
≀ ꒰ T1 ꒱ ៹ ﹫chapter twenty two, Celeste ⋆◝﹆
001 ━━━━━━ Para o próximo capítulo ser postado, vou colocar a meta de 40 comentários.
002 ━━━━━━ Astrid não era a fã número um de Celeste...
Astrid Aumont
Celeste
CERCA DE 200 ANOS ATRÁS
UM SENTIMENTO DESAGRADÁVEL surgiu no meu estômago enquanto observava Elijah junto com sua bruxinha de estimação, Celeste.
Me apoiei na grade da varanda enquanto meus olhos seguiam os dois pelas ruas de New Orleans, eles agiam de forma exageradamente apaixonada, o que estava começando a me dar vontade de vomitar.
— Se continuar desse jeito, vai acabar quebrando o ferro da varanda — Niklaus sussurrou maliciosamente, parando ao meu lado — Observando os pombinhos?
Revirei os olhos com sua provocação.
— Estou observando as festas, isso sim — retruquei, tentando demonstrar o quão afetada estava com aquilo — O que ela tem de especial?
A verdadeira pergunta na minha mente, era o que ela tinha que eu não tinha?
— Você conhece Elijah, ele está apaixonado agora, mas em alguns anos, não vai lembrar-se dela.
— Ele nem ao menos consegue ver quem ela realmente é, Celeste não é confiável, não me sinto confortável com ela perto da nossa família assim.
Agora os dois estavam se beijando, bem no meio da rua.
— Em breve isso vai ser resolvido.
Decidi mudar de assunto, então encarei Niklaus.
— Quando você vai tirar Kol daquele maldito caixão? Estou sentindo falta dele.
Niklaus estreitou os olhos.
— Eu gosto muito dessa cidade para tirar ele do caixão e arriscar um massacre. Estamos felizes aqui, Astrid.
A cidade era realmente agradável, era legal não precisar fugir todos os dias, ficar olhando sob o ombro com medo de que ele aparecesse aqui para nos machucar. Apesar de tudo isso, eu ainda não conseguia fazer de New Orleans um lar como Niklaus, Elijah e Rebekah faziam.
— Ou você tira Kol daquele caixão... Ou eu vou embora — minha voz soou firme, para a minha surpresa — Eu não estou me sentindo feliz aqui como vocês estão.
Um suspiro desanimado escapou de Niklaus, ele sabia que eu estava sendo sincera. Se fosse para ficar daquele jeito, preferia ir embora e procurar Katherine para passar algum tempo ao lado dela.
— Se eu tirar ele do caixão, você promete que vai ficar?
Eu o encarei esperançosa, a ideia de ver meu melhor amigo enchia meu coração de felicidade.
— Sim, prometo!
— Vou tirar ele do caixão, essa noite, mas Kol vai ser sua responsabilidade.
Avancei na direção dele, o abraçando apertado.
— Obrigada, obrigada! — sussurrei, em seu ouvido.
Niklaus retribuiu o abraço com força.
— Você sabe que eu faria qualquer coisa para te ver feliz, certo?
Me afastei dele, ainda havia um sorriso feliz nos meus lábios.
— Eu sei, Nik — murmurei, animada — Não acredito que Kol vai estar de volta a tempo do baile de Natal, vai ser incrível... Oh! Vou ir no alfaiate encomendar roupas novas para ele, muitos preparativos precisam ser feitos.
Pela primeira vez desde que chegamos em New Orleans, eu comecei a ter esperança de ser feliz naquele lugar. Comecei a andar pelo Quartel, precisava colocar roupas melhores se queria ir até o alfaiate da cidade, também precisava comprar um vestido para usar no baile.
— Astrid, o que aconteceu para você parecer tão feliz?
Olhei para o jovem Marcel, ele havia crescido muito desde o dia em que o conheci, o que enchia meu peito de orgulho.
— Kol vai retornar para nós — sussurrei, alegre — Você vai adorar o conhecer.
Ele franziu a testa.
— Kol, o irmão mais novo de Klaus?
— Ele mesmo — confirmei, colocando as mãos em seu rosto e beijando sua testa — vai ser maravilhoso.
ATUALMENTE
AO LONGO DA MINHA IMORTALIDADE, eu odiei muitas pessoas, matei muitas outras e participei de muitos planos mirabolantes de Klaus que acabavam em massacres, não era a primeira vez que isso voltava para morder a nossa bunda.
— As bruxas de New Orleans tem os ancestrais como fonte da sua magia — Kol explicou, prontamente — Nunca houve uma bruxa tão poderosa quanto Davina, que está sob nossa proteção aqui.
Eu sentia um desconforto enorme ao olhar para o desenho do rosto de Celeste, aquilo me trazia memórias terríveis.
— Sua Celeste era linda — Klaus disse, entrando na sala — e um presságio do mal, de acordo com a nossa querida artista, Davina.
Elijah se mexeu, parecendo desconfortável.
— Talvez Davina esteja errada em chamar de mal o poder, Celeste era muito poderosa... Mas ela já morreu há mais de duzentos anos, não entendo o porquê dos desenhos.
As memórias de Elijah com Celeste eram amargas, era torturante ver aqueles dois juntos, agindo como pombinhos apaixonados. Eu troquei um olhar com Klaus, Elijah não tinha a mínima ideia que eu tinha uma parcela de envolvimento na morte dela.
Se ele soubesse...
— Será que alguma bruxa fará algo? — Klaus questionou, se sentando ao meu lado no sofá — Com nosso irmão agora voltando a ser um bruxo, talvez a gente tenha alguma sorte.
Kol franziu a testa e eu dei uma rápida olhada para Hayley, que estava em silêncio, assim como eu. O motivo do meu silêncio era culpa, mas qual era o dela?
— Celeste era uma manipuladora, ela não teria morrido de forma tão simples...
Ouvimos o som de coisas quebrando e eu joguei a cabeça para trás, suspirando. Davina estava brigando com Marcel, o que era um péssimo sinal.
— Está indo muito bem — Klaus murmurou.
Elijah revirou os olhos.
— Se queria a confiança dela, tentar matar o jovem amor dela foi uma péssima ideia.
Pelo canto do olho, eu vi a expressão de Kol azedar.
— Eu salvei o garoto, não salvei? — ele resmungou, de mau humor — Apagamos a memória dele, está tudo bem agora.
Eu conhecia o suficiente de Kol para saber o motivo dele não gostar do jovem Tim.
— Tem mais alguma morte que você queira jogar na minha cara? — Klaus retrucou, irônico.
Me mexi desconfortável com o assunto.
— Me dê um mês, farei uma lista — Elijah respondeu, sério.
Klaus deu uma risadinha.
— Jovem, velha, morta ou viva, bruxas são uma encheção de saco — ele disse, então deu uma olhadinha para Kol — Com todo o respeito, irmão.
Kol o ignorou, então ouvimos mais um barulho e Klaus se levantou, mas com um aceno de mão, Kol o impediu de sair.
— Deixa que eu resolvo isso — Kol decidiu, se levantando e saindo da sala — se certas pessoas decidirem não fazer mais nada que possa chatear minha bruxinha favorita, eu agradeço. Davina de mau humor me deixa de mau humor.
Depois que tive certeza que Kol estava longe o suficiente para ouvir a conversa, encarei Klaus.
— Aposto mil dólares que esses dois vão acabar se casando — murmurei, então sorriu — então não faça mais nada para chatear Davina, eu gosto muito dela.
Klaus bufou.
— Tá, tanto faz.
Levantei de onde estava e segui Kol pelo corredor, quando cheguei no quarto de Davina, a encontrei cuspindo terra no colchão enquanto Kol a segurava de forma protetora, Marcel tinha um olhar apavorado no rosto.
— Eu suponho que isso não é um bom sinal?
Me aproximei de Davina, segurando seu cabelo enquanto ela tossia e vomitava mais terra.
— É um péssimo sinal — Kol sussurrou, um pouco em pânico — mas vamos achar um jeito de resolver, ouviu, Davina Clare? Não vou deixar nada acontecer com você.
Davina o encarou com os olhos lacrimejando.
— Você promete?
— Eu juro perante aos deuses.
A casa inteira começou a tremer violentamente, olhei apavorada para Kol, que estava tentando se manter firme. Continuei segurando Davina, para que ela não acabasse caindo.
— O que está acontecendo? — ouvi Rebekah gritar, confusa.
Kol respirou fundo.
— Davina, vamos descansar, ok? — ele sussurrou, ajudando ela a se deitar na cama — Vou preparar um chá calmante para você.
Davina fungou.
— Você não vai sair do meu lado, não é?
— Quando acordar, vou estar aqui.
Decidi deixar os dois sozinhos, alguns segundos depois o prédio parou de tremer, me fazendo suspirar aliviada.
Eu não tinha a mínima ideia de como Kol ia conseguir salvar Davina daquela situação. Fui para a biblioteca e comecei a pegar os grimórios antigos que tinham ali, que falavam sobre a colheita. Precisava haver um jeito de salvar aquela garota.
— O que está fazendo? — Hayley perguntou, entrando na biblioteca.
— Procurando um jeito de salvar Davina — resmunguei, ansiosa — Antes que ela acabe matando todos nós.
EU ACHAVA BIZARRO QUE ALGUÉM de apenas dezesseis anos fosse capaz de estremecer todo o Quarteirão Francês, porém para o meu desespero, Kol não parecia tão surpreso com a situação.
Observei ele sentado ao lado da cama de Davina, segurando a mão dela enquanto ele lia os livros que eu tinha separado.
— Davina vai ficar assim até completarmos a Colheita — Kol murmurou, cansado — Ou ela morrer, destruindo toda a cidade, talvez até o país.
— Prometemos que ela não precisaria completar a colheita, lembra?
Kol me lançou um olhar azedo.
— É óbvio que eu lembro, por isso estou procurando outro jeito de acabar com essa merda — ele retrucou, irritado — Astrid, eu não sei o que fazer, de verdade.
Me aproximei da janela que havia no quarto, observando a cidade.
— Eu lembro que quando era criança, alguns lobos ficaram doentes repentinamente, era estranho, em um dia estavam saudáveis e nos outros moribundos — sussurrei, pensativa — Esther os salvou, os ligando a lobos saudáveis e fortes.
Um momento de silêncio dominou o quarto antes de Kol suspirar.
— Eu lembro desse feitiço, mas não tenho certeza se isso vai funcionar nesse caso. O problema de Davina é um ritual que não foi completo... Apenas se...
Olhei para ele, vendo uma expressão que eu conhecia muito bem.
— Qual sua ideia?
Elijah apareceu no quarto, eu não lembrava a última vez que tinha o visto tão irritado, o que era um péssimo sinal.
— O que aconteceu, meu amor?
Ele respirou fundo, tentando se acalmar, eu me aproximei dele e coloquei a mão em seu rosto, fazendo carinho em sua bochecha.
— Hayley traiu minha confiança e invadiu minha privacidade, ela procurou nos meus diários onde enterrei o corpo de Celeste e contou para Sophie — Elijah disse, frustrado — Nesse momento, devem estar consagrando os restos mortais dela, exatamente o que prometi para Celeste que não aconteceria.
Respirei fundo, tentando não ficar com ciúmes de uma maldita bruxa morta.
— Você manteve a promessa por mais de duzentos anos, isso deve ser algo para considerar.
Ele suspirou e encostou a testa na minha.
— Desculpe, sei que você não gostava dela — murmurou, colocando as mãos na minha cintura — Essa situação deve estar sendo extremamente irritante para você.
Forcei um sorriso, aquilo não era nada comparado a ter que esconder que tive uma participação especial na morte dessa vadia.
— Uma ex morta ressurgindo, Davina quase destruindo a cidade, apenas mais um dia normal para a nossa família.
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