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Capítulo 36


No último mês e meio a Sra Milth tem andado muito preocupada com Shivani.

Desde que voltaram da viagem de "lua de mel", Jungkook mal tem dado às caras em casa. Algumas noites ele aparece, mas sempre tarde da noite, geralmente quando Shivani já está dormindo. Ela sabe que ele a está evitando de alguma forma.

Já Shivani, mal tem se alimentado. Está visivelmente abatida, pálida, sempre com olheiras e uma expressão triste no rosto. Comi quando a governanta insisti o suficiente e ela acaba cedendo, mas nunca é uma refeição completa. Sempre se resume a uma pequena tigela de salada de frutas ou uma sopa de frutos do mar. A Sra Milth fica ainda mais preocupada quando nenhuma dessas poucas opções se mantém no estômago dela.

Shivani perdeu muito peso em um curto espaço de tempo e os sinais de sua má alimentação têm se tornado mais frequentes a cada mal estar, tontura, fraqueza ou desmaio. Há dias em que ela mal consegue sair da cama por causa da fraqueza.

Shivani desistiu de tentar entender os atos de Jungkook. Ela desistiu deles. Ela desistiu de si mesma.

A Sra Milth foi firmemente proibida por Shivani de relatar o que estava acontecendo com ela. Se Jungkook não voltasse para casa  por vontade própria, ela não o faria voltar pelo seu estado delicado de saúde. Isso ela não queria.

Para ela, já bastava ele querer a todo custo se manter longe dela, então não lhe "forçaria" a voltar contra sua vontade. Mesmo que isso significasse definhar até a morte.

Desde que voltou de viagem, que para ela já estava bem estranho ele não ter voltado junto com ela, Shivani esperava pela chegada de seu marido em casa todas as noites durante uma semana, mas ele nunca chegava. Ela teve certeza que alguma coisa estava errada. Entristeceu-se.

Tudo começou com muitos porquês e algumas lágrimas. Conforme as semanas foram passando, essas lágrimas se tornaram longos períodos de choro, até atingir a marca de um dia inteiro à base de água para repor tudo o que ela havia perdido ao chorar ao longo desse dia.

Os períodos de espaço entre suas refeições  aumentaram, até chegar ao ponto dela passar três dias inteiros sem comer nada. Aquilo despertou a preocupação da Sra Milth, e quando ela supôs falar a JK o que estava acontecendo, Shivani a encarou com um olhar carregado de ressentimento e a proibiu de fazer tal coisa.

A Sra Milth gostava muito de Shivani, queria que ela estivesse bem, que voltasse a sorrir, a dançar ou até a tentar cozinhar uma receita nova. Queria que voltasse a ser feliz. Mas sabia que o amor que ela seria por Jungkook era grande demais e a desilusão a estava carregando para o abismo.

Não sabia o que fazer para ajudá-la sem quebrar a promessa de que não contaria nada a JK. Estava de mãos atadas.

Nas vezes em que ele aparecia em casa, a Sra Milth sempre tentava dar um jeito dele passar no quarto de Shivani, para que ela ao menos pudesse abrir um singelo sorriso ou renovasse uma mínima fração de sua esperança. E que ele pudesse ver com os próprios olhos o que seu egoísmo e abandono estavam fazendo com sua esposa.

Mas JK nunca lhe dava tempo suficiente para falar mais do que um "boa noite, Sr".

Se pudesse, ela mesma o pegaria pela orelha e o levaria até o quarto de Shivani, mas se perdesse seu emprego, a Sra Jeon não teria quem realmente cuidasse dela.

Em um dia chuvoso, a Sra Milth recebeu na residência um homem muito bem vestido e educado. Ele estava ali para ver Shivani. Ao subir ao quarto para avisar que havia alguém que gostaria de vê-la, Shivani estava bem vestida, não exuberante como costumava se arrumar toda manhã, mas apresentável o suficiente para receber o homem que não fez questão de se apresentar para a governanta. Apenas disse que era aguardado pela Sra Jeon.

Shivani passou pelo menos uma hora no escritório com esse homem. Seja lá o que eles estivessem conversando, a Sra Milth não gostava nada da sensação ruim que estava tendo.



Jungkook acordou com um sorriso manhoso no rosto. Ele gostava muito de abrir os olhos e Jimin ser a primeira pessoa que ele via no seu dia. Ali ele já sabia que seu dia valeria a pena.

— Bom dia, Jimin-ssi! — JK deixou um beijo demorado em seu pescoço, fazendo-o despertar sorridente com o carinho que recebia.

— Bom dia, Kookie...

— Está na hora de levantar, meu amor!

Jimin sorriu largo, adorava que aquelas eram sempre as primeiras palavras que ele ouvia pela manhã.

Desde a tarde em que JK apareceu na sua porta para se desculpar pelo estado em que apareceu lá na noite anterior, Jimin e Jungkook não se desgrudaram mais.

Jimin aceitou novamente o amor de Jungkook. Ele descobriu que, se ele não tinha um casamento de verdade, então não tinha porque recusar ao seu coração o que o coração do Jeon tinha a lhe oferecer.

No último mês ambos estavam vivendo um novo romance. Não havia implicações por parte do Sr Jeon, JK não tinha nenhuma obrigação em casa com sua esposa, já que era um casamento de conveniência e Jimin não tinha motivos para recusar que seu coração recebesse o que tanto desejou ao longo dos últimos anos.

Para Jimin, enquanto Jungkook trabalhava durante o dia e às vezes ia até sua residência para pegar algumas roupas, ele sempre o aguardava ansiosamente pelo seu retorno até seu apartamento.

Estava ciente de que JK estava hospedado em um hotel. Não entendia o motivo dele não estar em sua casa já que sua relação com a esposa era de amizade. Essa era a única coisa que fisgava sua mente de vez em quando. Mas se até então não houve nenhum problema para os dois, ele se mantinha vivendo esse sonho ao lado de seu coelhinho.

— Podemos ficar na cama só um pouquinho?

— Olha...— JK beijou outra vez seu pescoço. — Eu não sei como funcionam as coisas no seu trabalho, mas espero que tudo bem chegar atrasado. — Jimin abriu os olhos surpreso.

— Que horas são?

— Já passou das 8h.

— O quê? — levantou com um pulo. — Minha nossa, Jungkook, o que houve com o despertador? — saiu rápido da cama e foi até o closet, escolhendo algo para vestir.

— Ele estava atrapalhando meu sono, então eu o desliguei.

— Meu Deus, Kookie, você é impossível! — correu para o banheiro, levando a toalha consigo.

JK colocou os braços cruzados atrás da cabeça e observou sorridente a correria do amado em se aprontar para o trabalho.

Jungkook chegou ao escritório depois das 9h. Mandie estava para ter um ataque de nervos pelo atraso do chefe. Toda a diretoria estava reunida para a reunião daquela manhã, e sempre tinha um secretário de algum executivo da empresa na sua cola perguntando sobre o Jeon.

Suas pernas chegaram a ficar moles quando viu o chefe sair pela porta do elevador. Não entendia o motivo do jeito todo feliz dele quando seus sócios já estavam furiosos por terem sido obrigados a esperar por ele.

— Bom dia, Mandie! — ele a cumprimentou com um sorriso.

— Bom dia, Sr Jeon! — ela correu em sua direção com uma pasta de documentos na mão. — Os sócios já o aguardam na sala de reuniões.

— Tínhamos uma reunião hoje? — perguntou tranquilo.

Uma veia chegou a pulsar na testa da secretária com o ar despreocupado que ele exibia.

— Sim, Sr! — tentou responder igualmente tranquila. — E o Sr já está sendo esperado há algum tempo. — ele pegou a pasta da mão dela.

— Tudo bem, estou indo imediatamente para lá. — JK chegou a ouvir o suspiro aliviado que ela deu. — Pode pedir meu café naquela cafeteria aqui perto?

— Claro, Sr. Pedirei imediatamente. — ela estava logo atrás dele enquanto ele se dirigia até a sala de reuniões.

— Bom dia, Senhores!

Mandie olhou em volta e viu a cara de poucos amigos que os acionistas dirigiram ao Jeon.  Ela fechou a porta rapidamente, evitando permanecer por mais tempo no mesmo ambiente que todos aqueles homens poderosos e furiosos.

À tarde, Jungkook voltava do almoço quando foi abordado por Mandie que lhe passava os compromissos do resto do dia. Depois de repassar suas tarefas, ela lhe disse que havia a visita de um advogado que não estava marcado, mas que ele insistia em falar com urgência com Jeon.

JK entrou na sala e pediu que Mandie o mandasse entrar antes que ele saísse para os próximos compromissos. Ela assim o fez.

Enquanto retirava seu paletó e colocava no recosto de sua cadeira o homem entrou. Ele pediu que se aproximasse e que se pudesse, fosse o mais breve possível, pois ainda tinha muitas tarefas para realizar ainda aquela tarde.

O homem compreendia que JK era um homem ocupado, então apenas abriu a pasta de couro e lhe estendeu um envelope. JK pegou de sua mão e se sentou, indicando que o homem fizesse o mesmo.

Ao abrir o envelope e retirar o documento de dentro, ficou surpreso.

— O que é isso? — passou rapidamente os olhos pelo documento.

— Sr Jeon, eu sou Kim Myunkyu, advogado da vara de família e estou representando sua esposa no processo de pedido de divórcio. — JK praticamente desabou no recosto de sua cadeira.

— Divórcio? — levou a mão à testa. Não estava acreditando que ela estava mesmo pedindo o divórcio a ele.

Ao final de cada folha, ele via a assinatura de Shivani. Estava mesmo acontecendo, ela queria, apesar do que havia acontecido entre eles, se divorciar dele.

Ele sabia bem o preço que ela pagaria se ele aceitasse seu pedido, e foi pensando que ela seria sensata e jamais faria tal coisa, que ele a desgraçou da última vez em que se viram.

O advogado estava explicando todo o conteúdo que havia no documento, as reivindicações que ela fazia com o fim do casamento, os direitos aos quais ela estava abrindo mão e as medidas que ela tomaria para se manterem afastados a partir do momento em que ele fosse assinado.

JK não prestava atenção no que o advogado lhe dizia. Ainda estava tentando acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Ela não podia pedir o divórcio, não depois do que fizeram. Ela jamais seria aceita de volta na família, não poderia voltar para seu país, estaria sozinha no mundo. E ele tinha total ciência de que ela estaria perdida com esse divórcio. Não era uma situação fácil para uma mulher da cultura dela.

— Não. — o advogado se calou e o encarou em dúvida.

— O que disse?

— Não, eu não vou assinar esse divórcio!

— Sr Jeon, a Sta Kurmar tem total ciência...

— Sta Kurmar? — questionou incrédulo. — Ela é Sra Jeon! — levantou furioso. — E se depender de mim, nunca deixará de ser. — o advogado respirou fundo, soube ali que seria um processo difícil.

— Sr Jeon, não sei se o Sr está ciente de que ficaria bem mais fácil e menos vergonhoso que apenas assinasse o documento.  — argumentou calmamente.

— Menos vergonhoso? Acha que estou me importando com isso? Eu não assinarei, ela não sabe realmente as consequências que isso traria para a vida dela.

— Entendo sua posição, Sr. — o advogado se levanta e abotoa seu terno. — Ainda assim ela conseguirá esse divórcio, está determinada. E o fato do Sr ter abandonado o lar só fará com que ele demore algumas semanas a mais para ser concluído.

JK engoliu seco, não havia fielmente pensando em todas as possibilidades dela conseguir esse divórcio. Sua assinatura agora se resumia a nada.

Ele passou a mão pelo rosto e praguejava baixinho.

— Tem certeza que o Sr não prefere fazer as coisas de forma mais discreta?

Jungkook o encarou com raiva, pegou os papéis de sua mesa e o rasgou.

— Tudo bem. Nos encontraremos em breve, Sr Jeon. — ele fez uma reverência e se retirou.

Jungkook andou de uma lado ao outro da sala, sua cabeça estava a mil. Não sabia por qual caminho certo sua mente deveria correr.

Mas uma coisa ele tinha certeza, não iria assinar aquele divórcio e vê-la sozinha e sem rumo se arrastando para o mundo.


— Kookie...— Jimin abraçou JK assim que abriu a porta e o viu parado ali. — Senti sua falta.

— Eu também senti a sua, baby Moon. — tocou levemente seus lábios.

— O que houve, porque está tão desanimado?

— Tive um dia de cão hoje.

— Oh, meu Kookie está cansadinho...— o puxou para dentro e fechou a porta, o puxando pela mão até o sofá. — Vem, senta aqui.

JK sentou e Jimin lhe tirou o terno e a gravata, se posicionando atrás dele e começou a massagear seus ombros.

— Me conta como foi seu dia, quem sabe assim ajuda a aliviar essa pressão toda.

JK ponderou as palavras de Jimin, mas não havia um motivo para ele não lhe contar o que realmente estava lhe deixando tão irritado. Achava que estava agindo corretamente.

— Tive uma reunião infernal logo pela manhã. — JK movia a cabeça de um lado para o outro, aproveitando a massagem que Jimin lhe fazia. — Depois do almoço recebi um advogado que nunca tinha ouvido falar.

— Mais problemas na empresa? — perguntou naturalmente.

— Ele apareceu lá enviado pela Shivani, com um pedido de divórcio.

Jimin parou instantaneamente o que fazia.

— Jura? — lentamente voltou a massagear os ombros do Jeon.

— Dá pra acreditar que ela está pensando em um absurdo desses? — inclinou-se para frente e apoiou os cotovelos na perna, passando as mãos pelo rosto.

— Por que isso é tão absurdo? Talvez ela queira seguir a vida dela.

— Seguir a vida dela? — levantou irritado. — Você tem ideia de como as coisas funcionam para alguém como ela? — se virou para Jimin lhe dirigindo um olhar incrédulo.

— Na verdade, não. — Jimin sentou-se sobre as próprias pernas. O encarando atentamente.

— Ela não pode voltar para a família, para o país dela, estará sozinha! — falou como se devesse ser obrigação de Jimin saber de tal coisa.

— Acho que ela teve bastante tempo para poder pensar sobre essas consequências, já que decidiu pedir o divórcio ainda assim.

— Eu não darei o divórcio a ela! — disse firme. Jimin estranhou. — Ela pode estar muito bem fantasiando que de alguma forma as coisas podem ser mais fáceis, ou que podem pegar leve com ela por estar em um país diferente. Mas não é assim que as coisas são na vida real.

— Jungkook, ela tem o direito de decidir o que fazer na própria vida. Você não pode ser egoísta de arrastá-la por um divórcio complicado e priva-la de encontrar a felicidade ao lado de alguém que a ame. — JK lhe dirigiu um olhar tão furioso que nem sabia que era capaz de algo assim. — E se ela tiver se apaixonado por alguém? — Jimin sorriu afetuoso. — E já estiver fazendo planos para viver esse amor? Você não ficaria feliz por ela?

— O quê? — JK sentiu o peito apertar.

— Já pensou que pode ser por isso que ela quer o divórcio? — Jimin se mostrou animado.

Tudo o que JK havia contado sobre a relação dele com Shivani, se resumiu a pessoa maravilhosa que ela era. Como era carinhosa, alegre, espontânea, dedicada e sempre lhe fazia sorrir. Falou de como a amizade deles foi se desenvolvendo ao longo desse tempo de casados. Falou da estima que tinha por ela, de como desejava que ela fosse feliz e realizada em tudo o que sonhava para sua vida. Ela merecia o mundo.

Jimin sentiu seu coração encher de afeto por alguém que JK pintou como a mulher perfeita para se ter ao lado. O Jeon só não havia deixado claro que ele queria que fosse ao seu lado, mas que foi covarde demais para fazer as coisas da forma certa com ela.

— Nunca...— Jimin franziu as sobrancelhas ao encará-lo. — Eu nunca darei esse divórcio a ela.

— Jungkook...

JK se aproximou do sofá, pegou seu terno e saiu do apartamento.

Jimin ficou completamente confuso com a reação dele com essa conversa. Como ele poderia estar agindo daquela forma depois de tudo o que passaram juntos? Ele deveria ser o primeiro a não se opor que ela procurasse pela própria felicidade. Ele sabe bem o quanto dói não poder fazer ou estar ao lado de quem realmente se ama.

Ficou ainda mais intrigado.

JK foi para o hotel, já estava arrependido de ter deixado suas emoções dominá-lo daquele jeito. Sabia perfeitamente bem que as justificativas que saiam tão fáceis de sua boca, não eram as únicas pelas quais ele se negava a dar o divórcio a ela. Mas não tinha coragem de assumir nem para si mesmo.

Quando Jimin levantou a hipótese dela estar apaixonada por alguém, sentiu medo.

Estava sendo egoísta pra caralho, sabia disso, mas não a deixaria ela ir.

Como, em tão pouco tempo, ela pôde se apaixonar por alguém?

Ele havia demorado anos até criar coragem suficiente para reencontrar Jimin e lhe pedir perdão por tudo o que havia feito no passado. Não entrava em sua cabeça como ela poderia ter encontrado alguém que fizesse seu coração desejar tanto a ponto de pedir o divórcio, com tão pouco tempo que ele se afastou.

No bar do hotel, ele bebia uma dose atrás da outra enquanto sua cabeça ferviava em torno desse assunto.

Um ano.
Um ano dividindo a mesma casa, o mesmo teto, e na primeira oportunidade que ela teve, entregou seu coração para outro. — ele bufou depois de virar outra dose na boca e colocar o copo vazio em cima no balcão.

Ele saiu do bar e pegou o elevador. Era tarde e ele estava cansado. Precisava dormir, pois no dia seguinte teria mais um dia cansativo de trabalho. No entanto, decidiu que a confrontaria na noite seguinte. Precisava tirar toda essa história à limpo.

Há quanto tempo ela está dormindo com ele? — murmurou sozinho ao se jogar do jeito que estava na cama.

Na manhã seguinte, JK chegou ao escritório com uma enxaqueca horrível. Estava de péssimo humor e seus pensamentos só lhe faziam lembrar do mesmo assunto: o pedido de divórcio.

Quando saiu do elevador, encontrou Mandie com uma expressão preocupada no rosto.

— Bom dia, Sr Jeon...— ela o encarou  curiosa, já que ele sequer tirou os óculos escuros ao entrar.

— Bom dia , Mandie. — falou baixo.

— Sr, a sua...

— Mandie, consiga um café bem forte e uma aspirina, por favor.

— Imediatamente, Sr. — ele pegou das mãos dela a costumeira pasta de compromissos do dia e seguiu para a sala dele.

Ele abriu a pasta, já impaciente por ter tantos afazeres naquele dia. Ao entrar em sua sala, viu Shivani sentada em uma das poltronas.

— Shivani!? — tirou os óculos e a observou de cima à baixo.

Ela estava usando um vestido social turquesa e sapatos altos pretos. Porém, ele notou também que o vestido não lhe caia muito bem agora. Parecia ser uns dois números maiores que o dela.

Apesar da maquiagem que usava, seus olhos estavam fundos, e suas bochechas não tinham mais o formato arredondado que ele costumava admirar.

Ela levantou e ele notou que precisou se apoiar na mesa para se manter de pé.

— Bom dia, Jungkook. — ela tinha um tom sério.

Ele não conseguia acreditar que aquela pessoa que estava a sua frente era a mesma Shivani que gostava tanto de ver dançar. Estava completamente diferente.

— O que houve...

— Podemos conversar? — perguntou impassível. — Prometo não tomar muito do seu tempo.

JK sentiu o peito ser esmagado a cada vez que seus olhos observavam seus traços.

O que houve com você, Shivani? Por que parece tão debilitada e...triste?

Claro! — ele se aproximou de sua mesa com passos hesitantes. — Você quer beber alguma coisa, comer alguma coisa? — puxou a cadeira ainda sem tirar os olhos dela.

— Não, obrigada. Sua secretária já foi bastante solícita. — JK encarou o copo d'água que estava na mesa em frente a ela.

Ela sentou novamente e JK não deixou de notar o esforço que ela fez para isso também. Suspirou preocupado.

Sem enrolação alguma, ela retirou alguns papéis de dentro de um envelope e dispôs para ele na mesa. Ele sentou-se e passou a mão pelo rosto.

— Jungkook, por favor, não dificulte as coisas para nós dois. Assine o divórcio!

A mandíbula dele tencionou e ele levou a mão no queixo numa tentativa falha de esconder sua irritação.

— Por que está pedindo o divórcio, Shivani?

— Acho que isso é bem óbvio, Jungkook. Nenhum de nós quer permanecer nesse casamento. — ela entrelaçou os dedos e colocou sobre o colo, endireitando ainda mais a postura.

Ele não conseguia parar de pensar que havia outro motivo por trás desse pedido.

   — Você tem outro, é isso? — perguntou sem olhar em seu rosto. Só de pensar naquilo seu estômago revirava.

— Como você ousa me fazer uma pergunta dessa? — finalmente a encarou nos olhos. Ela estava perplexa com a pergunta dele. — Depois de tudo o que houve, a conclusão que você tirou para eu estar pedindo o divórcio é porque tenho outro?

Ele engoliu seco. Mas estava, de certa forma, feliz por saber que não se tratava de outra pessoa.

No entanto, a conclusão que tirou disso foi a respeito do que aconteceu na viagem a Cancún. Seu corpo tremeu.

Mas a verdade era que Shivani não queria mais sofrer por ele sabendo que, mesmo casados, ele sequer suportava estar em sua presença outra vez. Se fosse para sofrer por seu abandono, que fosse o mais longe possível dele.

— Shivani, vamos conversar melhor sobre isso. — tentou remediar. — Creio que podemos chegar a uma solução menos drástica.

— Jungkook, — ela se levantou. — eu já estou decidida. Eu quero o divórcio!

Ouvir aquela frase sair direito da boca dela fez seu coração apertar tanto, ao ponto dele emitir um gemido sôfrego.

— Eu tenho uma viagem marcada  nos próximos dias, então por favor, se apresse.

Ele recostou na cadeira e enfiou os dedos no cabelo. Não sabia o que fazer. Não queria o divórcio, mas sabia que ela tinha outros meios de consegui-lo. Sem falar no fato de estar veementemente decidida.

Ela saiu da sala e se encostou na parede do lado da porta. As lágrimas já brotavam em seus olhos. A coisa mais difícil que ela fez nos últimos meses foi vir encontrá-lo.

Ao vê-lo entrar na sala, tudo o que mais quis foi se jogar em seus braços, pedir para que voltasse para casa, implorar para que ele nunca mais a deixasse.

Queria mais do que tudo sentir seus braços envoltos em seu corpo, abraçando-a forte, mantendo-a segura dentro deles. Queria poder passar as mãos por seu rosto, sentir seu calor sob suas mãos, ver o sorriso que fazia seu coração derreter dentro do peito.

Queria lhe dar um beijo, e ainda mais importante, queria muito poder dizer-lhe o quanto o amava.

Ela soluçou em silêncio tentando conter as lágrimas, mas não conseguiu. Doía demais saber que nunca mais o teria, que nunca mais o veria.

A passos rápidos e incertos, ela chegou ao elevador. Travou as portas e se permitiu chorar.

Após 15 minutos de um choro desesperado dentro daquele cubo de metal, Shivani saiu do elevador no estacionamento no subsolo. Arrumou seu vestido no corpo e deu dois passos. Sentiu uma tontura e parou.

Vamos lá, Shivani, são só alguns passos até o carro. — encarava o carro logo à frente, onde o motorista já estava com a porta aberta, esperando por ela.

Deu mais dois passos e não conseguiu mais se manter de pé. Desmaiou. 

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