Capítulo 33
Jungkook sequer se virou para ela antes de começar a questionar sua atitude no bar. Ele estava furioso com o que tinha visto e a bebida parecia queimar sua garganta ao ir de encontro com as palavras presas ali.
Shivani ficou assustada com o tom de voz que ele usou para lhe questionar. Ele jamais havia falado com ela daquela forma, sempre foi tão calmo e sereno, lhe mostrava muita paciência e a ensinou a se impor em certas situações. Só não imaginava que teria de agir assim com ele também.
Ela não iria ficar parada e ser tratada daquela forma por ele, depois dele ter feito o que fez na última noite e não achar correto se ela fizesse o mesmo.
- Eu estava aproveitando minha noite com uma boa bebida e uma excelente companhia. - ela responde simples.
- Agindo como uma...- vocifera ao se virar para ela. - uma mulher fácil?
- Você também atribui essa classificação a mulher com quem esteve ontem? - ela retira o relógio e as pulseiras do pulso, colocado sobre a mesinha de cabeceira, não dando muita atenção a toda a raiva dele.
- Então você se comporta desse jeito por algo que acha que aconteceu ontem? - ele coloca uma das mãos na cintura, dá um gole na bebida e a encara sério.
- Não seja hipócrita Jungkook.
- Hipócrita!? - repete incrédulo.
- Você tem a sua vida e faz dela o que quer, sai com quem quer, e eu nunca me meti nisso. Não entendo o porquê de estar agindo assim quando eu faço o mesmo. - ela tira os sapatos e coloca junto aos dele, próximo a porta.
- Não aconteceu nada entre a Cassie e eu!
- Mas ainda assim ela foi parar no seu quarto. Pode não ter acontecido, mas havia a intenção que acontecesse. - ela tira os brincos e gargantilha, olhando atentamente para os objetos pelo espelho.
- Então era isso que você estava procurando com aquele homem? Alguém para trazer ao seu quarto, se esfregarem em cima da cama, fazerem sexo e depois ser só mais uma mulher de uma noite na lista dele? - ele finaliza a bebida com um gole generoso. - Você não tem nem vergonha de dizer isso?
As palavras dele lhe acendem uma raiva que Shivani nunca havia sentido antes. Ela se aproximou dele, olhou fixamente em seus olhos, e com os dela quase transbordando soltou tudo o que precisava.
- Você está pensando que eu sou o quê? Não ouse falar assim comigo, você não tem esse direito! - ele fica calado ao ver a determinação estampada em seu rosto. - Eu sou uma pessoa como outra qualquer, também sinto vontade de ser tocada, de ser apreciada, de ser confortada. Eu estou fadada a esse casamento de mentira, sem ter alguém que possa me amar, que possa estar ao meu lado como em um relacionamento comum. - ela passa a mão pelas lágrimas que traçam seu rosto. - Eu quero alguém para me dar um beijo bom dia ao acordar, alguém que me faça importante em sua vida, alguém que esteja comigo por que quer estar ao meu lado, uma pessoa que me ame apesar das minha imperfeições, que me deseje com uma luxuria exorbitante nos olhos, - ela engole seco. - alguém que queria uma vida ao meu lado.
- Shivani...
- Então sim, talvez eu quisesse ser só a mulher de uma noite para ele, sentir o toque de suas mãos, sentir o desejo percorrer minha pele, sentir o prazer de ser única, nem que fosse apenas por uma noite.
- Era só sexo que você queria? - ela revira os olhos impaciente. - Se era só isso, eu sou seu marido, só precisava me dizer, - ele se aproxima e tenta tocar em seu braço. - e eu lhe daria.
Ela o encara com uma raiva ainda mais crescente e lhe dá um tapa na cara, fazendo seu rosto arder com o peso de sua ofensa.
- Você não é meu marido! Não importa o que uma droga de papel diga, nunca foi consumado, então não vale porra nenhuma!
Os olhos de JK estão arregalados, ele também nunca a viu tão alterada daquela forma, ou sequer usar uma palavra de baixo calão. Ele sabia que estava indo longe demais. Ainda assim, era difícil se livrar de alguns sentimentos.
- Era mais fácil pra você se deitar com um desconhecido do que comigo?
- Com certeza seria! - ela cospe as palavras. - Pelo menos eu não teria de vê-lo sair para dividir a cama com outra pessoa no dia seguinte.
- O quê? - ele não entende o raciocínio dela.
- Aqui eu teria de dividi-lo com qualquer outra mulher como a Cassie, na volta pra casa, seria com seu Baby Moon!
- Do que está falando?
- Você sabe do que eu estou falando! - ela se afasta passando as mãos pelo rosto, exausta de ter que enfrentar toda aquela situação.
- Eu e ele não temos nada...
- É, eu sei, ele te deu um pé na bunda! - ela o encara impiedosa. - Depois de, sabe-se lá quanto tempo vendo ele, escondendo isso de mim, mentindo na minha cara, e depois você se arrastou de volta para casa com o coração partido e o rabo entre as pernas. Agora se acha no direito de me cobrar alguma coisa?
JK sente o peito apertar, ela também estava pegando pesado, mas a culpa era dele. Havia deixando de ser honesto com ela, de ser justo e leal como ela sempre foi, agora estava pagando por isso. Mas ainda assim, doía ouvir aquilo.
- Não foi assim que as coisas aconteceram. - JK diz baixo, com o olhar perdido, estava sentido com toda aquela acusação.
- Não importa como as coisas aconteceram, eu não vou ficar parada vendo você viver sua vida enquanto a minha fica mofando entre as paredes de qualquer quarto. - ela tem o olhar acusador sobre ele. - E você não pode me impedir de fazer isso.
Jungkook morde com força o lábio inferior e trava a mandíbula se contendo em dizer mais alguma coisa da qual se arrependa depois.
- E se isso não for do seu agrado, sinta-se livre para pedir o divórcio.
- Divórcio?
Essa palavra o deixou em estado de alerta. Sabia que seu casamento com Shivani havia sido, até então, apenas uma espécie de acordo, mas agora ele sabia o que sentia por ela, gostava de sua companhia, de seu sorriso, de seu jeito sempre tão meigo e compreensivo. Costumava achar que apenas a admirava por esse atributos, porém, era mais do que isso e só agora tinha se dado conta. Ele mal havia aceitado o sentimento que tinha por ela, agora teria que simplesmente escolher entre deixá-la viver sua vida, ou perde-la para sempre.
Ele não queria nem uma coisa nem outra, precisava pensar no que fazer para reverter isso. Só não tinha ideia de por onde começar.
- Jungkook, é melhor você ir. Eu preciso ficar sozinha. - ela sobe na cama e puxa um dos travesseiros contra o corpo.
- Shivani, ainda terminamos de...
- Jungkook sai! - diz firme. - Por favor.
Shivani quer muito ficar sozinha, precisa expurgar todos esses sentimentos ruins que estão dentro de si, mas não faria com ele ali, não quer parecer fraca agora. Não depois de ter extravasado tudo que estava entalado há muito tempo.
Ele não disse nada, a passos lentos se aproximou da porta, colocou os sapatos e olhou uma última vez para ela, que não esboçava a mínima vontade de vê-lo antes de sair dali. Então abriu a porta e saiu.
Shivani se jogou na cama e chorou alto contra o travesseiro. Estava arrasada de as coisas estarem indo por um caminho tão tortuoso.
Por que agiu de forma tão injusta comigo? Por que não permite que meu coração se desprenda de você, por que não me deixa procurar a felicidade fora desse acordo estúpido?
Ela achava que tudo o que já tinha sentido até ali havia sido doloroso, mas não, mais doloroso era ele não sentir nada do que ela sente por ele, e ainda impedi-la de procurar por alguém que a completasse um dia.
Hoje poderia ser um caso de uma noite, mas futuramente as chances de ter alguém que a amasse como JK ama Baby Moon seriam igualmente possíveis.
Ela saiu da cama e decidiu tomar um banho, precisava relaxar um pouco, tentar esquecer um pouco toda aquela tensão que domava seu corpo inteiro.
Abriu o chuveiro e deixou a água morna percorrer sua pele. Levantou o rosto e colocou sob a água deixando as lágrimas serem levadas por ela ralo abaixo. Soluçou baixinho, suas pernas queriam ceder, então se abaixou e as abraçou junto ao corpo, chorando alto. Era tão doloroso sentir o coração partido no peito, era horrível pensar que nunca teve a chance de ser vista como alguém além de uma amiga, parceira. Será que era muito o que ela estava desejando?
Ela só queria ser amada.
Jungkook entrou aturdido no quarto. Andava de um alado para o outro, sua cabeça não conseguia assimilar as coisas de forma coerente. Desde que ouviu a palavra divórcio, sua mente parece ter travado.
Ele sabia que mesmo que não assinasse a droga de um papel, ela ainda iria embora. E ele não podia permitir que isso acontecesse. Não agora.
Ele foi até a mesinha que havia no quarto agarrou uma das garrafas de uísque, tirou a tampa e deixou ali sobre ela e foi para uma das poltronas que ficava disposta no recinto, de frente para as portas de correr toda de vidro. Bebendo direto da garrafa enquanto divagava sobre o assunto e sobre como as coisas saíram de controle mais cedo.
Ele estava sendo egoísta? Estava. Tinha ciência disso? Sim, tinha. Mas não abriria mão dela de forma alguma. Ele sabe bem como é a dor de perder alguém importante, e ele não se permitiria passar por aquilo outra vez, mesmo que sua escolha agora seja na base do puro egoísmo.
Ele virava sem dó a garrafa na boca, ingeria sem culpa cada gole da bebida forte e deixava a mente percorrer os mais absurdos dos métodos para não deixá-la ir embora. Desde mentir para a família dela dizendo que ela o havia traído, até mantê-la presa dentro de casa. Estava ficando louco, e a maldita bebida só piorava tudo.
Ele se dedicou a esse casamento da forma de pôde, renunciou as noitadas e aos corpos dispostos a se deitar com ele para que desse a ela um casamento digno.
Havia estado com Jimin? Sim, mas não do jeito que ela pensa. Ele sabe bem que se pudesse haveria estado, e estaria até hoje. Talvez se isso tivesse acontecido ele jamais teria se aproximado dela e não sentiria nada do que sente hoje, e não estaria atordoado com a menção de uma palavra.
Ele se recostou na poltrona, já com a segunda garrafa nas mãos, passou a mão pelos olhos se livrando das lágrimas que se acumulavam ali. Talvez, pensou ele, ainda estivesse pagando por tudo o que fez Jimin sofrer no passado.
Se ela realmente tivesse sentimentos por mim, por que procuraria outra pessoa?
Talvez ela não tenha, e ele só enxergou o que lhe era fortuito.
Porém, se eu gosto dela, por que procurei pela companhia de outra mulher?
Ele tentava entender uma porção de porquês, mas estava fazendo isso no momento errado.
Se ela pedir o divórcio jamais arrumaria outro casamento. A família dela seria mal vista na Índia, e ninguém lhe aceitaria nem como segunda esposa.
- Ela cairia em desgraça. Não teria coragem de fazer isso. - fala sozinho, de forma arrastada pelo estado de embriaguez.
Seu peito estava em uma agonia crescente, ele achava que quanto mais o tempo passava, pior ficava aceitar as coisas da forma que ela queria que fossem a partir dali.
Mas a verdade era que nada havia mudado ainda, só o fato dele agora não estar nada sóbrio.
Você não é meu marido! Não importa o que uma droga de papel diga, nunca foi consumado, então não vale porra nenhuma!
- Merda! - ele levantou em um pulo quase caindo sobre a mesinha de centro à frente.
Shivani ainda não havia pegado no sono, estava bem difícil descansar depois daquele desentendimento. Assustou-se com batidas fortes e rápidas na porta, sentando-se abruptamente na cama.
- Shivani, abra a porta!
Ela suspirou cansada, não estava mais afim de discutir, e se ele tinha ido até ali naquele hora, e batia freneticamente em sua porta, tinha certeza que não estava ali agora pedir-lhe desculpas.
- Shivani! - JK insistia.
Ela se arrastou a contragosto para fora da cama, sem pressa nenhuma e abriu a porta.
- Por Krishna Jungkook, vai acordar o hotel todo dessa forma! - o repreendeu.
Ele apenas entrou no quarto, ignorando qualquer coisa que ela tenha dito. Ela colocou a cabeça para fora, observando o corredor para ter certeza que ele não havia chamado a atenção de todo mundo. Estava tudo calmo. Fechou a porta e andou até estar de frente para cama, o encarando com seriedade.
- Jungkook, não acho que seja hora para conversarmos. Eu não quero brigar mais. - disse calma.
- Eu não vim brigar.
- O que veio fazer aqui então? - cruzou os braços junto ao corpo aguardando pelo que viria a seguir.
Ele não disse nada, tirou os sapatos e depois a camisa, jogando-a no chão.
- Eu vim exigir meu direito como seu marido.
- O quê? - a voz dela chegou a falhar.
JK tinha chegado a conclusão que, ela poderia pedir o divórcio e sair tranquilamente desse casamento já que eles nunca haviam o consumado, podendo assim, conseguir um outro casamento sem nenhum problema. Apesar do matrimônio, ela ainda era uma mulher pura e isso era o que importava para qualquer outro homem de sua cultura. Então se ele consumasse o casamento, ela não poderia simplesmente fugir dele. Não haveria lei na cultura dela que permitisse que ela pedisse o divórcio, e sua família jamais permitiria tal escândalo. Ele se agarrava a isso.
Ele estava bêbado e a mente só procurava um meio de não deixá-la escapar de forma alguma.
Era um idiota, estava sendo canalha, sabia disso. Mas entrou em um estado de desespero ao ouvi-la mencionar o divórcio.
Ele queria tempo, precisava dele a seu favor agora. A faria se apaixonar por ele de alguma forma, e não perderia mais uma vez alguém que ama. Nem que fosse preciso fazer qualquer coisa para que tudo saísse como queria.
- Shivani...
- Não faça isso. - os olhos dela ardiam e as lágrimas ameaçavam mais uma vez inundar seu rosto.
- Eu vou ser um bom marido pra você. - ele se aproximou dela e ela deu um passo atrás apertando mais os braços contra o corpo. - Do jeito que você precisa, do jeito que quer.
- Jungkook...não faz isso...por favor!
Shivani queria ter JK como seu marido, ser sua esposa como dita sua cultura, ser sua companheira, acordar ao seu lado todos os dias, tê-lo em sua cama todas as noites, mas não daquela forma. Não queria que fosse uma imposição dele como seu marido, e sim por ele querer estar com ela.
Jungkook não mentia quando dizia aquelas coisas para ela, queria mesmo ser seu marido da forma certa, queria lhe dar carinho, conforto em seus braços, fazê-la sentir-se amada. Era sincero, mas estava fazendo as coisas da forma errada.
- Você não precisa ter medo de mim Shivani. - ele se aproximou mais e segurou seu rosto entre as mãos deslizando os polegares pelas bochechas dela, secando suas lágrimas. - Você me conhece, sou um homem de palavra.
Ele encostou seu corpo nos braços dela que ainda abraçava a si mesma, colocou sua testa junto a dela e passou levemente seu nariz no dela.
- Eu serei carinhoso, direi a você todos os dias o quanto é linda, - ela soluçou com mais lágrimas invadindo seu rosto. - te darei tudo o que quiser e serei o marido que você merece, serei totalmente devoto de seus desejos. Eu prometo.
Aquela promessa veio do fundo do peito, do mais puro sentimento que ele tinha. Ele também queria isso, merecia isso. Precisava ser feliz de novo. E sabia que ela poderia lhe dar tal felicidade.
Tocou suavemente os lábios dela com os seus, deslizou suave sua boca na dela apreciando a maciez que a pele dela tinha, enquanto descia uma das mãos até seus braços, desfazendo a barreira de defesa que ela havia erguido. Os braços dela penderam junto ao corpo ao senti-lo levantar mais sua cabeça. Abriu levemente os lábios suspirando ao ritmo que seu coração batia, acelerado como o de um cavalo de corrida.
Ele puxou sutilmente o lábio inferior dela antes de colocar a mão esquerda em sua cintura a puxando para si, colando seu corpo no dela. Ele estava quente, ela podia sentir através de sua fina camisola de seda. Há muito tempo que queria poder sentir seu calor assim, tão de perto. Mas não dessa forma, não como uma obrigação de esposa. E o odiava naquele momento por isso.
Ela queria para-lo, se afastar, resistir. Mas infelizmente ela o amava. Não conseguia ser forte dessa forma. Era a forma mais degradante der ser sua, mas o jeito como ele a estava arrastando para aquilo, a fazia perder a vontade de lutar contra ele, ou contra o que sentia.
Ele finalmente a beijou.
Ele foi calmo, suave e paciente - enquanto foi possível. Ele a queria, não entendia muito as sensações que percorriam seu corpo naquele momento, a razão já o havia deixado horas atrás, e agora agia pelo impulso apenas do que queria ter.
Ele enfiou sua língua na boca dela sem nenhum decoro, envolveu seu braço na cintura dela, inclinando-se sobre ela, que arqueou as costas com sua invasiva, obrigando-a a colocar as mãos em seu ombro.
Ele estava afoito, queria sentir cada parte do corpo dela no seu, ser um maldito filho da puta que nesse espaço de tempo só deseja ser egoísta e obter o que quer. Ele estava sempre sendo tão cauteloso com tudo e todos, pensando no bem estar e felicidade dos que o rodeavam, sempre se privando e deixando de bater o pé quando algo tinha que ser seu. Assim como foi com Jimin.
Sua mente entorpecida já não se importava com quem sairia ferido nessa situação, estava apenas correndo atrás do objetivo que seu coração estava desejando. E naquele momento, era ter Shivani só pra ele.
Ela não ofereceu resistência, foi ensinada a não fazê-lo quando fosse solicitada por seu marido, e sabia que ele também tinha ciência disso, passou a crer que tudo ali não passava de uma forma de subjulga-la como mulher, quando na verdade ele pensava que assim não a perderia. E também ele a queria, e queria muito.
Com uma mão em sua nuca, ele encerrou o beijo puxando seu lábio inferior entre os dentes, antes vira-la de costas para a cama, e levá-la até lá deixando um rasto de beijos por sua bochecha e pescoço. O corpo dela arrepiava e suas mãos passearam a tremer como as pernas. O coração acelerado não mantinha um ritmo certo enquanto ela lhe dava ainda mais acesso ao que tanto exigia com os lábios.
Ele a sentou na cama, firmando o braço em sua cintura, a conduzindo para o centro ao se apoiar no braço livre e dar leves chupadas em sua pele abaixo do pescoço. Inclinou-se sobre ela, subiu na cama e sobrepôs seu corpo ao dela, tirando seu braço que estava envolto em sua cintura e alcançando sua coxa.
A sensação da mão dele ali intensificava o pulsar entre suas pernas, a deixava mole e agoniada por algo mais.
Ele puxou sua perna devagar, encaixando-se entre elas e antes que pudesse se firmar naquela posição, ela arfou arqueando mais as costas, fazendo-o tremer de excitação. Ele continuou descendo com os beijos em sua pele, alcançando seu seio sob a camisola. Ele não se importava em se mostrar ousado, abocanhou o bico do seio dela mesmo sobre a peça, deixando a veste molhada. Não satisfeito com o grunhido dela, ele puxou a alça da roupa por seu ombro, expondo-a parcialmente.
Ela tinha os olhos fechados, se permitido apreciar cada uma das sensações, enquanto ele apreciava as reações do corpo dela. Ficou ainda mais duro.
Ele vinha imaginando, sonhando com o momento em que a tivesse em seus braços, sob si, dando-lhe tudo o que seu corpo pedia, assim como o dele o vinha implorando para ter também.
As reações dela o estavam deixando com pressa para estar dentro dela, mas ele estava conseguindo ser paciente, queria fazê-la sentir tudo o que lhe fosse permitido. Puxou a outra alça da camisola, deixando-a com os dois seios expostos agora. Ele parou por alguns instantes observando-a. Quando ela percebeu e olhou para ele, seu rosto ficou vermelho como um tomate. Ele achava aquilo gracioso. Queria mais.
Ele se afastou dela e se livrou de uma vez daquela peça, descendo por sua cintura, pernas, retirando-a de uma vez dela e jogando em algum lugar atrás de si. Ali, de joelhos na cama, entre as pernas dela, ele analisava cada detalhe pertencente àquele corpo, queria gravar cada um deles em sua mente. Se fosse possível.
Apenas de calcinha, ela não conteve o instinto de tentar se cobrir com os braços. Ele se inclinou sobre ela, puxando seus braços e colocando-os na cama.
- Não se esconda de mim, você é tão linda.
Suas bochechas queimaram ainda mais. Ela não tinha como ter certeza se ele estava sendo sincero ou só dizia aquilo para deixá-la mais confortável e não mostrar resistência.
Será que ele disse isso à mulher que estava com ele ontem? - não conseguia deixar de pensar nisso.
Ela virou o rosto, não queria encará-lo, sabia que acabaria chorando outra vez. E se ele a estava obrigando a passar por isso, jamais deixaria que pensasse que era fraca. Fechou os olhos e com ele ainda a observando, se deixou ser usada.
Ele queria vê-la por completo. Colocou as mãos em sua cintura, deixou um carinho e depois um leve prensar no local, antes de baixa-las até seu quadril e lentamente tirar sua calcinha. Depois de tirar a última peça, ele percebeu que ela evitava de olhar para ele. Mas queria, na verdade desejava muito, ver seus olhos pedir por cada um de seus atos.
Se aproximou novamente, puxou suavemente seu queixo.
- Shivani. - ela encontrou seus olhos. Era isso que ele queria. Ele a beijou outra vez, sem desviar o olhar, e ela fez o mesmo. - Não me negue esses olhos tão lindos. - disse contra os lábios dela. Beijou sua bochecha, depois o lóbulo de sua orelha. - Eu estou aqui com você porquê eu quero estar, não apenas por ser seu marido. - sussurrou.
Ele a beijou pelo pescoço, arrancando mais arfares, continuou descendo pelo seu colo, levou a mão direita apalpando confortavelmente o seio dela até alcança-lo com a boca. Ela gemeu baixinho com o arrepio que tomou seu corpo. Ele levantou o olhar e a viu o observando. Sentiu-se orgulhoso de poder lhe proporcionar aquilo.
Passou a língua pelo bico do seio dela e quase a ouviu choramingar. Ela fincou os dedos no lençol da cama e não conseguiu evitar de fechar os olhos ao sentir os gritos que surgiam de sua intimidade. JK sentiu quando ele ergueu o quadril, procurando por atenção naquela área. Um sorriso se fez em seus lábios, sabendo bem como lhe daria tal atenção.
Desceu beijando a lateral de seu corpo, sem tirar os olhos de sua reação a todo aquele contato. Se afastou um pouco, puxou a perna dela e a levantou brevemente. Ela abriu os olhos para entender o que ele estava fazendo. Jungkook beijou sua coxa, do lado interno, mantendo sempre o contato visual. Viu quando ela engoliu seco ao percorrer com mais beijos a extensão de sua perna, se aproximando de sua área pulsante. Seus olhos ficavam cada vez maiores conforme ele chegava naquele lugar. Seu corpo arrepiou e ele sentiu em seus lábios.
- Jungkook, o que está... - ele parou ao chegar muito próximo, e ela podia sentir sua respiração quente batendo em seu ponto sensível.
- Garanto que você vai gostar! - sorriu ladino.
Ela levantou a cabeça e abriu a boca para lhe dizer algo, mas antes que pudesse pronunciar qualquer coisa, ele passou sua língua quente e molhada direto em seu clitóris. Dessa vez ela soltou um gemido bastante audível, não conseguiu esconder a satisfação em sua voz.
Uma sensação totalmente desconhecida invadiu seu corpo, aquilo era divino demais. Ela apertou mais as mãos no lençol, e pendia a cabeça para trás deixando que sua boca emitisse os sons que ele tanto queria ouvir.
Suas pernas tremiam um pouco, suas mãos estavam afoitas para agarrar algo que ela não tinha ideia do que era. Seu corpo implorava por um alívio, mas não queria que ele parasse. Sua língua se movimentava freneticamente no ponto em que ela só havia descoberto três dias atrás, mas que ele sabia para quê servia e exatamente onde estava há muito tempo.
- Jungkook... - sua mão foi ao ombro dele, e agora sim, ele sentia-se um pouco mais satisfeito.
Ele pegou a mão dela e colocou em seu cabelo, realizando o que fantasiou há algumas noites. Ela colocou também a outra mão entre seus fios, enquanto as dele acariciava a sua bunda, e ele pressionava seu pau ainda mais duro contra a cama. Só precisava de mais alguns minutos para enfim poder sentir também o prazer o alcançar.
Colocou sua língua de forma firme em sua entrada e ela movimentou o quadril contra sua boca, então a lambeu dali até em cima, deixando uma chupada macia em seu clitóris. Repetiu o processo, e quando sentiu sua dedos puxarem seus cabelos, ele não desceu mais, permaneceu ali, até que um gemido manhoso deixou os lábios dela, fazendo sua pernas tremerem ainda mais.
- Jung...Ahhh - suas costas arquearam, as pernas o prensaram no lugar e as mãos puxaram firme seus fios.
As luzes estavam baixas, apenas os dois pequenos abajures nas mesinhas de cabeceira ainda permaneciam acesos, ainda assim ele, agora ajoelhado na cama, conseguia ver seus rosto corado pelo prazer. Respiração desritmada, braços e pernas repousando sobre a cama e olhos fechados.
Ainda mais linda! - concluiu ele.
Ela não tinha ideia que algo tão maravilhoso lhe pudesse ser dado por outra pessoa. Que a boca de alguém poderia fazer tamanho estrago em seu corpo, a deixando tão incapacitada. Ela sentiu JK se movimentar sobre a cama, mas a princípio não lhe deu atenção, estava ainda imersa em tamanhas sensações.
Quando por fim virou a cabeça em sua direção e o olhou, ele havia se despido completamente, seus olhos foram parar justamente onde não devia, deixando-a totalmente surpresa com seu tamanho e rigidez. Desviou o olhar para algum ponto na parede atrás dele, sentindo a respiração desconpassar ainda mais.
Ele se aproximou, colocou um dos braços ao lado de seu rosto, apoiando seus peso, a outra mão passou levemente os dedos por sua bochecha, deixando um afago.
- Agora você precisa ficar quietinha. - ela engoliu seco. - Tudo bem? - ela assentiu devagar.
Ele tirou a mão de seus rosto e puxou mais sua perna, colocando a coxa junto a sua cintura, se encaixando em sua entrada e ajustando suas pernas em volta da cintura dele. Beijou levemente seus lábios de novo, invadindo sua boca com a língua ousada.
As mãos dela foram até suas costas, passando exitante por sua pele. Mal sabia que aquele ato o arrepiou por completo, fazendo uma parte específica de seu corpo exigir atenção. Ele colocou a mão em seu quadril, e a outra em sua nuca quando sua glande a invadiu ligeiramente. Ela apertou os dedos em suas costas.
- Vai incomodar um pouco agora, mas você precisa ficar quietinha, ok? - ele falou contra os lábios dela, encarando fixamente seus olhos. Ela piscou freneticamente algumas vezes, soltando um suspiro em seguida. - Se for muito desconfortável você precisa me dizer. Certo? - assentiu rapidamente.
Ele guardou seu rosto na curva do pescoço dela, apertou firme seu quadril e se pressionou ao invadir ainda mais sua entrada. Os olhos dela apertaram em agonia pela entrada forçada, seus dedos friccionaram a pele dele e ele parou de imediato com a contração da pelvis dela. Enfim estava a meio caminho do que tanto desejava.
Ele ficou ali parado por alguns minutos, beijando seu pescoço, passando a mão por sua perna até sua cintura, relaxando-a para prosseguir.
- Eu vou me mexer agora, se doer muito você precisa me dizer.
Mais uma vez ela apenas assentiu, não entendia o porquê, mas algo em seu corpo ansiava por isso. Mesmo que sentisse sua cavidade dolorida, ela queria mais, muito mais.
Ele relaxou a pélvis e logo a contraiu de volta, se enterrando nela, rompendo sua barreira com facilidade pela forma como estava molhada. O corpo dele praticamente tremia de desejo e excitação, tesão e ânsia pelo ápice. Seus movimentos começaram lentos, e conforme os dedos dela relaxavam em sua pele, ele intensificava as estocadas.
Ele se afastou de seu pescoço, dando atenção a seus olhos agora fechados ao apreciar o leve desconforto que seu corpo parecia implorar por conhecer. Ela podia sentir sua respiração alcoolizada contra seu rosto, mas não ousou abrir os olhos, não tinha coragem para encará-lo nos olhos, sabe que morreria de vergonha.
JK puxou seu braços, colocando a mão dela em seu rosto. Ele queria sentir seu carinho naquele momento, não estava apenas transando com sua esposa, estava fazendo amor com alguém que amava, e era especial para ele, mesmo que a abordagem para tal ato tenha sido de forma errônea.
Ele a observava atentamente, e ela sabia que ele mantinha sua atenção nela. Abriu então os olhos e se concentrou nos dele. Não via ali nenhuma exigência, possessividade ou orgulho por enfim tê-la daquela forma. Havia admiração, carinho, cumplicidade e ternura. Era estranho para ela perceber tais coisas, mas elas estavam ali, e ela conseguia definir cada uma dessas coisas.
Ela havia ficado receosa, brava e inconformada dele lhe exigir aquilo, como se nunca tivesse lhe dado a esperança de não ter que ser só mais uma esposa cumprindo seu dever. Mas ia além. Ele não a estava subjugando, a tornando inferior, e ela finalmente viu tudo isso, inclusive o medo. Não sabia do que ele sentia medo, mas ele estava lá, não tão evidente, mas estava.
Ela levou a outra mão também ao rosto dele, deslizando suavemente os polegares em suas bochechas. Ele parou os movimentos por alguns instantes, fechou os olhos e apreciou seu gesto.
- Shivani...! - sussurrou.
Ela levantou um pouco a cabeça, e beijou carinhosamente seus lábios. Ela o estava aceitando, ela estava lhe dizendo que era sua. Ele voltou a se movimentar, e agora estava mais impaciente, queria mais, queria tudo. Passou a estocar afoito, mas suave, não tinha a intenção de incomodá-la ou machuca-la, mas precisava ser mais incisivo.
Com os lábios dela ainda nos seus, ele agarrou firme sua cintura e manteve o ritmo sem parar.
Gozou.
Puta merda! - se reprendeu mentalmente. - Está tão bom que...
Ele continuou. Poderia ter terminado ali, mas ainda permanecia ereto, permanecia afoito por mais dela.
Já fazia muito tempo que não ficava com alguém, e mesmo que encontrasse uma transa frequente como costumava ter antes de se casar, ele sabia que aquela era diferente, estava além de seu simples corpo.
Ele colocou a mão em seu rosto, beijou sua bochecha descendo até seu pescoço. Ela laçou sua cintura com as penas, passou uma mão ao longo de suas costas e a outra acarinhava seu pescoço e nuca. Ele continuou com as investidas em sua cavidade até sentir seus dedos firmarem em sua pele. Olhou para ela e sua boca estava entreaberta, respirando ofegante.
Caralho, isso é tão...- arremetia ainda mais rápido agora. - excitante!
- Jungkook...? - ela gemeu, os dedos ainda pressionando suas costas.
Ele diminuiu o ritmo, estocando devagar e fundo, sabia que ela estava prestes a gozar, e ele seguia o mesmo rumo. Com mais três estocadas as unhas dela marcaram sua pele enquanto gemia manhosa sob ele. Acelerou os movimentos e gozou novamente quase descarregando todo seu peso sobre ela.
Ambos ofegavam, e com seu rosto no pescoço dela, sentiu uma gota de suor escorrer de sua nuca até sua bochecha. Nem havia se dado conta de como o ambiente estava quente e abafado ali dentro.
Ele saiu de dentro dela, se afastou e deitou ao seu lado se esforçando para normalizar as batidas de seu coração e acalmar a própria respiração ofegante. Encarou o teto por nada mais que um minuto, então apagou por completo.
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