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Capítulo 46


Jungkook voltava para casa se sentindo culpado por Mahya estar sem ele lá.

Essa tarde ela não teria aula de Taekwondo, mas ele teve uma reunião importante, então tentou resolver tudo antes que ela chegasse do colégio. Não deu muito certo, já que a reunião demorou mais do que o previsto e agora ele se culpava pela menina estar em casa sem ele há pelo menos duas horas.

O trajeto não era muito longo e se o trânsito ajudasse, ele chegaria em pelo menos 35 minutos.

Encostado com a cabeça no banco, ele lembrava do encontro com Jimin no último fim de semana.

Ele realmente está diferente. Não está tão submisso como costumava ser. Faz as coisas como quer fazer, se sente seguro de si mesmo. - suspirou fechando os olhos.
Seguro até demais...

Ele recordava dos atos de Jimin, da iniciativa, dele já ter planejado estar ali consigo. Lembrava-se da expressão em seu rosto enquanto o engolia sem cerimônia alguma.

JK afrouxou a gravata sentindo o calor subir por seu corpo. Era inevitável não se recordar também dessa parte.

O jeito como Jimin tocava no seu corpo, como beijava sua boca, como envolvia seu membro com a boca....

Jungkook abriu o primeiro botão camisa e ajeitou as calças, estava ficando duro só de lembrar da ousadia como Jimin o domou.

Por mais que o Jeon pensasse com mais frequência em tudo o que seu corpo sentiu com o contato de Jimin, seu coração também não estava ileso de tudo aquilo. No entanto, naquele exato momento, agradecia internamente por não estar próximo a ele, senão acabaria cedendo outra vez, e agora as coisas poderiam ficar bem mais íntimas entre os dois.

Sua mão que estava sobre a coxa, deslizou lentamente e sentiu seu polegar tocar sua glande inchada. Estava duro feito pedra só com as lembranças. Nem ousava imaginar o que aconteceria se Jimin o tocasse naquele exato momento.

Endireitou-se no banco e afrouxou mais a gravata. Não poderia se permitir lembrar demais disso. Tanto por querer o Park bem longe de si, quanto pelo fato de não estar sozinho no carro.

Jungkook chegou em casa quase às 16h, temia que a pequena Mahya estivesse se sentindo só. Ele prometeu que nunca a deixaria sem a sua companhia. Ele falhou naquele dia.

No entanto, ao entrar em casa, ouviu sua voz muito animada vindo da varanda no térreo. Sua risada deixou o coração dele mais leve. Mas não durou muito. Logo ouviu uma voz que ele torceu mentalmente para não ser a que ele estava pensando.

Andou rápido até lá e, chegando na porta, ele se deparou com uma mesa posta para o lanche da tarde e a Mahya exibindo com graciosidade seu novo tutu de ballet para o avô.

Ficou subitamente irritado.

- O que está fazendo aqui? - JK rompeu a conversa dos dois, se dirigindo a seu pai.

- Jungkook? - o mais velho levantou-se surpreso. - Eu não sabia que chegaria cedo.

- Então esperava que eu chegasse mais tarde para passar mais tempo dentro da minha casa? - JK tentava não transparecer sua raiva.

- Appa! - Mahya nem se deu conta da tensão entre os dois.

- Me desculpe por deixá-la sozinha por tanto tempo. O appa não teve a intenção. - abaixou-se e abraçou a menina.

- Não se preocupe, appa. O ajusshi me fez companhia. - ela sorria alegre.

- Desde que horas está aqui. - o Sr Jeon sabia que a pergunta era para ele.

- O ajusshi me pegou no colégio e viemos juntos para casa.

Aquilo fez o sangue de JK ferver.

- Estrelinha, por que você não sobe e guarda seu tutu? O appa sobe logo depois. Que tal?

- Appa, podemos passear no jardim? Já faz algum tempo que não vemos as flores e borboletas. - fez uma carinha manhosa.

- Claro! Então suba e troque de roupa, não vai conseguir correr pelo jardim com esse vestido de princesa. - ele sugeriu.

- Vou colocar minha jardineira e as botas. - animou-se a menina. - E também o chapéu, como a Sra Milth sempre manda.

- Ótimo! Logo estarei lá em cima para te pegar. - ele deu um beijo demorado na bochecha dela.

- Tchau, ajusshi, até sexta! - despediu-se do Sr Jeon com um aceno e correu para dentro.

- Sexta? - JK se colocou de pé, enfiando as mãos no bolso e o encarou com desprezo.

- Eu...- o Sr Jeon nem sabia por onde começar a se explicar. - Eu só...

- Há quanto tempo está frequentando a minha casa e vendo a minha filha?

- Bem...só há alguns...

- Há quanto tempo? - o tom de JK era duro ao falar com o pai.

- Há uns 6 meses. - ele viu quando o filho arqueou as sombrancelha. - No mínimo.

JK adou para um lado e para o outro, não acreditava que ele tivesse tendo a ousadia de contatar sua filha mesmo depois dele ter dito para que ele nunca se aproximasse de Mahya.

- O que você pensa que está fazendo? - deu passos rápidos e parou em frente ao mais velho, completamente furioso. - Você está velho demais para entender o que eu digo?

- Jungkook, não fale desse jeito comigo. Eu ainda sou seu pai! - o Sr Jeon estava indignado.

- Pai uma ova! Você deixou de ser meu pai muito antes de eu ter ciência disso! - esbravejou. - Você é manipulador, interesseiro, ganancioso. É só isso que você sabe ser! Não se importa com nada nem com ninguém que não possa lhe dar o retorno que deseja. - fixou seus olhos nos dele e soltou cada palavra de forma paciente. - Então fique longe da minha filha! Se em algum momento você ousar tentar interferir no futuro dela, eu não sei o que sou capaz de fazer!

O Sr Jeon estava incrédulo com o jeito com que Jungkook falava consigo. Não conseguia acreditar que ele seria capaz de fazer algo extremo por raiva.

- Não me subestime, Jung-young! Um pai, que realmente ama seu filho, é capaz de tudo para protegê-lo! - foram suas últimas palavras antes de dar as costas ao mais velho e sumir escada acima.

JK já não o chamava de pai havia muito tempo. Ele sentia falta disso. Sentia falta de seu filho.

Sabia que havia errado muito ao tirar seus sonhos e o amor da sua vida por mera "vontade" de crescer.

Seus olhos ardiam, mas ele suprimiu o choro, ergueu a cabeça e foi embora.

Tudo o que Jungkook menos queria era ter esse tipo de relação com o próprio pai. Quando menino, ele o admirava, o via como seu super-herói, como todo menino de 8 anos enxergava o pai na maioria das famílias.

Seu pai era um homem dedicado à família, estava sempre em casa para o jantar, sempre viajavam nas férias e nunca se esquecia de uma data comemorativa na família e estava sempre sempre presente em suas competições de Taekwondo.

Mas quando a empresa começou a crescer, seu olhos também cresceram.

Ele passou a chegar tarde em casa, não lhe dava mais a mesma atenção, e nem sua mãe, que dividia a cama com ele, tinha mais o marido com quem havia se casado.

Ele passou a enxergar apenas os negócios. Até às viagens em família passaram a ser para onde ele tinha algum compromisso. JK passou a ficar frustrado e triste ao ver sua família se desfazendo aos poucos.

A gota d'água foi quando ele simplesmente fez Jungkook escolher entre os negócios da família ao seu sonho de ser fotógrafo e viver ao lado de seu amor, Jimin.

Daquele dia em diante, Jung-young havia morrido como pai para JK.

Um pai que ama seu filho o apoia, o encoraja, o estimula a realizar seus sonhos e ser feliz ao lado de quem se ama.

Jung-young fez exatamente o contrário.

Ameaçou o futuro de Jimin caso ele não seguisse o que havia sido traçado para seu futuro. Colocou algemas em seus pulsos, sabia que o filho jamais seria egoísta a tal ponto. Conseguiu o que queria. Mas, em troca, perdeu seu único filho.

Ele se arrependia. E muito.

Por mais que as montadoras Jeon estivesse no patamar mais alto entre as empresas da Coreia do Sul, para ele, não supria o que havia perdido há 12 anos atrás.

O amor de seu filho.

Voltando para casa, em seu carro, ele não suportou mais segurar as lágrimas que guardou durante todos aqueles anos. Chorou, e chorou sem pudor algum.

Ele tinha uma neta agora, e tudo o que mais queria era poder estar com ela, acompanhar seu crescimento, seu desenvolvimento, seus sonhos, suas realizações. Mas os erros do passado o impediam de ter um futuro que tanto almejava alcançar.



Depois de correr por algum tempo no jardim, Mahya agora caminhava calmamente de mãos dadas a Jungkook.

Suas bochechas avermelhadas evidenciavam as peripécias da menina. Nas mãos, ela carregava algumas flores que Jungkook colheu para ela.

Muito orgulhosa, ela olhava para as flores e já fazia planos para dividi-las com outras pessoas.

- Eu vou dar uma para Annie, amanhã no ballet, - ela separava uma a uma na outra mão. - uma para a Sra Milth, uma para a halabeoji, quando vier de Paris, uma para o halmeoni quando vier na sexta e uma pra você, appa! - ela estendeu a flor lilás para JK.

JK pegou a flor e a cheirou com delicadeza. Se ajoelhou e olhou bem em seus pequenos olhos.

- Há muitas pessoas que gostaria de dividi-las, não é? - sorriu afetado.

- Todos as pessoas que eu mais gosto! - disse animada, observando cada flor que ainda tinha nas mãos.

Não passou despercebido por JK, ela citar o seu pai entre as pessoas que mais gosta. Aquilo lhe despertou a curiosidade.

- Você gosta das visitas do seu halmeoni?

- O halmeoni é muito legal! - exclamou animada.

- O que vocês fazem quando estão juntos? - JK sentou no gramado e Mahya também sentou, à sua frente.

- Nós sempre lanchamos e ele é bastante curioso. - abriu um sorriso largo, exibindo seu dentes pequenos.

- É mesmo? - JK arrumou o chapéu sobre a cabeça dela.

- Sim! - ela colocou as flores ao lado, enfileirado perfeitamente uma ao lado da outra. - Ele sempre me pegunta sobre o ballet e o Taekwondo. Todas as vezes ele quer saber se gosto de fazer essas coisas. - JK suspirou fundo, já sabendo onde ele queria chegar com essas perguntas. - Mas eu digo que gosto e ele fica feliz. - o Jeon franziu as sombrancelhas. - Ele diz que eu tenho que fazer só que eu gostar muito. Que nada tem que ser mais importante do que eu me sentir feliz com as minhas escolhas.

Jungkook ficou se perguntando até onde iria a hipocrisia de seu pai a essa altura. Lembrava de como ele elogiava as fotos que tirava quando começou a gostar de fotografia. Para no fim das contas, o colocar contra a parede daquela forma.

Foi o golpe mais baixo que ele poderia ter dado no próprio filho.

- Entendo, estrelinha. - JK a observa arrumando as pétalas das flores.

- Appa, é verdade que você gostava de fotografia? - os olhinhos curiosos dela o fitaram.

- Sim! - ele sorriu com pergunta, se recordando das fotos que costumava tirar.

- Eu posso ver algumas, appa?

- Claro que pode!

O cômodo estava bastante escuro. JK andou alguns passos e puxou uma cordinha no teto que revelou o extenso sótão.

Mahya correu até algumas caixas com o nome de Jungkook nelas e começou a abrir.

- Espera um pouquinho, estrelinha. - JK se aproximou e tirou a caixa de cima das outras, colocando-a no chão. Sentou-se e soprou a poeira sobre ela, abrindo-a em seguida.

Haviam algumas câmeras fotográficas dentro, ele foi retirando uma a uma e no fundo, tinham alguns álbuns e uma caixinha com cartões de memória.

Mahya pegou um dos álbuns e começou a folhear, observando atentamente cada imagem.

- Appa, essas flores são lindas! - estava admirada com a cor nas imagens.

- Seu appa gostava muito de tirar fotos da natureza. - aproximou-se dela e olhou a foto que ela tanto admirava.

- Essa nuvem se parece com um gatinho! - exclamou apontando para a outra foto.

- Muito fofo.

- Sim, appa! Ele seria gracioso se fosse de verdade! - JK estava feliz por ver a filha tão empolgada com o que via. Beijou o topo da cabeça dela.

Enquanto Mahya se distraia vendo o álbum, JK ligou uma das câmeras e encaixou um cartão de memória.

Em um deles havia fotos de um mesmo campo em estações diferentes. Assim como de árvores e jardins.

Em um outro cartão, havia uma foto que o fez sorri feito bobo. Era a foto da super lua, da noite em que deu seu primeiro beijo em Jimin.

Passou para seguinte e lá estava ele, estonteante ao observar Moon.

Jimin.

Mahya deixou de lado o álbum e viu a foto que JK encarava na tela da câmera sobre o colo.

- Esse é o Jimin-ssi! - afirmou Mahya ao identificá-lo.

- Sim, meu amor. É ele!

- O que ele está vendo, appa?

- Sua amada, Moon. - sorriu melancólico.

- Ele tinha uma namorada? - JK sorriu descontraído com a pergunta. Seus olhinhos curiosos o encarava à espera de uma resposta.

- Não sei se dá para chamar de namorada. - ele passou para a foto anterior, lhe mostrando a super lua. - Era ela que o Jimin-ssi estava vendo.

- Uau... A lua está linda, appa!

- Está sim. - ela ficou pensativa por alguns instantes encarando a imagem na tela.

- Appa, então o Jimin-ssi fez como halmeoni disse e fez o que gostava? Por que agora ele trabalha com a lua! - concluiu simples.

- É, estrelinha, podemos dizer que sim. - JK suspirou.

- Se o appa gostava de fotografia, porque não tira mais fotos? - ele encostou nas caixas atrás de si e surpirou frustrado.

- O appa teve que fazer escolhas diferentes. Jimin-ssi e eu não pudemos fazer o que tanto queriamos. Só um de nós teria os sonhos realizados. - ela notou a tristeza em suas palavras.

- O appa é triste por não tirar mais fotos? - passou a mão delicadamente pelo rosto dele.

- O appa é feliz em saber que o Jimin-ssi faz o que gosta e isso é o que importa. - cobriu a mão dela com a sua. Puxou-a de seu rosto e beijou sua palma.

- Eu gosto do halmeoni, por que ele fica feliz por eu fazer o que gosto. - exibiu os dentes pequenos em um sorriso.

JK não ficava feliz em ouvir aquilo. Sua filha havia se apegado a seu pai que, uma hora ou outra acabaria destruindo seus sonhos caso permanecessem em contato. Seu humor mudou drasticamente ao pensar em como ele estava brincando com os sentimentos de sua pequena estrela do ballet.

- Eu acho que seria bom evitar de ver o halmeoni por um tempo. - ela o encarou confusa.

- Porque, appa? - viu as sobrancelhas dela franzir. - Isso quer dizer que ele não pode mais me ver ensaiando os passos de ballet? Ou os golpes do Taekwondo?

- É isso que vocês fazem juntos?

- Sim! Ele sempre vai às apresentações do ballet e aos campeonatos de Taekwondo! - disse triste. - Ele não pode mais ir?

- Bem...ele...ele vai precisar ficar fora por algum tempo, estrelinha, é isso.

- Tudo bem! - animou-se outra vez. - Quando ele voltar eu terei muita coisa para mostrar para ele. - apoiou os braços nas pernas de JK e começou a clicar no botão da câmera, passando as fotos seguintes.

JK se sentiu a pior pessoa do mundo ao mentir para a filha. Nunca havia feito aquilo antes, mas sabia que era necessário. Ia evitar que os sentimentos dela fossem destruídos depois.

Como pôde chegar na vida da minha filha e agir como uma doença silenciosa desse jeito? Permitindo que ela criasse sentimentos nessa relação para depois apenas substituí-los por sua ganância?
Ela é só uma criança!

JK estava mais furioso do que tinha capacidade de notar. Sua mão passou com força no rosto e ele suspirou pesaroso. Só conseguia odiar ainda mais o pai.

- O appa está sem roupa! - Mahya deu um gritinho e colocou as mãos nos olhos para não ver a foto. JK logo olhou para a câmera e viu a imagem. Sorriu divertido.

- O appa não está sem roupas, Mahya. Apenas sem camisa. - ela tirou as mãos dos olhos. - Essa foto foi tirada em um dia em que eu estava no lago com o Jimin-ssi.

Como era bom rever aquelas fotos. Tinha um sabor de felicidade relembrar do tempo em que passou com Jimin. De como se conheceram, de como o mundo girava diferente naquela época. De como foi adorável descobrir novos sentimentos e de como foi maravilhoso se apaixonar por ele.

Tudo parecia ser tão simples quando estavam juntos.

Hoje ele já não podia dizer o mesmo.

As feridas que foram abertas durante esse tempo, não podiam mais cicatrizar.

Por mais que agora não tivesse nada que os impedisse de estar um com o outro, não era tão simples apenas pedir perdão e fingir que corações não haviam sido partidos nessa caminhada.

O melhor para o Jimin era permanecer longe de Jungkook.

Mas Jimin não pensava desse jeito.

Na tarde seguinte, JK pegou Mahya no colégio e a levaria a aula de ballet. Era quarta-feira. A menina tinha ballet nas segundas, quartas e sextas. Nas terças, quintas e sábados pela manhã, ela tinha Taekwondo.

No entanto, eles passaram no café da Rachel antes de irem. Por incrível que pareça, Mahya gostava de ir lá tomar capuccino com brownie. Sem falar que era o café da mãe de Annie, esse detalhe, fazia a menina se animar muito para ir até lá. Sempre poderia encontrá-la em alguma mesa fazendo a atividade da escola e comendo alguma coisa.

Não foi diferente naquele dia.

Jungkook passou pela porta com Mahya e a menina correu para uma das mesas, encontrando Annie.

JK foi até o balcão fazer os pedidos. Havia pedido seu café e o capuccino de Mahya. Quando ia pedir os brownies, viu Ian e Jimin passarem pela porta da cozinha.

Um arrepio correu pelo corpo do Jeon ao ver Jimin sorrindo tão lindamente para Ian. Ele ainda não conseguia evitar esse tipo de sensação ao vê-lo.

- Sr Jeon? - Ian o encarou surpreso. Jimin seguiu seu olhar para o balcão logo à frente. - Em que posso ajudá-lo?

- Eu...- engoliu seco. Nem entendia porque estava nervoso. - já pedi meu café. Obrigado!

- Que bom. Fico satisfeito em vê-lo ser bem atendido. - Ian foi simpático. - No entanto, eu não poderei ficar para acompanhá-lo, tenho uma reunião em meia hora.

Jimin encarou Ian com curiosidade. Desde quando ele havia ficado tão simpático com o Jeon? A única coisa que sabia era que Ian tinha certo desgosto pelo Jeon pelo passado de Jimin com ele.

Mas entendia também que agora o Jeon era seu chefe, tinha que puxar o saco dele de vez em quando.

- Tudo bem. Eu estou bem.

- Jimin, obrigado por quebrar meu galho outra vez. Prometo que até o final dessa semana a Rachel já vai ter resolvido tudo e na próxima semana você estará livre de mim. - se virou para o amigo, sorrindo em agradecimento.

- Não se preocupe. Se estou com tempo livre, não é trabalho algum poder te dar essa força. - Jimin o abraçou pelo ombro e os dois caminharam pelo salão em direção a saída.

JK notou que Jimin sequer lhe cumprimentou. Achou que era melhor assim.

Pegou os cafés e os brownies e foi para a mesa, chamando Mahya para se juntar a ele. Logo teriam que ir.

Uns 20 minutos depois Jimin entrou e foi até a Annie na mesa. Precisariam ir logo, o carro de Ian havia dado defeito e eles teriam que ir de táxi para o ballet.

- Jimin-ssi, a Mahya está aqui, ela também está indo para o bellet, não podemos ir com ela? - encarou Jimin com a pergunta enquanto o puxava pela mão até a mesa dos Jeon.

- Annie...- Jimin tentava intervir na ideia da menina. - Não é educado dar esse tipo de trabalho para as outras pessoas.

- O que houve? - JK quis saber, já que Jimin estava visivelmente relutante em se aproximar mais da mesa dele.

- O carro do meu papai quebrou e o Jimin-ssi emprestou o dele, agora teremos que ir de táxi para o ballet, mas como a Mahya está aqui, podemos ir juntas. - sorriu graciosa a menina.

- Isso seria muito legal! - concordou Mahya.

Mesmo com a relutância de Jimin e JK querendo que ambos ficassem o mais longe possível um do outro, não via problema algum em dar uma carona, já que iam para o mesmo lugar.

- Sei que a ideia pode não ser tão agradável, mas não seria um problema lhe dar uma carona, Jimin-ssi. - propôs bebericando seu café sem encará-lo.

- É você quem me quer longe, Jungkook. - desdenhou Jimin.

JK o encarou e logo desviou o olhar. Era palpável a tensão entre os dois. A sorte é que as meninas eram inocentes demais para notar esse tipo coisa.

- Oba, então vamos juntas, Mahya! - comemorou Annie. Mahya levantou e a abraçou.

As meninas tagarelavam no banco de trás. Já na frente, o silêncio parecia pesar uma tonelada.

Jimin observava as ruas pela janela e JK prestava atenção no trânsito. Sentia-se desconfortável na presença de Jimin. Queria muito apenas admirá-lo, ao mesmo tempo queria correr para bem longe dele. Sabia que qualquer proximidade poderia resultar em mais danos.

O celular de Jimin tocou. Ele pegou o aparelho do bolso e torceu o nariz ao ver o nome na tela. Ignorou e colocou de outra vez no bolso. Voltou a atenção para às ruas.

O celular tocou de novo. Jimin pegou do bolso e ignorou mais uma vez a chamada. Mas antes que fizesse, JK viu o nome na tela.

- Não seria melhor atender? - JK disse ainda olhando para frente.

- Não tenho nada para falar com essa pessoa.

- Parece ser importante, senão não haveria insistência. - comentou.

- Não tenho nada de importante para falar com ele. - fez um bico. - Eu moro aqui agora e não vou voltar para os Estados Unidos por causa de um ex. - disse sem importância.

- Ex? - JK finalmente o encarou. - Esse Taylor é seu ex? - Jimin apenas deu de ombro.

O silêncio voltou a perdurar.

Ambos se despediram das meninas na entrada do Studio de ballet e as observaram entrar juntas, de mãos dadas e animadas.

- Obrigado pela carona. - Jimin disse gentilmente. JK não disse nada, apenas se virou e voltou para o carro.

- Ei, onde estão seus modos? - Jimin ficou levemente irritado com ele ao se debruçar na janela do passageiro.

- Na próxima, talvez o Taylor possa te dar essa carona. - afivelou o cinto de segurança. Jimin ficou confuso inicialmente, mas depois riu. Entrou rápido no carro e colocou o cinto também.

- O que está fazendo? - JK o fitou.

- Eu não moro longe daqui, então sei que você pode me levar até lá. - sorriu sarcástico.

- Eu não pretendia...- bufou, passando as mãos pelo volante e apertando com firmeza. - Tanto faz! - deu partida no carro.

Duas quadras depois, Jimin resolveu puxar assunto, já que encarava um JK irritado no volante e ele não aparecia querer conversar.

- Você não parece muito bem.

- Eu estou ótimo!

- Você está com ciúmes do Taylor? - JK o encarou furioso.

- Não seja ridículo. Porque eu estaria com ciúmes? Com quem você se envolve não é problema meu. - foi ríspido.

- Você estava bem, depois de saber que ele estava me ligando, seu humor mudou completamente. O que acha que vou deduzir?

- Não me importo com o que você deduz. - parou bruscamente o carro. - Pronto, está em casa! - cuspiu as palavras. Jimin não disse nada, tinha um sorriso sínico nos lábios.

- Você não quer subir um pouco?

- E o que eu faria lá? - suspirou cansado sem olhar para ele.

- Sei lá, beber alguma coisa? Comer alguma coisa? - JK o encarou incrédulo ao notar o duplo sentido na palavra que ele fez questão de destacar.

- Você está de sacanagem comigo?

- Não!

- O que você quer, Jimin? Porque voltou?

- Eu voltei por motivos indiferentes. Mas você sabe bem o que eu quero.

- Fique longe de mim! É sério! O melhor que você pode fazer é seguir sua vida o mais longe de mim que puder.

- Ai, minha nossa...- tirou o cinto. - Às vezes você é tão infantil! - abriu a porta e saiu do carro.

- Infantil? - ficou ainda mais irritado. O viu entrar no prédio e arrancou com o carro.

Jimin saiu do banho só de roupão e encontrou Tae-oh com um lindo buquê de rosas na mão, parado ao lado da bancada da cozinha.

- Elas são lindas! - comentou.

- Você acha que ela vai gostar? - o encarou em dúvida.

- Tenho certeza que sim! - incentivou. Tae-oh suspirou esperançoso.

- Espero que esteja certo.

A campainha tocou e Jimin se apressou em atender a porta.

Dentre todas as pessoas do mundo, ele não imaginava ver Jungkook parado ali sob hipótese alguma.

- Jungkook!? - a surpresa em seu rosto era evidente.

JK entrou no apartamento e começou a dizer algumas coisas antes de notar a presença de Tae-oh.

- Quem é ele?

- É o Tae-oh! Está passando...

- Jura que agora você gosta de garotinhos? - JK fitou Jimin incrédulo, enquanto observava suas vestes

- Mas o que está acontecendo? - Tae-oh estava perdido.

- Espero que você saiba o que está fazendo. E que saiba como ele gosta de fazer as coisas na cama, senão...

- Jungkook, cala a boca! - Jimin se irritou.

- Tae-oh, vai dar tudo certo. Confie em si mesmo! - Jimin ficou ao lado dele e colocou o braço em seu ombro, o guiando até a porta. - E só volte aqui para buscar suas coisas!

- Vou provar a ela que tudo não passa de um mal entendido. - estufou peito se sentindo corajoso.

- É assim que se fala!

JK, parado no meio da sala, colocou as mãos na cintura e suspirou derrotado.

- Você é um idiota, Jungkook! - Jimin fechou a porta e seguiu para a cozinha. - Eu estava apenas deixando o Tae-oh passar alguns dias aqui, depois que a esposa dele desconfiou que ele pudesse estar tendo um caso e o colou para fora. Ele é um bom rapaz, está começando uma carreira como pesquisador e não tinha para onde ir, já que os pais não moram na cidade. - mesmo sabendo que não devia satisfação ao Jeon, ele preferiu jogar limpo.

- Desculpe, eu não sabia...

- É, você tem o hábito de ser bem imbecil às vezes. - ergueu um copo com whisky para ele.

- Eu não vou beber.

- Beba! - ordenou. - Você precisa relaxar um pouco. Mas não te darei mais do que isso. Sei que você costuma fazer merda quando bebe demais.

JK o olhou indiferente, mas pegou o copo de sua mão e bebeu o conteúdo de uma vez só. Jimin pegou o copo de volta e colocou sobre a bancada, encostando e bebericando a sua bebida.

- O que te traz aqui? - questionou o Jeon.

- Eu só...

Nem sabia mais se deveria dizer as coisas que pensou no caminho de volta.

Havia ficado extremamente irritado por Jimin tê-lo chamado de infantil.

- Esqueça, eu não devia ter vindo.

- Tudo bem. Esquecido! - colocou seu copo ao lado do outro vazio e se aproximou de JK. - Mas já que está aqui...- colocou os braços para trás e olhou nos olhos do Jeon. - Deveríamos fazer algo agradável. Não acha? - JK deu um passo atrás.

- Jimin-ssi, não! - Jimin deu um passo à frente.

- Não? - seu olhar insinuante fez JK engolir seco. - Porque eu tenho a impressão de que essa não é sua verdadeira posição sobre isso?

- Jimin-ssi, por favor, você precisa se afastar de mim. Não podemos ficar tão próximos assim.

- De novo essa conversa, Jungkook? - ele continuou se afastando e Jimin se aproximando. - Eu quero que você me diga a verdade. O que você realmente quer?

Tudo, Jimin-ssi, eu quero tudo com você!
Eu quero te beijar, te abraçar, acordar ao seu lado todos os dias, que o seu sorriso seja a primeira coisa que eu veja no meu dia, que sua presença preencha esse vazio constante na vida.
Eu quero você!

Quase encurralado, JK deu um passo para o lado e colocou a mão na maçaneta.

- Desculpe por isso, não vai acontecer de novo. Eu não tenho por que vir aqui.

- Você é um covarde Jungkook! - exclamou o Park.

- Covarde? - bufou. - Você acha mesmo que sou covarde? Estou tentando proteger você de acabar como a...

- Sua esposa? - completou.

- Eu sinto muito, vou fazer o possível para ficar longe de você e mantê-lo a salvo.

- Você está sendo ridículo agindo desse jeito!

- Eu não me importo! - gritou o Jeon, assustando Jimin.

Por alguns instantes nenhum dos dois disse mais nada, mas Jimin ainda tinha muito a dizer a Jungkook.

- Até quando vai ficar se fazendo de coitadinho, Jungkook? - o Jeon o encarou perdido, realmente não conhecia aquele Jimin à sua frente.

- Você não sabe do que está falando.

- Sim, eu sei muito bem do que estou falando. - Jimin se afastou e sentou no sofá, de frente para JK. - Você não está fazendo isso por mim, ou pelo que houve com ela. Está apenas se escondendo de tudo e todos como um covarde.

- Jimin-ssi, não ouse...

- Ouso sim! - levantou-se e cruzou os braços. - Você tem que parar de agir como um garotinho emburrado por não ter o que quer! Por não ter gente o suficiente se importando com o que você sente!

- Você tem ideia de o quanto eu sofri? - se aproximou rápido e o encarou furioso. - Tem ideia de o quanto me sinto culpado pela morte dela? Sabe o quanto dói ver a minha filha crescer sem a mãe dela? - as lágrimas já haviam dominado seu rosto. Aquelas eram feridas que o Jeon não queria expor. - Não, você não sabe. A sua vida foi perfeita! Seus pais sempre lhe apoiaram, exerce o trabalho que tanto almejou, não carrega nenhum peso nas costas e nenhuma culpa no peito. Não é responsável pela morte de alguém que amou. Então não venha com esse papo de menino mimado e atitudes infantis. Você não sabe como é estar na minha pele! - passou a mão pelo rosto, secando com raiva as lágrimas intrusas. - Então seja o bom garoto de sempre e fique longe de mim!

JK virou as costas e saiu, batendo a porta.

Jimin ficou inerte, sempre ouviu o Jeon se lamentar pelas coisas, mas nunca o tinha visto com tanta raiva.

Chorou sozinho, encolhido no sofá.

Jungkook estava certo. Ele teve apenas o coração partido algumas vezes, chorou inúmeras vezes. Mas nunca foi mais do que o resultado de turbulências sentimentais. Já Jungkook, logo de cara, teve que abrir mão de uma grande alegria, para que hoje, ele estivesse feliz e realizado. Tinha mesmo uma vida perfeita. E tudo isso, às custas de um amor que agora ele temia matar, como fez com Shivani.

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