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Capítulo 51


Jimin estava pronto para sair, se olhou uma última vez no espelho e gostou do seu look.
Estava usando uma calça jeans preta, com sapatos também pretos e uma blusa de lã com manga longa na cor creme. Passou as mãos pelos cabelos, jogando-os para trás e sorriu entusiasmado com o encontro que teria com Taylor.

Não é um encontro. Somos apenas dois amigos indo tomar um sorvete! — ditou mentalmente.

Jimin ouviu a campainha tocar e foi atender.

Antes de abrir a porta, conferiu quem estava logo depois dela. Suspirou irritado ao ver que era o Jeon.

Minha nossa, ele não desiste de me incomodar?

Ficou ali por alguns segundos e  notou que o Jeon parecia angustiado. Decidiu abrir a porta.

— Jimin-ssi! — disse, aliviado ao ver a porta se abrir.

— O que você quer, Jungkook? — apoiou uma mão na maçaneta da porta e a outra colocou na cintura, encarando o Jeon com certo desdém.

— Jimin-ssi, eu vou precisar viajar para a Coréia com certa urgência, mas prometo que logo estarei de volta.

— Você não me deve satisfação alguma, Jungkook.

— Eu sei disso, só queria deixar você ciente de que o fato de eu não aparecer nos próximos dias, não significa que desisti de você. — Jimin contraiu os lábios e encarou o chão. — Eu não sei quantos dias vou demorar para voltar, tudo vai depender de como a Mahya ficará nos próximos dias. Então...

— O que houve? Ela está bem? — Jimin ficou preocupado.

— Ele esteve instável nos últimos dias, e hoje teve febre no período da tarde. Ao telefone ela me perguntou quando eu voltaria, disse que queria me ver, que sente a minha falta, então não consegui pensar em mais nada que não fosse fretar o primeiro jatinho que pudesse, para voltar o mais rápido possível.

Jimin suspirou. Sem saber o que dizer ou o que fazer, passava impaciente o dedo indicador pela gola da própria blusa.

— Eu vou voltar, Jimin-ssi! — JK se aproximou e pegou a mão impaciente de Jimin. — Eu não posso dizer quando, mas eu voltarei. Mesmo que você ainda não tenha decidido me dar uma nova chance, eu não deixarei de vir. — abriu calmamente a mão de Jimin e deixou um beijo carinhoso em sua palma. — Eu prometo!

JK colocou uma mão no rosto de Jimin e lhe beijou demoradamente a testa. Ele não queria deixar Jimin, mas Mahya precisava dele agora, não tinha como evitar partir.

O Jeon se afastou de Jimin e seguiu para o elevador.

Depois que JK se foi, Jimin fechou a porta e ficou pensativo.





Jungkook chegou em casa e foi informado pela Sra Milth que Mahya estava dormindo e que seus pais faziam o brunch na área externa da casa.

Ao chegar da porta, JK viu que seus pais conversavam de forma pacífica e interagiam como os velhos conhecidos que eram. JK não foi até lá, subiu e passou no quarto de Mahya antes de ir para o seu e tomar um banho.

Depois do banho, bem demorado por sinal, afinal, a viagem havia sido longa e cansativa, ele voltou ao quarto de Mahya. Ela estava acordada.

— Appa! — os olhinhos de Mahya chegaram a brilhar ao vê-lo diante da porta.

— Minha estrelinha! — com passos rápidos JK chegou a cama dela e a envolveu em seus braços.

— Appa, eu senti saudades!

— Eu também senti saudades de você, minha bonequinha! — deu vários beijinhos na bochecha dela.

— Appa, eu não gosto quando você viaja e fica tanto tempo fora. Sinto falta das historias para dormir! — ela apertou os braços em volta do pescoço dele, deitando a cabeça em seu ombro.

— Desculpe, estrelinha, o appa está resolvendo algo muito importante. Por isso demorou para voltar. — ele afagou as costas dela, deixando mais um beijo em seu ombro.

— Agora o appa não precisa mais ir embora?

— Sinto muito Mahya, mas o appa ainda não conseguiu o que queria.

Mahya se afastou um pouco, colocou uma perna de cada lado e sentou no colo do pai, olhando sério em seus olhos.

— O halabeoji sempre diz que não podemos desistir daquilo que tanto queremos, então o appa não vai desistir, não é? — JK suspirou e sorriu melancólico.

— Está bem difícil do appa conseguir, mas seu halabeoji está certo. Eu não posso desistir. — Mahya deitou a cabeça em seu peito e o abraçou forte novamente.

— Eu tenho certeza que o appa vai conseguir.

Jungkook beijou o topo da cabeça de Mahya e sentiu-se um homem de muita sorte por ter uma filha tão amorosa e compreensiva como ela.
Mesmo estando todos aqueles dias longe de seu pai, ela ainda o incentivava a não desistir de seu objetivo. JK fechou os olhos e aproveitou o carinho e o amor que sua filha lhe transmitia através daquele contato.

A Sra Milth levou uma refeição para Mahya. JK a acompanhou enquanto ela comia e falava sobre como estava indo suas alunas de Taekwondo e ballet. Falou sobre seu colégio e que agora ela tinha novos amigos, dois garotos que haviam acabado de chegar no país. Filhos de chineses com uma brasileira. Ela não deixou de ressaltar para JK que seus novos amigos eram como ela, filhos de pais vindo de culturas diferentes. Sendo assim, ela acabou entrando no assunto sobre a cultura de sua omma, e que queria muito conhecer a índia.

Jungkook prometeu que assim que as férias chegassem, eles visitaram os avós dela e conheceriam algum lugares que ela queria muito ir. Ela ficou bastante animada.

Jungkook só saiu de lá depois que ela terminou de comer e a Sra Milth disse que estava na hora dela tomar um banho. Ele foi até seu quarto e leu alguns e-mails nesse tempo.

Ao descer, pretendia ir até seu escritório, mas ouviu as vozes muito animadas de seus pais. Ele até esqueceu que eles estavam lá.

Se aproximou da porta e viu os dois conversando muito sorridentes. Não tinha ideia do que se trava a conversa, mas fazia muito tempo que ele não via tanto seu pai, quanto sua mãe tão animados em uma conversa.

Ele encostou na porta e observou os dois por alguns instantes. Chegou a sorrir ao ver a interação dos dois.

No entanto, ao ver que a risada deles cessaram e ambos se encaravam de forma "amigável" demais, ele baixou a cabeça e coçou a nuca. Eles ainda sustentavam o olhar um do outro. Decidiu que era hora de dar "boa noite".

— Oi! — deu passos calmos, sem olhar para os dois.

— Jungkook! — sua mãe levantou surpresa. — Filho, quando você chegou? — foi até ele e o abraçou, dando lhe um beijo na bochecha.

— Não tem muito tempo. — retribuiu o abraço dela.

— Poderia ter nos avisado. Pegariamos você no aeroporto. — Jung-young se aproximou também. Não sabia se devia, ainda assim esperou ser cumprimentado pelo filho.

— Não tinha motivos para dar esse trabalho a nenhum de vocês. — JK se curvou levemente e beijou as mãos da mãe.

Jungkook, vendo seu pai ao lado de sua mãe, o encarou inexpressivo e suspirou. Deu dois passos e abraçou seu pai.

Jung-young não esperava que receberia um abraço de JK, não soube como reagir de imediato, mas logo envolveu os braços nele e o abraçou forte.

— A Mahya sentiu muito a sua falta. E nós também. — se afastou um pouco e olhou nos olhos de JK. — Principalmente eu. — se arriscou em dizer.

— Eu sei. Também senti  falta de vocês. — colocou uma mão na nuca e outra no ombro do pai. — Muito obrigado por tudo, appa!

Jung-young suspirou tão aliviado e emocionado por ouvir seu filho lhe chamar de pai novamente, que seus olhos marejaram.

— Muito obrigado por sua ajuda, ela foi muito importante. — Jung-young sabia que JK estava se referindo as informações que havia lhe dado antes de partir. Jung-young puxou o filho e lhe abraçou outra vez. Não tinha sensação melhor do que poder abraçá-lo depois de tantos anos.


O encontro de Jimin com Taylor havia sido maravilhoso, segundo o próprio Park.

Eles caminharam no parque próximo a sorveteria que Jimin gostava de ir. Depois de escolherem um sorvete de casquinha e degustar durante o trajeto, eles conversaram um pouco sobre como estava a vida de cada um. Taylor havia mudado de emprego e agora trabalhava para uma revista local, com edição de textos. Jimin ficou feliz por ele, já que odiava trabalhar em um escritório de advocacia, carreira a qual ele não havia se formado por não "se encaixar" no ramo. Mas depois de sair da faculdade, por ter alguns contatos importantes, acabou aceitando um cargo administrativo.

Jimin contou a Taylor como estava gostando da nova função em seu trabalho. Na Coréia, ele tinha mais liberdade para liderar os projetos, mas alguns imprevistos fizeram ele voltar para os Estados Unidos. Ele nem precisou citar o nome de Jungkook para Taylor entender do que se tratava.

Mas o que Taylor não entendia era, porque Jungkook parecia ter tanta intimidade com Jimin, já que nem ao menos chegaram de fato a se relacionar. Foi então que Jimin acabou contando sobre seu passado com o Jeon.

Taylor não disse nada, apenas ouvia com atenção as coisas que Jimin revelava.

Taylor não queria fazer daquele passeio, daquele momento deles, uma ocasião de nostalgia triste para Jimin. Assim que viu que ele encerrou o assunto, fez questão de falar de um assunto completamente diferente.

Jimin olhou curioso para ele e se jogou por completo no assunto aleatório.

No final do passeio, Taylor deixou Jimin em casa. Taylor queria muito dar-lhe um beijo de boa noite, mas notou que Jimin estava reticente quanto a isso. Então não avançou. Se despediu normalmente de Jimin e disse que gostaria muito de outro passeio como aquele.

Jimin ficou encantado com a simplicidade dele. Por mais que já se conhecessem, Taylor não havia mudado nada. Ainda tinha o dom de surpreende-lo com coisas tão simples.


Jungkook apareceu no escritório e Mandie, de tão aliviada, abriu um sorriso largo e confiante. Achava que muitos dos seus problemas haviam acabado.

— Sr Jeon, não sabia que o Sr retornaria essa semana. — correu até ele com sua agenda na mão.

— Eu não tinha a intenção de voltar logo, mas foi preciso.

Ah, então o Sr gosta mesmo de me jogar para os lobos, não é? — Mandie forçou um sorriso ao constatar que ele não pretendia voltar e assumir seus compromissos tão logo.

— Sr Jeon, amanhã haverá um almoço importante com os gerentes e novo diretor dos parceiros chineses. Sua presença seria de extrema importância.

— O grupo chinês tem um novo diretor? — JK se virou para ela antes de entrar na sala.

— Sim. Um dos herdeiros do Sr Xang. Ele decidiu finalmente se aposentar.

— Entendi. — JK entrou na sala e Mandie o acompanhou. Ele retirou seu terno e colocou atrás de sua cadeira, pendurada no encosto. — Tudo bem, eu vou a esse almoço.

Mandie fechou os olhos e quase derreteu diante de JK ao ouvir aquilo. Não suportava mais inventar desculpas para o não comparecimento de seu chefe em muitos compromissos importantes.

— Excelente, Sr. — Mandie abriu um sorriso genuíno.


Jungkook trabalhou no período da manhã, e parecia que havia trabalhado por uma semana inteira. Havia muita coisa que ele precisava colocar em ordem e muitos documentos para revisar, assinar e aparovar ou descartar. Não imaginou que estando alguns dias fora da empresa, ficaria tão sobrecarregado na volta.

No horário do almoço, depois de comer algo rápido e em sua mesa mesmo, ele ligou para Jimin.

Alô? — a voz sonolenta de Jimin faz o Jeon olhar para o próprio relógio e se dar conta de que é madrugada em São Francisco.

— Oi, Jimin-ssi! Desculpe pelo horário, estive tão atarefado que não lembrei que já era tarde pra você aí.

Tudo bem, aconteceu alguma coisa? Como está a Mahya?

— Está tudo bem com ela. Segundo o médico, ela não está resfriada nem nada do tipo. Segundo a Sra Milth, as crianças podem ficar doentes por sentir falta de alguém. — JK sorriu distraído. — Eu não entendo muito sobre crianças, então decidi não questiona-la a respeito. — Jimin deu um sorriso afetuoso do outro lado da linha.

Com certeza ela entende do que está falando.

— Creio que sim. — JK fez uma pausa. — Como está tudo bem por aqui, creio que em breve estarei aí para te ver.

Jungkook...

— Escuta, Jimin-ssi, eu vou precisar ficar até o fim de semana por aqui, tenho algumas coisas para resolver no escritório e assim que tudo estiver em ordem, eu viajo.

Jungkook, você não deveria vir. Sabe que pode estar perdendo seu tempo.

— Nunca será uma perda de tempo se posso, de alguma forma, estar perto de você, Jimin-ssi. — o Jeon disse confiante, deixando Jimin sem argumentos. Com o silêncio de Jimin, JK resolveu deixá-lo descansar. — Está tarde, é melhor você voltar a dormir. Cuide-se e coma bem até eu voltar, Jimin-ssi.

Você também, Kookie. — deixou escapar o apelido carinhoso, fazendo JK sorrir e sentir-se confortável.





Era uma manhã de sábado com céu limpo e sol brilhando. Jimin havia aceitado sair com Taylor naquele dia. Como o dia estava bom para um passeio, Taylor foi até a casa de Jimin e o convidou para darem um passeio ao ar livre, aproveitando um dos poucos dias ensolarados no meio do outono.

Jimin tinha ido ajudar Polly com a instalação da nova tv que ela comprou, ao chegar viu Taylor tocando sua campainha. O rapaz se apressou em seu convite e Jimin não viu motivos para recusar.

O Park estava tomando um banho para se vestir e sair com Taylor, que aguardava na sala, quando o celular de Jimin tocou.

Ele se aproximou e viu o nome de Jungkook na tela.

Esse cara não desiste mesmo, hein. — suspirou irritado.

Por mais que Taylor fosse um homem tranquilo, que tivesse total ciência de sua capacidade de ter Jimin de volta, sabia que a presença de Jungkook na vida do Park só o deixava confuso e receoso em aceitar seu pedido de reatarem.

Ele pegou o celular de Jimin e atendeu.

— Sim?

Jimin-ssi?

— Aqui é Taylor, Jimin está muito ocupado agora, não pode atender. — ele ouviu a respiração apreensiva de JK do outro lado.

Eu preciso falar com ele agora. É muito importante.

— Ele teve uma manhã muito ocupada e está tomando um banho agora. — JK não deixou de notar o tom insinuante na voz dele.

Diga a ele que o Kookie dele ligou, por favor. — JK devolveu no mesmo tom e desligou em seguida.

— Mais que homem irritante! — murmurou desgostoso.



Jungkook se despediu de Mahya essa manhã, logo depois de acordarem. Nas últimas noites, a menina insistiu em ficar todo o tempo possível com seu appa, sendo assim, JK dormiu ao lado dela todas as noites.

Era muito bom senti-la em seus braços durante seu sono, era uma experiência que ele adorava colocar em prática.

Agora, a caminho do aeroporto, ele ligou para Jimin, queria dar-lhe uma previsão do horário que chegaria na Califórnia, mas Taylor atrapalhou seus planos.

Então Jimin está mesmo dando uma segunda chance para ele? Não pode ser possível! — mordeu o lábio inferior e apertou o celular na mão.

Pediu ao motorista que mudasse o trajeto, estava seriamente considerando a hipótese de desistir da viagem.

Diante do túmulo de Shivani, ele não sabia o que dizer a ela. Passou um longo tempo pensativo.

— Desculpe por vir aqui falar com você sobre esse assunto, mas não sei mais o que fazer para tê-lo de volta. — curvou-se sobre o túmulo, apoiando uma mão de cada lado. — Acho que realmente não há mais uma chance para nós dois nessa vida. — estava inexpressivo, mas um turbilhão de sentimentos o consumia por dentro. — Ele está agora com aquele cara, e pelo que pude entender, ele tem mantido Jimin muito ocupado. — cerrou os punhos sem conseguir evitar a raiva.

Jungkook soltou um longo suspiro e baixou a cabeça.

Não queria admitir, mas sentia-se derrotado. Jimin realmente não o queria de volta e estava seguindo sua vida adiante.

E pior, com Taylor.

— Eu não consigo entender o porquê dele estar fazendo isso. Se realmente não há uma chance para nós, porque ele não me descarta de uma vez?

Ele encarou por bastante tempo o nome de shivani e então prosseguiu.

— Como você conseguiu ter tanta certeza de que esse amor que ele sente por mim poderia resistir a tudo, chegando até a pedir que ele fizesse aquela promessa? — sentado sobre as próprias pernas, ele se afastou um pouco. — Ele deve ter te prometido por não querer que você se preocupasse com esse assunto, talvez, por você estar em um momento delicado. Sei como o Jimin é sensível nesse aspecto. A empatia e otimismo dele podem ir muito longe quando se trata de ver todo mundo bem. — ele se calou por um instante quando se deu conta de o quanto ele realmente conhecia Jimin. — No entanto... Ele jamais prometeria algo que não pudesse cumprir.

Ele pensou um pouco mais.

O fato de Jimin estar com Taylor, poderia ser apenas por ele está mais próximo que o Jeon no momento, e Jimin pode ser uma pessoa facilmente persuadida quando se trata de sentimentos.

— Eu não posso recuar agora. — seus olhos fixos naquela lápide, não fazia jus ao quão longe a mente dele estava. — Não enquanto ele não me disser claramente que eu não tenho mais chance alguma. Não enquanto ele ainda sentir algo por mim. — concluiu em voz alta. — Eu estava disposto a desistir dessa viagem, a deixar Jimin seguir a vida dele do jeito que achasse melhor, mas nem tudo está perdido pra mim ainda. Eu preciso tentar um pouco mais! — o sorriso em seu rosto era um misto de confiança e melancolia. — Desculpe, Shivani, não posso ficar mais. — passou suavemente a mão pela lápide, como se fizesse um carinho em sua amada e falecida esposa. — Eu preciso ir, preciso trazê-lo de volta para minha vida, eu sinto muito a falta dele e sei que ele também sente a minha. De alguma forma, eu sei. — voltou a se curvar e encostou sua testa na lápide, de olhos fechados, suspirou esperançoso. — Muito obrigado por me ouvir.

JK beijou a palma da mão e a passou outra vez sobre o nome dela.


Na noite de domingo, Jimin já estava na cama, pronto para dormir. Com o celular na mão, ele trocava algumas mensagens com Polly. Ela lhe contava como havia sido o encontro daquela noite. Finalmente havia aceitado o convite do rapaz que há semanas a convidava para sair.

Ela parecia bastante empolgada nas mensagem, Jimin sorria a cada vez que ela repetia que ele era muito fofo.

Jimin ouviu batidas na porta e conferiu o horário. Não era muito tarde, no entanto, estranhou alguém bater àquela hora. Levantou e foi atender a porta enquanto se despedia de Polly.

Ela lhe respondeu com "amanhã te conto mais detalhes". Jimin ficou curioso em saber quais detalhes ela ainda teria para lhe contar depois do primeiro encontro dela com o rapaz.

Jimin bloqueou o celular e deixou em cima do balcão, abrindo imediatamente a porta.

— Jungkook?

— Oi, Jimin-ssi!

Jimin abriu a boca para lhe perguntar se estava tudo bem, já que era um pouco tarde para ele bater à sua porta, mas JK foi mais rápido e o abraçou.

Foi um abraço firme, mas não muito forte. Um abraço aconchegante e tranquilizador. Ao se afastar, Jimin olhou nos olhos de JK, e teria sorriso para ele, se ele não tivesse sido igualmente rápido em lhe beijar.

Apenas com os lábios junto aos seus, Jimin, ainda de olhos abertos e surpresos, sentiu o coração de JK batendo rápido no peito, sua respiração rápida e entrecortada.

— Eu senti sua falta, Baby Moon! — com os olhos ainda fechados, JK declarou a saudade que sentiu dele. — Você também sentiu a minha?

Jimin poderia muito bem mentir, ou se fazer de difícil, mas a quem ele enganaria com isso?

— Senti. — sentiu os braços do Jeon lhe envolver um pouco mais. — Eu também senti a sua falta.

Jimin havia decidido que não mentiria mais para si mesmo sobre seus sentimentos. Fosse eles em relação a JK ou ao Taylor. O mais justo seria ser o mais sincero possível, seja qual fosse o resultado de tudo isso.

Não escondeu de Taylor o quanto gostou de sua companhia no passeio, no jantar e na ida ao cinema na última semana. Deixou claro que aquilo não significava que já estava pronto para voltar com ele, mas não esconderia se estivesse bem e feliz na companhia do outro.

Então seria assim com Jungkook também.

— Eu não quero nunca mais, ter que ficar longe de você, Jimin-ssi. — acarinhou sua bochecha suavemente.

   — Jungkook, eu não disse isso para que você pensasse que...— JK não queria ouvir suas desculpas ou motivos para não se alegrar em ouvir aquilo. O beijou novamente.

Diferentemente dos beijos que vinha dando em Jimin, o Park notou que aquele não vinha carregado de desejo e necessidade.

Era um beijo calmo, sereno, mas cheio de significados. Jimin compreendeu através dele o quanto o Jeon sentia sua falta. Havia carinho, ternura, saudade... Era como se o tivesse beijando outra vez na noite em que ele foi embora, 14 anos atrás. Um beijo com necessidade de compreensão, com uma marca e a declaração de que ele o amava.

Jimin sentiu o coração murchar, sabia que Jungkook tinha o dom de magoá-lo, que poderia, a qualquer momento, despedaçar seu coração outra vez.

No entanto, dessa vez, ele não seria o único a ver qualquer esperança que houvesse nutrido, definhar até entrar em coma novamente.

— Jungkook...— Jimin o afastou, retomando o fôlego. — Eu... Eu...— abriu os olhos e finalmente o encarou. — Eu dormi com o Taylor!

Nem o próprio Jimin sabia o porquê, realmente, estava dizendo aquilo.

A princípio, tudo era uma questão de olho por olho, mas acabou soando como um pedido de desculpas. Como se estivesse se explicando, de alguma forma, para o Jeon.

Mas sua reação não foi de surpresa, ou espanto. Sequer parecia incomodado ao ouvir aquilo. E Jimin ficou ainda mais confuso com a sua pergunta.

— Você o ama?

— O quê? — não conseguiu evitar a pergunta.

— Você o ama, Jimin-ssi? — os olhos do Jeon pareciam calmos, como se a resposta não lhe causasse tamanho terror. Mas no fundo, sabe que ficaria louco se a resposta fosse sim.

— Eu não...sei como responder isso.

— Em algum momento, desde que se conheceram, desde que passaram a se relacionar, você sentiu por ele algo semelhante ao que já sentiu por mim algum dia?

Jimin engoliu seco, ele sabia que o Jeon tinha a resposta para essa pergunta. Jungkook sabia que ninguém já possuiu seu amor de forma tão intensa quanto o próprio. Ainda assim, o desafiava a responder a pergunta.

Ainda não. Mas isso pode mudar. Estamos no caminho certo para isso. — respondeu Jimin. Não era uma verdade absoluta que Jimin tivesse um mero deslumbre desse sentimento por Taylor. Mas era verdade que quanto mais eles ficavam juntos, maior seria a possibilidade disso acontecer.

— Entendi. — Jungkook lhe beijou a bochecha. — Durma bem, Jimin-ssi. — sorriu afetuoso para Jimin e caminhou para o elevador.

Jimin ficou confuso. Não entendia como aquela resposta que ele havia dado poderia deixar o Jeon tão...despreocupado.

Olhou pelo corredor e viu as portas do elevador fechando. Ele entrou em casa e fechou a porta, ainda confuso.

— Acho que agora ele realmente desistiu. — Jimin encostou na porta e se sentiu perdido.

Ele queria que o Jeon desistisse dele, queria que finalmente ambos os corações fossem libertos desse amor que massacrou seu peito por tantas vezes. Mas agora, se sentia vazio, como se não houvesse mais um dia para sonhar. Era como se o Jeon, lhe dando essa liberdade, o tivesse colocado em lugar totalmente desconhecido. Era como estar em um país que ele nunca visitou, que não falasse a mesma língua e não tivesse para onde ir.

Sentiu-se como se estivesse dentro de um labirinto e não tivesse a menor ideia de onde fosse a saída.

— O que eu faço agora? — perguntou para o vazio de seu apartamento, que não entendia como, mas parecia maior e mais escuro naquele momento.

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