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Capítulo 38

Shivani notou os olhos inchados de Jungkook quando ele foi buscá-la no hospital na manhã seguinte.
Obviamente havia chorado durante a noite. E para ela não foi diferente. Mas já não se deixava abater tanto, estava se conformando com seu destino derradeiro. 

No carro, a caminho de casa, eles ainda não se falaram. Cada um encarava sua janela como se o vazio dentro de si não fosse um eco gritante a todo instante. 

Ao chegarem em casa foram recebidos pela Sra Milth. A governanta sentia-se aliviada de ver Shivani com um semblante mais corado. Ela acompanhou Shivani até seu quarto. Jungkook estava logo atrás, mas no corredor, ainda sem emitir um único suspiro, entrou em seu quarto de sumiu pelo resto do dia. 

Ele não estava com cabeça para trabalhar, pediu para Mandie cancelar seus compromissos dos próximos dias, não importava o quão importante fosse a reunião ou com quem, ele não colocaria os pés na empresa até que Shivani estivesse recuperada. Mandie fez o que ele pediu. 

Na tarde seguinte JK foi surpreendido pela visita de seu pai. O mais velho estava muito feliz e sorridente ao saber que tinha um herdeiro a caminho. JK se esforçou bastante para não acertar um soco na cara do próprio pai. Odiava ver como ele parecia satisfeito. Não passou 5 minutos na presença dele. Apenas subiu e se trancou no quarto outra vez.

Jimin se desmanchava em lágrimas toda vez que ouvia o nome de Jeon Jungkook em algum programa ou jornal. A notícia do momento era a tão esperada chegada do herdeiro das montadoras Jeon. 

Nos programas de fofoca, os apresentadores se mostravam tão felizes que parecia até que o país havia ganhado uma copa do mundo. 

Era horrível para o Park lidar com tudo aquilo. 

Um país inteiro comemorava enquanto seu coração era arrastado para a dor da desilusão.

Shivani passou a tomar vitaminas e se alimentar corretamente. Por mais triste que tivesse, não podia culpar a criança dentro de si pela vida desgraçada que lhe aguardava no futuro.

Depois de uma semana, Jungkook havia decidido que não adiantaria nada ficar se remoendo por tudo o que havia perdido. E o peso de sua perda era duplo. 

Ele sabia que nunca mais veria Jimin e que Shivani o desprezava profundamente. Mas resolveu não se deixar abater pela segunda certeza.

Em uma manhã, ao sair do quarto, ele encontrou a Sra Milth no corredor com uma bandeja nas mãos. Era o café da manhã de Shivani. Ele pegou de sua mão e disse que levaria pessoalmente para ela. 

Shivani ficou surpresa ao ver JK entrar no quarto com seu desjejum.

— Bom dia! — ele se aproximou e colocou a bandeja sobre a cama.

Ela se sentou e o encarou curiosa. Ele foi até as portas de vidro e abriu as cortinas, iluminando o cômodo.

— Como se sente hoje? — se virou para ela com o corpo tenso. Estava pronto para ouvi-la xingar-lhe ou mandar-lhe embora. Mas não foi o que aconteceu.

— Eu estou bem. Obrigada. — puxou a bandeja para mais perto.

— O dia está lindo hoje. Tome seu café e se prepare, vamos dar um passeio pelo jardim depois.

Ela o encarou confusa, não entendia o porquê dele de repente estar sendo atencioso com ela. Ele apenas se virou e saiu do quarto.

Duas semanas depois de descobrirem sobre o bebê, JK já havia voltado a trabalhar, mas diariamente levava o café da manhã de Shivani e a acompanhava em alguma caminhada pelo terreno. 

Ele sempre ficava para trás, preferia ficar sempre de olho nela caso precisasse de algum auxílio. 

Ele gostaria muito de poder caminhar ao lado dela, mas as coisas ainda estavam muito recentes e ele temia ter sua presença próxima rejeitada. 

Naquela semana houve a primeira consulta de pré-natal dela. Ele foi junto. Apesar de não entender nada sobre o que o médico falava, se mantinha em sua promessa de cuidar dela o tempo todo. 

Shivani já estava com quase 10 semanas de gestação e o bebê estava crescendo conforme o previsto para sua idade. Shivani notou quando ele suspirou aliviado.

— Como foi o seu dia hoje? — JK interrompeu o silêncio do jantar. Ambos voltaram a fazer as refeições juntos na sala de jantar.

— Foi...normal. — forçou um sorriso.

— Nada incomum com...— sentiu-se nervoso. — o bebê?

— Ele está bem. Eu te garanto. — pareceu desapontada.

— E como você se sente? — aquela pergunta a pegou de surpresa.

— Não tenho tido mais enjôos nem tonturas.

— Isso é ótimo. — sorriu sincero.

Ela baixou o olhar e sorriu tímida. Queria muito ter outro motivo para sentir seu coração bater mais rápido, mas sabia muito bem qual era o mais óbvio. 

Ver o Jeon voltar a interagir consigo de forma casual lhe gerava esperanças descabidas. Voltou a ficar triste ao se dar conta de sua real situação.

Depois do jantar eles subiram e ela foi direto para seu quarto. Ainda na porta, ela levantou o olhar e encarou seus olhos.

— Boa noite, Shivani. — deu um meio sorriso satisfeito. Ela sentiu a bochecha repuxar, mas logo se conteve.

— Boa noite, Jungkook! — acenou levemente com a cabeça lhe dirigiu uma expressão impassível. Fechou a porta em seguida.

Jungkook suspirou frustrado. Pensou ter conseguido que ela ao menos voltasse a ser cordial consigo. Mas suas atitudes demonstravam o contrário. Ainda assim não desistiria.

Na noite seguinte, ele estava em uma "reunião" da empresa. Por mais que o salão estivesse tomado de homens esnobes e parcialmente bêbados, tudo mundo insistia em chamar aquilo de reunião. 

Mandie passou parte da noite acompanhando JK. Era seu trabalho garantir que ele não se esquecesse de cumprimentar nenhum sócio ou homens importantes que em algum momento no futuro pudesse vir a fazer parte do grupo executivo da empresa. 

Depois de muito vai e vem no salão, falando com uns e cumprimentando outros, eles pararam junto ao bar.

— Bebe alguma coisa, Sr? — perguntou o garçom antes mesmo de JK poder suspirar aliviado.

— Água, por favor.

Mandie lhe encarou desconfiada. Em noites como aquela ele sempre bebia algo forte. Ele notou o olhar dela.

— Estou seguindo um conselho, vou dar um tempo com a bebida. — forçou um sorriso. Ela assentiu.

Enquanto JK abria sua garrafa e enchia seu copo, Mandie viu quando um burburinho se formou na entrada do local.

— Acho que alguém importante chegou. — comentou com JK.

Quando ele se virou, com seu copo de água na mão, viu seu pai indo em sua direção.

Ah não...!

Colocou de volta o copo sobre o balcão.

— Mudei de ideia. Vou querer uma dose dupla de whisky. — pediu ao garçom.

— Jungkook, meu filho! — o mais velho se aproximou com os braços abertos.

— Pode ser uma dose tripla, por favor. — cochichou para o garçom. 

Mandie apenas virou o rosto de lado arqueando as sobrancelhas e forçando um sorriso. Sabia bem que a relação dos dois era complicada.

— Onde está sua esposa com o meu neto? — questionou assim que chegou até JK, acompanhado de outros 3 homens.

— Em casa, descansando. — disse seco. — Creio que era o que deveria estar fazendo também. — se virou para o balcão, apoiando o braço sobre ele. — O que está fazendo aqui?

— Ora, essa é uma reunião da empresa que eu fundei. Deveria estar aqui mais do que qualquer um.

JK pegou o copo da mão do garçom antes mesmo que ele colocasse sobre o balcão e tomou a bebida em um único gole.

— Outro, por favor. — sorriu para o garçom que o encarava espantado.

— Dia difícil? — perguntou o mais velho.

— Noite insuportável, na verdade. — retrucou desgostoso.

— Muito bem. — se empertigou o Jeon. — Deixarei você com a sua bebida.

— Graças a Deus. — murmurou JK. Mandie teve que morder o lábio inferior para conseguir segurar o riso.

— Namhyun!? — o velho avistou um conhecido e se afastou.

O garçom trouxe outra dose e JK repetiu o gesto, tomou a bebida de uma vez.

— Sr...— Mandie abria a agenda. — amanhã pela manhã...

— Mandie, por favor, vá aproveitar um pouco do espetáculo. Chega de trabalho por hoje.

Mandie abriu a boca para dizer algo, mas JK a encarou sério com uma sobrancelha arqueada. Ela apenas fechou a agenda e guardou na bolsa.

— Tudo bem, Sr. Tenha uma boa noite. — fez uma reverência e se afastou.

Ele não disse nada, olhou para o garçom e ergueu seu copo. O homem nem se deu ao trabalho de pegar o copo dele para preparar outra dose. Pegou a garrafa e se aproximou do balcão. 

JK, observando seu pai de longe, o via se gabar que a empresa teria um herdeiro inteligente e forte para manter seu nome. Aquilo o deixou furioso. 

O garçom serviu o copo de JK e quando levantou a garrafa, o Jeon pegou de sua mão.

— Eu fico com ela. — o homem não disse nada. — Vou precisar dela mais do que qualquer outra pessoa. — pegou seu copo e se afastou do balcão.

Jungkook saiu para na varanda do local e encontrou o secretário de um dos executivos fumando um cigarro. Assim que notou a presença do Jeon, ele o jogou no chão e apagou.

— Boa noite, Sr. — fez uma reverência.

— Pode me arrumar um desse?

— Como, Sr?

— Cigarro.

— Ah...— sorriu envergonhado. — Claro, Sr! — colocou a mão no bolso e estendeu a JK o maço de cigarros com o isqueiro.

— Obrigado.

— Não foi nada, Sr. — fez outra reverência. — Com licença. — o homem entrou às pressas.

JK arrumou um canto mais afastado, se sentou e acendeu o cigarro. A cada tragada, ele virava a garrafa na boca.

— Tem como a minha vida piorar? — tagarelou num muxuxo. 


Mandie estava acompanhada do assessor de um dos homens importantes que foram convidados para o evento daquela noite. O homem estava interessado nela, e ela sabia bem disso, pois ele também despertou seu interesse. 

Eles caminhavam lado a lado conversando quando saíram na varanda e ela viu o Jeon mal conseguindo ficar sentado de tão bêbado.

— Minha nossa! — colocou as duas mãos na boca, pasma com a cena que via.

— Você o conhece? — perguntou o rapaz.

— Com certeza o conheço. — ela correu até ele. O rapaz foi junto. — Ele é o meu chefe. — tirou a garrafa da mão dele. — Sr Jeon? — bateu de leve no rosto dele tentando acordá-lo. — Sr Jeon! — bateu com um pouco mais de força. JK a encarava confuso, mal conseguia manter os olhos abertos.

— Você é...quem é você? — falou embaralhado. Mandie virou o rosto ao sentir seu bafo de puro álcool.

— Ai, meu Deus...

— Esse é Jeon Jungkook? O CEO das montadoras Jeon?

— Pare de tagarelar e me ajude a levanta-lo. — puxou JK por um dos braços, o rapaz fez o mesmo do outro lado. — Me ajude a tirar ele daqui sem que ninguém nos veja.

— Eu creio que isso será impossível.

— Não vamos saber se não tentarmos. — eles apoiaram os braços de JK nos ombros e caminharam devagar até os fundos da propriedade. — Mais uma coisa...— Mandie olhou sério para o rapaz. — Não conte isso pra ninguém. — ele a olhou em dúvida. — Entendeu? — ele assentiu.

Mandie não havia ido de carro para o evento, pois sabia que uma taça ou outra de champanhe ela acabaria bebendo durante a noite. Então foi de táxi. 

Ali, nos fundos do terreno, por um portão pequeno, os dois saíram arrastando o Jeon praticamente desacordado.

— Minha nossa, porque os homens mais pesados são os que bebem mais?

— Espero que seja uma pergunta retórica. — disse o rapaz. — Onde está seu carro?

— Não vim de carro. Terei que arrumar um táxi.

— Desse lado da rua será impossível achar um.

— Droga! — Mandie suspirou cansada.

— Certo. Consegue ficar com ele?

— Não em pé.

— Tudo bem, vamos colocá-lo ali no canto, sentado.

Eles colocaram o Jeon encostado em uma parede.

— Eu volto logo.

— Aonde vai? — Mandie temeu ter que ficar sozinha naquela rua com um homem caindo de bêbado.

— Buscar o meu carro. — o jovem se afastou rápido em busca de seu veículo.

— Muito bem, qual é o endereço? — o homem já estava no volante e Mandie no banco de trás com JK.

— Espere, eu vou dar uma olhada. — ela retirou a agenda da bolsa e procurou pelo endereço do Jeon. Não o encontrou. — Fala sério! Não acredito que não tem o endereço dele aqui.

— Você não sabe o endereço do seu chefe? — a encarou pelo retrovisor.

— Não, eu não sei. Nunca precisei ir lá. E quando há alguma correspondência pra enviar para ele já tem o pessoal responsável por isso. — bufou frustrada.

— Então para onde vamos? — Mandie pensou por alguns instantes e não via outra saída.

— Para minha casa. — encarou o Jeon recostado na porta do carro. — Não tem o mesmo glamour que a casa dele, mas deve servir.

— Ok, vamos lá.

O rapaz ajudou Mandie a levar  JK para o paramento e o deixaram no sofá. 

Apesar de ter sido um fim de noite nada convencional, o rapaz ousou pedir a Mandie seu número de telefone. Ela fez um charme, mas acabou lhe dando seu contato. 

Depois que ele foi embora, ela tirou seu salto, se aproximou do Jeon e com muito trabalho, conseguiu tirar seu terno. Tirou também seus sapatos. Por fim, colocou as mãos na cintura e o encarou complacente.

— Ai, Sr Jeon...o que está acontecendo com o Sr? — ficou pensativa.

Foi para seu quarto, tomou um banho e foi dormir.

No meio da noite, Mandie levantou para beber água e dar uma conferida em seu chefe apagado no sofá. 

Ao sair do quarto encontrou JK em pé na cozinha, ao lado da geladeira com uma garrafa de água na mão. Ainda estava bebendo, mas já conseguia ficar de pé. 

Quando JK notou a presença dela a encarou triste. Ela viu seu rosto molhado por lágrimas tão silenciosas que a imagem dele parecia sufocante.

— O Sr está bem, Sr Jeon? — ele deu mais um gole na garrafa e quando ia colocá-la sobre a pia a deixou cair.

— Droga! — se abaixou para pegar e quase caiu.

— Não se preocupe com isso, Sr Jeon. — Mandie se aproximou dele e o guiou de volta ao sofá. — É melhor o Sr voltar a a dormir. — ele sentou no sofá.

Mandie viu que ele estava com a camisa aberta e os cabelos desgrenhados. Enquanto ela suavemente levou as mãos ao peito dele e fechou alguns botões de sua camisa, ele a olhava atentamente.

— Mandie, como eu acabei me tornando um homem tão desprezível?

— O Sr não é desprezível, Sr Jeon. — arrumou as almofadas para que ela deitasse.

— Eu sou sim. — outra lágrima traçou seu rosto. — E é por isso que eles me odeiam agora.

— Ninguém odeia o Sr. — com as mãos no ombro dele, tentou fazê-lo se deitar. Mas ele resistia em se manter sentado.

— O Jimin e a Shivani me odeiam.

Certo, ela sabia que ele estava com problemas, e como uma boa secretaria, tentava não xeretar a vida pessoal dele. Mas aquilo despertou sua curiosidade.

— Por que o Jimin e a sua esposa o odiaria?

— Porque eu fui um péssimo namorado e agora sou um marido horrível. — passou a mão pelo nariz e rosto. Mandie interpretou aquilo como mais um problema comum de bêbados, eles dramatizam demais coisas simples. — Eu amo tanto o Jimin...— agora ela estava muito interessada em ouvir a história. — Mas não sei o que fazer, já que também amo a Shivani.

Ficou completamente estática com a confissão do Jeon. Jamais imaginou que seu chefe já tivesse se envolvido com outro homem antes. Muito menos que ainda nutria sentimentos por ele, e ao mesmo tempo por sua esposa.

— Minha nossa...acho que o Sr tem um problemão aí.

— Mandie...— soluçou. — eu não queria que eles me odiassem, mas não sei o que fazer. Não sei como lidar com isso, não sei como isso aconteceu. Como vou contar isso pra eles, se eu não sei por onde começar? — subitamente envolveu seus braços pela cintura dela e a apertou em um abraço desesperado.

Mandie ficou sem reação alguma nos primeiros segundos. Depois passou as mãos pelas costas dele, lhe confortando. O choro dele persistiu e ela não disse nada, apenas deixou que seu peito aliviasse um pouco toda aquela tristeza que estava guardada.

Pela manhã, após acordar, Mandie não encontrou mais JK em seu sofá. Não tinha ideia do porquê, mas preferia ver seu chefe zangado e irritado do que triste e desesperado daquele jeito.

No escritório, ela chegou e foi até a sala dele. Pretendia deixar tudo em ordem caso ele resolvesse aparecer naquele dia. Mas se surpreendeu ao entrar e já vê-lo lá. 

Seus cabelos estavam arrumados, mas ainda usava a roupa da noite passada, que por sinal estava bem amassada. Ele não havia ido pra casa quando saiu do apartamento dela. Havia ido direto para o escritório.

— Bom dia, Sr. — ficou sem graça por ter chegado depois dele. Isso nunca acontecia. — Desculpe pelo atraso.

— Você não está atrasada, Mandie. — ela conferiu o relógio e constatou que ele é quem estava adiantado. Ela forçou um sorriso. — Poderia providênciar um café pra mim, por favor?

— Claro, Sr. Trarei o mais rápido possível. — ela virou e antes de sair pela porta ele a chamou. — Sim, Sr! — manteve a postura ereta.

— Mandie, eu queria me desculpar pela noite passada. — baixou a cabeça, sentia-se envergonhado. — Sinto muito.

— Não se preocupe, Sr.

— Eu não queria ter te dado todo aquele trabalho.

— Não foi trabalho algum. — ela mentiu, já que seu sono foi inquieto e suas costas doíam por ter que ajudar a carrega-lo. Depois de um breve momento de silêncio, ela fez uma reverência. — Já trago seu café. Mas ao se virar, ela sentiu que precisava lhe dizer algo. — Sr, se me permite a ousadia...— ela se aproximou devagar da mesa dele. Ele a encarou curioso. — Eu acho que o Sr deveria conversar com sua esposa. — fez uma pausa. — E com o Jimin. — ele sentiu as bochechas ferverem. Engoliu seco. — O Sr ama sua esposa, todo mundo pode ver isso claramente, e se também tem sentimentos por ele, seja sincero com ambos. Mesmo que no fim das contas isso doa. Precisa ser sincero com eles. E principalmente consigo mesmo. Não pode ter medo de seus sentimentos.

JK baixou o olhar e suspirou. Fechou os olhos e passou as mãos pelo rosto. As palavras de Mandie faziam todo sentido. Tudo o que JK não havia sido durante todo esse tempo, foi sincero consigo mesmo. E ficar evitando alguns sentimentos só estava fazendo bagunça na vida dos três. 

Ela estava certa. Ele precisava conversa com Shivani, explicar como esse resguardo de sentimentos o tornou aquele homem inescrupuloso e insensível na noite em Cancún. 

Precisava sentar com Jimin e esclarecer os medos que sentiu, o que sente por sua esposa e deixá-lo ciente de que seu amor por ele nunca foi uma mentira. Por mais que ele tenha manipulado todos esses eventos a seu favor. 

Ao se recostar na cadeira e abrir os olhos, Mandie já não estava mais lá.

JK esperou uma semana para poder contactar Jimin. Estava lhe dando tempo para assimilar todos os acontecimentos e espaço para que sua raiva desse lugar a tranquilidade. Não costumava ser nada bom uma conversa com alguém tomado pelo rancor, e ele sabia que o que não falta em Jimin era ressentimento pelos seus atos. 

No sábado a tarde JK lhe enviou uma mensagem pedindo que, em nome do tudo o que eles já viveram juntos, e o pelo amor que Jimin ainda sentia por ele, lhe desse uma única chance de conversarem. 

Jimin leu a mensagem e não lhe respondeu. 

Na manhã seguinte retornou o contato, dizendo que JK poderia ir ao seu apartamento naquela noite, mas que ele só tinha essa oportunidade para ser sincero consigo e que não lhe daria outra chance de conversarem.

Em casa, JK sentia que Shivani ainda o evitava. Poderia chegar e insistir que deveriam conversar sobre o que houve, mas temia que fazê-la relembrar daquela noite lhe causasse um estresse extremo que colocasse sua saúde em risco outra vez. Daria um passo de cada vez. Começando por Jimin. Ele teria tempo para essa conversa com Shivani quando achasse que ela já estava bem o suficiente para lhe ouvir falar sobre tudo o que sentia.

JK chegou ao apartamento de Jimin muito nervoso. Sem muita conversa ele pediu que o Jeon entrasse.
Jimin sentou em um sofá e indicou que Jungkook sentasse no outro, a sua frente. Seria uma conversa cara a cara, e mesmo que doesse muito o JK tinha para lhe falar, Jimin estava pronto para enfrentar tudo de cabeça erguida, mesmo o coração já estando despedaçado.

— Tudo bem, Jungkook, estou pronto para ouvir o que você tem para me dizer. — disse calmo e convicto. JK engoliu seco.

 Não tinha mais volta, havia chegado o momento de enfrentar os sentimentos que JK tanto evitava.

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