coisa. — provocou o Jeon.
Jungkook se afastou um pouco e se livrou da camisa que usava. Jimin estava gostando muito de provocá-lo, então se apoiou no balcão e esfregou outra vez a bunda na ereção do Jeon.
— Você não deveria fazer isso, Jimin-ssi. — mordiscou a pele branca e macia das costas de Jimin.
— Porque não? Que consequência eu sofreria, Sr Carrasco?
Jungkook lentamente baixou a cueca de Jimin e apertou sua nádega sem carinho algum. Pelo contrário, seu ato estava cheio de desejo acumulado, de euforia contida por muito tempo.
Junto aos produtos de cabelo, barba e colônias, dispostos sobre o balcão ao lado da pia, Jungkook alcançou um frasco de lubrificante. Jimin apenas observou a mão dele trabalhar com uma sobrancelha erguida e um sorriso insinuante no rosto.
— Você não tem sido um bom marido...— abriu a tampa do frasco e colocou um pouco do conteúdo entre o dedo do meio e o indicador, espalhando neles com o polegar. — Tem me negligenciado carinho e atenção...então preciso te lembrar que ainda estou aqui e que preciso de você com muita frequência.
Jimin suspirou de olhos fechados quando JK aproximou a mão de sua bunda. A ansiedade pela invasão do outro estava deixando seu estômago estranho. O ar já não permanecia por muito tempo em seus pulmões.
— Kookie...— gemeu com a expectativa. Quando os dedos do Jeon o invadiram, seu corpo ficou tenso pela sensação gelada do lubrificante, mas suavizou conforme ele os movimentava e Jimin pôde sentir seus dedos quentes dentro de si. — Ah...
JK estranhou a facilidade com que seus dedos entraram em Jimin. Ele arqueou uma sobrancelha e se aproximou novamente de sua orelha.
— Parece que alguém andou brincando sozinho.
— Kookie...
— Você foi mesmo capaz de sentir prazer e nem me convidar para assistir? — Jimin emitiu um grunhido incompreensível. — Desde quando você ficou tão egoísta, Jimin-ssi? — mordeu com um pouco de força o ombro dele. — Acho que não vamos precisar disso. — tirou os dedos de dentro dele, fechou a tampa do lubrificante e jogou em cima do balcão, fazendo o produto deslizar e bater em uma colônia e na espuma para barba, derrubando-os como se fosse uma bola atingindo os pinos numa pista de boliche.
Jungkook colocou a mão nas costas de Jimin, indicando que ele deitasse o corpo sobre o balcão, segurou na base do próprio pau e sem gentileza, introduziu sua glande na entrada de Jimin, que gemeu mais alto com a investida repentina.
Jungkook chegou a temer ao sentir Jimin se pressionando em volta de seu membro. Gemeu arrastado com a sensação arrebatadora que a entrada quente de Jimin lhe causava.
— Puta que pariu! — gemeu abafado contra as costas de Jimin ao se enterrar completamente nele. — Como você pode ser tão gostoso assim? — ofegou alto. — Você me deixa louco! — agarrou com as duas mãos o quadril de Jimin e começou a estocar contra a bunda macia de Jimin.
— Kookie...devagar...— Jimin apoiou as mãos no espelho.
— Me diga...como eu posso...ir devagar...com você me engolindo desse jeito? — questionou ofegante.
— Jungkook...assim eu não vou conseguir me segurar...— os gemidos dele só arrepiavam ainda mais o corpo do Jeon.
— E quem disse que você precisa se segurar? — parou subitamente as investidas, pegou a perna direita de Jimin e colocou sobre o balcão, deixando-o ainda mais aberto.
Jungkook subiu a mão pelo peito de Jimin, alcançou seu queixo e levantou sua cabeça, inclinado-a para trás. Beijou seu pescoço e voltou a investir em seu interior de forma ritmada.
— Jungkookie...
— Ah, Jimin-ssi, como eu adoro foder você!
O corpo de Jimin tremeu e suas pernas ameaçaram ceder quando ele finalmente gozou sobre o balcão.
— Agora sim, você está sendo um bom garoto. — disse JK antes de se afastar, segurar novamente a cintura de Jimin e estocar fundo mais algumas vezes antes de também gozar.
Os gêmeos estavam acalorados na mesa do café da manhã. JK exercitava com afinco sua paciência para fazê-los comer adequadamente.
— Yungho, pare de ficar enfiando os dedos na tigela.
— Appa, eu não gosto dos cereais azuis, eles não tem um gosto muito bom. — replicou o menor.
— Tudo bem, coma os outros. — recostou na cadeira, passando a mão pelo rosto.
— Yungho, você sabia que os azuis são os que mais dão força? — Mahya levantou a questão com um olhar astuto.
— Sério, unnie?
— Uhum! — assentiu veemente. — Eram os que eu mais comia quando tinha o seu tamanho. E olhe só, estou grande e bem forte agora.
— Unnie, qual deles deixa a gente mais rápido? — quis saber Jungho.
— São os verdes. Assim como os legumes e vegetais.
— Legumes e vegetais são ruins! — colocou a língua para fora, nunca clara expressão de nojo.
— Pois fique sabendo, mocinho, que todos os heróis dos Vingadores comem legumes e vegetais todos os dias.
— É verdade, Unnie? — Yungho parecia surpreso.
— A mais pura verdade.
— Então eu quero comer todos os dias também! — afirmou ele.
— Eu também, Unnie! — Jungho olhou animado para Mahya.
— Então todos nós comeremos! — os meninos gritaram animados e voltaram a atenção para seu cereal. Logo depois veio o completo silêncio.
— Obrigado, querida! — JK murmurou para a filha. Ela sorriu para ele.
— Uau, que silêncio reconforte. — Jimin chegou à sala, se aproximou de JK e tomou um gole de seu suco. — O que houve por aqui? — JK pegou discretamente no braço dele, fazendo Jimin entender que não devia fazer perguntas agora, pois romperia completamente o silêncio maravilhoso que havia no ambiente.
— Ok...— sussurrou, sentando na cadeira ao lado de JK.
— Oppa, achei que não iria trabalhar hoje.
— Vou apenas deixar um documento no escritório, depois vou para o aeroporto, pegar a Polly.
— A Unnie Polly está vindo ver a gente? — Jungho se manifestou.
— Oba! — os dois meninos praticamente pularam da cadeira.
— Ah, não...— JK gemeu do outro lado da mesa.
Os gêmeos começaram a tagarelar sobre a chegada de Polly. JK havia evitado falar sobre a chegada dela justamente para não ter que lidar com a euforia que os acometiam sempre que ouviam aquilo. Jungkook já sabia que as próximas horas seriam bem cansativas.
— Quando você viaja para a índia? — Jimin ignorou o ar de cansado de JK e se dirigiu a Mahya.
— Na próxima semana. Vou esperar passar o aniversário da Annie. — ela empurrou seu prato vazio para o centro da mesa.
Mahya ainda era amiga de Annie, mesmo depois de finalizar as aulas de ballet, as duas mantiveram a amizade e hoje eram melhores amigas.
— Ela já decidiu qual será o tema da festa dela esse ano? — Jimin quis saber.
— Duvido muito que seja de princesas. — JK opinou debochado.
— Appa!
— Me pareceu muito inapropriado o tema do ano passado. — Jimin não conteve o sorrisinho divertido ao se lembrar de como JK ficou consternado ao chegar na última festa da menina. — Não foi um tema decente para um aniversário de 14 anos. Vocês viram aqueles vídeos que passavam no telão? — ele arregalou os olhos como se visse a cena diante dos próprios olhos naquele momento.
— Muitos diriam que as moças eram lindas e dançavam muito bem. Não sei se você aprovaria mesmo, já que...— ela franziu os lábios e baixou a cabeça, olhando sorrateiramente para Jimin que se divertia com a expressão de JK. — Elas não são o seu tipo.
— Elas estavam praticamente nuas e dançavam de maneira provocante. Certamente não é um tema para uma festa de meninas. — retrucou a contragosto.
— O funk é muito popular no Brasil, e meninas de todas as idades dançam, appa.
— Então devo me sentir muito feliz por minha filha não ter nascido lá. Não quero você dançando esse tipo de coisa. — ele arrastou a cadeira e se levantou. — Não gosto nem de imaginar. — finalizou ao sair da sala de jantar.
— Eu não sabia que ele era avesso a algum tipo de dança. — comentou Mahya com Jimin.
— Tenho certeza que não é. — cochichou para ela. — Ele só se apavora com o mero vislumbre de ver a filha dele dançando algo assim. — os dois riram.
— Oppa, você não se sente, sei lá, inseguro de ele se apaixonar por outra mulher? — agora foi Jimin que recostou na cadeira, pensativo.
— Eu sei que ele poderia acabar se apaixonando por alguém se não me amasse como ama. Então, não, eu não penso nesse tipo de coisa.
— Uau, quanta confiança, Oppa.
— É...eu confio muito no amor que ele sente por mim. — sorriu bobo.
— Então o fato da minha mãe ter entrado na vida dele do jeito que aconteceu, foi apenas um erro do destino? Não era pra eu estar aqui?
— Ei! — Jimin pegou na mão dela por cima da mesa. — O destino era eles se apaixonarem, e você estar aqui hoje, enchendo a vida do seu appa de alegria. Nunca pense nisso como um erro. Por favor. — ela forçou um sorriso com os olhos ardendo. — Você é a pessoa mais importante da vida dele. — Jimin se assustou, fechando os olhos e passando a mão pela bochecha, onde uma bolinha de cereal a deixou molhada de leite. — Logo depois vem esses dois pestinhas.
— Appa Minie, foi o Yungho! — se defendeu o pequeno que estava logo ao lado dele.
— Mas foi você que começou, Jungho! — protestou o outro.
— Eu não tenho dúvidas disso, Oppa. — ela gargalhou divertida para Jimin e encarava os gêmeos com uma seriedade mortal.
— Subam agora, os dois. — Jimin falou calmo, porém sério.
— Mas appa...— retrucou Jungho.
— Para o banho! — Jimin apenas semicerrou os olhos para eles, e logo os dois correram para fora da mesa.
Naquela noite, JK estava mais cansado do que nunca. Achou que a chegada de Polly ajudaria a desviar as energias dos meninos e lhe dar um pouco de tranquilidade, mas não foi o que aconteceu.
Polly passou quase dois meses fora do país, tinha ido visitar seus pais depois da recente morte de sua avó materna. Diferente de como havia saído do país, Polly voltou com uma barriga já saliente dos quase 4 meses de gestação. A primeira coisa que Thomas fez ao sair do escritório, foi passar na mansão do Jeon e buscar sua esposa. Estava morrendo de saudade.
Agora, deitado na cama, JK se esforçava para não dormir antes de Jimin sair do banho. Queria colocar a cabeça dele sobre seu peito e sentir seus braços envoltos em seu corpo antes que o cansaço o arrebatasse de vez.
Jungkook fechou os olhos por 2 segundos —pelo menos era o que ele pretendia —, e ao abri-los, Jimin estava parado junto à cama, ajeitando os travesseiros.
— Jimin-ssi...— ele se virou, erguendo a mão para que Jimin se aproximasse dele. — Deite-se comigo. — Jimin pegou a mão dele e sentou na cama.
— Você deveria dormir. Está cansado.
— Eu nunca estou cansado pra você. — o agarrou pela cintura.
— É mesmo? — arqueou uma sobrancelha.
— Uhum! — Jimin tirou os braços dele de sua cintura e foi até uma poltrona próximo da porta. Voltando com uma sacola de papel com o nome de uma loja que JK nunca tinha visto antes. — O que é isso? — se apoiou em um dos cotovelos e abriu a sacola, olhando o conteúdo. — É um presente pra mim?
— Sem dúvida é um presente pra mim. — Jimin sorriu sugestivo.
Dentro da sacola havia uma caixinha pequena. JK retirou a caixa e desfez o laço, tirando a tampa dela.
— Isso é...— ele ergueu o conteúdo da caixa, ainda sem entender.
— Sim, isso é um par de algemas. — JK sentou na cama e coçou a nuca. — Quando viajamos para a praia, antes da faculdade e você ficou curioso a respeito de um vídeo em que eu assistia, lhe respondi que não sabia ao certo se gostaria de algemar alguém no ato, ou ser algemado.
Jimin pegou o objeto da mão dele e suavemente puxou seu braço, prendendo com destreza o ontem em seu pulso direito.
— Acho que agora eu posso responder com certeza que, eu prefiro algemar você. — os olhos de JK desviaram do objeto e fixaram os de Jimin.
— Jimin-ssi...— um sorriso lascivo brotou em seus lábios.
Jimin prendeu o outro pulso de JK e o empurrou sem cerimônia em cima da cama, montando em seu colo.
— Você é um homem muito ousado quando está com as duas mãos livres, Kookie, quero ver se você ainda consegue ser tão exigente assim com as mãos presas. — ele pegou nos ilhós entre as algemas e colocou os punhos de JK sob sua cabeça.
— Com você agindo assim, não faço questão alguma de ser exigente. — Jimin colocou a mão livre por baixo da camisa dele e acariciou seu corpo, fazendo JK fechar os olhos e sentir seu membro começar a ganhar rigidez. — Jimin-ssi...— ele arfou de desejo.
— Shhhh...você não pode falar mais nada a partir de agora. — Jimin tomou a boca de JK com violência, sem hesitação.
Jungkook entendia o quão necessitado Jimin estava, sua ereção dentro da cueca o pressionava sobre o abdômen.
Jimin se esfregava sobre o Jeon descaradamente, a pele do outro já estava vermelha pelo contato indecoroso que o Park fazia sobre si.
Lentamente Jimin foi descendo pelo corpo dele, beijando seu pescoço e ombro. Quando a camisa dele já não lhe dava espaço suficiente para beijar sua pele, ele a levantou e colocou a cabeça por baixo dela. Seguiu descendo pelo peito, abdômen e virilha do Jeon.
— Jimin-ssi...— JK arqueou as costas, flexionando o quadril em direção a boca dele.
— Você precisa ter um pouco mais de paciência, coelhinho. — puxou o calção dele, expondo sua rigidez. — olha só, parece que você está pronto. — provocou.
— Eu preciso de você, Jimin-ssi.
— Hum... é isso mesmo que eu estou ouvindo? — envolveu os dedos em torno do mebro duro e o segurou com firmeza. — Você está implorando por mim? — começou a movimentar a mão na ereção dele, arrancando gemidos manhosos do Jeon.
— Baby Moon...
— Eu não ouvi direito, coelhinho. — o provocou mais, passando levemente a língua pela fenda na glande dele.
— Ahh...— arqueou mais as costas, movendo o quadril em direção a boca do Park.
Sua cabeça se enterrava cada vez mais nos travesseiros. Seu corpo arrepiava cada vez que Jimin passava a língua macia, molhada e quente sobre a cabeça inchada de seu membro. Ele delirava com a expectativa de ter a boca de Jimin lhe sugando até a alma naquela luxúria inebriante.
Suas mãos espalmadas na cabeceira da cama, deixavam seus dedos brancos com a pressão de sua palma contra o móvel.
— Disse alguma coisa? — debochou o Park.
— Jimin-ssi...por favor...por favor, eu quero muito que você me chupe. — emitiu arquejos sôfrego.
— Ah, agora sim você está falando a minha língua. Isso era tudo o que você precisava fazer, coelhinho, implorar. — JK sorriu desacreditado. Mas gemeu alto quando Jimin finalmente envolveu seu membro com a boca.
— Porra, Jimin-ssi! — JK ergueu a cabeça e observou Jimin devora-lo entre os lábios rosasos. Jimin se sentia poderoso quando deixava JK tão excitado, que não conseguia controlar a boca e murmurava palavrões.
JK abriu mais as pernas, deixando Jimin entre elas. Dobrou os joelhos e moveu seu quadril para cima, estocando sua ereção na boca dele. Ele baixou as mãos ainda presas e as colocou sobre a cabeça de Jimin, mantendo-o no lugar enquanto desferia as investidas na boca dele.
Jimin pegou o braço dele e ergueu sobre a cabeça, passando o polegar no lábio inferior molhado.
— Nada disso. Você não pode usar as mãos. — Jimin voltou a sobrepor seu corpo ao dele, levando de volta suas mãos acima da cabeça.
— Jimin-ssi, só mais um pouquinho...por favor. — Jimin colocou a mão sobre o peito dele e se curvou, beijando seus lábios.
— Você rompeu as regras, então não vou lhe chupar mais. — JK fez uma careta triste enquanto ofegava.
Jimin, sentando sobre a barriga de JK, deslizou até suas coxas, levantou um pouco e o encaixou entre suas nádegas, sentando bem devagar. JK fechou os olhos e se deixou ser consumido pelo prazer das nádegas dele sentando sobre suas coxas ao estar completamente dentro dele.
— Se você me prometer ser obidiente, talvez eu seja bonzinho com você. — Jimin colocou as duas mãos sobre o peito do Jeon e se moveu sobre a ereção dele. Mas quando JK ameaçou baixar outra vez as mãos, Jimin parou. — Na-não.
— Jimin-ssi...
— Não! Você não está colaborando. — o advertiu com um olhar irredutível. — Agora sou obrigado a ser egoísta.
Jimin se moveu outra vez, agora com uma das mãos no próprio membro, fazendo JK assitir enquanto se masturbava e sentava lentamente no pau dele.
— Jimin-ssi, mais rápido.
Jimin acelerou o ritmo, porém, ele ainda sentava bem devagar, torturando o Jeon, e sua mão ganhou um ritmo mais acelerado em seu próprio membro. Ele pendeu a cabeça para trás, deixando explícito em seu rosto o prazer que sentia ao se tocar. JK estava enlouquecendo com a cena a sua frente. Seu pau estava mais duro e latejante dentro de Jimin, que o ignorava enquanto se dava prazer.
Jungkook dobrou os joelhos e levou o quadril, tentando ganhar ritmo sob o Park, mas não conseguiu.
— Jimin-ssi, por favor, eu vou ser bonzinho, prometo. — implorou o Jeon. Jimin se aproximou mais de JK e gemeu olhando em seus olhos.
— Kookie...eu vou gozar...— fechou os olhos e abriu a boca, delirando de prazer.
— Merda! — JK enlouqueceu com a expectativa.
Ele moveu rápido os braços, prendendo Jimin pelas costas, junto a seu corpo, tomou impulso e movimentou o quadril depressa. Os dois começaram a gemer. Jimin se deleitando no próprio prazer e sentindo o Jeon lhe preencher profundamente. E JK ao ouvir cada gemido dele, vendo a expressão em rosto e se enterrando rapidamente em Jimin.
JK desceu as mãos, agarrando a bunda de Jimin, abrindo-as mais, até não conseguir se segurar e se enfiar uma última vez no lugar mais profundo de Jimin ao gozar.
Jimin gozou ao sentir a ereção de JK latejar intensamente em sua entrada. O jato quente sobre o abdômen de JK o fez sorrir.
— Ah, Jimin-ssi, você é muito malvado. — Jimin sorriu com o rosto contra o peito dele.
Era domingo à tarde, Polly e Thomas estavam sentados em um sofá de dois lugares do outro lado da área de lazer, que ficava em frente a duas poltronas, onde estavam o Sr e Sra Park. Os 4 conversavam e a Sra Park sorria amigavelmente para Polly, que acariciava a barriga, com a mão de Thomas sobre a dela. O rapaz, abraçado a ela, demonstrava carinho e proteção.
No jardim, estavam o Sr e a Sra Jeon. Há 3 anos, depois de um longo período de envolvimento, se casaram novamente. Jungkook podia jurar que não conhecia mais o homem a quem sempre conheceu como sendo seu pai. Jung-young estava completamente diferente agora, sua prioridade era Na-ri e os 3 netos. Jungkook às vezes era agraciado com alguma demonstração de afeto pelo pai. Mas ele estava feliz que os pais estavam juntos outra vez, sua mãe parecia estar vivendo uma eterna lua de mel com seu ex-altual-marido.
Ambos estavam com os gêmeos. Na-ri sentada sobre uma manta com Jungho e Jung-young, tentava acompanhar Yungho em suas peripécias pelo gramado.
Mahya estava viajando. Sempre que tinha férias, ela ia para a Índia, visitar os avós. Desde os 6 anos, quando JK a levou lá pela primeira vez, nunca mais ela passou mais de 6 meses sem visita-los. Ainda mais depois que ficou fluente em hindi.
Na verdade, com seus 14 anos, ela já estava fluente em mais da metade das línguas que Shivani falava. JK tinha certeza de que ela se orgulharia da filha. Mahya era perspicaz e objetiva. Tudo que ela colocava na cabeça que aprenderia, não demorava muito para que aprendesse, tamanho era seu empenho em adquirir tal conhecimento.
Depois do Taekwondo e do ballet, ela entrou nas aulas de hindi, judô, inglês, francês, informática, violão, piano e muitas outras ao longo dos últimos 8 anos. Todas concluídas com muita perfeição.
Sentados em uma larga espreguiçadeira próximo a entrada da casa, Jimin, deitado de lado, com a cabeça sobre o peito de Jungkook, e ele com um braço envolto na cintura do Park, observavam os presentes naquela reunião de família. Jk suspirou e Jimin sorriu.
— No que está pensando?
— Que temos uma família maravilhosa. — respondeu o Jeon.
— E ela estaria completa se a Mahya estivesse aqui. — JK beijou os cabelos de Jimin. — Mesmo que às vezes ela se sinta uma intrusa.
— Como assim?
— A nossa história começou muito antes de você conhecer a Shivani, com isso, ela conclui que foi um erro do destino vocês terem se apaixonado e ela ter nascido. Por isso se sente assim. — JK se afastou de Jimin.
— Ela nunca foi um erro. Não é uma intrusa na nossa vida.
— Eu sei. Disse isso a ela. Nosso afastamento foi exatamente um plano do destino para que ela estivesse aqui conosco, fazendo parte dessa família, que a ama muito.
— Você realmente pensa assim? — JK ficou em dúvida, morria de medo dele não se sentir assim de verdade.
— Claro que penso! — ele voltou a abraçar JK, deitando a cabeça em seu peito. — Você me amou, eu te amei. Ela te amou e você a amou. E hoje permanecemos nos amando e com a benção dela, sei disso. E todo esse amor, está em cada traço da Mahya, sem dúvida. Ela pode não ser minha filha, pode ser fruto do amor que você sentiu pela mãe dela, mas eu não a amo menos do que amo Jungho e Yungho.
— Jimin-ssi, você tem um coração tão grande. — ele sorriu nasalado.
— Mesmo que ela me odiasse por tomar o lugar da mãe dela, eu não a amaria menos.
— Ela jamais odiaria você. O coração dela não permitiria.
— Eu sei disso também. — Jimin se aconchegou mais nos braços do Jeon. — E espero que Shivani esteja feliz com a família que temos agora.
— Eu tenho certeza que está.
— Ela também faz parte disso, e eu serei eternamente grato por ela me ter feito prometer ficar ao seu lado, pois não sei o que seria de mim hoje.
— Provavelmente estaríamos sofrendo por estar longe um do outro.
— Sim. É por isso que eu nunca vou esquecê-la. Ela também é parte importante na minha vida. — JK beijou a testa de Jimin e passou o braço por cima de seu ombro, mantendo-o mais perto.
— Eu amo muito você, Baby Moon.
— Eu também amo muito você, Kookie. Sempre te amei e sempre vou te amar. — ele levantou a cabeça e selou os lábios de JK. Voltou a deitar a cabeça em seu peito e sorriu feliz ao ver a família unida, todos compartilhando de um amor que começou a bater muito forte em seu peito, mesmo antes dele saber como era amar alguém.
Fim.
Chegamos ao fim de mais uma fic.
Eu gostaria de agradecer muito a cada um de vocês, meu leitores fiéis, pela paciência de esperar por cada capítulo nos últimos meses, já que acabei perdendo totalmente o controle do meu tempo disponível para escrevê-la. Sou imensamente grata, de verdade.
Foi uma honra ter vocês aqui, fosse curtindo a história anonimamente, fosse votando ou participando ativamente nos comentários. Eu adoro quando vocês interagem e debatem sobre o comportamento de cada personagem. Isso me enche de alegria, verdadeiramente.
Espero poder ter a companhia de vocês em um futuro enredo cheio de emoções como este.
Até breve, meus caros entusiastas.
Fiquem saudáveis, beijos! 😘
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