Capítulo 1
Alguns dias antes do casamento, a mãe do Jungkook insistiu por diversas vezes, para que ele visitasse seu futuro lar, mas ele não tinha paciência pra isso, e muito menos tempo.
As coisas na empresa estavam bem agitadas, pois logo após o casamento, viriam os trâmites para a nova filial na Índia, e toda essa novidade, estava deixando os acionistas pra lá de empolgados. E todo dia era uma reunião diferente para estabelecer novos critérios para a montagem da filial.
Mais uma vez, a casa foi escolhida pela família de Shivani, e igualmente decorada. E no mesmo ponto que os trâmites do casamento, ele fez uma única exigência, queria ter um quarto separado do dela.
A princípio isso soava estranho, mas não foi muito complicado explicar que, haveriam dias que ele preferiria estar sozinho. Acabou até sendo bem fácil a compreensão e aceitação por parte da família dela. O que foi um alívio para ele, já que se ele se explicasse demais, poderia acabar entregando o real motivo por trás desse pedido.
A festa de casamento durou mais do que o previsto, já que muitos dos convidados, eram acionistas da empresa, e as conversas não passavam de mais e mais negócios.
Como deve ter sido um dia bem longo para a sua esposa, ele mandou que a levassem para casa, e que ele iria logo em seguida. Mas não foi o que aconteceu.
Aqueles babacas gananciosos, como Jungkook geralmente definia seus associados, conseguem beber o bastante, para levar horas à fio de conservas paralelas. Mas ele já não estava mais com saco pra isso, então se despediu e saiu de lá o mais rápido que pôde.
Chegando em sua nova casa, reparou em um jardim muito grande, e bem cuidado. Mesmo sendo noite, dava pra notar que ele era bem extenso, e que daria bastante trabalho ao jardineiro.
Quando o carro parou em frente a entrada da casa, ele saiu do carro, e observou a grandiosidade daquele imóvel. A casa mais parecia com um castelo, dada aquela imponente estrutura que ela tinha, do que uma casa que viveriam apenas duas pessoas e poucos empregados.
- Precisava mesmo de tudo isso? - pensou alto.
- Disse algo, Sr? - Joseph, o motorista pergunta.
- Não, Joseph.
- Tudo bem, Sr! - ele lhe entrega o paletó, e JK sobe os degraus que dá acesso à porta da casa.
Ao entrar, é abordado por uma mulher de meia idade, vestida impecavelmente.
- Boa noite, Sr Jeon! Seja bem vindo!
- Obrigado!
- Eu sou Milth, a governanta!
Governanta? Precisamos mesmo de uma?
- Prazer, Sra Milth.
- Se eu soubesse que o Sr já estava chegando, tinha preparado os empregados para serem devidamente apresentados.
- Não se incomode com isso. Está tarde, e eu estou bem cansado. - desata o nó da gravata. - Shivani já está dormindo?
- Ela já se recolheu Sr, mas creio que ainda não está dormindo. Ela estava à sua espera.
- Certo. Obrigado. - segue para uma longa escadaria feita de madeira de mogno, e com detalhes em dourado. Os degraus são escuros, assim como todo o piso da longa sala que se estende à direta da entrada. - A propósito, qual é o meu quarto? - se vira para a governanta, e pergunta, sabendo bem que poderia acabar entrando no cômodo errado.
- Ao final de escada, no corredor à esquerda, seu quarto é o primeiro à direita, Sr. - responde solícita.
- Obrigado!
Ele se apressa, sobe os degraus correndo, doido para chegar no quarto, tomar um banho, e cair na cama. Mas a escada é tão longa, que chegou a pensar que estava correndo no jardim lá fora.
Ao chegar no andar de cima, lembra das informações da Sra Milth, e logo vira à esquerda.
Não é um corredor muito longo, e há apenas três portas. Caminha para a porta da direita, mas quando está com a mão na maçaneta, se lembra que precisava dar um aviso importante para Shivani. Então se vira, e vê outra porta logo à frente.
Ele supõe que esse seja o quarto dela, e torce para estar certo, não gostaria de sair procurando por um quarto a essa hora da noite.
De frente a porta, dá duas leves batidas, e logo ouve um "pode entrar", vindo lá de dentro. Apesar de falar muito bem a sua língua, o sotaque dela é bem notável. Põe a mão na maçaneta, e levemente abre a porta.
Ao entrar, seus olhos percorrem àquele cômodo, e ele observa que tudo ali, está a caráter da cultura dela.
Uma cama grande, com um dossel de madeira em cima, e longos mosquiteiros em vermelho, com detalhes em dourado, combinando perfeitamente com as imensas cortinas, que tomam toda a parede do fundo do quarto, que por estar ligeiramente abertas, nota uma porta de vidro, com saída para uma sacada. Os tapetes que cobrem todo o chão, têm uma beleza rústica, e os móveis, estão disposto pelos cantos laterais, pois em um dos cantos centrais, há uma pequena mesa, e grandes almofadas em seu entorno, e logo atrás, uma parede com vários desenhos indianos, e alguns adornos pendurados nela.
De uma das portas, no extremo esquerdo do quarto, ele vê Shivani sair, e ao nota-lo, ele percebe seu sobressalto.
- Sr Jeon! Eu não sabia que já havia chegado. - ela curva seu olhar para o chão.
Ela usa um robe branco, está com os cabelos soltos caídos sobre os ombros, e está descalça, o que faz ele notar que está usando sapatos no lindo, e caro tapete dela.
- Sr? - pergunta confuso.
- Devo chama-lo de marido?
- Não! - ele percebe estar mais tenso com essa conversa, do que eu achou que ficaria. - Me chame apenas de Jungkook!
Ele sente o corpo esquentar, como se o ambiente tivesse subitamente ido para uns 40 graus. Então abre os três primeiros botões da camisa.
- Eu só vim avisar que a viagem de lua de mel foi cancelada. Eu ainda tenho assuntos que precisam da minha total dedicação na empresa, então não posso viajar agora.
Não que ele fizesse questão dessa viagem, mas seria bom poder relaxar um pouco, aproveitando essa oportunidade.
Os olhos dela pousam nele, e ele percebe o jeito desconcertado que ela levemente se movimenta.
- Tudo bem.
- Certo. Então você não precisa se preocupar com nada disso amanhã. - abre os botões da manga da camisa, e dobra até a altura do cotovelo. - Bom, acho que é só isso.
- Sim, Sr!
- Não. Não me chama de Sr. - diz cansado.
- Desculpe! Sim,Jungkook. - ela corrige.
- Perfeito. - ele dá um sorriso amarelo.
Ela leva as mãos até o laço do robe que está usando, e lentamente o desfaz, então pega pelas extremidades dele, na altura do seios, e o tira por completo, ficando apenas com um conjunto de calcinha e sutiã, igualmente brancos.
- O que...- antes que ele conclua a pergunta, vê uma lágrima correr pelo rosto dela.
Só então se da conta de que, essa é a noite de núpcias deles, e segundo as tradições, ela tem que estar totalmente entregue ao marido.
Mais lágrimas tomam seu rosto, e seu peito sobre e desce freneticamente ao conter compulsivamente seu choro. Mas ela não pôde conter as lágrimas, e isso o entristece.
Ele se aproxima dela, e então, ela solta tudo o que estava segurando.
- D-desculpe, e só...estou um pouco nervosa. - leva a mão a boca, na tentativa de voltar a conter o choro.
Ele se abaixa, pega seu robe, encaixa as mangas em suas mãos, e desliza cuidadosamente em seus braços. Tomando todo cuidado para não assusta-la, ele a cobre por completo, e volta a fazer o laço do robe na altura de sua cintura.
Ela levanta seu olhar pra ele, e visivelmente confusa, tenta articular alguma coisa, mas sua voz não sai.
- Descanse bem. - olha fixamente seus olhos. - Boa noite!
Se vira, e calmante sai do quarto, fechando a porta atrás de si.
Chegando ao seu quarto, percebe que é do jeito que gostaria. Paredes brancas, com cortinas e jogo de cama pretos. Do jeitinho que está acostumado.
Tira seus sapatos, segue até uma poltrona próxima, tira as roupas, e as deixa ali. Caminha até o banheiro, toma um longo e quente banho. Depois vai até a outra porta, logo depois da entrada, e encontra o closet, onde veste uma camisa e uma bermuda, deixa o roupão em uma cadeira e vai para a cama.
- Consegui sobreviver a esse dia. - fala sozinho.
Do jeito que a cama e os travesseiros são macios, ele só espera ter uma boa noite de sono. E em questão de minutos, apaga completamente.
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